tag:blogger.com,1999:blog-91578324126449724322024-03-13T14:33:34.665-03:00Vida CancheiraJhon Tedeschihttp://www.blogger.com/profile/11249631890828472318noreply@blogger.comBlogger178125tag:blogger.com,1999:blog-9157832412644972432.post-63122811283890732872017-10-30T21:58:00.000-02:002017-10-30T22:18:14.995-02:00Depois da palavra falada, a palavra escrita<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-5tHd3yxhlQE/Wfe6O4ecmAI/AAAAAAAAd-c/zXNK2LYIqMghan25qlM7qvxD0TlfVe8IACLcBGAs/s1600/20171030_214357.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="494" data-original-width="706" height="222" src="https://1.bp.blogspot.com/-5tHd3yxhlQE/Wfe6O4ecmAI/AAAAAAAAd-c/zXNK2LYIqMghan25qlM7qvxD0TlfVe8IACLcBGAs/s320/20171030_214357.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Imagem que só não é mais ilustrativa por falta de gente (Foto: Divulgação / Rádio Independente)</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
Este
domingo marcou o final vitorioso de um ciclo em 2017. Por que vitorioso? Porque
quando tu adotas um produto, em especial nesse meio antropófago, que é o da
comunicação, tu torces para que ele te leve o mais longe possível. A Rádio
Independente teve o Esporte Clube São José como seu principal produto nesse
segundo semestre, estando em todos os jogos no Passo d’Areia na Série D e na
Copa Paulo Sant’Ana, além de marcar presença nos jogos fora de Porto Alegre. A
classificação para a Série C bateu na trave, mas o título da Copinha coroou o
trabalho do clube, do "porteiro ao presidente", como gosto de dizer.
Coroou também a valorização que demos ao produto São José, uma verdadeira
aposta em um clube que vive à sombra de dois gigantes do futebol brasileiro,
sem nenhum apelo na grande mídia.</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Até
aqui falo em nome da nossa equipe campeã, que também soube se valorizar e
evoluir à medida que as jornadas ganharam importância e que o trabalho se
tornou relevante, inclusive aos olhos de outros veículos maiores. Mas preciso
falar por mim... Ninguém chegou para mim e disse que a estrada como locutor
seria uma barbada. Fiz o curso para obter a habilitação e ter uma outra
alternativa profissional, além da inegável paixão que tenho pelo rádio e pela
comunicação. Fiquei quase um ano com a habilitação engavetada e amadurecendo o
momento no qual eu iria me expor a um microfone, fora dos estúdios da
"academia". Quase que despretensiosamente, acompanhando, olhem só, o
próprio São José, surgiu uma oportunidade na pessoa do Daniel Félix, que viria
a se tornar meu coordenador na Rádio Independente, além de um grande amigo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Amizade...
Em uma caminhada tortuosa, como é a do rádio, as amizades são conquistas de
valor inestimável. Convivemos com pessoas, conhecemos lugares, experimentamos sensações
que, para quem acompanha e verdadeiramente gosta de futebol são um privilégio,
de poder contar coisas de um esporte que mobiliza e emociona tanta gente. Tudo
começou no nada distante 25 de junho deste ano, em um Passo d’Areia com portões
abertos pela primeira vez na Série D, para ser o plantão da jornada que
definiria o futuro do São José na competição, no jogo contra o Ituano. Aquele
cara que nunca havia aberto um microfone para o mundo ouvir, tremia como todo
iniciante que se preze, mas sobreviveu àquele desafio e entendeu que se tinha
alguma coisa que ele queria para si, era se embebedar dessa latinha cheia da
cachaça a que tanto se referem os radialistas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Do
plantonista que estava se tornando confortável ao repórter/comentarista
totalmente sem desenvoltura foram 3 jogos e uma viagem de quase 20 horas até
São Bernardo do Campo. Outra experiência marcante, por tudo que envolveu aquela
epopeia, pelo que foi o jogo, pelas pessoas que conheci nesse processo. Faltava
uma coisa: o campo. Por mais que eu soubesse que não me daria muito bem metendo
microfone na boca de boleiro, queria tentar, queria esse desafio. E ele não
demorou a vir... 17 de agosto, estreia do São José na Copa Paulo Sant’Ana, coincidentemente
contra o Aimoré, no estádio Monumental do Cristo Rei, numa noite esquisita de
quinta-feira. Uma que outra tímida entrevista, participação na coletiva do
então técnico do time porto-alegrense e um desempenho abaixo da crítica. Nada
que me deixasse chateado, ou algo do gênero, afinal, era apenas o primeiro
jogo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Existe
um chavão que diz que "o Brasil tem 200 milhões de treinadores", ou
algo assim. Todo brasileiro que gosta de futebol tem um quê de corneteiro ou de
comentarista que parece algo inato. Óbvio que comigo não seria diferente, e
veio o primeiro convite para comentar uma partida e também a primeira
participação em uma rádio AM, na Metrópole, de Cachoeirinha. Estádio Antônio
Vieira Ramos, em Gravataí, um xoxo 0 a 0 entre Cruzeiro e Igrejinha. A tarde de
sábado onde me senti mais à vontade com um microfone em punho e menos à vontade
em uma cabine com espaço físico reduzido, que dividi com o amigo Jefferson
Couto. Ali descobri o que eu queria e o que eu poderia fazer de melhor se
tratando de rádio esportivo. Já imaginava que eu conseguiria desempenhar melhor
no comentário, mas não esperava tanta naturalidade da minha parte.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A
Copa Paulo Sant’Ana foi um baita laboratório, tanto para mim, quanto para a
Rádio Independente, que abriu seu microfone para uma grande e competente equipe
ao longo da competição. É uma satisfação enorme criar esses laços de
convivência e amizade com cada um da equipe, com quem pude aprender muito para
evoluir a cada jornada esportiva. Até então, só havia participado das
transmissões de jogos da dupla Ze-Cruz, e não me interessava tanto pela dupla
Gre-Nal. No entanto, com a caminhada do Grêmio na Libertadores da América,
surgiu a Rede do Futebol, e com ela o convite para comentar Grêmio e Botafogo, na
Arena. Os amigos Daniel Félix, Fabiano Barbosa (ou Barbosa Júnior, como o
próprio prefere) e Ciro Götz comandaram uma grande transmissão, desde às 20h
até quase 1h da madrugada, coroada com a classificação gremista em pleno 20 de
setembro.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
À
medida que o São José avançava na Copinha e eu buscava evoluir, tanto na
cabine, quanto na beirada do campo, uma nova experiência apareceu nessa
jornada: fazer jogos em tubo, pela Rádio Saldanha. Comentei Paraná e
Internacional, pela Série B, em jogo que estabeleceu o recorde de público da
Arena da Baixada. Confesso que é diferente de estar na cabine, dentro do clima
do jogo, mas é uma outra forma de ver e contar a história. Esse período
frenético teria mais capítulos marcantes, com as fases finais da Copa Paulo
Sant’Ana, onde a Rádio Independente fez acompanhamento total dos clássicos
entre São José e Cruzeiro, e da final entre São José e Aimoré. Comentei o
primeiro clássico Ze-Cruz e reportei nos outros 3 jogos, participando também
dos pré e pós-jogos, ao lado do Barbosa Júnior, que me ensinou demais e
facilitou muito o desenvolvimento do meu trabalho.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
No
final das contas, com todas essas experiências em apenas 4 meses de trabalho,
são duas coisas que ficam: a gratidão e o aprendizado. Muitas pessoas
participaram deste processo, e se eu for listar todos o texto vai dobrar de
tamanho, mas ainda menor, infinitamente menor do que tenho a aprender. Afinal,
se nem 2017 acabou, o que dizer dessa caminhada? Muitos desafios estão
esperando, prontos para serem encarados de frente, com muita dedicação e
humildade, elementos fundamentais para chegar a algum lugar. Nosso espaço,
enquanto Rádio Independente, nós estamos cavando aos pouquinhos, e 2017 está sendo
sensacional neste aspecto. Falando por mim, comentarista/repórter/plantão/radialista
Jhon Willian Tedeschi, espero seguir contribuindo de forma satisfatória em
todos os espaços que me forem permitidos, sempre em frente.<o:p></o:p></div>
Jhon Tedeschihttp://www.blogger.com/profile/11249631890828472318noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9157832412644972432.post-89590934776167140642016-10-22T22:28:00.000-02:002016-10-22T22:28:06.572-02:00A maldição do Gre-Nal possível<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://e.imguol.com/esporte/futebol/2011/04/26/rafael-marques-busca-a-bola-na-rede-apos-gol-do-universidad-catolica-contra-o-gremio-260411-1303863226340_615x300.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://e.imguol.com/esporte/futebol/2011/04/26/rafael-marques-busca-a-bola-na-rede-apos-gol-do-universidad-catolica-contra-o-gremio-260411-1303863226340_615x300.jpg" height="195" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Em 2011, o Grêmio caiu diante da Universidad Católica, sendo parte do famoso e frustrado "Gre-Nal da Libertadores" (Foto: Jefferson Bernardes / AFP Photo)</td></tr>
</tbody></table>
Na tarde deste domingo será disputado, na Arena do Grêmio, o
Gre-Nal 411, válido pelo Brasileirão 2016 e que poderá implicar em muitas consequências
chave na sequência dos clubes na temporada. Teremos cerca de 50 mil pessoas no
estádio gremista para ver um Grêmio buscando terminar o campeonato com certa
dignidade e querendo atrapalhar a vida do Internacional, que tenta se livrar de
vez de qualquer risco de rebaixamento. Ambos seguem vivos na Copa do Brasil,
onde no meio da semana passada alcançaram as semifinais, deixando a dupla
paulista Palmeiras e Santos pelo caminho e terão pela frente os grandes de
Minas Gerais, Cruzeiro e Atlético-MG.<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A possibilidade de haver uma final histórica é real, o que
caracterizaria o maior clássico da história. No entanto, por falar em história,
ela nos conta que, sempre que estivemos diante de um Gre-Nal que pararia o Rio
Grande do Sul, muitas vezes ele não aconteceu. Até hoje se fala do “Gre-Nal do
Século”, disputado em fevereiro de 1989, válido pela semifinal do Campeonato
Brasileiro do ano anterior – graças ao formulismo vigente à época. O
Internacional venceu o clássico de número 297 por 2 a 1, de virada, em um
domingo calorento, dentro de um Beira-Rio com quase 80 mil pessoas, chegando à
final do torneio.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/VXpDuoY_mME" width="560"></iframe></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Tivemos outros clássicos em competições de mata-mata, mas
nenhum com a mesma importância. Destaca-se entre eles o confronto eliminatório
nas quartas de final da Copa do Brasil de 1992, no qual o Internacional
novamente saiu vencedor, se classificando às semifinais na competição da qual
se sagraria campeão. Foram dois empates em 1 a 1, com o time colorado se
classificando na decisão dos pênaltis, dentro do estádio Olímpico. Nas Copas
Sul-Americana de 2004 e 2008, o Inter fez valer a regra e eliminou o Grêmio,
assim como na Seletiva para a Libertadores, em 1999.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Os clássicos que a história não escreveu</b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
E os Gre-Nais que não aconteceram? No início das competições
nacionais, lá na distante década de 60 do século passado, o Rio Grande do Sul
tinha apenas um representante, o campeão estadual. Somente em 1967, com a
criação do Torneio Roberto Gomes Pedrosa, Grêmio e Internacional passaram a
participar juntos das competições além do Mampituba. O clássico de 1989 foi o
primeiro a decidir alguma situação importante – no caso, além da classificação
à final daquele Brasileirão, também valia uma vaga na Libertadores de 1989.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Até então, sequer havia a iminência desse clássico arrasa-quarteirão,
ainda que ambos fizessem boas campanhas, sobretudo ao longo dos anos 70, mas
muitas vezes o Grêmio ficou pelo caminho e não pode evitar o tricampeonato do
Internacional. Nos anos 80, a tendência se inverteu, só que sem as boas
campanhas coloradas, pelo menos na primeira metade daquela década. Depois de
1989 a gangorra quebrou de vez, e, pelo menos no Brasileirão, enquanto um ia
bem, o outro ia mal. Restava a recém-criada Copa do Brasil.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O Brasileirão teve disputas eliminatórias apenas até 2002,
descartando a possibilidade de um duelo de vida ou morte. A Copa do Brasil teve
o confronto de 1992, que marcou a exceção do Internacional, um costumaz
figurante no torneio. Em 1994, o Inter foi eliminado nas quartas de final pelo
Ceará, que seria derrotado na final pelo Grêmio. Os nordestinos ainda passaram
pelo obscuro Linhares, do Espírito Santo, antes da decisão – ou seja, era mesmo
uma oportunidade concreta de um Gre-Nal na final daquele ano.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Os pequenos desastres da era moderna</b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><br /></b></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://i0.statig.com.br/fw/f2/rj/80/f2rj8059y8cuqm7f0kbt0f9bu.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://i0.statig.com.br/fw/f2/rj/80/f2rj8059y8cuqm7f0kbt0f9bu.jpg" height="250" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O Internacional foi eliminado em casa, para o Peñarol, dando adeus à Libertadores 2011 e a possibilidade de um clássico histórico (Foto: Reprodução / AFP)</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
Entre 2002 e 2013 os clubes que disputavam a Libertadores da
América ficaram de fora da Copa do Brasil – 2003, 2006, 2007, 2009, 2010, 2011
e 2012 foram exemplos disto. Nos anos de exceção, mais algumas pequenas
tragédias, mas isso entra na conta histórica da Copa do Brasil. Em 2013, voltamos
a ter a chance de um Gre-Nal decisivo. Nas quartas de final daquela competição,
Grêmio e Inter enfrentariam Corinthians e Atlético-PR, respectivamente, e
estavam chaveados para um possível enfrentamento nas semifinais.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O Tricolor passou nos pênaltis pelos paulistas, mas o
Colorado ficou no caminho, perdendo no gol qualificado para o Furacão, que
também eliminaria o Grêmio nas semifinais. No ano passado a situação se
repetiu, terminando de forma ainda mais melancólica. A dupla Gre-Nal iria
enfrentar Fluminense e Palmeiras, na mesma situação de 2013 – isso que no
sorteio para as quartas de final já houve a expectativa de as bolinhas
colaborarem. Ambos foram eliminados, ficando a um gol cada do esperado clássico
que ficou na vontade.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/2oIrhdzzT0A" width="560"></iframe></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A situação mais bizarra aconteceu em 2011. O Internacional
era o atual campeão da Libertadores da América, enquanto o Grêmio arrancou uma
vaga à fórceps para a fase preliminar da competição. As campanhas de ambos os colocaram
nas oitavas de final posicionados de modo a se enfrentarem, caso se
classificassem. Os adversários eram o Peñarol, para os colorados, e a
Universidad Católica, para os gremistas. Rivais acessíveis, na teoria...</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Na prática, a expectativa se tornou uma tragédia esportiva.
Em meio à decisão do returno do Gauchão 2011, houveram os confrontos na
competição continental. Ambos conseguiram a proeza de perder os jogos em Porto
Alegre, o Grêmio na ida, e o Inter na volta, e o clássico pela Libertadores virou
lenda urbana. Para 2016, a expectativa é maior que das outras oportunidades, em
que pese o momento não tão brilhante dos times. Serão duas quartas-feiras que
poderão encher o Rio Grande do Sul de dinamite – ou de lamúrias, novamente.</div>
Jhon Tedeschihttp://www.blogger.com/profile/11249631890828472318noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9157832412644972432.post-17244695328720246582016-10-06T23:20:00.002-03:002016-10-06T23:20:41.664-03:00Reaprendendo a sonhar<div class="MsoNormal">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/NU9JoFKlaZ0" width="560"></iframe><br />
<br />
A primeira semana de outubro, quando formos fazer uma
retrospectiva da dupla Gre-Nal em 2016, ficará marcada com a semana da retomada
da esperança dos torcedores. Quando as expectativas já eram as piores
possíveis, dentro e fora de campo armaram-se reviravoltas que permitiram uma
revisão de objetivos. Tudo bem que são prêmios de consolação, longe, muito
longe da grandeza de Grêmio e Internacional, mas indicam o começo da salvação
de uma temporada que tinha tudo para terminar de forma trágica. Na verdade o risco
ainda existe, mas só quem pode respirar aliviado na hora de dormir sabe o valor
que isso tem.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://www.gremio.net/upload/news/0_21233697_l.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://www.gremio.net/upload/news/0_21233697_l.jpg" height="265" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Jaílson foi o autor do gol que manteve o Grêmio na briga por uma vaga na próxima Libertadores da América (Foto: Tiago Caldas / Lancepress)</td></tr>
</tbody></table>
Da briga pela liderança ao meio da tabela. Sem escalas, em
um processo rápido e doloroso, que pulveriza os anseios até do mais otimista. O
mês de aniversário do Grêmio ficou para trás com apenas uma mísera vitória em cinco
jogos pelo Brasileirão, com direito a lambadas inesquecíveis sofridas para
Coritiba e Ponte Preta. O comando técnico mudou e a visão sobre o futebol
também, com a chegada de Renato Portaluppi, ídolo-mor da história gremista.
Esqueçam aquele time acadêmico, que tocava a bola incansável e infinitamente. O
“velho-novo Grêmio” busca ser sólido, vertical e reativo, características
históricas do clube.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A estreia de Renato foi pela Copa do Brasil, na desnecessariamente
dramática classificação gremista sobre o Atlético-PR, quando o time foi
derrotado no tempo normal e venceu apenas nos pênaltis. Naquela noite já se
notava um Grêmio nem melhor, nem pior, apenas diferente. Na sequência, vitória
sobre a Chapecoense, em atuação pobre e eficiente, um pouco mais seguro na
defesa, menos dinâmico e mais letal. Ao menos o time voltava a vencer no
Brasileirão, deixando para trás uma sequência de 7 jogos sem sentir o gostinho
dos 3 pontos. Apresentando visível evolução, o Grêmio superou o Palmeiras no jogo
de ida das quartas de final da Copa do Brasil, fechando setembro com mais uma
vitória.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Outubro começou com uma novidade vinda do Paraguai. A
Conmebol anunciou que a Libertadores da América passará a ser disputada durante
a maior parte do ano, já em 2017, aumentando o número de clubes e de vagas para
os brasileiros. Ou seja, da noite para o dia as 4 vagas via Brasileirão se
transformavam em 6, e alguns times, que pareciam à passeio no campeonato,
voltavam a ter ao menos alguma motivação para terminar o ano de forma mais
digna. Entre eles o Grêmio, que se arrastava em uma melancólica espera pelo
final do ano, enquanto tentava a sorte na Copa do Brasil, derradeira chance de
título ainda nesta temporada.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O começo dessa nova luta foi inglório, em jogo onde o time tinha
que jogar pela dignidade, além de jogar pelo resultado, envolto na desconfiança
de que entregaria para o Cruzeiro visando a prejudicar o Internacional. A
postura foi boa, a atuação foi ruim, e o Grêmio perdeu pelo placar mínimo no
Mineirão – onde não vence a Raposa desde 1998. Nesta quarta-feira, mais uma
situação do mesmo tipo, desta vez para enfrentar o Vitória, em Salvador.
Novamente o time se comportou bem e, apesar de perder um caminhão de gols, saiu
vitorioso, se colocando na porta do recém-inaugurado G-6.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Matematicamente falando, hoje são necessários 59 pontos para
garantir uma vaga na próxima Libertadores. Está muito longe do que time e
torcida ambicionaram em boa parte do campeonato, mas, como costumo dizer, é
muito melhor estar na “competição mais charmosa das Américas” do que não estar.
O próximo jogo é um confronto direto, contra o Atlético-PR, na Arena, onde
vencer é mais que importante, é vital para a manutenção deste objetivo. Volto a
dizer, a vaga na Libertadores não era exatamente o que queríamos, mas se é o
que podemos, vamos atrás dela.<br />
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://www.internacional.com.br/imagens/galeria/galeria_foto_a1b916d5bd418a8564e39b026a742a7d.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://www.internacional.com.br/imagens/galeria/galeria_foto_a1b916d5bd418a8564e39b026a742a7d.jpg" height="250" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Danilo Fernandes pega o pênalti de Juan, em momento que poderá se tornar emblemático na história do Internacional (Foto: Ricardo Duarte / SC Internacional)</td></tr>
</tbody></table>
</div>
<div class="MsoNormal">
Cerca de 70 mil pessoas estiveram no Beira-Rio entre o
último sábado e esta quinta-feira. O apoio do povo que veste vermelho era
fundamental para que os aparelhos do Internacional seguissem funcionando bem,
para deixá-lo respirando no Brasileirão. Todos dentro do clube encararam os
jogos contra Figueirense e Coritiba como finais de Copa do Mundo, a torcida fez
sua parte e o time voltou a vencer duas partidas seguidas, o que não acontecia
a quase 4 meses, quando o Inter recebeu e bateu América e Atlético numa
dobradinha de confrontos contra mineiros.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O risco de rebaixamento ainda é eminente, a pontuação
colorada é a mesma do Cruzeiro (33 pontos), primeiro clube dentro do Z-4 e
que tem um jogo a menos. Falta muito para o torcedor poder comemorar a
permanência na Série A, mas a possibilidade disto acontecer passava diretamente
por esses últimos 5 dias. Alguns resultados paralelos teimavam em não ajudar,
mas finalmente o Inter se ajudou. Podem não ter sido as atuações dos sonhos,
mas vencer já faria o sono dos colorados ficar mais tranquilo. Até o próximo
sábado, a zona de rebaixamento faz parte do passado.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Dizia após a vitória do Inter sobre o Figueirense que a
tônica dos jogos entre clubes ameaçados era a baixa qualidade técnica. Pudera,
no nível de tensão em que os clubes na linha entre a 12ª e a 18ª posição estão, qualquer encontro entre eles tende a pegar fogo. O jogo contra o
Coritiba não poderia ser diferente. Com mais cara de time do que vinha tendo, a
equipe treinada por Celso Roth seguiu esbarrando forte em suas limitações e
fazendo muita força para jogar. Os paranaenses, depois de se defenderem o
primeiro tempo inteiro, se soltaram na etapa complementar, inclusive ameaçando o
gol de Danilo Fernandes.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Um detalhe definiu o jogo: a competência. Na parte final do
jogo, Inter e Coritiba tiveram pênaltis a seu favor; Juan parou no goleiro adversário,
enquanto Vitinho marcou o gol de mais uma sofrida vitória do Internacional. O
Inter venceu as suas duas finais de Mundial, mas não empolgou, tampouco jogou
bem. A tabela é bem indigesta até o final do campeonato e este nível de atuação
deverá garantir fortes emoções ao torcedor até a última rodada. Com o
equilíbrio vigente na parte de baixo da tabela, 44 pontos devem salvar os
desesperados. Enquanto isso, aos colorados só resta torcer para que o pesadelo
acabe de uma vez.Jhon Tedeschihttp://www.blogger.com/profile/11249631890828472318noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9157832412644972432.post-83645646298905898092016-10-02T02:50:00.003-03:002016-10-02T02:50:57.007-03:00Angústias de um sábado à noite<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://www.internacional.com.br/imagens/galeria/galeria_foto_2d988b2deb639f5a6027c2ff50456b5e.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://www.internacional.com.br/imagens/galeria/galeria_foto_2d988b2deb639f5a6027c2ff50456b5e.jpg" height="265" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O Inter pediu e o torcedor atendeu: quase 35 mil pessoas apoiaram o time do início ao fim na vitória sobre o Figueirense, em pleno sábado à noite (Foto: Ricardo Duarte / SC Internacional)</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
Na maioria das vezes em que me proponho a escrever aqui no
Vida Cancheira é para falar sobre futebol, mas sempre colocando uma pitada de
sentimento, até porque normalmente falo sobre Grêmio e é impossível me tirar do
papel do torcedor frequentador da arquibancada. Nesta noite de sábado estive em
um papel de relativa neutralidade. Fui convidado para assistir a Internacional
e Figueirense junto a dois amigos torcedores colorados e, mesmo ciente da
situação delicada que vive o clube do Beira-Rio, aceitei o convite.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A maioria das pessoas que me conhece sabe que sou um
gremista um pouco fora do convencional. Embora fanático, interessado e envolvido
com muitas questões do clube, não carrego comigo esse sentimento “anti-colorado”
que a imensa maioria carrega consigo – e cuja recíproca é verdadeira. Minha
família é inteiramente torcedora do Internacional, muitos dos meus melhores
amigos também, e eu definitivamente não conseguiria me sentir feliz com um
eventual rebaixamento do clube. Claro, não vou ser hipócrita, quando as
situações envolvem grandes títulos é óbvio que torço contra. Mas sei muito bem o
que os colorados estão passando, de abrir os jornais e ver a posição
desconfortável em que seu time se encontra. Ou seja, tinha plena consciência de
que a vitória era vital para o Internacional.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Costumo dizer que as demandas dos clubes no Brasileirão são
definidas a partir da rodada 28, na qual estamos, pois a partir daí faltarão
apenas 10 jogos para o final do campeonato, a chamada reta final. Já a alguns
jogos a prioridade colorada é fugir da zona de rebaixamento, o que não
aconteceria neste sábado, seja como fosse. Mesmo assim a torcida pegou junto,
em um sábado à noite estranhamente frio do início de outubro, véspera de
eleições, entre outras situações. Eu dizia para meus anfitriões algo que já
disse aqui no blog, que o torcedor só frequenta o estádio quando o time enche
os olhos, ou quando ele precisa do torcedor. Mais do que nunca, ao longo dos
seus 107 anos de história, o Internacional precisa do apoio de seu povo, seja
nas arquibancadas, seja com energias positivas para os jogadores.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Até no aspecto institucional o Internacional encarava o jogo
como um dos mais importantes dos últimos anos, usando até a comparação com uma “final
de Mundial”. Uma inglória decisão, e devemos concordar que esta analogia foi
extremamente infeliz, mas necessária, para mobilizar jogadores e torcedores.
Falando sobre o que aconteceu dentro das quatro linhas, o Internacional venceu
por 1 a 0, gol do reabilitado Vitinho, logo no início da partida. O jogo foi
fraco tecnicamente, como vem sendo a tônica dos duelos entre os times da parte
de baixo da tabela do Brasileirão. Os comandados de Celso Roth pareciam muito
mais preocupados em não cometer erros que pudessem proporcionar oportunidades
para os catarinenses do que em matar o jogo e tranquilizar o torcedor de uma
vez.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/I_izvAbhExY" width="560"></iframe></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Estar em meio a muitos e angustiados colorados me fez pensar
bastante durante o jogo, sobre como o futebol mexe com o torcedor. Ver o olhar
de preocupação em todos e saber que, em meio a tantos problemas mais sérios que
temos, o momento do time do coração ajuda a tirar o nosso sono de uma forma
absurda. Nem entro nas questões de merecimento ou torcida por uma queda ou não
do Inter, ou de qualquer outro time, é muito mais um lance conceitual, do
quanto isso nos afeta. Na volta para casa encontrei dois torcedores colorados,
na parada do ônibus, e troquei algumas palavras com eles, sobre coisas do
ambiente do estádio. Absorver esse sentimento, sem compartilhar dele, é uma das
coisas mais loucas do futebol. Por isso o futebol é o esporte mais popular do
mundo, por isso move fortunas e multidões.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A vitória colorada não foi definitiva, e nem seria. Mas o
clima que a torcida criou antes, durante e depois do jogo tende a reanimar o
grupo de jogadores para tentar livrar o clube do pior. Na quinta-feira o Inter
tem mais um jogo-chave para sua sobrevivência, quando receberá o Coritiba,
outro concorrente direto na luta para fugir do Z-4. A frieza dos números é
implacável, o Internacional segue na 18ª colocação, a 3 pontos do primeiro time
fora da linha de rebaixamento e a briga deverá ser ferrenha até as rodadas
finais. A lição que fica é que nos momentos ruins que o clube – seja ele qual
for – deve olhar para o torcedor de verdade, aquele que abre mão de muitas
coisas para estar ao lado do seu time, apoiando-o de forma incondicional. Que o
Inter aprenda e traga o povo para seu lado enquanto ainda há tempo.</div>
Jhon Tedeschihttp://www.blogger.com/profile/11249631890828472318noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9157832412644972432.post-89189853419456256582016-09-18T21:50:00.000-03:002016-09-18T21:50:53.174-03:00Melancolia instituída<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-GbQ9mjGZj9E/V98016M1d1I/AAAAAAAANnI/NYptkVGLHQs0LMc3ivDiM9pbAU4saLPIACLcB/s1600/29652284071_0ef9f9a2cf_k.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="266" src="https://1.bp.blogspot.com/-GbQ9mjGZj9E/V98016M1d1I/AAAAAAAANnI/NYptkVGLHQs0LMc3ivDiM9pbAU4saLPIACLcB/s400/29652284071_0ef9f9a2cf_k.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Até o presidente Romildo Bolzan Júnior, uma ilha de lucidez dentro do Grêmio, perdeu os rumos de suas atitudes (Foto: Rodrigo Rodrigues / Grêmio FBPA)</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
Quando me proponho a parar e escrever sobre o Grêmio,
procuro ser o mais coerente possível. Pode não fazer sentido para quem lê meus
textos recheados com cornetas e críticas, até para quem me acompanha em redes
sociais, onde pego ainda mais pesado com o clube. Só que agora, depois da
derrota para o Fluminense que derrubou o Grêmio para a metade de baixo da
tabela do Brasileirão, dentro do contexto de uma vitória nos últimos 10 jogos,
comemorando 113 anos sem comando no futebol do clube, tampouco treinador, as
coisas precisam mudar.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Mais que as coisas, as atitudes precisam ser diferentes. Em
meio a uma ebulição na política, com as eleições para o Conselho Deliberativo,
e essa profunda crise técnica dentro de campo, o momento é de abraçar o clube
como um todo. Talvez eu até tenha dito o contrário nos últimos dias, em meio ao
descontentamento com as atuações insuficientes, goleadas sofridas e declínio na
classificação do Campeonato Brasileiro. Caras, hoje o Grêmio está na 2ª página
da classificação e há uns 30 dias nós sonhávamos até com o título brasileiro. A
luz que já era amarela ganhou tons alaranjados.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O velho-novo treinador é Renato Portaluppi, que é muito
menos técnico que o antecessor Roger Machado, mas que como treinador pode dar algum
resultado. A verdade é que o Grêmio está desgovernado. As atitudes não são
tomadas à luz da sobriedade, e sim passando a impressão de que todos estão sob
efeito de alguma bebida muito forte – a qual poderia amenizar o nosso
sofrimento com toda essa conjuntura. As chances de fracasso são consideráveis, quarta-feira
já teremos mais um “jogo mais importante da temporada”, quando uma vaga nas
quartas-de-final da Copa do Brasil será decidida contra o Atlético-PR, na
Arena.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/XFkzRNyygfk" width="560"></iframe></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Seja como for, abandonar não vai adiantar nada, nada mesmo.
Todo torcedor sabe onde aperta seu calo e sabe melhor ainda de onde tira para
seguir contribuindo com o clube. Muitas vezes tiramos de onde não temos, quando
o que temos, na verdade, são motivos para nos indignarmos com esse momento lamentável
que o Grêmio vive. Mas o time está em queda livre e precisa da nossa força para
que tudo não se torne um drama maior ainda nesse final de 2016. A distância
para a zona de rebaixamento está em míseros 9 pontos e isso é assustador, um
desastre desse tamanho seria a maior reversão de expectativas da história do
clube.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O Grêmio não vence a mais de um mês, e nesse setembro são 4
derrotas em 5 jogos, duas delas goleadas impiedosas sofridas para Coritiba e
Ponte Preta. As escolhas erradas cobraram seu preço em um momento crucial da
temporada. A insistência em algumas situações de jogo, com alguns jogadores, ou
ainda a incapacidade de mudar ou se reinventar podem ser causas, mas não me cabe
chegar aqui como profeta do acontecido. Seria de um mau-caratismo e oportunismo
sem tamanho. O fato é que a ilusão que tínhamos no começo do campeonato foi
jogada na lata do lixo, e poucas coisas entristecem mais do que isso.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Bom, desta vez estou sendo breve, porque não há muito a ser
dito. Esses dias, em uma transmissão de um jogo do Vasco, na Série B, o
comentarista dizia que “o torcedor só vai ao estádio quando o time empolga, ou
quando está precisando dele”. O Grêmio está precisando de nós. Temos que estar
juntos com nosso time, como diz aquela música, “na ruim muito mais”. Não
precisamos apoiar incondicionalmente, muito menos aplaudir derrotas. O
importante é mostrarmos que não abandonamos o clube e que podemos evitar o
pior. Afinal, mesmo melancólico, 2016 ainda não acabou.</div>
Jhon Tedeschihttp://www.blogger.com/profile/11249631890828472318noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9157832412644972432.post-17318748613075162422016-09-04T20:37:00.000-03:002016-09-04T20:53:02.800-03:00Não me digam o que pensar, não me julguem por sentir<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://farm9.staticflickr.com/8345/29458661435_1587001d52_k_d.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="266" src="https://farm9.staticflickr.com/8345/29458661435_1587001d52_k_d.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Camilo marcou um gol antológico, que abriu o caminho para a ótima vitória do Botafogo sobre o Grêmio (Foto: Vítor Silva / SSPress / Botafogo FR)</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
O texto de hoje poderia muito bem ser a continuação do que
escrevi no início da semana que passou sobre o jogo do Grêmio contra o Atlético-MG.
O tão falado jogo a menos que o time de Roger Machado tinha a cumprir contra o
Botafogo foi um desastre. O placar de 2 a 1 não condiz com o que foi a partida,
foi totalmente enganoso. Afirmo isto avaliando o quão fraca e calamitosa foi a
atuação gremista na tarde deste domingo, mesmo com os desfalques de Marcelo
Grohe, Pedro Geromel e Miller Bolaños (esse nem tão desfalque assim). Foi
aquele famoso jogo onde ninguém ganha nota maior que 5 na avaliação dos jornais
na segunda-feira, todos com atuação abaixo das suas médias históricas no
campeonato.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Começamos pelo ânimo do time. Nunca saberemos o que havia no
almoço dos jogadores em algum dos luxuosos hoteis da capital carioca, se o
calor era tão forte que pudesse causar danos cerebrais aos jogadores ou se
aconteceu algo sobrenatural no trajeto pela Linha Vermelha. A verdade é que o
time entrou em campo absolutamente travado. Podem dar a desculpa do péssimo gramado,
digno dos melhores campos de várzea do Brasil, mas o terreno de jogo é o mesmo
para os dois times; se o Botafogo consegue trocar passes no gramado do
Luso-Brasileiro, e o Grêmio não, eis um grande problema. E quando Luan é o
jogador mais aceso do time em um jogo – não que isto deponha contra ele –, aí é
o momento de chacoalhar de vez o elenco.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A vontade que tenho, hoje, é buscar fragmentos de textos
sobre outros jogos e registros de redes sociais para não passar por
oportunista. Mas como não tenho a cara de pau suficiente para fazer isso, vamos
às minhas impressões... O atual técnico gremista não tem o perfil para a
chacoalhada supracitada, muito menos há dirigentes no clube com este culhão,
já me desculpando pelo termo. Dentro do elenco aparentemente não existe uma liderança
obstinada, com moral e capacidade para elevar o time durante os jogos, quando a
coisa aperta. O fato de os capitães, pelo menos hoje, serem Maicon e Marcelo
Oliveira explica muita coisa. O time é bem montado, mas em alguns jogos se
mostra acéfalo, dentro e fora de campo.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Hoje sequer bem montada a equipe foi. O pouco argumento que
eu tinha para elogiar o trabalho de Roger Machado se esvaiu como a areia das
subestimadas praias da Ilha do Governador. O tal 4-2-3-1, cantado e decantado
como a grande virtude gremista, sendo um sistema tático bem estruturado e
azeitado, caiu no esquecimento, dando lugar a um Frankenstein com 3 volantes
que envergonharia até os maiores entusiastas do <i>catenaccio</i>. Aquele arroz com feijão cumpridor que dava resultados
deu lugar a um miojo morno e aguado, que não mata a fome – ou melhor, aumenta o
buraco no estômago. Tudo bem que existam desfalques, um gramado horroroso ou o
maldito respeito ao adversário, mas não se pode enfrentar um time da linha de
baixo da tabela com essa cautela toda, é inadmissível.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O pior não é a escolha pelo número excessivo de “apoiadores”
(termo gourmetizado para denominar os volantes), o maior erro foi a disposição
deles dentro de campo. Em hipótese alguma pode se tirar Walace da frente da
zaga, posição onde ele vinha se destacando no Grêmio e foi muito bem nas
Olimpíadas. Deixar ele em uma posição mais à frente, jogando mais aberto que
centralizado, é tolher as maiores virtudes dele. A dupla Maicon e Jaílson
foi inútil, nem tanto no aspecto técnico, mas no aspecto tático, pois o time
ficou totalmente centralizado, pelas características destes jogadores –
tecnicamente o campeão olímpico ainda foi pior que os colegas de função. Quanto às substituições feitas no setor, sequer vou me dar ao trabalho de comentar.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Do meio para a frente o time sucumbiu. Sem o “apoio dos
apoiadores” e com o perdão do trocadilho, utilizando a referência alimentar
feita mais cedo, o ataque morreu de fome. O melhor, como citado anteriormente,
foi Luan, que ao menos buscou jogo, se movimentando totalmente fora da sua
melhor posição, que é como o chamado “falso-9”. A referência ficou a cargo de
Henrique Almeida, um 9 que deveria ser verdadeiro, mas é pior que os falsos. Ele
mal tocou na bola, e ainda viu o garoto Matheus Batista, que entrou em sua vaga e numa
fogueira altíssima, mostrar seu valor e marcar seu golzinho. Faltou falar de
Douglas, mas ele aparentemente faltou ao jogo. Talvez ele nem tenha ido tão
mal, até pode ter sido muito bem marcado, mas a postura deste pretenso atleta é
uma das coisas mais irritantes que existem.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Dito isto, é necessário ressaltar a grande atuação de um
Botafogo que deitou nas fragilidades gremistas, criando chances e dominando as
ações até suas pernas acabarem, resultado de uma maratona de 3 jogos em 6 dias.
O golaço de Camilo, em uma linda meia-bicicleta, entra para os anais dos
maiores gols da história do Brasileirão em todos os tempos. O armador botafoguense
também teve atuação importante na criação das jogadas e no abastecimento a
Sassá, que marcou o 2º gol e deu permanente dor de cabeça a Kannemann e Wallace
Reis. Luís Ricardo foi muito bem na lateral-direita, enquanto Aírton e o
argentino Carli foram gigantes no sistema defensivo. O Botafogo, em que pese
ter sido goleado pelo Cruzeiro no meio da semana, vem em uma boa crescente, com
um time organizado, veloz e perigoso, sobretudo nos contra-ataques. Não deverá
correr maiores riscos de rebaixamento.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O Grêmio, por sua vez, segue oscilando, alternando atuações
bestiais com atuações de besta, ou atuações de gala com atuações de galinha, sendo
um leão (quase) indomável dentro da Arena e um gatinho medroso longe dela. Essa
irregularidade se percebe também na relação entre os adversários, pois
invariavelmente o Tricolor se complica contra rivais mais fracos. Dos últimos
18 pontos, o Grêmio conquistou apenas 6, e nada melhor que os números para escancarar
uma mediocridade que incomoda e muito. Nessa altura do campeonato pensar em
título é utopia, e o mais racional é aceitar que teremos que nos contentar
novamente com aquela vaga que, vocês sabem...</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
A realidade é olhar para trás na tabela, pois o pelotão
intermediário de Ponte Preta, Fluminense e Atlético-PR se aproxima perigosamente
– os dois primeiros, inclusive, são adversários gremistas nas próximas 4
rodadas. Pelo futebol que o Grêmio não vem apresentando nos últimos jogos,
ficar pelo caminho é uma possibilidade e a luz amarela deve ser acesa nas bandas
da Arena. Eu pedi no último texto uma prova de que o time não travaria nos
momentos cruciais e hoje o time não se impôs em nenhum minuto contra um
adversário claramente inferior. É muito difícil torcer e apoiar um time sem
ambição, e é ainda mais difícil defender um treinador que não consegue tirar
esse espírito dos seus comandados.Jhon Tedeschihttp://www.blogger.com/profile/11249631890828472318noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9157832412644972432.post-48085908853983019572016-08-29T23:10:00.000-03:002016-08-29T23:13:46.693-03:00Decepção programada<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://www.atribuna.com.br/fileadmin/_processed_/csm_robinho_607d879d12.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://www.atribuna.com.br/fileadmin/_processed_/csm_robinho_607d879d12.jpg" height="266" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Henrique Almeida e Edílson observam Robinho comemorando, sem saber o que fazer. Àquela altura do campeonato, nada mais poderia ser feito... (Foto: Reprodução / Folhapress)</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
Poucas situações na vida podem ser tão paradoxais quanto a
saída de um estádio de futebol. É um momento de absoluta comunhão de
expectativas frustradas ou de júbilo embriagante que pode influenciar nas
próximas horas, semanas ou vidas, dependendo do peso da entrega no placar
final. Poucas coisas no futebol são piores que sofrer um gol nos minutos
finais. Aí não importa o contexto, o desgraçamento mental e a sensação de que aquilo
era uma coisa totalmente evitável tomam conta dos nossos corações e nos fazem
ter uma ressaca moral aparentemente incurável.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Este poético e rebuscado prólogo só serve para expressar o
quanto está sendo difícil de lidar com o empate que o Grêmio sofreu ontem para
o Atlético-MG, na Arena. O Tricolor foi amplamente superior, não correu nenhum
risco durante o jogo e mesmo assim não saiu com a vitória, prova cabal que a
justiça acontece apenas nos tribunais, e olhe lá. O 1 a 1 mantém o time
gremista na 6ª colocação no Brasileirão, com 36 pontos, 7 a menos que o líder
Palmeiras, ainda que tenha um jogo a menos em relação aos demais times da parte
de cima da tabela. Este jogo a menos, contra o Botafogo, será o próximo
compromisso do Grêmio, no próximo domingo, às 16h.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Quando a formação inicial do Grêmio foi anunciada, não vi
com bons olhos a opção pelos três volantes, mesmo que nenhum deles seja
propriamente um quebrador de bola, muito pelo contrário. Fiquei apreensivo,
pois jogando contra um adversário que claramente iria jogar mais postado, o
time poderia perder poder de fogo. No entanto, desde o primeiro minuto o Grêmio
amassou, indo para cima do Atlético-MG e povoando o campo adversário, como o
caráter decisivo do jogo exigia. Ainda assim, mesmo jogando inteiro no
território rival, o time gremista tinha pouquíssima profundidade, com Luan e
Bolaños jogando abertos e sem chegar perto da área defendida pelo campeão
olímpico Uílson.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A volta do intervalo foi de manutenção do estilo, e deu
certo. Logo no início do 2º tempo Luan contou com a sorte, e viu um chute
despretensioso da entrada da área explodir em Ronaldo e encobrir Uílson. O
Grêmio continuou dominando o jogo, tecnica e territorialmente, mas sem criar
mais chances claras de gol. Aqui cabe um parêntese: em que pese ter marcado o
gol da vitória contra o Atlético-PR na última quarta-feira, pela Copa do
Brasil, ontem foi mais uma jornada infeliz do equatoriano Miller Bolaños. O
camisa 23 gremista insiste em não justificar o enorme investimento feito em seu
futebol, seja pelas decisões erradas ou posicionamento equivocado dentro de
campo, seja pela infinidade de gols perdidos. Haja arroz para pagar esse
prejuízo.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O técnico Roger Machado também parece ter perdido a
paciência com o outrora <i>“Killer”</i> e voltou a apostar no fraco Henrique Almeida, após
uma sequência de jogadas malfadadas do ex-astro do Emelec. E após uma troca
ainda mais malfeita do treinador gremista, eu perdi a paciência com ele. A
entrada de Ramiro na vaga de Douglas, deixando o time com inacreditáveis 4
volantes em campo, era o prelúdio de uma tragédia que não tardou a acontecer.
Mais precisamente 5 minutos após a mudança, aos 41’ do 2º tempo, Robinho, que
sempre gostou de marcar contra o Grêmio, aproveitou uma paciente troca de
passes do Galo e acabou com a festa gremista. Aí é o momento em que eu deixo de
saber o que pensar e só sei o que sentir – e como xingar.<br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="390" src="https://www.youtube.com/embed/xPU8OAjjS4k" width="520"></iframe></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Em primeiro lugar, como é que ninguém tem a capacidade de
matar a troca de passes de um adversário que está em busca do resultado? Como é
que um time com 4 volantes fica apenas observando o toque de bola rival, com
jogadores trotando no campo defensivo? Por que o treinador não estava à beira
do gramado esbravejando para não deixarem o adversário jogar? Por que essa
insistência em um futebol bonito que não permite jogar sujo para garantir um
resultado? A vitória era vital na luta pelo título brasileiro e foi jogada no
lixo, sem remorso algum e com a complacência de parte da torcida que aplaudiu o
time ao final do jogo. Honestamente, prefiro um time que jogue mal, passe
aperto o tempo todo, mas que obtenha os resultados. Nessa altura do campeonato,
o mais importante são os 3 pontos, podendo ser desprezado o aspecto
qualitativo, sem dor alguma na consciência.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Se eu pudesse indicar uma leitura para Roger Machado,
certamente seria “O Príncipe”, de Nicolau Maquiavel. Talvez ele aprenda um pouco sobre ambição e
sobre as coisas a serem feitas para alcançar determinado objetivo. Vejo um
perfil conformista no comandante gremista e os jogadores absorvem essas
pequenas coisas para seus subconscientes, o que impede um centromédio de enfiar
a pata no seu adversário para minimizar qualquer chance de sofrer um gol. O que
quero dizer é que, para vencer, às vezes é necessário transgredir e ignorar as
regras, mesmo que isso seja antiético, imoral, chame como quiser. No aspecto
técnico Roger é excelente, encontrou uma maneira de jogar que se adéqua ao
elenco à disposição, mas que não tem aquele algo a mais que caracteriza um
time vencedor.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
O Brasileirão não está perdido para o Grêmio, ainda faltam
17 jogos, e o Tricolor também arrancou muito bem na Copa do Brasil. Falta mesmo
é convencer o torcedor que nos momentos cruciais o time não vai travar,
deixando de fazer um mísero golzinho contra um adversário da zona de
rebaixamento, ou levando um gol qualificado que o eliminará de uma competição
eliminatória. Hoje, a impressão é que um roteiro assim já está pré-escrito,
pronto para ser colocado em cena. O Grêmio precisa mesmo é deixar de ser esse
anti-clímax em forma de clube de futebol, que sempre dá um jeito de decepcionar
seu torcedor de uma forma diferente – e cada vez mais cruel.Jhon Tedeschihttp://www.blogger.com/profile/11249631890828472318noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9157832412644972432.post-37232005805075331142016-08-23T00:49:00.001-03:002016-08-23T17:46:43.323-03:00Equilíbrio inglório<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://imguol.com/c/esporte/9e/2016/05/30/torcida-do-cruzeiro-faz-protesto-em-frente-a-sede-do-clube-1464630076083_615x300.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://imguol.com/c/esporte/9e/2016/05/30/torcida-do-cruzeiro-faz-protesto-em-frente-a-sede-do-clube-1464630076083_615x300.jpg" height="195" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O Cruzeiro se recuperou um pouco no Brasileirão, mas seus torcedores andaram protestando forte contra a situação delicada que o clube ainda vive (Foto: Reprodução / UOL)</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
O Brasileirão sempre foi um campeonato dos mais esquisitos.
Na nova fórmula de pontos corridos, vigente desde 2003, as coisas passaram a
ter um pouco mais de lógica e foi composta uma hierarquia de clubes ainda maior
que a existente nas décadas anteriores. A pirâmide do futebol brasileiro está
bem dividida, com castas bem caracterizadas em seus respectivos escalões, mas
nada impede que tenhamos surpresas nos dois extremos das tabelas, não
importando a divisão. Este ano a Série A vem mostrando um equilíbrio que não se
via a algumas temporadas, com brigas intensas pelas primeiras colocações e na
luta contra o rebaixamento.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Na parte de cima da tabela, apenas 5 pontos separam o líder
Palmeiras do 6º colocado Grêmio, que ainda tem um jogo a menos em relação aos
adversários. Existe um pelotão à espreita, que fecha a primeira parte da
tabela, e está a 10 pontos do ponteiro do campeonato. A briga pelas 4 vagas que
o Brasileirão oferece para a Libertadores da América do ano que vem deve ser ferrenha
até as rodadas finais, pois nenhuma equipe dispara, devido à incrível
irregularidade que é marca registrada nesta temporada do futebol brasileiro.
Quando parece que algum time pode disparar, aparece uma Ponte Preta para
visitar o primeiro colocado e segurá-lo.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O que surpreende, na verdade, é a quantidade de times que
estão credenciados a lutar por posições no final da tabela. Ou melhor, a
quantidade de times jogando um futebol de nível débil, digno de divisões
inferiores do futebol brasileiro. Aviso que assistir a jogos de times como
América-MG, Coritiba, Figueirense e Santa Cruz pode causar dependência, te
levar a drogas mais pesadas, como jogos do CRB ou do Brasil de Pelotas, e a
reabilitação é muito, mas muito difícil. Só que o mais impressionante, e de
efeitos devastadores, é ver times como Cruzeiro, Internacional e São Paulo com
espírito e futebol de times rebaixáveis. Por sinal, os clubes citados jamais
foram rebaixados, o que torna a situação ainda mais assustadora.</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/trFdRPqjwyk" width="560"></iframe><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O América-MG tem 5 dos 6 pregos fincados em seu caixão. Com
13 pontos em 21 jogos, não tem mais volta, nem por um milagre. Ou seja, sobram
3 vagas para 9 clubes separados por 8 pontos. O que essa montoeira de números
quer dizer? Simples, que vai ter muito choro e ranger de dentes nas 17 rodadas
que teremos pela frente. Tenho para mim que até a 30ª rodada as coisas estarão
mais claras, com definições nas partes de cima e de baixo da tabela. Aqui vai
um tranquilizante aos torcedores dos clubes supracitados: nenhum deles vai
conhecer os porões da Segunda Divisão, ao menos não em 2017. Por pior que eles
possam estar agora, todos tem capacidade de recuperação, sobretudo gaúchos e
mineiros, de situação mais delicada.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
No entanto, o recado está dado: é hora de acordar! Muitos clubes
grandes caíram no conto do “clube grande não cai” e “a Série B não é o nosso
lugar”, e acordaram fora da elite do futebol brasileiro. Vejo muita soberba
dentro dos clubes, de achar que as coisas se resolverão por mágica, ou pelo
peso da camisa. Internacional e Cruzeiro estão seguindo à risca a famosa “Cartilha
do Rebaixamento”, com trocas de treinadores e decisões gerenciais no mínimo
discutíveis. O São Paulo vem jogando pouco faz tempo e está em queda livre no
campeonato. Times mais fracos, como Coritiba, Figueirense, Botafogo e Vitória
prometem lutar até o fim, pois são conscientes de suas limitações e de suas
realidades.</div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<br />
<div class="MsoNormal">
As próximas rodadas serão de um nível emocional
elevadíssimo. Todos os times nessa faixa da tabela enfrentam suas próprias
dificuldades e é difícil fazer uma aposta. Apesar dos pesares, o Cruzeiro está
em franca ascensão e venceu um confronto direto contra o Figueirense neste
final de semana. Por outro lado, o Internacional está a inacreditáveis 13 jogos
sem vencer e vai encarar duas pedreiras na sequência – o Sport, fora de casa,
em confronto direto, e o Santos, no Beira-Rio – e precisa urgentemente voltar a
vencer. Vitória, Santa Cruz e Figueirense, hoje, parecem ser os favoritos à
queda. Mas, em duas rodadas, tudo pode mudar, sobretudo nessa loucura que é o
Brasileirão 2016.</div>
Jhon Tedeschihttp://www.blogger.com/profile/11249631890828472318noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9157832412644972432.post-64466829474780260562016-08-14T20:56:00.001-03:002016-08-14T20:56:59.781-03:00Enfrentando o medo da história<div class="MsoNormal">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://c1.staticflickr.com/9/8781/28979170855_14ba4b569a_b.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="268" src="https://c1.staticflickr.com/9/8781/28979170855_14ba4b569a_b.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Jogadores do Grêmio agradecem o apoio da torcida em um domingo histórico na Arena. Mas o que os torcedores querem mesmo é um motivo para ser grato de verdade aos jogadores (Foto: Rodrigo Rodrigues / Grêmio FBPA)</td></tr>
</tbody></table>
Um jogo de futebol vai muito além do trivial que acontece
dentro das quatro linhas, com 22 pessoas correndo atrás de uma bola com o
objetivo de colocá-la dentro de um retângulo de aproximadamente 2 metros de
altura e 7 metros de largura. A nível profissional existe um nível de paixão
quase que insana envolvido nesse processo, que não dura apenas 90 minutos, mas
faz parte do cotidiano de milhões e milhões de pessoas. As histórias contadas,
que geram inúmeras músicas, livros e filmes, são o principal ingrediente desse
contexto que permeia as imaginações e a realidade, numa separação tão tênue que
muitas vezes faz com que elas se misturem sem aviso. A realidade, inclusive,
pode ser um fardo praticamente insuportável a se carregar, até mesmo pelos que
deveriam ser profissionais – sim, os jogadores.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O Grêmio está imerso em um momento histórico muito denso dos
seus quase 113 anos de existência. Há um processo de adaptação a uma nova casa,
a uma nova realidade que se fez inadiável, já que o velho Olímpico do bairro da
Azenha não suportava mais as necessidades do clube. Há um período sem grandes
conquistas que é angustiante para o torcedor, ainda que o Tricolor, enquanto
instituição, tenha ficado à beira de um precipício sem volta a pouco mais de
uma década – mas vai explicar isso para o torcedor, esse ser visceral que perde
totalmente seu discernimento quando tocam no distintivo do seu clube do
coração. Diante disto, surgem os pequenos tabus, coisas simples e que incomodam
tanto quanto essas questões transicionais mais pesadas.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O Tricolor manda seus jogos em uma moderna arena cravada na
periferia de Porto Alegre a pouco mais de três anos. Confesso minha pouca
afeição ao local, pela minha relação muito próxima ao Monumental de tantas
glórias, mas é necessário encarar a realidade e seguir a vida. Criou-se uma
aura de que o Grêmio e sua torcida ainda não tinham permitido ao novo estádio
que ele tivesse alma, como se um amontoado de concreto pudesse ter vida própria
– sempre acreditei que o Olímpico tinha. Sobretudo nos jogos decisivos, ou
quando uma multidão resolvia ir apoiar o time, esse sentimento se fortalecia,
sobrepunha às barreiras das quatro linhas, e fazia com que os jogadores
travassem ou que houvesse algo em potencial para dar errado.<br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/RMonSEgKWtc" width="420"></iframe></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Muitas vezes deu errado, este blog é testemunha de algumas
dessas ocasiões, mas finalmente ocorreu o aparentemente definitivo exorcismo desse fantasma que
frequentava os becos e praças desertas da Vila Farrapos. No ensolarado e quente
final de manhã deste domingo, o Grêmio recebeu o Corinthians, no primeiro de
três duelos vitais para que o sonho do título brasileiro deste ano não virasse
um pesadelo, e o churrasco do dia dos pais ficou ainda mais saboroso com a
vitória categórica por 3 a 0 contra os atuais campeões nacionais. A Arena
recebeu o maior público de sua curta história em jogos oficiais, pouco mais de
50 mil pessoas, que viram uma atuação correta de um time desfalcado de seus
dois melhores jogadores, mas que soube superar suas limitações e se aproveitar
das fraquezas corintianas.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Foi um jogo sem redenções épicas, nem grandes histórias para
contar. O Grêmio tomou a iniciativa do jogo, empurrado pela multidão que foi
lhe apoiar, e sufocou o Corinthians até abrir o placar, em um golaço de Pedro
Rocha. O time paulista teve enormes dificuldades na contenção do jogo, estando
organizado em um 4-1-4-1 que não tinha compactação, muito menos a necessária
voluntariedade dos jogadores da terceira linha nos raros momentos sem a posse
da bola, situação personificada no paraguaio Romero, de péssima atuação. Muitas vezes os
donos da casa alugaram o campo para os visitantes, atraindo as linhas rivais
para o seu campo, visando ao contra-ataque. Deu certo, o Grêmio desarmou muito
mais, utilizou com alta eficiência a velocidade de Pedro Rocha, Everton e Bolaños, e
matou o jogo no início da etapa complementar.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Duas coisas são importantes ressaltar. Em primeiro lugar,
novamente a defesa gremista protagonizou momentos de horror na bola aérea,
sempre nos 15’ finais de cada tempo. Não fosse a péssima pontaria dos homens de
frente do Corinthians, a atuação iluminada de Marcelo Grohe e uma boa dose de
sorte, o resultado poderia ter sido totalmente diferente. O posicionamento da
zaga tricolor ainda vai me fazer voltar a ter medo de altura, que troço
impressionante. Outra coisa... Sigo com minhas restrições ao técnico Roger
Machado, sua visão de jogo (a falta dela, no caso) e as limitações para alterar
o panorama de um jogo complicado. Mas, hoje, pelo menos, nosso treinador não
atrapalhou, mexeu certinho, colocando as peças certas, nos momentos certos.
Tudo bem que as circunstâncias ajudaram, mas a dupla Kaio e Ramiro não ficou
devendo em nada para Jaílson e Maicon, além da entrada de Guilherme, não tão
bem como outrora, mas em nível aceitável.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
O primeiro desafio foi superado. O Grêmio voltou para o
grupo dos 4 melhores do campeonato, ainda com um jogo por fazer – contra o
Botafogo, no dia 4 de setembro. Na sequência, o Tricolor irá enfrentar o
Flamengo, na manhã do próximo domingo, em Brasília. É mais um dos chamados “jogos
de 6 pontos”, e é importante pontuar, uma vez que os demais rivais na briga
pelo topo da tabela terão todos adversários acessíveis. Depois, o oponente é o
Atlético-MG, em Porto Alegre, uma pedreira tão grande quanto Corinthians e
Flamengo. A impressão é de que o time parece moldado ao enfrentamento de igual
para igual, contra times da mesma grandeza, o que traz boas perspectivas para esta série de carnes de pescoço. Volta à tona aquela coisa de saber porque ganha e porque perde, perder o medo de
ser feliz e de mudar a história. A oportunidade está batendo na porta novamente.Jhon Tedeschihttp://www.blogger.com/profile/11249631890828472318noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9157832412644972432.post-88006550824138652482016-08-07T22:55:00.003-03:002016-08-07T22:55:40.331-03:00Casa da luz vermelha<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://zh.rbsdirect.com.br/imagesrc/20521319.jpg?w=640" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://zh.rbsdirect.com.br/imagesrc/20521319.jpg?w=640" height="266" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A paciência da torcida do Inter acabou de vez. Demonstrar isso é uma das principais atitudes para mudar o atual cenário do clube (Foto: Rafael Divério / Agência RBS)</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
A história está aí para que aprendamos com ela. Olhar para o
lado muitas vezes é uma necessidade, mas olhar para trás é ainda mais
importante. Os erros dos outros no passado podem nos mostrar muitas coisas para
que mudemos nossa realidade no presente. E o Internacional parece ignorar estes
detalhes, se afundando cada vez mais no Brasileirão. O Colorado alcançou a
assustadora marca de 11 jogos sem vencer, sem grandes indícios de que a
situação vá melhorar tão cedo. O empate deste domingo contra o Fluminense foi a
quinta partida consecutiva sem vitória no Beira-Rio. Ao menos a sequência
histórica de quatro derrotas seguidas – a maior da história do clube como
mandante – foi quebrada.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/zUzd9KyIDrM" width="560"></iframe></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O time que começou muito bem o campeonato, chegando a
liderar nas primeiras rodadas, teve uma queda vertiginosa de rendimento. A
última vitória, contra o Atlético-MG, colocou o time colorado como líder na
rodada 8. A atuação contra o Galo foi exemplar, de certa forma enchendo os
olhos dos torcedores, que acreditavam em uma grande campanha. A equipe tinha uma
certa consistência defensiva, utilizando a velocidade dos seus homens de frente
para garantir os resultados. Vinha dando certo, enquanto os adversários não
eram os melhores, ou não estavam em seus melhores momentos, e a parte ofensiva
vinha em boa fase. As vitórias fora de casa contra São Paulo e Santos foram exemplos
claros disto.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O <i>turning point</i> negativo do Inter, sem sombra de dúvida, foi
a bizarra derrota para o Botafogo, dentro do Beira-Rio. As atuações contra
Figueirense e Coritiba já haviam sido abaixo da média, mas não preocupavam.
Mas, perder para o Botafogo, da forma como o jogo se desenhou, foi acintoso, ofensivo
ao torcedor que estava nas arquibancadas. Dali em diante parece que o grupo perdeu
totalmente a confiança, tanto no trabalho do até então técnico Argel Fucks,
quanto em si mesmo, pois nada mais deu certo para o Colorado a partir desse
ponto. Argel duraria mais três jogos, as derrotas por 1 a 0 para Flamengo, Grêmio
e Santa Cruz, na sequência, até ser demitido.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A resposta da direção colorada foi tentar blindar o elenco
colocando um ídolo no comando, com o retorno de Paulo Roberto Falcão, após 5
anos longe da direção técnica do time. Muitos louvaram, mas qualquer um que
entenda um pouco de futebol sabe que a qualidade de Falcão como treinador é
inversamente proporcional às suas capacidades como comentarista. Uma coisa é tu
analisares uma partida de futebol com todos os recursos que uma transmissão “padrão
Globo” te proporciona. Outra, totalmente diferente, é estar à beira do gramado,
precisando muitas vezes mudar a história de um jogo, sem contar as questões de
gestão do elenco, o que é ainda mais difícil que preparar um planejamento
tático e técnico.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Outro ponto importante, este que destaca ainda mais a
falência de ideias do comando do futebol do clube, foram as contratações
visando o segundo semestre. Tudo bem que o meia Seijas é um jogador de seleção,
ainda que da Venezuela, e vinha mostrando muitos bons serviços no Santa Fe, mas
em hipótese alguma poderia chegar como salvação da pátria. Assim como Nico
López, de boa Libertadores pelo Nacional uruguaio, mas que nunca se firmou em
lugar nenhum, além de ter flopado na Itália e na Espanha. Até aí tudo bem,
muito dessa empolgação vinha da torcida, e é justificável, visto o número de
estrangeiros que deram certo no Inter nos últimos anos. Mas, como explicar a
contratação de Ariel Nahuelpán?</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O Inter termina o primeiro turno com pontuação de time
rebaixável, e isso é assustador para a torcida. É impossível não comparar a
situação colorada com o Grêmio, no famigerado ano de 2004. O Tricolor ficou 10
partidas sem vencer, em sua pior série, e acabou na lanterna do Brasileirão,
com a pior campanha da história da competição até então. É necessário que o
Inter olhe para o retrospecto, não só do arquirrival, como também dos demais clubes
grandes rebaixados em anos anteriores. Desdenhar das possibilidades de queda é
uma irresponsabilidade. É necessário entender a delicadeza do momento e ter a
sensibilidade de tratá-lo com seriedade, para que o torcedor não sofra as
consequências.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O material humano disponível não é o ideal para um clube do
tamanho do Internacional, mas também é bom o suficiente para que o clube se
mantenha na elite do futebol brasileiro. Penso que Falcão não seja o treinador
mais indicado para o momento do clube. Infelizmente o Inter precisa de um “bombeiro”,
que faça o time conquistar pontos necessários para que a situação se acalme e a
confiança retorne ao grupo de jogadores. Se desfazer de atletas
descomprometidos também é importantíssimo, para fechar o elenco e alcançar os
objetivos. Já que eles não os mais gloriosos, que sejam para evitar uma mancha
irreversível na história do clube.</div>
Jhon Tedeschihttp://www.blogger.com/profile/11249631890828472318noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9157832412644972432.post-63813971006108478832016-08-06T22:31:00.001-03:002016-08-06T22:31:54.047-03:0099% candidato, mas aquele 1%...<div class="MsoNormal">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://fbcdn-sphotos-c-a.akamaihd.net/hphotos-ak-xlf1/v/t1.0-9/13925381_1290937044271676_770531596765334204_n.jpg?oh=954b30f45716d6abd057118c8ed7facc&oe=581D42B2&__gda__=1478677965_e7aa8ed2ec84f043bfe95d5298299191" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="271" src="https://fbcdn-sphotos-c-a.akamaihd.net/hphotos-ak-xlf1/v/t1.0-9/13925381_1290937044271676_770531596765334204_n.jpg?oh=954b30f45716d6abd057118c8ed7facc&oe=581D42B2&__gda__=1478677965_e7aa8ed2ec84f043bfe95d5298299191" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A atuação de Wallace Oliveira foi tão boa quanto a expressão dele tentando se livrar da bola. Ainda bem que é jovem, e pode repensar a carreira (Foto: Rodrigo Rodrigues / Grêmio FBPA)</td></tr>
</tbody></table>
O Grêmio conseguiu se superar. O cantado e decantado fiasco
no Independência no último domingo parecia ter sido o pior dos mundos nesse
momento do Brasileirão, no qual o Tricolor ainda luta pelo título. Mas a
surpreendente quente quinta-feira de agosto tinha mais uma armadilha preparada
para as quase 18 mil pessoas que se prestaram a estar na Arena, no péssimo
horário das 19h30. O time de Roger Machado novamente parou em um adversário da
parte de baixo da tabela e perdeu mais uma chance de assumir a liderança do
campeonato.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Leia mais: <a href="http://vidacancheira.blogspot.com.br/2016/08/essa-tal-meritocracia.html" target="_blank">Essa tal meritocracia</a></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Pelo andar da carruagem, outra chance dessas não aparecerá
tão cedo. A sequência gremista no Brasileirão, com o adiamento do confronto
contra o Botafogo, pela última rodada do turno, é terrível. Os três jogos do
começo do returno irão determinar qual o real objetivo do Grêmio no campeonato
– a saber, o Tricolor receberá Corinthians e Atlético-MG e visitará o Flamengo,
todos eles candidatos ao título. No meio desta sequência, haverá o jogo de ida
pelas oitavas de final da Copa do Brasil, contra o Atlético-PR, em Curitiba.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O empate contra o Santa Cruz foi decepcionante. Esperava-se
outra postura do time após o tropeço contra o América-MG, tanto no aspecto
psicológico, quanto no aspecto técnico. A empáfia da equipe novamente irritou o
torcedor, que não poupou o time de vaias após o término da partida. Faltou
profundidade ao time gremista, as alternativas propostas pelo treinador não
surtiram efeito e o zero não saiu do placar. A propósito, se alguém esteve mais
perto do gol, foi o time pernambucano, que teve atuação exemplar.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Houve inúmeros fracassos individuais. Negueba, de atuação
promissora contra o São Paulo, ficou devendo, com direito a gol perdido sem
goleiro, em rebote de falta batida por Miller Bolaños. O equatoriano também foi
abaixo da média, assim como os outros componentes do sistema ofensivo, Douglas
e Pedro Rocha – este último, constrangedor. A dupla Oliveira de laterais,
Marcelo e Wallace, errou tudo que tentou. Ainda vou descobrir quem foi o
empresário que conseguiu levar o lateral-direito para o Chelsea...</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Mas o pior de todos foi Roger Machado. Internamente e em
redes sociais eu até faço algumas críticas ao treinador gremista, mas aqui no
blog eu vinha aprofundando mais as questões de limitações do time e pegando
leve com o dono da casamata. Infelizmente, a paciência acabou. Mais uma vez as
trocas não foram criativas, não alteraram o panorama técnico e tático da
equipe, muito menos o panorama do jogo. Foram infinitos passes errados e
espaços generosos para os contra-ataques do Tricolor do Arruda, muito mal
aproveitados, aliás.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Até é elogiável a escolha pelo ótimo Guilherme Vieira, mas
era praticamente impossível ser pior que fora Pedro Rocha. A entrada de
Henrique Almeida é inexplicável. Quer dizer... Inexplicável é esse cara vestir
a camisa do Grêmio. Ao que parece, não foi bem o Internacional quem tomou um
“chapéu” nesse caso. No entanto, a pior de todas foi a entrada de Lincoln na
vaga de Douglas, para atuar na ponta-direita (?). Em resumo: desorganização
permanente e recorrente, sempre nos momentos em que o time mais precisa botar a
bola no chão e jogar.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Quando o time está ganhando jogos complicados, colocam-se
volantes para segurar o placar, ao invés de seguir com o mesmo padrão de jogo.
Quando o time precisa de um gol, atacantes são empilhados, perde-se o meio de
campo e a estrutura tática fica ainda mais vulnerável. Poucas foram as vezes
que o roteiro proposto por Roger Machado deu certo. Enfim, penso que o técnico
gremista precisa se reinventar, conhecer melhor as peças que tem, ou pelo menos
demonstrar que as conhece, e utilizá-las da forma mais correta possível.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/Soa3gO7tL-c" width="420"></iframe></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A campanha do time ainda é muito boa, vide a proximidade
mantida para os líderes, mesmo com esse retrospecto recente de dois pontos
contra dois dos piores clubes do Brasileirão. Depois da vitória contra a Ponte
Preta, na rodada 6, falava que a equipe deveria manter uma regularidade,
sobretudo jogando na Arena, onde deveria ser proibido perder pontos para
equipes de tamanho inferior. O Grêmio conseguiu perder para o Vitória e empatar
com o Santa Cruz, e isso é inadmissível.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A ilusão que eu tinha no início da competição se dissipou.
Ainda que eu argumente favoravelmente ao time e suas possibilidades de sucesso
no Brasileirão, o faço de cabeça fria, analisando a estrutura atual do time e
dos adversários no campeonato. O Grêmio segue sendo candidato ao título brasileiro,
mas entendo os torcedores que deixaram de acreditar. A equipe gremista vai ter
que provar para seu povo que é possível seguir sonhando. E que a sequência que
está esperando o Grêmio não faça a torcida acordar de vez desse sonho.</div>
Jhon Tedeschihttp://www.blogger.com/profile/11249631890828472318noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9157832412644972432.post-69835830836095222932016-08-02T09:06:00.002-03:002016-08-02T13:57:59.994-03:00Essa tal meritocracia<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://s2.glbimg.com/2uICZOY4ibAH7QUVypNM3yK050I=/0x172:2000x1333/690x400/s.glbimg.com/es/ge/f/original/2016/07/31/douglas_gremio_cjROXjZ.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://s2.glbimg.com/2uICZOY4ibAH7QUVypNM3yK050I=/0x172:2000x1333/690x400/s.glbimg.com/es/ge/f/original/2016/07/31/douglas_gremio_cjROXjZ.jpg" height="231" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Nem os gols de rebote e o bom humor nas redes sociais livraram Douglas das críticas após o jogo do último domingo (Foto: Reprodução) </td></tr>
</tbody></table>
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No início da noite deste domingo, o Grêmio teve uma chance daquelas reluzentes para ficar na cola dos líderes de um dos Brasileirões mais equilibrados dos últimos tempos. O duelo foi contra o América-MG, lanterna convicto e absoluto do campeonato, que tinha (até então) média de meio ponto por jogo. Era a oportunidade do Tricolor mostrar sua cara e entrar de vez na disputa pelo título brasileiro.</div>
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Não dá para dizer que o Grêmio não mostrou sua cara. Aquele velho retrato dos últimos anos, de sempre amarelar na hora H e entregar para times pequenos, entrou em campo no Independência e tomou conta do time. Como eu disse em determinada rede social, “o Grêmio é isso aí mesmo”, nunca perde a chance de fazer um fiasco. Sim, empatar com o América-MG, mesmo na casa do adversário, seja qual for o cenário, é inadmissível.<br />
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Obviamente a torcida entrou em ebulição após o jogo, imbuída de um espírito fatalista totalmente contagiante - mais contagiante que a falta de vontade do time em Belo Horizonte. Não entro na onda dos que pensam que o Grêmio não pode ser campeão por ter tropeçado no último colocado. Foram dois pontos desperdiçados, mas os mesmos dois pontos caso o adversário fosse o Corinthians, o Flamengo, o Cruzeiro ou o Santa Cruz.<br />
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Vamos para o outro lado da moeda. Muitos dizem que, para ser campeão neste formato de pontos corridos, é necessário atropelar os pequenos e trocar pontos com os grandes. Concordo. Só que muitas vezes esquecemos que o Brasileirão é o campeonato com mais armadilhas dentre as “grandes ligas”. O pequeno pode surpreender o grande a qualquer momento, sem sobreavisos, não há uma lógica, até porque se tem uma coisa que o futebol não é, é uma ciência exata.<br />
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O Grêmio foi irritante, isso é consenso absoluto entre os gremistas. Foi um time indolente, autossuficiente, que pensou que poderia ganhar quando bem entendesse, como bem entendesse. No final das contas acabou muito mais próximo da derrota do que da vitória. O que deve ficar como aprendizado é que o Tricolor tem que encarar todos os jogos como se fossem finais, mostrando intensidade, gana, vontade de vencer. Se não ganhar, tudo bem, faz parte do jogo.<br />
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Não vejo os problemas de Belo Horizonte passando pelo técnico Roger Machado, ainda que eu siga sendo um crítico contundente do trabalho do ex-lateral multi-campeão. O time que entrou em campo foi praticamente o mesmo que dominou amplamente o São Paulo no domingo anterior, sem alterações estruturais ou algo que o valha. Ou seja, o que causou o desastroso empate foi uma questão puramente anímica, que vem do psicológico dos atletas.<br />
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Outra questão importante, que eu pontuei em alguns grupos logo após o jogo: o Grêmio carece de um planejamento de jogo, coisa que até meu time de futsal na adolescência tinha. O tal planejamento condizia em manejar as formas de jogo de acordo com o adversário, para que as qualidades do nosso time batessem com os defeitos do rival, mesmo que para isso fosse necessária uma mudança profunda na fotografia do time. Não digo que tivemos o maior sucesso do mundo, mas isso é importante para superar as próprias limitações.<br />
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Mais que superar, conhecer as limitações. Saber porque ganha e saber porque perde. Estudar, não apenas o adversário, mas estudar a si próprio. Fazer com que o espírito seja o mesmo, não importa o tipo de enfrentamento. Não é um software alemão que irá proporcionar isso à estrutura de futebol de um clube. Afinal, essa estrutura é composta por pessoas, passíveis de erros e capazes de aprender, ao contrário das máquinas e aplicativos.<br />
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Dito isto, concluo que o Grêmio pode sim ganhar o Brasileirão 2016. O time tem qualidade e uma estrutura tática que não deve nada a nenhum dos outros 19 oponentes no certame. Espero que todos os envolvidos tenham aprendido e incorporem o espírito vencedor necessário para qualquer conquista, seja no futebol, seja na vida. Já passou da hora de largar esse medo de ser feliz e enveredar rumo às vitórias e aos títulos.</div>
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<b>Antes do Esquecimento</b></div>
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<li>Foram conhecidos os confrontos das oitavas de final da Copa do Brasil. O Grêmio irá enfrentar o Atlético-PR, sendo o jogo de ida em Curitiba, e a volta na Arena. Os confrontos serão nos dias 24/08 e 21/09, e esse mês de intervalo será destinado aos jogos "quarta/domingo" pelo Brasileirão. Os outros gaúchos na competição, Internacional e Juventude, terão pela frente, respectivamente, Fortaleza e São Paulo.</li>
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Jhon Tedeschihttp://www.blogger.com/profile/11249631890828472318noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9157832412644972432.post-32374203393698298692016-07-17T20:37:00.000-03:002016-07-17T20:37:50.496-03:00Crônica da quebra de um encanto<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://abrilveja.files.wordpress.com/2016/07/esporte-boca-juniors-libertadores-20160715-001.jpg?quality=70&strip=all&w=680" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="266" src="https://abrilveja.files.wordpress.com/2016/07/esporte-boca-juniors-libertadores-20160715-001.jpg?quality=70&strip=all&w=680" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Tévez foi apático e só pode lamentar a eliminação do seu Boca Juniors para o surpreendente Independiente del Valle (Foto: Marcos Brindicci / Reuters)</td></tr>
</tbody></table>
Da euforia à decepção. Uma promessa não cumprida. Um final desastroso, fiasquento. O final de temporada no futebol argentino tem a melancolia dos tangos mais tristes, com aquele quê de tragédia que só os <i>porteños</i> conseguem colocar em melodia e canção.<br />
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/NSrTH41__w8" width="420"></iframe><br />
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Nos últimos anos os torneios sul-americanos vinham apresentando para o grande público alguns clubes de menor expressão dentro do cenário nacional, em detrimento dos chamados “cinco grandes”, que andavam passando por maus bocados, inclusive visitando a indesejada <i>Primera B Nacional</i>, no caso de River Plate e Independiente. Tudo bem que o conceito de grandeza na Argentina não está ligado diretamente ao número de títulos conquistados, ou qualquer critério no âmbito esportivo, mas isso é outra história.<br />
<blockquote class="tr_bq">
No final de 2013 escrevi, ainda no Albiceleste Brasil, sobre o assunto "grandeza":<b> <a href="http://albicelestebrasil.blogspot.com.br/2013/12/quando-o-maior-nao-e-um-grande-ou-um.html" target="_blank">Quando o maior não é um grande – ou um tratado sobre a grandeza</a></b></blockquote>
Para a Libertadores 2016, foram seis os representantes argentinos, sendo eles quatro dos cinco grandes, além do Huracán, considerado por muitos como um “sexto grande”. Aliás, fato que não era inédito, uma vez que na edição anterior da competição mais charmosa das Américas os representantes haviam sido os mesmos, à exceção do Estudiantes, que deu lugar ao Rosario Central este ano. A expectativa era que o futebol argentino alcançasse a 3ª final consecutiva e, consequentemente, conquistasse o 3º título seguido.<br />
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Os últimos campeões, San Lorenzo e River Plate, haviam passado por maus bocados, mas acabaram <i>mirando y tocando</i> La Copa em 2014 e 2015, respectivamente, quebrando uma hegemonia brasileira que já durava quatro anos. As coisas em 2016 começaram um tanto quanto nebulosas para os grandes, já que as atenções tinham que ser divididas entre Libertadores e Campeonato Argentino, que voltava a ser curto, com um regulamento esdrúxulo. E as coisas não estavam acontecendo como o esperado...<br />
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Em nenhum momento os participantes da Libertadores chegaram perto da vaga para a competição em 2017, à exceção do San Lorenzo, que se classificou, mesmo sendo trucidado pelo Lanús na final do campeonato. Um indício que as coisas não dariam muito certo, foi a série de empates nas rodadas de <i>clásicos</i>; apenas Rosario Central, em fevereiro, e o San Lorenzo, em abril, conseguiram vencer seus arquirrivais.<br />
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Na Libertadores, o Huracán já precisou superar dificuldades gigantescas, ainda na primeira fase, quando o ônibus que transportava o elenco na Venezuela, após a classificação heroica contra o Caracas, sofreu um acidente e por pouco não causou uma tragédia. A participação do <i>Globo</i> até que foi honrosa, eliminando Peñarol e Sporting Cristal, e complicando as coisas para o Atlético Nacional nas oitavas de final – o fortíssimo time colombiano havia sido adversário também na 2ª fase.<br />
<br />
Esportivamente, o San Lorenzo sim foi uma tragédia. Não conseguiu vencer sequer um jogo em casa, e foi presa fácil jogando fora do Nuevo Gasómetro. Digamos que o time merecia melhor sorte, principalmente nos confrontos contra o Grêmio, mas foi grandiosamente prejudicado pelas ideias de jogo do seu então treinador, Pablo Guede, que preferia um estilo de jogo ultra-ofensivo, em detrimento de uma defesa mais sólida. No final das contas, acabou tendo que encerrar sua participação de forma melancólica, empatando com a Liga de Quito.<br />
<br />
O Racing jamais chegou a empolgar, ou dar pinta real de que seria campeão. Passou com relativa tranquilidade pelo mexicano Puebla na 1ª fase, e por Bolívar e Deportivo Cali na fase de grupos, ficando atrás apenas do Boca Juniors. Contra o Atlético Mineiro, nas oitavas de final, <i>La Academia</i> chegou a estar se classificando, até os 25’ da etapa final, quando Pratto definiu o confronto no Independência. Com um time mais envelhecido e sem ideias de jogo muito claras por parte do técnico Facundo Sava, o Racing fez até mais do que poderia.<br />
<br />
Quem decepcionou foi o Rosario Central. Tido por muitos como o time que jogava o melhor futebol na Argentina, não conseguiu se afirmar em nenhum momento. Fazendo uma rotação intensa no elenco, Eduardo Coudet parecia satisfeito apenas com a classificação, mesmo sendo visível o potencial que a equipe tinha. O melhor momento <i>canalla</i> na Libertadores foi nas oitavas de final, quando detonou o Grêmio, com duas grandes atuações. Nas quartas de final, o time não foi páreo para o Atlético Nacional, sendo eliminado com um gol no último lance da partida de volta, na Colômbia.<br />
<br />
O Independiente... bom, o Independiente, de Avellaneda, foi o único grande ausente na Libertadores, mas teve outro Independiente que incomodou e muito na competição. Para a história, o Independiente del Valle é mais um estreante nas finais do torneio. Não apenas isso, os equatorianos eliminaram os gigantes River Plate e Boca Juniors, um verdadeiro Davi encarando de frente dois dos maiores Golias do futebol sul-americano.<br />
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O River Plate encarou problemas contra o São Paulo, mas, apesar da pontuação apertada na fase de grupos, nunca correu riscos reais de ser eliminado. Nas oitavas de final, o <i>Millonario</i> foi surpreendido pelo Independiente equatoriano, na altitude de Quito, e perdeu por 2 a 0. No jogo de volta, no Monumental de Núñez, o goleiro Azcona se consagrou, pegou quase tudo e os argentinos não conseguiram fazer mais que 1 a 0. Resultado e futebol insuficientes.<br />
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O time do Boca Juniors indiscutivelmente não era o melhor da gloriosa história do clube. Longe disso. Particularmente, fazia muito tempo que eu não via um time <i>azul y oro</i> tão fraco. Penso que este seja o time mais fraco dos últimos 20 anos. O time inicialmente treinado por Rodolfo Arruabarrena começou com dois empates, e o desempenho fraco, também no campeonato nacional, fez com que o presidente Daniel Angelici perdesse a paciência e demitisse <i>El Vasco</i>. A chegada de Guillermo Barros Schelotto fez o time encorpar e vencer os últimos três jogos, incluindo uma grande goleada sobre o Deportivo Cali, na Bombonera.<br />
<br />
No final das contas, esses bons resultados eram enganosos, uma vez que a fragilidade dos adversários disfarçava as limitações dos <i>xeneizes</i>. Isso se viu contra o Cerro Porteño, nas oitavas de final, quando o Boca Juniors venceu as duas, mas sem um desempenho convincente. Na sequência, eliminar o fraco Nacional uruguaio foi uma dificuldade gigantesca. Depois do empate no Parque Central, por 1 a 1, uma vitória simples classificava os argentinos para as semifinais. Mas as coisas não foram tão simples assim...
Os uruguaios se impuseram e saíram na frente com um gol contra do capitão Daniel Díaz. O Boca empatou com Pavón, que tirou a camisa na comemoração do gol e foi expulso. O empate levava o resultado para os pênaltis, o que acabou acontecendo. Na decisão na marca dos 11 metros, brilhou a estrela do <i>mundialista</i> Orión, que defendeu três penalidades e garantiu a classificação <i>xeneize</i>.<br />
<br />
Houve a parada para a Copa América Centenário, e algo estranho aconteceu. O time parou de jogar, devido ao final do campeonato nacional, e o ritmo de jogo se esvaiu.
Isso ficou perceptível no retorno, em julho, para o confronto contra o Independiente del Valle, nas semifinais da Copa. No jogo de ida, em Quito, faltaram pernas e fôlego para segurar os equatorianos, que conseguiram uma importante virada, após os argentinos saírem na frente, com o gol de Pablo Pérez. O domínio do Independiente também foi algo preocupante, pois a maior posse de bola foi dos donos da casa, além das melhores chances de gol.<br />
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Muito se falou antes do jogo de volta. A maioria do público imaginava que o Boca Juniors fosse se impor, fosse amassar o adversário, se aproveitando do peso de sua camisa e da tão falada mística da Bombonera. A festa foi a de sempre, mas a camisa ficou leve e a mística se esfacelou diante dos olhos de 50 mil pessoas. O garoto Pavón abriu o placar logo aos 3’, o time perdeu várias chances de gol, e permitiu o empate do time equatoriano. A volta do intervalo foi o início de um filme de terror. O Boca se atirou ao ataque, se expôs completamente aos contra-ataques adversários, e, coincidentemente aos 3’, o garoto Bryan Cabezas fez o gol da impensável virada. Dois minutos depois, Orión, heroi contra o Nacional, falhou miseravelmente e Angulo empurrou para o gol vazio.<br />
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A partir daí, a Bombonera, Schelotto e os jogadores ficaram aturdidos. Foi um impacto forte demais para que pudesse se ver uma reação racional de algum boquense no estádio. Inclusive Maradona abandonou seu camarote na tradicional cancha <i>xeneize</i>. Pavón ainda diminuiu no final do jogo, mas nem a derrota conseguiu ser evitada. Nem a derrota na final da Libertadores 2004, para o Once Caldas, da Colômbia, teve tanto ar de tragédia quanto essa eliminação.<br />
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O Boca Juniors eventualmente perde jogando em casa, até mesmo para adversários mais fracos em nível local. Mas jogos em grandes, decisivos, de Libertadores, principalmente, a Bombonera costumava intimidar, costumava <i>latir</i>, como dizem os argentinos. Só que no ano passado a torcida já havia feito a diferença negativamente, no confronto contra o River Plate, que provocou a exclusão do time da Libertadores. Desta vez, a pressão da torcida claramente se voltou contra o time, que se mostrou nervoso em muitos momentos da partida e fraquejou no momento mais importante da temporada.<br />
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A tragédia na Bombonera foi a cereja do bolo de um primeiro semestre para se esquecer dos grandes times argentinos, além da derrota da seleção na final da Copa América Centenário, aumentando ainda mais o jejum sem títulos da <i>Albiceleste</i>. Resta ver como o clube dos cinco grandes irá reagir na segunda parte de 2016, pois apenas o San Lorenzo está garantido na Libertadores 2017 (ao lado de Lanús, Estudiantes e Godoy Cruz), e a última vaga será destinada ao campeão da Copa Argentina, que será conhecido no final do ano. Serão longos meses no futebol argentino...Jhon Tedeschihttp://www.blogger.com/profile/11249631890828472318noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9157832412644972432.post-73003816141959225942016-07-09T18:24:00.000-03:002016-07-09T18:56:28.814-03:00Bailando tango en el caos: os 15 anos do Mundial Sub-20 na Argentina<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://gol-cdn.nexofin.com/wp-content/uploads/2015/10/soncam-1440x864_c.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://gol-cdn.nexofin.com/wp-content/uploads/2015/10/soncam-1440x864_c.jpg" height="240" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Comandados por Saviola, D'Alessandro e Romagnoli, os Pékerman Boys deram show no Mundial Sub-20 de 2001, em território argentino (Foto: AFP / Divulgação)</td></tr>
</tbody></table>
O futebol nos reserva alguns momentos que, uma vez presenciados, se tornam marcos na vida dos fãs do esporte. Ontem se completaram 15 anos que a Argentina conquistou o quarto dos seus seis títulos mundiais na categoria Sub-20, em competição disputada em território argentino, decidida no Dia da Independência do país. Eu já era um entusiasta do futebol dos nossos <i>hermanos</i>, depois de ver o grande Boca Juniors de Carlos Bianchi varrer a Argentina e a América entre 1998 e 2001, além da ótima seleção <i>albiceleste</i>, que só parou na poderosa Holanda na Copa do Mundo da França, também em 1998.<br />
<br />
A Argentina vinha de dois títulos nas três edições anteriores do Mundial Sub-20, e a geração de 2001 definitivamente não era a mais promissora, já que os times de 1995 e 1997 contaram com nomes do calibre de Sorín, Riquelme, Aimar, Samuel e Cambiasso. De um modo geral, o trabalho de José Pékerman nas categorias de base argentinas era brilhante, tendo revelado grandes craques para o país, além de realizar grandes campanhas nas competições das chamadas <i>juveniles</i>. Este cartaz inclusive o alçou para o comando da seleção principal, para realizar o trabalho visando à Copa do Mundo da Alemanha, em 2006, mas isso é outra história.<br />
<br />
O contexto socioeconômico do país era caótico. A crise que já durava dois anos, caminhava para o seu patamar mais crítico, que acabaria eclodindo no final do ano, com as consequências do chamado <i>corralito</i>, instituído pelo então presidente Fernando de la Rúa. A indignação da população nas ruas, sobretudo a mais jovem, ganhava voz nos microfones, com o surgimento da <i>cumbia villera</i>, que se destinava a falar dos malogros de viver na Argentina naqueles tempos. No âmbito futebolístico, um dos melhores times do mundo era argentino, o Boca Juniors, que ganhara dois títulos consecutivos da Libertadores da América e um Mundial, em 2000, sobre o Real Madrid. Além disso, a seleção principal treinada por Marcelo Bielsa nadava de braçada nas Eliminatórias e encantava o mundo, ainda que sem grandes conquistas.<br />
<br />
O Mundial ser sediado na Argentina talvez tenha sido um prêmio pelo retrospecto nas competições de base, e o fator local foi aproveitado como poucas vezes se viu em torneios envolvendo seleções. Mandando seus jogos no alçapão do Jose Amalfitani, cancha do Vélez Sarsfield, os argentinos foram literalmente perfeitos. Não só perfeitos, como avassaladores. Os números não mentem: sete vitórias em sete jogos, absurdos 27 gols marcados e apenas 4 sofridos. Artilheiro, craque da competição, prêmio Fair Play da FIFA... A Argentina simplesmente gabaritou a disputa.<br />
<br />
Quase todos os titulares daquela equipe ganharam muitos títulos na carreira e defenderam grandes equipes em suas trajetórias. Talvez os únicos que não tenham ganhado notoriedade foram o lateral-esquerdo Julio Arca e o volante Nico Medina, curiosamente os únicos jogadores daquele plantel que já militavam no futebol europeu, ambos atuando no Sunderland, da Inglaterra. De resto, a escalação da final contra Gana fala por si só: Caballero; Burdisso, Colotto, Cetto e Arca; Ponzio e Nico Medina; Maxi Rodríguez, Romagnoli e D’Alessandro; Saviola. Sem contar nomes como Chori Domínguez, Coloccini e Germán Lux.<br />
<br />
Naquele Mundial também surgiram nomes importantes do futebol internacional nos anos seguintes, como Kaká, Adriano Imperador, Cissé, Essien, Mexès, Van der Vaart, Donovan, Huntelaar, entre outros menos votados. Ou seja, a competição era acirrada, com Brasil e França, principalmente, contando com bons times, além da Holanda e dos africanos, sempre fortes na base.<br />
<br />
A campanha argentina começou com uma tímida vitória por 2 a 0 sobre a Finlândia, quando nem a torcida estava no espírito da competição, o que se tornaria uma sinergia perfeita com o time nas fases seguintes. Na sequência, duas goleadas acachapantes sobre Egito e Jamaica, 7 a 1 e 5 a 1, respectivamente – só Saviola marcou cinco gols nesses jogos e encaminhou a artilharia da competição. Nas oitavas de final, dificuldades contra a surpreendente China, com direito a falha grotesca de Germán Lux e gol de <i>Chori</i> Domínguez a 10 minutos do final. Passado o sufoco, a adversária nas quartas de final seria a fortíssima seleção francesa.<br />
<br />
Com muita festa da torcida nas tribunas do <i>Fortín</i> de Liniers, o show de Saviola começou cedo, com o atacante abrindo o placar aos 5 minutos. No entanto, depois de uma primeira parte de amplo domínio argentino, a França começou a gostar do jogo e apresentar sua força aérea, se aproveitando da fragilidade defensiva do time de Pékerman. O empate veio, ainda no primeiro tempo, aos 44 minutos, com Mexès, mas os franceses sequer tiveram tempo para comemorar – menos de dois minutos depois Saviola empatou, convertendo pênalti inexistente sofrido por ele próprio. No final do jogo, em contra-ataque que contou com assistência genial de D’Alessandro, <i>el Conejo</i> completou seu <i>hat-trick</i> e fechou o placar em 3 a 1.<br />
<br />
O Paraguai apareceu no caminho argentino nas semifinais, e Saviola apareceu no caminho paraguaio. Dois gols do avante do River Plate abriram o caminho para mais uma goleada, completada por Romagnoli, D’Alessandro e pelo reserva <i>Pollo</i> Herrera. Domínio amplo na competição, goleada nas semifinais, e mesmo contra uma perigosa Gana, a Argentina tinha total favoritismo ao entrar em campo naquele 8 de julho de 2001. Mesmo sem contar com nomes importantes como Coloccini e Domínguez, nenhuma das mais de 30 mil pessoas imaginava sair derrotada do campo do Vélez naquela tarde ensolarada e fria de domingo.<br />
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/j-jUM0d8Z1I" width="420"></iframe>
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O vídeo acima fala por si só. Uma festa absurda dos torcedores, pressão total do time <i>albiceleste</i> e mais uma vitória incontestável deram o tetracampeonato mundial na categoria Sub-20 para a Argentina. A brilhante geração de jogadores nascidos até 1981 se juntou ao timaço vindo dos campeões de 1995 e 1997, e formou a espinha dorsal do ótimo time comandado pelo próprio Pékerman, que fez boas campanhas entre 2003 e 2006, mesmo fazendo parte deste período insuportável sem títulos da seleção principal – mas que comandaram a Argentina na conquista do ouro olímpico, em 2004.<br />
<br />
Apesar de terem carreiras sólidas, repletas de conquistas, os dois jogadores desta geração que mais admiro não chegaram a ser <i>“World Class”</i>. Claro que falo de Leandro Romagnoli e Andrés D’Alessandro. Os torcedores de San Lorenzo e do Internacional certamente serão gratos para sempre, por todos os serviços prestados por eles aos clubes, mas estes eram jogadores que eu imaginava liderando a seleção argentina em títulos de Copa América, de Copa do Mundo, e em grandes clubes do futebol europeu. Junto de Saviola, estes foram os expoentes técnicos desta equipe que me fez respeitar ainda mais a qualidade, raça e vontade de vencer dos argentinos.<br />
<b><br /></b>
<b>Estas três excelentes matérias, além das fichas da FIFA, tem conteúdo muito bom sobre a conquista da Argentina em 2001:</b><br />
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<a href="http://www.elgrafico.com.ar/2014/12/05/C-5849-argentina-campeon-sub-20-2001.php" target="_blank">Argentina campeón Sub-20 2001</a>, do argentino El Gráfico<br />
<a href="http://www.planetadofutebol.com/mundial-sub-20-argentina-2001no-maravilhoso-mundo-de-pekerman/" target="_blank">MUNDIAL SUB-20 / ARGENTINA 2001:NO MARAVILHOSO MUNDO DE PEKERMAN</a>, do português Planeta do Futebol (rara matéria da época)<br />
<a href="http://www.lanacion.com.ar/318585-el-sub-20-campeon-una-fiesta-de-futbol" target="_blank">El Sub 20 campeón, una fiesta de fútbol</a>, do argentino La NaciónJhon Tedeschihttp://www.blogger.com/profile/11249631890828472318noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9157832412644972432.post-9872969669235527982016-06-05T22:38:00.001-03:002016-06-05T22:54:35.096-03:00Errando e aprendendo?<div>
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<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://c7.staticflickr.com/8/7170/27208979550_311bcfb18f_k.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="266" src="https://c7.staticflickr.com/8/7170/27208979550_311bcfb18f_k.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="font-size: 12.8px;"><span style="font-size: x-small;">O Grêmio precisa realmente agradecer a Deus, a vitória sobre a Ponte Preta foi fruto de um verdadeiro milagre (Foto: Lucas Uebel / Grêmio FBPA)</span></td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
</tbody></table>
O primeiro título para esta crônica era "Ainda é cedo". Afinal, queria exaltar a vitória do Grêmio sobre a Ponte Preta nesta 6ª rodada do Brasileirão, mas sempre ressaltando o fato de que estamos no início do campeonato e de que a empolgação seria algo muito precipitado. Afinal, o Grêmio somou 13 pontos em 18 disputados, e divide a liderança com o Corinthians e o Internacional, mas está na linha de tiro da turma dos 12 e 10 pontos. Faltam 32 jogos, no entanto já vejo o Tricolor como um postulante ao título, pelo nível de seu jogo e pelas características do time, moldado a este modelo de competição, por pontos corridos.</div>
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Os comandados de Roger Machado parecem ter encontrado a tão almejada regularidade, mesmo que ainda estejamos nas rodadas iniciais desse longo Campeonato Brasileiro. A equipe tem uma proposta de jogo, e por mais que muitas vezes pareça indolente e irritante, é bem definida, que serve para jogar tanto dentro quanto fora de casa. Manutenção de posse de bola, velocidade de transição, compactação... Conceitos pregados aos sete ventos pelos estudiosos da atualidade e que encaixaram no perfil do atual grupo gremista, e acabaram dando liga a um time altamente competitivo para os padrões atuais do futebol brasileiro.</div>
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Em que pese toda essa introdução, o que importa é que alguns erros de 2015 parecem ter sido absorvidos e superados. Quer dizer... A dificuldade imensa em superar adversários postados defensivamente dentro da Arena segue a mesma. Contra Flamengo e Ponte Preta foram paridas duas bigornas incandescentes, sobretudo no jogo deste domingo, quando pouquíssimas coisas deram certo, mas o time foi premiado pela sorte, coisa que é determinante para times predestinados a grandes conquistas. Só que dessas bigornas vieram 6 pontos que serão fundamentais na sequência do certame, dentro daquela máxima de que "meio a zero é goleada".</div>
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A comparação com a temporada passada é inevitável. Sempre fui um defensor ferrenho de que o mando de campo deve ser sinônimo de 3 pontos. Nesse Brasileirão 2016, o Grêmio recebeu Flamengo, Coritiba e Ponte Preta, tem 100% de aproveitamento e não sofreu gols. O nível das atuações pode até ser discutível, como foi neste domingo, quando o time parou em frente ao ônibus campineiro e não conseguiu fazer nada, até o chutaço do contestado Luan, no último lance do jogo. Porém, em relação a resultados, não há do que reclamar, nem um pouco. A arrancada é a melhor do clube na história dos pontos corridos e o time beliscou a liderança na rodada 4, o que não acontecia desde 2008.</div>
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Nos últimos anos vinha se tornando uma constante a perda de pontos por atacado contra times de menor porte, jogando em Porto Alegre. Em 2015, o Grêmio fez 3 pontos na Arena recebendo Ponte Preta, Sport, Coritiba e Chapecoense. Enfrentando paranaenses e paulistas, já foram 6 pontos ganhos no atual campeonato. Um time campeão se faz atropelando os oponentes com menos tradição, e trocando pontos contra os seus iguais, coisa que os últimos campeões fizeram com excelência. Na próxima rodada, o Grêmio vai ao Rio de Janeiro enfrentar o Fluminense, em um jogo no qual os 3 pontos são importantes, mas não são uma obrigação, dentro do que acabei de mencionar. Vamos ver até onde vai a regularidade do Tricolor porto-alegrense.</div>
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<b>Antes do Esquecimento</b></div>
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<li>Estou queimando a língua com o Brasil de Pelotas na Série B. Com 6 jogos disputados, o Xavante tem 11 pontos disputados, dentro da zona de acesso, ainda que tenham sido 4 dessas partidas disputadas no Bento Freitas. De candidato ao rebaixamento, o Brasil começa a acumular uma gordura considerável para não sofrer da metade para o fim do campeonato. Pensar em classificação para a Série A parece um delírio, o qual fica reservado apenas para a fiel e fanática torcida do rubro-negro pelotense.</li>
</ul>
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<li>A Copa América Centenário começou neste final de semana, e já tivemos 5 jogos até aqui. Destaque para a vitória da Colômbia sobre os Estados Unidos na abertura da competição, por 2 a 0, e para o empate sem gols entre Brasil e Equador. Duelos entre Costa Rica e Paraguai, Haiti e Peru, e Jamaica e Venezuela não foram sequer dignos de nota. No momento da publicação deste texto, o Uruguai perde para o México, por 1 a 0, sem Suárez, se recuperando de lesão sofrida na final da Copa del Rey. A Argentina estreia nessa segunda (06), contra o Chile, no grande jogo da rodada inaugural.</li>
</ul>
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Jhon Tedeschihttp://www.blogger.com/profile/11249631890828472318noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9157832412644972432.post-19804369864723498082016-05-30T23:32:00.000-03:002016-05-30T23:32:15.909-03:00Orgulhosamente seguimos iludidos<div dir="ltr">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://2.bp.blogspot.com/-qEqAWMt07Iw/V0z2W7B7ytI/AAAAAAAANFY/TAefRP1xiFcf93EjquiJhu63O_c5IF-bACLcB/s1600/26729915124_b4961b53a1_h.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="266" src="https://2.bp.blogspot.com/-qEqAWMt07Iw/V0z2W7B7ytI/AAAAAAAANFY/TAefRP1xiFcf93EjquiJhu63O_c5IF-bACLcB/s400/26729915124_b4961b53a1_h.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Apontou e acertou: o Grêmio não ocupava o topo da tabela do Brasileirão desde outubro de 2008 (Foto: Lucas Uebel / Grêmio FBPA)</td></tr>
</tbody></table>
Antes do início do Campeonato Brasileiro, nem o mais delirante dos torcedores da dupla Gre-Nal poderia imaginar que depois de quatro rodadas, os dois gigantes do futebol gaúcho estariam dividindo a liderança da competição. Os primeiros meses de 2016 foram pouco animadores, com um pouco inspirado Internacional conquistando o Gauchão, e o Grêmio decepcionando nas três competições que disputou. Eis que a arrancada do Brasileirão surpreende, com ambos os times mostrando grande solidez, se credenciando de cara ao título nacional que não fica na Província de São Pedro fazem longínquos 20 anos.</div>
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<br /></div>
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Depois da primeira rodada a sensação que ficou era de que teríamos mais um Brasileirão daqueles intermináveis, com a dupla lutando por posições intermediárias, para no final do campeonato se contentar com vagas para torneios continentais. Os empates sem gols contra Corinthians e Chapecoense foram difíceis de digerir, cada qual pelas suas circunstâncias. O Grêmio controlou o jogo na Arena Corinthians, perdeu boas chances de gol, mas mostrou muitos dos problemas que irritaram muito o torcedor nas eliminações na Libertadores e no Gauchão. Já o Inter, jogando em casa, consagrou o goleiro Danilo, da Chapecoense, e também não foi capaz de tirar o zero do placar, inclusive desperdiçando pênalti dos pés do zagueiro Paulão.</div>
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O Tricolor é o líder, com os mesmos 10 pontos colorados, mas com vantagem no saldo de gols. O time de Roger Machado não empolga como em 2015, ainda que dê mostras de estar se aproximando do seu melhor desempenho. A vitória categórica sobre os reservas do Atlético-MG pode até ter enganado muita gente, principalmente depois da vitória esquálida sobre o Flamengo na rodada 2. No entanto, é importante notar que o treinador gremista, ainda que tenha seus defeitos - e que não são poucos -, está reencontrando uma ideia de time que o tornou um dos técnicos mais badalados do país. O próximo passo é ter paciência com os talentosos jovens à disposição no elenco e torná-los protagonistas no time, deixando os criticados medalhões de lado - sobretudo Douglas e Marcelo Oliveira.</div>
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<br /></div>
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Talvez surpreenda ainda mais a boa largada do Inter, cujo futebol pouco vistoso dava esperanças igualmente proporcionais aos seus torcedores. É um time claramente moldado a se defender, jogando muitas vezes com três volantes, e que prima pela eficiência em todos os setores. O sistema defensivo, outrora uma dor de cabeça no Beira-Rio, aparentemente foi resolvido, com a ascensão de Artur e as ótimas fases de Paulão e Ernando. E os lampejos de talento individual, que era o que salvavam o time no ano passado, evoluíram para uma mecânica de jogo interessante do meio para a frente, contando com a qualidade e mobilidade do trio Eduardo Sasha, Andrigo e Vitinho. As vitórias maiúsculas contra São Paulo e Santos, ambos em território paulista, foram um belo cartão de visitas.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://4.bp.blogspot.com/-b4TiYUR29eY/V0z3BflGS3I/AAAAAAAANFg/5wfwMdaNDrQ7-C3p0-Zus6IO9GNcEmpnQCLcB/s1600/galeria_foto_3a81b4c551a845d3505df65dc9797f0a.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="212" src="https://4.bp.blogspot.com/-b4TiYUR29eY/V0z3BflGS3I/AAAAAAAANFg/5wfwMdaNDrQ7-C3p0-Zus6IO9GNcEmpnQCLcB/s320/galeria_foto_3a81b4c551a845d3505df65dc9797f0a.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O Inter também aponta para o alto, mais um postulante ao título nacional (Foto: Ricardo Duarte / SC Internacional)</td></tr>
</tbody></table>
O que fica é a expectativa de uma sequência de bons resultados que façam a dupla Gre-Nal brigar como protagonistas, como deveria ser em todos os anos. Não existe adversário fácil no Campeonato Brasileiro, tido por muitos como o mais difícil do mundo, mas 2016 também não é um ano que apresente um "bicho-papão". Os grandes paulistas estão em um período de instabilidade, sobretudo Corinthians e Palmeiras, os cariocas há tempos não assustam, e os mineiros parecem um pouco abaixo das ótimas campanhas feitas de 2012 para cá. Ou seja, mesmo longe de terem os melhores times das suas histórias, Grêmio e Inter mostram ter totais condições de sair da fila por títulos nacionais. Depende apenas deles fazer com que a ilusão do torcedor de um dos gigantes gaúchos se torne realidade e festa na Goethe no início de dezembro.</div>
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<b>Antes do Esquecimento</b></div>
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<li>Na tarde deste domingo foi disputada a grande final do Torneo de Transición argentino, entre San Lorenzo e Lanús, no Monumental de Núñez. Era esperada uma decisão altamente equilibrada, mas o time treinado por Pablo Guede voltou a fraquejar em uma decisão e foi massacrado pelo <i>Granate</i>. A vitória por 4 a 0 do Lanús ficou baratíssima, escancarando a falência do sistema de jogo do <i>Ciclón</i>. Apesar do vexame, o San Lorenzo estará na Libertadores 2017, junto do campeão Lanús, do Godoy Cruz e do Estudiantes.</li>
</ul>
Jhon Tedeschihttp://www.blogger.com/profile/11249631890828472318noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9157832412644972432.post-58592687833025130692016-05-17T13:22:00.001-03:002016-05-17T14:31:42.898-03:00Morna e insípida<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://2.bp.blogspot.com/-QXCbZ57NzOo/VztEt8KLhrI/AAAAAAAANBY/lnPEy2mEsNwOmvJmtFLBhLLkykYoFjbagCKgB/s1600/FB_IMG_1463500409652.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="266" src="https://2.bp.blogspot.com/-QXCbZ57NzOo/VztEt8KLhrI/AAAAAAAANBY/lnPEy2mEsNwOmvJmtFLBhLLkykYoFjbagCKgB/s400/FB_IMG_1463500409652.jpg" width="400"></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O técnico Roger pecou pela covardia e voltou a tirar o torcedor<br>gremista do sério (Foto: Wesley Santos / Agência PressDigital)</td></tr>
</tbody></table>
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Dizem que "em tempos de guerra, qualquer buraco é trincheira". Depois de sequer chegar à final do Gauchão e de ser eliminado de forma categórica da Libertadores da América, o Grêmio tentou juntar os cacos para dar uma resposta convincente aos seus torcedores na estreia pelo Brasileirão. O Tricolor foi à Arena Corinthians para enfrentar o atual campeão, e voltou com um pontinho na mala, graças ao empate sem gols na capital paulista.</div>
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<br></div>
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A direção já admitia antes do jogo que estava satisfeita em não perder. Objetivo cumprido? Em partes. Era de suma importância apresentar uma atitude diferente daquela mostrada contra o Rosario Central. Convenhamos que piorar era muito difícil, e contra um também abatido e pouco inspirado Corinthians, a missão ficou um pouco mais simples. O Grêmio dominou o jogo em sua totalidade, inclusive criando as melhores chances para tirar o zero do placar. Em condições normais, todos comemorariam o empate, mas ficou um gostinho de quero mais que incomoda.</div>
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<br></div>
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Por que incomoda? Porque o time voltou a demonstrar a falta de ambição que irritou o torcedor na eliminação na Libertadores. O Grêmio de Roger Machado não precisa parir uma bigorna incandescente para vencer seus jogos e sabe disso. O problema é não tentar, é não buscar ir além de suas limitações, bastante evidentes, por sinal. O treinador gremista voltou a demonstrar que não tem criatividade alguma quando o jogo encrespa, ou quando precisa buscar o resultado. A troca de Bolaños por Edinho foi um crime lesa-pátria, um acinte à paciência do torcedor. Na prática, a medida trouxe o Corinthians ao campo do Grêmio, e os minutos finais só não foram de um terror ainda maior porque o Alvinegro paulistano está longe de seus melhores dias.</div>
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<br></div>
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Não foi ruim para ser trágico ou intragável, também não foi bom o suficiente para estouro de foguetes. O Grêmio mostrou que tem potencial para fazer um campeonato digno, e que os desempenhos desastrosos nas decisões do primeiro semestre não são o teto do time, longe disso. Cabe à nova direção, encabeçada por Alberto Guerra, reforçar o time de verdade, e ao técnico Roger fazer uma forte autocrítica, para identificar seus erros, mas principalmente seus acertos, porque quem não sabe explicar os motivos de seu sucesso, também não saberá reconhecer seu fracasso.</div>
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<br></div>
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<b>Antes do Esquecimento</b></div>
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<b><br></b></div>
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O Brasil de Pelotas estreou no último sábado na Série B, recebendo o Paraná Clube <u>diante</u> de um ótimo público em um Bento Freitas em obras. A vitória por 2 a 0, com <i>doblete</i> de Felipe Garcia, pode até empolgar o torcedor, mas o desempenho foi muito preocupante para quem vê de fora. Para manter a categoria, maior desafio do Xavante em 2016, o fator local será determinante, pois o time está claramente abaixo da necessidade que a competição impõe.</div>
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<br></div>
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Dois degraus abaixo, o São José conheceu seus adversários na Série D nacional. O time da Zona Norte de Porto Alegre ficou no Grupo A14, ao lado de Villa Nova-MG, São Bento-SP e Portuguesa-RJ. A estreia será no dia 12 de junho, às 16h, contra o São Bento, em Sorocaba. O elenco que segue sendo comandado por China Balbino perdeu jogadores importantes, como Jô, Diego Torres, Rafinha e Wágner Fogolari, mas outros bons nomes chegaram, como o volante Reinaldo, ex-Lajeadense e de passagem pelo Palmeiras, o meia Alex Goiano, destaque do São Paulo de Rio Grande no Gauchão e o inoxidável atacante Rodrigo Gral, que dispensa apresentações.</div>
Jhon Tedeschihttp://www.blogger.com/profile/11249631890828472318noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9157832412644972432.post-7388109185522075752016-04-22T18:49:00.000-03:002016-04-22T18:49:16.198-03:00Uma pequena dose de Libertadores<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://conmebol.com/sites/default/files/octavos-de-final.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://conmebol.com/sites/default/files/octavos-de-final.jpg" height="256" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Confrontos definidos. O bicho vai pegar ainda mais<br />
na Libertadores 2016 (Foto: Divulgação / CONMEBOL)</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
Finalmente terminou a fase de grupos da Libertadores da
América 2016. Apesar da dramaticidade que foi uma constante na maioria dos
grupos, não tivemos tantas surpresas quanto nos anos anteriores. Agora começa
uma nova competição com os mata-matas, e o Vida Cancheira vem falar um pouco
sobre o que esperar desses confrontos que prometem movimentar o continente.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Dos brasileiros que começaram a competição, apenas o
Palmeiras ficou pelo caminho, em um grupo encardido, onde passaram Rosario
Central e Nacional. O São Paulo deu jeito na sua vida na reta final e conseguiu
se classificar no sufoco, enquanto Corinthians, Atlético-MG e Grêmio tiveram
relativa tranquilidade para seguir adiante.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
As maiores surpresas, indiscutivelmente, foram as equipes
mexicanas, que dominaram seus grupos e mostraram muita força. As eliminações
precoces de Olimpia e Emelec no grupo 7, do Peñarol no grupo 4 e do Colo-Colo
no grupo 5 também chamaram a atenção, bem como as classificações de Deportivo
Táchira e Independiente del Valle.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Enfim, vamos ao que interessa. O emparelhamento da fase
final da corrida pela Copa mais charmosa das Américas está pronto, os jogos
estão marcados, então vamos aos confrontos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>ATLÉTICO NACIONAL/COL vs HURACÁN/ARG</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Os <i>verdolagas</i>
tiveram a melhor campanha na fase de grupos, inclusive sem sofrer nenhum gol,
mas na hora das fases eliminatórias, isso quer dizer muito pouco. A
responsabilidade é toda dos colombianos, que enfrentarão o Huracán, pior 2º
colocado, no próprio grupo da equipe de Medellín. O <i>Globo</i> entra no confronto como franco-atirador, já tendo passado por
poucas e boas nessa Libertadores. A partir de agora, qualquer avanço tem gosto
de título para o time de Parque Patrícios. Qualquer coisa que não seja um
domínio colombiano será considerada uma enorme zebra.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>ROSARIO CENTRAL/ARG vs GRÊMIO</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Se as duas equipes pudessem escolher, nenhuma iria querer
enfrentar a outra. O Rosario Central é simplesmente a equipe que joga o melhor
futebol na Argentina atualmente, enquanto o Grêmio reagiu nas rodadas finais da
fase de grupos e tende a evoluir. Ambos os times contam com torcidas inflamadas
e tentarão fazer valer o fator local. Os argentinos carregam um leve
favoritismo, por estarem em melhor momento técnico, mas não se pode desprezar a
tradição e a força do Tricolor gaúcho na Libertadores. Se eu pudesse dar um
conselho, seria: não apostem seu dinheiro nesse duelo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>ATLÉTICO MINEIRO vs RACING/ARG</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O duelo de dois dos times mais sofridos do continente. O
Atlético-MG descobriu recentemente o gostinho de ganhar a Libertadores, depois
de décadas sofrendo com as piadas do rival, enquanto o Racing está há quase 50
anos na seca, além de conviver com o (assim como o seu título, distante) hepta
do Independiente. São dois times vocacionados ao ataque, com torcidas
apaixonadas, e prometem entregar, assim como o outro duelo Brasil vs Argentina,
dois ótimos jogos de futebol, dentro e fora de campo. O momento dos brasileiros
é melhor, e a classificação deve ficar mesmo em Belo Horizonte.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>TOLUCA/MÉX vs SÃO PAULO</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O Toluca impressionou pela consistência na fase de grupos e
também pela força jogando como mandante, onde venceu seus três jogos, incluindo
viradas sobre LDU e San Lorenzo. Por sua
vez, o Tricolor paulista ainda sofre por ter um elenco que foge totalmente às
características preferenciais de seu treinador, Edgardo Bauza, notório
retranqueiro que tem em mãos um elenco com muito mais qualidade ofensiva do que
defensiva. O São Paulo tem o artilheiro da Libertadores, o argentino Calleri,
com 8 gols, mas que só deverá jogar a partida no México. Equilíbrio à parte,
minha aposta é no São Paulo para seguir adiante.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>PUMAS/MÉX vs DEPORTIVO TÁCHIRA/VEN</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Mais um replay da fase de grupos, Pumas e Deportivo Táchira
farão o confronto que talvez menos gente dê importância, mesmo que os mexicanos
tenham a 2ª melhor campanha na fase de grupos da Libertadores. Os <i>Universitarios</i> tem o melhor ataque da
competição, ao lado do River Plate, com 17 gols marcados, além de contar com um
elenco bastante experiente, repleto de estrangeiros. Os venezuelanos ganharam
todas em casa, perderam todas fora, mas deverão complicar as coisas no jogo de
ida, em San Cristóbal. Mesmo assim, deve dar Pumas, com sobras.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>RIVER PLATE/ARG vs INDEPENDIENTE DEL VALLE/EQU</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Dizer que o River Plate tirou a sorte grande é ser desonesto
com a história rica de surpresas que tem a Libertadores da América. No entanto,
é inegável que o jovem time do Independiente del Valle está bem abaixo do atual
campeão da América. Ainda que a equipe <i>millonaria </i>esteja longe de seu melhor
rendimento, foi o suficiente para superar a fase de grupos e também deve bastar
para seguir adiante, batendo os equatorianos. A curiosidade é para saber como
os argentinos irão se comportar na altitude de Quito, que talvez seja o maior adversário
do River Plate nas oitavas de final.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<b><br /></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b>CORINTHIANS vs NACIONAL/URU</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Em outros tempos, seria impensável um favoritismo absoluto
dos brasileiros diante do peso brutal que tem a camisa do Nacional. No entanto,
camisa deixou de ganhar jogo faz tempo e, mesmo passando em um grupo
complicadíssimo, os uruguaios não mostraram muitas credenciais de que podem
bater de frente com o Corinthians. O Timão aprendeu com os erros do ano
passado, quando subestimou o Guaraní paraguaio e caiu do cavalo. Mesmo com um
time bem inferior, manteve a mesma consistência e tem tudo para seguir adiante
na Libertadores, sem sustos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>BOCA JUNIORS/ARG vs CERRO PORTEÑO/PAR</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Alguns tem esse confronto como um dos mais equilibrados
dessa fase, mas não se enganem: a tendência é de que os <i>xeneizes</i> não tenham nenhum trabalho contra o Cerro Porteño. O time
de Schelotto encorpou ao longo da fase de grupos, e se tem um time que entende
de mata-mata da Libertadores, este é o Boca Juniors. Os paraguaios acabaram de
mudar o comando técnico – chegou Gustavo Morinigo, vice-campeão da América com
o Nacional Querido, em 2014 – e ao que tudo indica não haverá tempo hábil para
os jogadores assimilarem a filosofia de jogo do novo DT.<br />
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
Jhon Tedeschihttp://www.blogger.com/profile/11249631890828472318noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9157832412644972432.post-5898952220882716402016-04-15T21:52:00.001-03:002018-05-22T22:41:27.629-03:00Os sábados mais importantes das nossas vidas<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://scontent-grt2-1.xx.fbcdn.net/hphotos-xlf1/v/t1.0-9/12512685_1720717758216330_6244401500528044353_n.jpg?oh=f4cfc27b54b85a44323410c43946b2fe&oe=57AF27A1" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="188" src="https://scontent-grt2-1.xx.fbcdn.net/hphotos-xlf1/v/t1.0-9/12512685_1720717758216330_6244401500528044353_n.jpg?oh=f4cfc27b54b85a44323410c43946b2fe&oe=57AF27A1" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Vocês estão mesmo dispostos a fazer história? (Foto: Divulgação /<br />
Esporte Clube São José)</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
Esta semana não está sendo fácil. Tudo começou quando o
árbitro Roger Goulart decretou o final do jogo, quando já eram oito horas da
noite do último sábado no Passo d’Areia. A realidade de disputar uma semifinal
de Gauchão batia na porta e colocava o São José diante de um desafio dos mais
encardidos. As horas que antecederão a tarde desse sábado devem ser ainda
piores. Mais precisamente às 16h20 do dia 16 de abril de 2016, onze homens
pisarão no gramado do Gigante da Beira-Rio com a plena consciência de que podem
mudar suas histórias. De que podem mudar a história de um clube já centenário,
mas pouco acostumado às glórias, sempre um pequenino Davi à sombra de dois
Golias.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A responsabilidade está toda do outro lado. Nada do que
aconteça amanhã, ou no dia 23, irá diminuir o gigante que veste vermelho, mas a
obrigação de passar o carro e alcançar a 9ª final consecutiva no Estadual é toda
deles. Somos os franco-atiradores. O que vier é lucro. Já igualamos as
históricas campanhas de 1971, quando levamos a Copa Governador do Estado,
resultado da fusão com o Clube de Regatas Almirante Barroso, e do inesquecível
2010, ironicamente sob o comando do rival desta ocasião, Argel Fucks. Já temos
vaga garantida na Série D e a classificação para a Copa do Brasil 2017 é
praticamente uma realidade. Se perdermos, confirmaremos o inédito título de
Campeão do Interior.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Ou seja, a expectativa é imensa pela possibilidade de
transcender um obstáculo que até bem pouco tempo atrás parecia absurdo de
superar. Quem acompanha o clube de perto sabe muito bem disto. Nunca foi tão
palpável a chance de disputar uma decisão de Gauchão, que, para um clube como o
São José, realmente é uma Copa do Mundo. Chegar a esta final representa uma
quebra de paradigma que há muito tempo não se vê no futebol do Rio Grande do
Sul, quiçá do Brasil – ou ao menos em seus grandes polos. Não vou entrar nessa
onda de “anti-Gre-Nal”, “contra o futebol moderno” e afins, pois isso é
demagogia barata. Para crescer é necessário se adaptar ao ambiente, o que o
Zeca tem feito com muitos méritos.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Falando sobre questões objetivas e que me levam a crer que o
São José pode derrubar o Internacional: pelo Campeonato Gaúcho, o Alviazul não
perde para o adversário desse sábado desde 2012 – mas também não ganha, são 4
empates em 4 jogos; o espetacular 4 a 4 do ano passado, no Beira-Rio, ainda
está na retina dos torcedores de ambas as equipes, e foi uma prova real de que
o time da Zona Norte sabe enfrentar situações de adversidade; o time de China
Balbino nunca esteve tão consistente, sempre em evolução desde o título da Copa
Sul-Fronteira, conquistada justamente sobre o Colorado. Além disto, o time
parece mentalmente preparado para encarar qualquer adversário, e isso é o mais
importante.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O destino está nos pés do artilheiro Heliardo, do cerebral
Diego Torres, do endiabrado Jô, nas mãos salvadoras de Fábio, líder da melhor
defesa do Gauchão, nas estratégias do promissor China Balbino e sua comissão
técnica, e no pensamento positivo de toda a comunidade que está envolvida com o
São José. São dois jogos que podem provocar uma revolução, podem fazer com que
o clube mude de patamar, não para competir com Inter e Grêmio, mas para ter uma
autoestima que o permita sonhar com momentos de maior brilho. Uma autoestima
que faça o Esporte Clube São José ser visto como mais que apenas um clube
simpático da Zona Norte de Porto Alegre, e sim como um clube respeitável e
campeão.</div>
Jhon Tedeschihttp://www.blogger.com/profile/11249631890828472318noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9157832412644972432.post-75897690804807265682016-04-08T18:22:00.000-03:002016-04-15T22:40:24.904-03:00Sempre te apoiando em busca de um campeonato, São José!<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://scontent-gru2-1.xx.fbcdn.net/hphotos-xtp1/v/t1.0-9/12195846_1663769627244477_6067630942783544575_n.jpg?oh=27da8f2b636daf93061740902f5e15e2&oe=577CF6A5" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="257" src="https://scontent-gru2-1.xx.fbcdn.net/hphotos-xtp1/v/t1.0-9/12195846_1663769627244477_6067630942783544575_n.jpg?oh=27da8f2b636daf93061740902f5e15e2&oe=577CF6A5" width="400"></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">(Foto: Divulgação / Esporte Clube São José)</td></tr>
</tbody></table>
Eis que voltamos aos trabalhos no Vida Cancheira, depois de uma interrupção de mais de um ano, em virtude de diversos compromissos que não permitiram aos redatores seguir contribuindo por aqui. Nada mais justo que retornar falando do que sempre nos moveu a expor nossas opiniões sobre aquilo que é, como diria o mestre Nelson Rodrigues, “a coisa mais importante dentre as menos importantes”.<br>
<br>
Ao longo da nossa trajetória “metemos o nosso bedelho” em muita coisa, falando de futebol sob os mais diversos aspectos. No entanto, sem sombra de dúvida, a experiência mais gratificante foi poder abrir um espaço para falar sobre um clube que sempre teve a nossa simpatia e passou a ter a nossa torcida incondicional, o Esporte Clube São José, também conhecido como “o clube mais simpático do RS”.<br>
<br>
Particularmente, sempre gostei do Zequinha, mas minhas relações com o clube da Zona Norte se estreitaram em 2007, quando Danrlei, um dos atletas mais vitoriosos da história do Grêmio, foi jogar por lá. Dali em diante passei a acompanhar os resultados do time mais de perto, até começar a frequentar o estádio, em 2010. Inclusive a minha primeira experiência no Passo d’Areia foi em um jogo pra lá de alternativo, entre São José e Cerro Porteño, do Paraguai.<br>
<br>
<b><span style="font-size: large;">A aproximação definitiva com o São José</span></b><br>
<br>
Dois anos depois, aceitamos o desafio de cobrir os jogos do time no Gauchão 2012 aqui no blog, sobretudo o amigo Carlos Paiva, que inclusive chegou a viajar para Pelotas com a torcida do Zequinha. Seguimos indo aos jogos, e, no início de 2013, o clube encerrou um jejum de 32 anos sem títulos, ganhando a Copa Centenário, disputada no Passo d’Areia.
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<blockquote class="twitter-tweet" data-lang="pt">
<div dir="ltr" lang="pt">
Momento histórico: São José campeão da Copa Centenário! <a href="http://t.co/VI7Fom4l">pic.twitter.com/VI7Fom4l</a></div>
— Jhon W. Tedeschi (@jhontedeschi) <a href="https://twitter.com/jhontedeschi/status/290598916066537473">13 de janeiro de 2013</a></blockquote>
<script async="" charset="utf-8" src="//platform.twitter.com/widgets.js"></script>
Nesse meio tempo, vimos o São José revelar alguns jogadores que tiveram passagens de destaque por polos importantes do futebol brasileiro e até do exterior. Ressalto aqui os casos de Walter, que atuou por Internacional e Porto-POR, e hoje defende o Atlético-PR, Victor Ferraz, lateral-esquerdo que hoje atua no Santos, Cassiano, ex-Internacional, que hoje está no Goiás, Tiago Volpi, atualmente goleiro do Querétaro-MÉX, e Pedro Carmona, de passagem pelo Palmeiras e destaque do Novorizontino. Isso sem falar em outros tantos atletas que estão em clubes menos importantes, mas que deram sua contribuição em seus momentos no Passo d’Areia.<br>
<br>
Atualmente o clube vive um momento especial, de reconhecimento dentro e fora do Estado, pela campanha espetacular que vem fazendo no Gauchão 2016. Disto não vamos falar, pois a história é sabida por todos que acompanham o futebol gaúcho. O que poucos sabem é que, até cerca de 15 anos atrás, a realidade de bater de frente com a dupla Gre-Nal era bem diferente. O time vivia uma gangorra até 1999, quando voltou para ficar na elite do futebol gaúcho, contando com o aporte financeiro da Multisom, empresa do presidente da FGF, Francisco Noveletto Neto.<br>
<br>
Algumas boas campanhas aconteceram nesse meio tempo, como nos Gauchões de 2001, quando o time alcançou o octogonal final (terminando na 5ª colocação), em 2006 e 2008, campeonatos nos quais o time foi bem na fase regular, mas sucumbiu nos mata-matas. No Gauchão 2010, aconteceu melhor campanha da história do clube até aqui, com o 4º lugar e resultados expressivos, como o 3 a 0 sobre o Inter, que seria campeão da América poucos meses depois. Já em 2011 e 2012, um duplo 6º lugar, foram as últimas campanhas relevantes do Zequinha.<br>
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<b><span style="font-size: large;">O turning-point em uma história centenária</span></b><br>
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A consagração veio em 2015. Dois anos depois de desfeita a parceria com Noveletto, e contando com o empresário Milton Machado na presidência, o clube fez uma campanha totalmente irregular no Gauchão. Sob o comando de Gílson Maciel, o Cabeção, que até arrancou bem, sendo líder por duas rodadas, mas terminou na 11º colocação.<br>
<br>
O segundo semestre reservava a disputa da Super Copa Gaúcha, composta dos chamados campeonatos regionais e da Copa FGF.
Na Copa Sul-Fronteira, o time foi competente para liderar a fase regular, treinado por Thiago Gomes, sortudo para eliminar o Lajeadense nas semi-finais e dominante ao vencer o Internacional, já tendo como comandante China Balbino. Já na Copinha, o time passou bem por União Frederiquense e Igrejinha, surpreendeu o Grêmio e só caiu no gol qualificado contra o Lajeadense. Com os resultados, o São José se habilitou a disputar a fase final da Super Copa Gaúcha.<br>
<br>
Ali, o São José foi superior em todos os aspectos, detonando novamente o União Frederiquense, e tendo a maturidade e eficiência suficientes para ganhar o título no clássico contra o Cruzeiro, levantando o troféu no Passo d’Areia. Jô, Heliardo, Fábio e Rafinha foram os principais nomes do time na campanha que teve 24 jogos, com 13 vitórias, 9 empates e apenas 2 derrotas, também contando a participação na Copa FGF. Todos seguem se destacando neste histórico 2016.<br>
<blockquote class="twitter-tweet" data-lang="pt">
<div dir="ltr" lang="und">
<a href="https://t.co/BwPBA82URy">pic.twitter.com/BwPBA82URy</a></div>
— E.C. São José (@_saojoseoficial) <a href="https://twitter.com/_saojoseoficial/status/666761972055195648">17 de novembro de 2015</a></blockquote>
Neste sábado (09), começa mais uma aventura do “mais simpático” nos mata-matas do Gauchão, recebendo o Novo Hamburgo no Passo d’Areia, às 18h30, querendo despachar a pecha de simpático e tornar-se de uma vez por todas temido e respeitado pelos rivais. Aconteça o que acontecer, a campanha já entra para a história do clube, e a disputa da Série D no segundo semestre vai ser apenas mais um desafio àquele que quer ser muito mais que apenas um clube de bairro.Jhon Tedeschihttp://www.blogger.com/profile/11249631890828472318noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9157832412644972432.post-11284996314699890282015-01-05T18:27:00.000-02:002015-01-05T18:29:44.668-02:00O drama de adaptar-se à realidade<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://zh.rbsdirect.com.br/imagesrc/16974461.jpg?w=640" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://zh.rbsdirect.com.br/imagesrc/16974461.jpg?w=640" height="212" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O senhor está de "brincanagem", presidente?<br />
(Foto: Bruno Alencastro / Agência RBS)</td></tr>
</tbody></table>
2015 mal começou e o nosso querido Grêmio Foot-ball Porto Alegrense já está dando motivos para a parcela racional de sua torcida se envergonhar - percentual, a propósito, cada vez menor. O presidente que assumiu o clube no final do ano passado, Romildo Bolzan Júnior, dá a entender e deixa a mídia noticiar que o Grêmio está encabeçando um movimento para o retorno da disputa do Brasileirão com o inglório e nada saudoso mata-mata.<br />
<br />
Acho que muita gente (por "muita gente" leia-se "muitos gremistas") ainda vive presa ao passado, o que faz com que sintam falta dos formulismos bizarros que nos foram apresentados até 2003, quando o campeonato passou a ser disputado por pontos corridos. Não entrarei no mérito de justiça, porque eu, você, e até sua tia que não entende lhufas de futebol sabemos que não existe isso dentro das quatro linhas. Se a justiça não aparece nem nos tribunais, vão querer cobrar sua aparição nos campos de futebol?<br />
<br />
No entanto, os pontos corridos premiam o clube que leva o certame mais à sério. Seja por ter melhores condições financeiras para montar um elenco decente, seja por ter uma torcida fanática que torne seus jogos como mandante um inferno para o adversário, seja por não ter outros campeonatos fazendo com que a atenção seja dividida - ponto a ser explorado em outro post. O Cruzeiro, atual bicampeão brasileiro, não me parece ter nada de fantástico em comparação aos outros 19 clubes, a não ser em dois aspectos: organização e engajamento.<br />
<br />
Organização que o Grêmio, com a proposta de seu presidente, assume não ter. A turma da memória seletiva certamente não lembra, mas no último campeonato de pontos corridos da história, em 2002, o próprio Tricolor porto-alegrense foi prejudicado pela fórmula, ao ser eliminado nas semi-finais pelo Santos, 8º colocado na fase inicial do torneio, enquanto o Grêmio havia sido o 4º (o time da Vila, inclusive, derrubara anteriormente o São Paulo, campeão da 1ª fase).<br />
<br />
Isso de querer modificar as regras do jogo, ao invés de aceitá-las, já causou uma mancha irreparável na história do Grêmio, quando o clube "virou a mesa" na disputa da segunda divisão, em 1992. Será que, realmente, os dirigentes vão querer levar adiante essa ideia, que novamente irá riscar a imagem já desgastada do Tricolor gaúcho? Simplesmente não faz sentido travar a evolução que o futebol brasileiro está tendo. Se os pontos corridos não são atrativos, é porque os clubes ainda não entenderam como funciona esse tipo de disputa.<br />
<br />
Me ajudem a entender: como em todo o mundo a disputa por pontos corridos dá certo, e só aqui no Brasil que as pessoas tem essa dificuldade de assimilar este modelo de disputa? O mundo mudou, o futebol mudou, e só aqui as pessoas parecem estagnadas nos anos 80 e 90, querendo um futebol jogado e (des)organizado como naquela época. O jogo é esse, as cartas estão na mesa e não tem mais volta. Se o Grêmio não quiser mais os pontos corridos, beleza, é só cair para a terceira ou quarta divisão, que lá tem mata-mata a vontade.Jhon Tedeschihttp://www.blogger.com/profile/11249631890828472318noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9157832412644972432.post-83776497221082718522014-12-07T11:22:00.000-02:002014-12-07T11:22:22.115-02:00Ser copeiro ou não ser?<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://imguol.com/c/esporte/2014/12/06/rafael-moura-defende-arbitro-de-jogadores-do-figueirense-apos-vitoria-do-internacional-1417903457769_956x500.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://imguol.com/c/esporte/2014/12/06/rafael-moura-defende-arbitro-de-jogadores-do-figueirense-apos-vitoria-do-internacional-1417903457769_956x500.jpg" height="208" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Um dos momentos mais espetaculares do Brasileirão 2014<br />(Foto: Charles Guerra / Agência RBS)</td></tr>
</tbody></table>
O que Internacional e Corinthians ganharam e perderam nos dois jogos deste último sábado, que encerraram suas participações no Campeonato Brasileiro 2014, todos sabemos. Mas o que representa, na prática, as presenças dos gaúchos na fase de grupos e dos paulistas na 1ª fase da Libertadores da América 2015? Até que ponto o mito de enfrentar argentinos e uruguaios poderá ser mais difícil para o Corinthians? É tão fácil assim o grupo do Internacional, como alguns setores da imprensa vem vendendo? Vamos aos fatos...<br />
<br />
E depois de dois anos de ausência, o Inter volta no Grupo 4 da Libertadores, para tentar seu terceiro título em menos de 10 anos. Tenho lido e ouvido muitas coisas sobre este grupo, e o fato do Colorado ter escapado de San Lorenzo e São Paulo não se constitui necessariamente em uma vantagem. Vantagem mesmo, no meu ver, foi escapar de jogar a 1ª fase do torneio, podendo esticar um pouco mais a pré-temporada e azeitar o time.<br />
<br />
O Grupo 4 contará com dois campeões nacionais (o 2, chamado "da Morte", terá apenas um), do Chile e Equador. O campeão chileno foi definido ontem, a tradicional equipe da Universidad de Chile, e o equatoriano será conhecido no próximo dia 21, na final que será disputada entre Emelec e o campeão do segundo semestre - Barcelona, Independiente del Valle e Liga de Quito seguem na briga, além dos próprios Eléctricos. Fecha a chave o vencedor de Monarcas Morelia e The Strongest - uma viagem ao México ou à altitude de La Paz.<br />
<br />
Não será nada fácil, mesmo. Os clubes de Guayaquil são muito tradicionais, e jogar em Quito também tem o bônus da altitude. O Independiente causou muitos problemas ao San Lorenzo, atual campeão da América, que eliminando os argentinos ainda na fase de grupos. A Universidad de Chile dispensa apresentações, e uma viagem longa, tanto para a Bolívia, quanto para o México, é sempre uma dor de cabeça extra, principalmente para os brasileiros, com todos seus problemas relativos ao calendário.<br />
<br />
Já o Corinthians terá que disputar a 1ª fase da Copa, conhecida aqui no Brasil como "pré-Libertadores", contra o melhor colombiano na contagem total dos pontos de 2014, que pode ser ou Santa Fe, ou Once Caldas, ambos bem conhecidos dos brasileiros. Passando por esse confronto, o Timão entra no Grupo 2, com o atual campeão, San Lorenzo, seu arquirrival São Paulo, e o <i>chico, pero tradicional</i> Danubio, surpreendente campeão uruguaio na temporada passada.<br />
<br />
O problema para os paulistas, no meu ver, é o confronto da 1ª fase. Jogar na Colômbia é sempre um inferno - o Corinthians sabe bem como é, inclusive -, principalmente contra equipes mais tradicionais. E neste aspecto o Santa Fe seria um adversário mais complicado, apesar de o Once Caldas também jogar na altitude de Manizales. Esse duelo eliminatório afeta toda a logística do início de ano, encurtando a pré-temporada e obrigando o time a começar o ano já com um confronto decisivo.<br />
<br />
A sequência me parece mais tranquila. Honestamente, não vejo em San Lorenzo e Danubio mais times que em Universidad de Chile e qualquer equatoriano que se classifique, por mais que jogar no Nuevo Gasómetro e no Centenario seja sempre carne de pescoço. O São Paulo é um adversário doméstico que, apesar de ser rival estadual, não costuma se dar muito bem contra seus compatriotas na Libertadores. Sem contar as viagens curtas para Buenos Aires e Montevidéu. Nesse aspecto o Corinthians tem uma vantagem interessante.<br />
<br />
Seja como for, gaúchos e paulistas estarão na vitrine mais importante da América, e uma das mais importantes do mundo do futebol. E, como costumo dizer, "a Libertadores é um lugar onde é melhor estar, do que não estar". Quem espera facilidades no torneio mais charmoso do mundo, pode esperar sentado. A edição 2014 está aí para provar que não basta ser o melhor, tem que mirar e querer a Copa para poder tocá-la.Jhon Tedeschihttp://www.blogger.com/profile/11249631890828472318noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9157832412644972432.post-55274113595766720652014-11-26T00:05:00.002-02:002014-11-26T00:26:30.973-02:00Crise provinciana sob diversos prismas<i>
São tempos estranhos em Porto Alegre. O comportamento das pessoas está confuso, está havendo uma preocupante inversão de valores, e um dia vamos entender com claridade o porque disso tudo. Nos últimos dias tivemos acontecimentos que me motivaram a tirar a pena da gaveta, organizar as ideias e botá-las no papel, pois nem só de opiniões reprimidas vive o homem. E por mais que ninguém tenha pedido, não vejo nada demais em me posicionar frente a toda essa loucura pela qual estamos passando.</i><br />
<i><br /></i>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://wp.clicrbs.com.br/rosanedeoliveira/files/2012/06/Fortunati-e-Regina.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://wp.clicrbs.com.br/rosanedeoliveira/files/2012/06/Fortunati-e-Regina.jpg" height="266" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Enquanto isso, no Paço Municipal... até as galinhas estão mais<br />
amparadas que nós (Foto: Adriana Franciosi/ZH)</td></tr>
</tbody></table>
Na madrugada do último sábado, estava eu navegando pela internet, quando li em um portal de notícias que um taxista havia sido assassinado na Zona Leste da capital gaúcha. Meu pai trabalha como taxista, à noite, e na mesma região. Pensem em um susto... Passado aquele primeiro impacto, descubro que também era um pai de família, honesto e trabalhador, quem havia perdido a vida enquanto tentava ganhar o pão. Se teve algum sinal dos bandidos, ou de algum suspeito? Óbvio que não.<br />
Então, no dia seguinte, peguei uma carona com o velho, extremamente aliviado por estar ali, e não em um lugar muito pior naquele momento. Comentando sobre o acontecido, nem entramos no mérito da impunidade - com ela convivemos desde que nos entendemos por gente, e isto não vai mudar tão cedo. Mas pensamos na família que mais esse trabalhador deixou, sem rumo, sem perspectiva... É complicado. Não há a menor garantia de que os três filhos e a viúva desse cara conseguirão se manter.<br />
<br />
Os taxistas em Porto Alegre (e acredito que em todo o Brasil) não tem o menor respaldo, são tratados como autônomos, como se a profissão não fosse regulamentada e repleta de exigências. Só tem direito a uma aposentadoria irrisória quem faz os depósitos para o INSS sob sua própria responsabilidade. Perante aos órgãos controladores, só deveres, nenhum direito. Isto é revoltante e desalentador, principalmente pois a categoria está exposta à insegurança crescente, à toda sorte de acidentes, entre outras coisas.<br />
Em outra oportunidade, diversos taxistas ocuparam a frente da residência do governador Tarso Genro. Desta vez, bloquearam algumas das principais vias de Porto Alegre. Nunca houve qualquer efeito prático, nenhum. Pelo contrário, só aumentaram as exigências, como, por exemplo, a padronização da vestimenta e a imposição da implementação de GPS na frota. Enquanto isso o dia-a-dia nas ruas segue pesado, com o trabalhador saindo de casa sem nenhuma certeza se irá voltar no final da jornada.<br />
<br />
Derivo. Ano passado, antes de um jogo entre Grêmio e Santos, na Arena, houve uma grande confusão entre um grupo e policiais militares. Após tentar deter integrantes desse grupo, os brigadianos foram recebidos com pedras e garrafas, no que responderam com tiros de bala de borracha. Um torcedor, que passava no momento dos disparos, foi atingido no rosto e perdeu a visão do olho direito. Mais de um ano depois, em meio ao processo instaurado pelo torcedor para que o poder público o indenizasse, uma surpresa.<br />
Um procurador do Estado, certamente fora da normalidade de suas faculdades mentais, afirmou que o atingido se posicionou na "linha de tiro" dos policiais militares. Inacreditável, absurdo, ridículo! A postura da corporação nesse caso não tem o mínimo de sensibilidade e empatia com o demandante e com o contexto do ocorrido. Impossível não sentir mais nojo, mais repulsa deste órgão podre de tão corrompido, que sequer é capaz de garantir a segurança dos cidadãos de bem.<br />
<br />
Enquanto isto, na periferia de Porto Alegre, escolas e postos de saúde são sistematicamente fechados pelo poder paralelo, geralmente chefiado pelos líderes do tráfico, que querem evitar "empecilhos" em meio à guerra pelo comando das ações nas vilas. Sim, existe toque de recolher em Porto Alegre, e as polícias Civil e Militar, respaldadas pela inútil Secretaria de Segurança Pública, fazem vista grossa, negando até a morte - geralmente de inocentes -, enquanto a bandidagem faz a festa.<br />
A corda sempre estoura do lado mais fraco; neste caso, da população impotente frente às ameaças que podem até cessar em alguns momentos, mas volta e meia aterrorizam as pessoas de bem, que só querem trabalhar e viver dignamente. Não se vê a menor rigidez no combate ao crime organizado, as ações são sempre inócuas, permitindo as famosas brechas - parece óbvio, se fosse diferente e o combate fosse incisivo, a guerra civil estaria declarada, e talvez víssemos uma luz no fim do túnel.<br />
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Do crime organizado ao lazer desorganizado. A Leal e Valerosa Cidade de Porto Alegre cresceu em muitos aspectos, mas a alma do porto-alegrense segue mais provinciana do que nunca. Estamos em 2014, pensando como em 1964, barrando o desenvolvimento econômico das formas mais esdrúxulas possíveis. Ao longo dessa semana, diversos bares e casas no bairro Cidade Baixa, reduto boêmio da capital gaúcha, foram fechados pela prefeitura.<br />
O argumento para as interdições era a poluição sonora. Santa ingenuidade de quem acreditou nesse papinho. O problema não é, nunca foi, e nunca será os lugares em si. Todo mundo sabe que os bares foram fechados por conta das badernas nas redondezas dos estabelecimentos, que se estendiam pelas madrugadas afora. Vivemos uma crise de comportamento. Estamos muito extremistas, não damos o braço à torcer em nenhuma situação.<br />
<br />
Querem fazer este movimento migrar para as margens do Estuário do Guaíba, no entorno do praticamente inutilizado e esquecido Anfiteatro Pôr-do-Sol, onde uma menina foi estuprada a algumas semanas, justamente pela falta total de segurança. Isso só pode ser uma piada de péssimo gosto. Tudo bem que a Cidade Baixa é uma região originalmente residencial, mas isolar um público que movimenta e aquece a economia da região é algo totalmente absurdo.<br />
Por outro lado, é necessário organizar a bagunça que o bairro se tornou. Nasci e morei durante 4 anos lá, e meus pais souberam bem o inferno que foi criar três crianças pequenas em meio àquele ambiente - que melhorou muito desde então, devo admitir. Mesmo assim, há muito o que melhorar. Se as pessoas tivessem um pouco mais de noção e consciência, nenhuma atitude extrema seria tomada, e o lazer, o trabalho e a segurança seriam satisfatórias na cidade que tanto amamos. Até lá, vida que segue, se possível.Jhon Tedeschihttp://www.blogger.com/profile/11249631890828472318noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9157832412644972432.post-90029955295774052042014-10-23T23:42:00.001-02:002014-10-24T20:59:45.287-02:00Por que não vou abrir meu voto?<span id="goog_728926626"></span><span id="goog_728926627"></span><span style="font-size: small;"><i>* este texto não reflete a opinião do blog Vida Cancheira, e sim do blogueiro responsável por esta postagem</i></span><br>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.viamaxi.com.br/wp-content/uploads/2011/08/Urna_Voto.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.viamaxi.com.br/wp-content/uploads/2011/08/Urna_Voto.jpg" height="213" width="320"></a></div>
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Estamos chegando ao final de uma maratona eleitoral onde todos os envolvidos parecem cada vez mais exaustos, querendo somente que tudo isso acabe de uma vez por todas. São mais de três meses de campanha e até os militantes mais atuantes aparentam estar de saco cheio de discussões, de debates, de tudo que envolve o jogo eleitoral... Nesses tempos esquecemos que o jogo que está sendo disputado de verdade é o político, que esse embate eleitoral intenso é apenas nesse período que acontece de dois em dois anos, onde muitos vestem suas camisetas, empunham suas bandeiras e vão às ruas. E no restante do tempo? Onde fica toda essa gente esclarecida, politizada e sedenta por mudanças?<br><br>Há pouco mais de um ano, vivenciamos um momento histórico, onde milhares de pessoas tomaram as maiores cidades do Brasil, reivindicando uma série de coisas que nunca pareceram claras naquele processo, mesmo sendo notável o fato de haver um movimento popular visando melhorias em prol da população. Por mais expressivas e intensas que pudessem ter sido aquelas manifestações, o reflexo nas urnas neste 2014 não foi tão relevante assim. Percebi um reflexo muito maior em redes sociais, onde proliferam manifestações do mais puro senso comum, desde o fatídico junho de 2013, até os dias que estamos vivendo.<br><br>Tudo isso é reflexo da democracia instituída neste país a 29 anos. Democracia esta que permite toda forma de pensamento e expressão, que permite o voto direto - mas ainda, infelizmente, obrigatório -, que permite que eu esteja escrevendo sobre política em um blog sem ter medo de ser censurado ou repreendido de alguma forma. Democracia esta que está verde na República Federativa do Brasil. Sim, acho que poucos pensam nisto, mas fazem apenas oito anos que ultrapassamos o período que vivemos sob uma severa ditadura militar. Tempo que eu, particularmente, considero muito pouco para o amadurecimento de um modelo governamental.<br><br>O modelo democrático não amadureceu e as pessoas ainda não se acostumaram a ele. Faz parte. Tenho na minha cabeça que a democracia só começará a funcionar satisfatoriamente no Brasil daqui a duas gerações. Enquanto a maior parte dos votantes - reitero, obrigados a votar - for formada pelos filhos do "Brasil, ame-o ou deixe-o", estaremos condenados a conviver com o conservadorismo, com as tendências ao retrocesso, em todas as esferas. Por óbvio, uma escolha válida, também produto da democracia conquistada a duras penas pela nossa população. São apenas 29 anos consecutivos de democracia em um país com 514 anos de vida e história.<br><br>Voltando ao processo eleitoral deste ano. A imensa maioria das pessoas do meu convívio tem posicionamento bem definido entre os tantos candidatos que começaram a corrida, e agora entre as duplas que chegaram à reta final. Um posicionamento firme e muitas vezes agressivo, vindo de pessoas que normalmente não costumam discutir política, não me serve, não me satisfaz. Lamentavelmente é isto que tenho visto, inclusive de pessoas muito próximas a mim. A postura de denegrir o oponente, ao invés de exaltar o proponente, reflete muito bem o (mau) comportamento dos candidatos, sobretudo nos debates televisionados ao longo dos últimos dois meses. E isto é extremamente nocivo para o processo.<br><br>Também tenho meu voto e meu posicionamento bem definidos, mas nem por isso preciso ir às redes sociais metralhar argumentos para defender meus candidatos. Não preciso ofender os contrarreligionários, seja lá de qual adjetivo for, para desmoralizá-lo. Não preciso usar desse maldito maniqueísmo imperante no Rio Grande do Sul que diz que não devemos apenas gostar de um, mas como também odiar o outro. A democracia também me permite que eu reconheça méritos em quem eu não for escolher, e assuma os deméritos dos meus indicados. Precisamos adquirir maturidade enquanto entes participantes de uma democracia. Vamos embarcar ao menos nesse vagão do trem da história?Jhon Tedeschihttp://www.blogger.com/profile/11249631890828472318noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9157832412644972432.post-58455903940266537452014-08-30T12:18:00.000-03:002014-08-30T12:49:31.674-03:00United colors against discrimination<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://fbexternal-a.akamaihd.net/safe_image.php?d=AQC2iuZDtUCJWQvw&w=484&h=253&url=http%3A%2F%2Fyoungprogressivevoices.net%2Fwp-content%2Fuploads%2F2014%2F08%2FNo_sexism_racism_homophobia.jpg&cfs=1" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="207" src="https://fbexternal-a.akamaihd.net/safe_image.php?d=AQC2iuZDtUCJWQvw&w=484&h=253&url=http%3A%2F%2Fyoungprogressivevoices.net%2Fwp-content%2Fuploads%2F2014%2F08%2FNo_sexism_racism_homophobia.jpg&cfs=1" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Que toda discriminação vá para a lata do lixo. (Foto: beingliberal.org)</td></tr>
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Falar sobre preconceito e discriminação nos coloca em um mar complicado de navegar, correndo riscos sérios de ser engolidos por ondas de demagogia, oportunismo e hipocrisia. Talvez seja por isso que eu tenha perdido um pouco o timing dos acontecimentos lamentáveis da última quinta-feira, em Porto Alegre, e que terão reflexos muito fortes nas próximas semanas. A conclusão que se chega é: o mundo cansou de discriminação. A pergunta que fica é: o que cada um de nós está fazendo em prol disto?<br />
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Eventual e sistematicamente cometemos atos de discriminação. Em algum momento, todos nós somos racistas, homofóbicos, ou discriminamos alguém por sua condição social, religião, gênero, peso, altura, idade... Todos, sem exceção. Quantas vezes fazemos piadinhas sobre a gordinha que o amigo ficou na festa? Ou então sobre o baixinho que não conseguiu afastar a bola de cabeça na pelada do domingo? Ou ainda, deixamos de ouvir ou não levamos em consideração o que uma pessoa tinha a dizer, pela sua forma de vestir?<br />
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Sempre fui contra essa onda de "politicamente correto". Me parecia uma chatice, uma patrulha excessiva, sem razão de ser. No entanto, conhecendo e entendendo um pouco melhor o mundo e as pessoas que o habitam, mudei de opinião. Será que é tão difícil assim nos tratarmos como iguais? Não é amar todo mundo, ser amigo de todo mundo, isso acaba sempre remetendo a uma relação falsa, forçada... É respeitar todo mundo, seja qual forem suas escolhas, seja como for seu corpo.<br />
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Estamos vivendo uma guerra motivada por questões religiosas no outro lado do mundo. Tenho certeza que as pessoas não querem que guerras por questões étnicas, sociais e religiosas aconteçam ao nosso lado - ainda que, na minha visão, elas já aconteçam de forma velada. Já basta a guerra civil com a qual convivemos todos os dias, por queremos ter vantagens em tudo, por entendermos que a lei da impunidade é a que melhor funciona neste país. Todos somos parte do extrato final que temos hoje em nossa sociedade, logo, todos podemos mudar isto de alguma forma.<br />
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Não entrei no mérito do futebol, produto principal deste blog e contexto social que motiva a publicação deste texto. Por quê? Porque o futebol é apenas mais uma parte do macroambiente onde vivemos. A diferença é que muita gente pensa que as cadeiras ou arquibancadas de um estádio são um universo à parte, onde os valores morais e éticos podem ser esquecidos, sem que isto provoque uma consequência. Só que esquecemos também que o espetáculo do futebol é feito por seres humanos, com seus valores, sentimentos e diferenças.<br />
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A forma como nos comportamos com um jogador dentro de campo, ou com o torcedor que está na arquibancada visitante, é a mesma postura que temos com o cara que nos fechou no trânsito, com o vendedor da loja com um visual diferente do nosso, ou ainda com a pessoa com um gosto musical alternativo. Parece que temos um prazer quase sexual em desprezar e tentar rebaixar quem é diferente. Isso não é campanha social do governo ou iniciativa de um clube de futebol que vai mudar, infelizmente.<br />
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Minha mãe sempre diz que educação vem de casa. E educação também compreende respeitar e entender as diferenças. Logo, o resultado para esta equação está em casa um de nós, em nossa educação e em nossa consciência do que é certo e errado. Infelizmente o preconceito e a discriminação vão levar algumas gerações para serem extirpadas da nossa sociedade. Felizmente hoje conseguimos ver uma luz no fim do túnel. Vamos fazer a nossa parte?Jhon Tedeschihttp://www.blogger.com/profile/11249631890828472318noreply@blogger.com0