domingo, 17 de março de 2013

E agora, José?

Campeonato Gaúcho ’13, Taça Farroupilha (2º turno), 2ª rodada. Grêmio 2-0 Lajeadense, 16.03.2013, Arena do Grêmio (Porto Alegre/RS).
Certa feita Drummond se perguntou isto, perguntou isto, e sua pergunta se tornou um de seus poemas mais célebres e uma das indagações mais repetidas Brasil a fora. Aproprio-me do questionamento do saudoso mestre e o refaço, para alguns Josés (sic). Cada um deles teria uma resposta diferente para me dar, de acordo com seu envolvimento; o mais famoso deles, José Roberto, não teria nada do que reclamar, afinal, tivera jornada gloriosa, correndo como um garoto de 19 anos, tendo o dobro nas paletas, e marcando os 2 gols da vitória do Grêmio sobre o Lajeadense, na tarde-noite deste sábado. Bom, sobre Grêmio-Lajeadense, muito pode ser visto na nossa imprensa especializada (BEM entre aspas) e falar sobre o jogo é se aproximar do óbvio, então falo sobre o que julgo óbvio em 3 doses curtas e grossas, como coices de porco: 1) Zé Roberto é um atleta fora do comum – meu medo é que passem os anos e ele seja tão lembrado pela torcida gremista quanto Zinho o é; 2) o Lajeadense é um time muitíssimo bem armado pelo Flávio Campos, vai dar muito trabalho neste 2º turno; 3) sempre achei o Cris muito bom zagueiro, mas o vírus do futebol francês o afetou gravemente, assim como fizera com o ex-colorado Bolívar – diria que Cris é um Bolívar sem grife (“Capitão América”).

Mas e os Josés anônimos? Que perguntas eles precisariam me responder, o que este maldito blogueiro quer saber deles?! Não apenas dos Josés, mas dos Joões, das Marias, dos Pedros e das Paulas que frequentam o Teatro a Arena Porto Alegrense, novo, lindo, silencioso e cheiroso estádio do Grêmio. Foi o primeiro jogo dos 4 (todos os oficiais) que fui na Arena até agora em que fiquei praticamente o tempo todo conectado. Vi um tweet de um jornalista comentando sobre os valores praticados para lanches dentro do estádio. Foi o menor dos problemas, mas é um problema recorrente, ou quem está disposto a pagar 10 pratas em um cachorro quente (e não quero nem saber se é do Rosário, do Bigode, ou do morte-lenta ali da esquina)? Ou então 10 pratas em uma pipoca grande? – comprei a menor, pela metade do preço, e com o valor eu faria umas 2 PANELAS de pipoca doce, creio que ainda melhor que a que comi. Desde a inauguração, cada jogo teve uma ocorrência considerada grave ou importante; ontem, foi a questão das bilheterias, que pela primeira vez foram abertas no dia do jogo, em quantidade insuficiente para a relação demanda/modo operacional. Eram apenas 5 mil pessoas, mas 5 mil pessoas impacientes, acostumadas com a agilidade do velho e saudoso Olímpico.

Então, finalizando esta breve consideração, quero saber dos Josés, dos Joões, das Marias, Pedros e Paulas gremistas, o que estão achando destes primeiros 3 meses de Arena. O que está satisfatório e o que precisa melhorar? Infra-estrutura? Valores? Formas de compra de ingressos? O Vida Cancheira sempre foi espaço do nosso leitor, e aqui fica mais um convite à discussão, entre tantos que surgirão sobre este assunto, nos mais variados meios de comunicação. Posteriormente, com a cabeça mais fria, falarei sobre meus pontos de vista, minhas opiniões e o que percebi nestas 4 partidas em que me fiz presente na nova cancha.