terça-feira, 31 de janeiro de 2012

A menina do segundo grau

O Inter mostrou que não pode contar com seu sub-23 que perdeu para o Cerâmica. O time reserva foi bem venceu o VEC com Tinga se destacando. Mas amanhã em Manizales vai acontecer um jogo que pode decidir o semestre colorado. Se perder vai ficar com o Gauchão e o Brasileirão lá em Maio. Se ganhar terá uma Libertadores emocionante a começar que vai jogar no grupo do Santos! Os últimos dois campões no mesmo grupo! Não lembro deste acontecimento na competição continental. Sabemos que não será fácil voltar com a vaga mas com o D´Alessandro em campo e certamente até junho de 2015 fica muito mais fácil. Com o camisa 10 o time da P.Cacique vai ter a posse da bola e não será atacado consequentemente.
O time colombiano promete três atacantes e uma postura bem diferente do que mostrou quarta passada em Porto Alegre. Então creio que seria melhor manter o esquema mesmo sem Dagoberto (caso não se recupere de lesão) colocaria Gilberto ou Marcus Aurélio. Pois colocando Tinga estaremos retrocedendo ao ano 2011 isolando Damião no ataque. Isso não pode acontecer. Dorival agora tem que mostrar coerência em seu pensamento sobre futebol onde se marca já no meio-campo e ataca com passes rápidos, curtos e chutes a média distancia e com seus meias entrando na área. Jogando assim sem medo.
Portanto o time colorado me fez lembrar a historia de meu amigo Fabio que ao entrar no primeiro ano do ensino médio o famoso segundo grau, tinha se atrasado para o primeiro período. Então ao entrar na sala todos estavam sentados em dupla. Alias quase todos. Tinha duas meninas ali sozinhas uma em cada mesa. Poderia optar pela loirinha de olhos claros, sim ela era loira mesmo, loira de verdade e nada de tinturas, loira natural, loiríssima e com olhos azuis feito céu de janeiro. Ele não conhecia essa beldade. Era o primeiro dia de Fabio na nova escola. Mas logo atras desta beldade loira e azul. Tinha uma morena da cor do pecado, cabelos brilhantes e olhos negros. Mas cujo Fabio já tinha tentado um investida sem sucesso no anterior na festa de formatura da oitava seria o famoso primeiro grau. E a morena lhe deu um fora pois Fabio não sabia dançar e o rejeitou na frente dos amigos! Mas a morena era o amor platônico de Fabio. Voltando ao foco Fabio chegou na sala mais especificamente entre uma mesa e outra. A morena sorriu e até ensaiou um "oi" mas Fabio mostrou convicção e sentou ao lado da beldade loira e azul. Fábio optou pelo novo assim deixando algo que não deu certo para trás definitivamente. Dorival vive o mesmo dilema que meu amigo Fabio viveu. Dorival pode por fim em um sistema que não certo e obter convicção. Se Fábio conseguiu algo não sei mas como ele mesmo disse: "Era a menina mais linda do segundo grau..."         

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Ainda em maturação

Confesso aqui neste blog de cunho futebolístico: sou um beberrão costumaz. Até alguns poucos anos atrás eu preferia me abster do consumo de bebidas alcoólicas, e afins, por questões de manutenção de uma vida supostamente saudável. Um gênio da música, Bezerra da Silva, cantava que bebia sim, e seguia vivendo, argumentando que havia gente que não bebia e estava morrendo; enquanto isto, há jogadores que bebem e jogam, ainda que sem aquele ânimo que encanta o torcedor, enquanto alguns santinhos (a.k.a. Atletas de Cristo e derivados) são mais conhecidos pela sua vontade e falta de intimidade com o balão de couro. O mestre Bezerra faleceu há pouco mais de 7 anos, ironicamente em consequência de um vício, mas não do trago eventual, e sim do maléfico cigarro.

Após ter me tornado um consumidor das águas que aves não metem o bico, parti para o estudo de algumas delas, as de minha preferência, especialmente a cerveja. Entretanto, algum conhecimento, por osmose, derivou-se ao tratamento e fabricação do vinho, coincidentemente cultura tradicional na região serrana do Rio Grande do Sul, região esta onde o Grêmio foi enfrentar ontem o Juventude. Em Caxias do Sul, o Papo é o time verdibranco, que carrega uma tanto de minha antipatia - mesmo que seja chamado de "Filial do Grêmio". Verdes são as uvas ainda nos parreirais, impróprias para a vindima e o consumo. Verde está o time do Grêmio, em diversos aspectos. Pouco experimentei vinhos feitos com uvas verdes; meu contato com vinhos secos não foram os mais satisfatórios.

Assim como o desempenho do time Tricolor, amargo, sem sabor, insosso. Caio Júnior, durante o jogo contra o Canoas, parecia ter tido um lapso de consciência, e ajustado o time para um 3-5-2 emergencial, contudo parece não ter treinado esta formação durante os 3 dias seguintes. Os alas Gabriel e Júlio César eram mais wingers do que propriamente alas, e a cobertura dos volantes inexistia. Em certo ponto do 1º tempo, Douglas Sóbrio, digo, Grolli e Mário Fernandes eram convidados a dar combate aos extremos Alan e Jônatas Belusso, deixando Saimon no mano-a-mano com o bom centroavante Zulu. Léo Gago e Fernando devem ter achado que era um retorno à pré-temporada em Bento, e perderam-se em algum lugar na Rota das Vinícolas. Obrigado, a ressaca fica toda com o torcedor.

Victor foi um dos poucos jogadores a tomar suco de laranja (abraço, Rodrigo Baldasso!) no almoço, visto que estava pegando até pensamento, e salvando mesmo quando não valia mais nada. Mas, depois da pausa para a água (sic), um ataque muito bom pela direita, com as participações de Rafael Mineiro, ou Capixaba, ou Paraíba, a cerveja me impediu de registrar (aí está uma vantagem de ver jogos nas bancadas, não se pode beber no decorrer), e Belusso, este derrubado por Saimon, sobre a linha da área, portanto, pênalti. Alcione descreveria bem o autor do gol, o avante ebônico Zulu, que converteu o penal rasteiro, um pouco mais à esquerda do gol de Victor, que caiu totalmente à direita, sequer aparecendo na fotografia, e consagrando o jogador periquito como um artilheiro máximo do Gauchão, com 4 gols.

O trio final gremista, com Douglas, Kléber e Marcelo Moreno, parecia perdido como turista s nordestinos na Festa da Uva. O time mal e porcamente alimentava os referidos, e, quando a bola chegava, ela parecia ter o peso de uma bigorna ACME [®], para cada qual com seu motivo especial. Douglas vive no Fantástico Mundo de Bobby, é até injusto dizer que ele tem propensões a ebriedade eventual, pois isto até não influencia no desempenho do atleta - em um primeiro momento, e, óbvio, se isto é verdade. Mas, quando a bola caía no pé esquerdo do #10 Tricolor, bom... Confesso que me irritei mais com o incensado Kléber, que brigou como um Gladiador, mas pensou como um Nero, visivelmente querendo tocar fogo em todos os ataques gremistas, dando toquezinhos para trás, e cavando faltas imbecis e infrutíferas.

Na 2ª etapa, a vitória e a ressaca se consolidaram, e, por falar em vinhos, Anderson Daronco, o árbitro da partida, parece ter escorregado no momento de pisotear o insumo de sua atuação, expulsando o capitão do Juventude, Bruno Salvador, e o ala-direito do Grêmio, Gabriel, sem motivo aparente para este escriba que estava assistindo ao jogo em claro estado de afetação alcoólatra. Pelo mesmo critério, ou falta dele, Daronco deixou de expulsar Kléber, que ficou aos agarrões com Rafael Mineiro (Capixaba ou Paraíba), de forma mais incisiva que os demais expulsos. Na lance da 1ª expulsão, saiu o 2º gol do Juventude, de fato marcado por Douglas Grolli, mas de direito o gol ficou para Athos. Nos instantes finais um gol de pênalti, anotado por Kléber, gritedo à italiana e vinho derramado na área do Juventude, mas nada que ameaçasse seriamente o goleiro Jonatas.

Nos primeiros instantes de partida, o esquema do Grêmio parecia promissor, entretanto, com o passar dos minutos, e com a ambientação de Gabriel e Júlio César ao campo de ataque, a defesa foi ficando vulnerável, sem cobertura, e o ataque do Juventude fez a festa quando da posse de bola. Acredito que um defensor tarimbado ajude a resolver os problemas do time, e este defensor (não necessariamente um zagueiro), no meu ver, está no grupo: Gilberto Silva, jogador com uma noção tática muito melhor que Léo Gago, por exemplo, que até agora, pela amostragem, me pareceu um Guiñazu que fala português, tem menos fôlego e desarma menos (e se é para chutar daquele jeito, que não chute). Contra o São Luiz, quinta, o time terá mais uma oportunidade de mostrar-se um pouco mais maduro, coeso e entrosado, afinal, ainda estamos em pré-temporada.

Nos Acréscimos
  • O que teve de gente fazendo velório sem defunto no caso D'Alessandro foi algo inédito. Eu só acreditaria quando visse "El Cabezón" vestindo a camisa do time chinês, o que duvidava muito que acontecesse. Qual jogador iria trocar a idolatria e a visibilidade de um dos maiores clubes da América e do Mundo por um exílio no insalubre futebol chinês? Mesmo que tenha sido dobrado o soldo do argentino, é perfeitamente compreensível a permanência do armador, seja qual tenha sido o contexto da negociação. Agora está tudo ajustado e azeitado para a partida de volta do Colorado contra o Once Caldas, depois de amanhã, em Manizales, valendo vaga no grupo 1 da 2ª fase da Libertadores.
  • Segue a bailanta no Gauchão 2012! Tivemos, além de Juventude 2-1 Grêmio, mais 6 jogos. No sábado, a gurizada do Inter venceu o Veranópolis por 3 a 1, no Beira-Rio, e o brioso Cruzeiro foi a Erechim e voltou com 3 pontos, com a vitória por 1 a 0 sobre o Ypiranga. Ontem, o Caxias venceu o São Luiz, em Ijuí, por 1 a 0, com um gol nos minutos finais; na finaleira veio o gol da vitória do Cerâmica por 2 a 1 sobre o Canoas, no clássico da Região Metropolitana disputado no Complexo Esportivo da Ulbra; o Lajeadense enfim venceu na Arena Alviazul, 3 a 1 no Pelotas e, terminando, o São José recebeu o Avenida no sintético do Passo d'Areia e meteu 3 a 0, ao natural.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Mística e Tradição: privilégio de poucos

É sabido, não escondo de ninguém, que sou simpatizante do Nacional, do Uruguai, por motivos muito além de alianças de torcidas, como alguém pode supor, mas por questões de afinidade e pela convivência de ter um dos meus melhores amigos de infância torcedor fanático do Bolso (apesar de colorado). Por isto, também, liguei a televisão no início da noite de ontem para assistir a um confronto válido pela 1ª fase da Copa Libertadores da América, competição que meu time sequer sonhou em jogar este ano (o Grêmio, não o Nacional, que está na Copa). Até porque, além da rivalidade, há o respeito pelo[s] "co-hermano"[s] (sic) e sua[s] história[s]. História de um dos maiores campeões da América, com 5 títulos (só perde para o Independiente [7] e Boca Juniors [6]) em 10 finais (maior finalista), além dos seus 3 Mundiais.

Enfim, a camisa carbonera entrou em campo ontem à noite para receber o emergente Caracas, maior clube da terra de Hugo Chávez, em um Centenario lotado e vibrante, como de costume. Clima total de Copa, fumaceira e gritedo para cima dos venezuelanos. O time do atual vice-campeão foi desmanchado ao fim da última Libertadores, com a saída de jogadores importantíssimos, como o trio final Martinuccio, Mier e Olivera. Diego Aguirre também saiu, dando lugar a Gregorio Pérez, de bom trabalho no Libertad, do Paraguai. Pérez segue a linha mais ofensivista, da escola do "Maestro" Óscar Tabárez e de Juán Ramón Carrasco, escalando 3 atacantes. De time reativo, tornou-se um time proponente de jogo, evolução sentida na maioria das equipes uruguaias, outrora acostumadas a utilizar-se do sempre digno retrancão.

Foi um início de jogo bastante equilibrado, como Galvão Bueno dissera certa feita, em um raro momento de lucidez, "não tem mais bobo no futebol" (sic), referindo-se a algum time peruano, ou a seleção de Honduras. O Caracas já chegou a 2 fases finais de Libertadores nos anos 2000 (eliminado nas oitavas em 2007, pelo Santos, e nas quartas em 2009, pelo Grêmio), os principais jogadores tem boa rodagem, com passagens pela seleção local. Portanto, tratava-se de um confronto perigoso no pré-jogo, o que confirmou-se em campo. Os venezuelanos aproveitavam-se da ansiedade do Peñarol, que errava muitos passes no campo de ataque, e ia apenas na boa. A centralização da armação das jogadas em Aguiar não surtia muito efeito, os setores de meio-campo e ataque pareciam fora de sintonia.

Poucas chances de gol haviam sido criadas, sobretudo da parte do Peñarol, o que tornava o jogo até chato, em alguns momentos. Até que aconteceu o lance que determinou o futuro da partida, e dos clubes na Copa Libertadores. Aos 30', Ferreira obrigou Carini a fazer boa defesa, e, no rebote, o uruguaio recuperou a bola e foi derrubado por González na grande área: pênalti para o Caracas. Na cobrança, Jiménez executou mal, mandando uma bomba em cima do goleiro carbonero. Nessas horas a camisa pesa, a torcida acorda e o time começa a jogar. 10 minutos foram o suficiente para que o Peñarol encaminhasse sua classificação, antes da descida aos vestiários. Os gols de Nicolás Freitas, aos 35', e do veterano Marcelo Zalayeta, aos 38', davam uma vantagem muito confortável aos donos da casa, tanto no placar, quanto no campo.

Pois em um confronto de mata-mata copeiro é assim: saiu atrás, tem que correr para buscar o prejuízo. E assim voltou o Caracas para a 2ª etapa, disposto a buscar o marcador, entretanto, a maior qualidade, experiência e tradição do Peñarol foram determinantes. Entre os 20' e 25' do 2º tempo o Manya matou o jogo, com gols do brasileiro João Pedro (em falha impressionante do goleiro Renny Vega) e do atacante Estoyanoff. Dali em diante foi jogar para que os hinchas curtissem a classificação quase garantida, e poupar alguns jogadores, principalmente o amarelado autor do 4º gol. Ainda houve tempo para a expulsão do zagueiro paraguaio Fidel Pérez, do Caracas. Nada que modificasse um panorama já modificado em função do peso de uma camiseta multicampeã, que faz um adversário tremer em um penal a seu favor, e depois abrir o caminha para uma goleada. Impressionante!

Nos Acréscimos
  • O Peñarol, com a goleada, praticamente se garante no grupo 8, mais um "de la muerte", com os já garantidos Universidad do Chile, Atlético Nacional e Godoy Cruz. Por falar no Godoy Cruz, os mendoncinos estão sediando um dos Torneos de Verano, tradicionais na inter-temporada argentina, e, após o jogo da Libertadores, o Tomba recebeu o San Lorenzo, vencendo por 3 a 2, e garantindo o título da Copa Ciudad de Mendoza, com 2 vitórias (venceu também o San Martín, de San Juán) em 2 jogos.
  • Ontem o Gauchão não parou, com 3 partidas. No Alfredo Jaconi, o Juventude venceu com facilidade o Pelotas, pelo placar de 3 a 0 - o alviverde recebe o Grêmio, no domingo. Em Porto Alegre, o time sub-23 do Inter foi derrotado pelo Cerâmica, de Gravataí, por 2 a 1. E no principal jogo da rodada, o clássico Ave-Cruz, deu a lógica: vitória do Santa Cruz, nos Plátanos, por 2 a 0, gols de Leonardo e CREEDENCE. Em 107 clássicos, esta foi a 64ª vitória do Galo. Paternidade absoluta. Periquitos choram os 10 anos sem vitória em clássicos no Gauchão.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

D´Alessandro

D´Alessandro é o maestro do time vermelho e branco. Sua qualidade técnica é indiscutível assim como seu temperamento. D´Alessandro caso for para a China vai fazer muita falta a nação colorada que se acostumou a assistir sua "la-boba", seus cruzamentos e passes majestosos. Arrisco a dizer que nesses 22 anos de vida desse que vos escreve D´Ale foi o melhor camisa 10 que vi jogar no Beira-Rio. Creio que o argentino marcou historia entre os grandes do Sport Club Internacional ao lado de Falcão, Figueroa, Valdomiro, Caçapava, Alex, Fernadão, Gamarra e tantos outros. Não estou querendo dizer que ele joga mais e sim relatando que marcou história pois levantou taças, ganhou títulos e com o Inter foi considerado o melhor jogador da America em 2010. Não sou preconceituoso com o presente apenas o reconheço.
Esse camisa 10 evoluiu depois de voltar da Europa e passar pelo San Lourenzo até chegar ao clube colorado onde se adaptou. Não posso negar que quando o D´Ale chegou no aeroporto achava ele menos jogador que o seu maior rival Juan Roman Riquelme. Mas hoje mudo de opinião pois D´Alessandro evoluiu passou de um jogador decisivo que usava a 10 a craque que merece a 10. Hoje este jogador é o melhor na posição no Brasil e na America. Pois Ganso não faz uma boa partida já algum tempo, Motillo é menos tecnicamente, Alex está a altura mas com características diferentes e ano passado mostrou pouco, Lucas do São Paulo sucumbiu no segundo semestre de 2011 e o frondoso R10 não fez mais que o D´Ale no ano que passou. Diego Sousa do Vasco é bem menos assim como o Andrezinho hoje no Botafogo e o Deco do Fluminense. Na America hoje não sei quem poderia fazer frente ao El cabezon.
O D´Ale hoje é um dos grandes da posição no mundo se tornou referencia tanto que voltou a vestir a camisa de sua seleção, superou seu maior rival que também levantou taças pelo Boca. Eis um jogo que adoraria assistir o Inter de D´Ale contra o Boca de Riquelme. Quem venceria? Não sei mas tive uma provinha de como é bom ver grandes jogadores duelarem como no confronto Inter e Estudiantes de Veron. O D´Ale jogou muito pois este cresce nesse tipo de jogo em Grenal então é melhor nem comentar.
Fico triste em saber que este grande jogador o melhor 10 que já presenciei no Beira-Rio está de saída, triste de saber que camisa 10 estará em menos evidencia para mim, que a orquestra não será a mesma e que agora o Inter é o Inter e não mais o Inter de D´Alessandro.
    

Ficou para Manizales

Ontem a noite o Inter fez o seu dever de casa. Venceu o time do Once Caldas pelo placar minimo de 1  0. A parte boa é que fez o escore e não sofreu gols dentro do Beira-Rio, a parte ruim é que ainda tem 90min em Manizales e provavelmente sem D´Alessandro. Bom... O time colorado foi superior no jogo inteiro principalmente no primeiro tempo onde o quarteto formado por Oscar, D´Alessandro, Dagoberto e Damião foram muito bem. Oscar se movimentou bem, deu bons passes e dribles curtos que é de sua característica, Dagoberto jogou bem, Damião foi decisivo como um verdadeiro 9 deve ser e graças a um passe magistral dele  quem poderia ser? D´Alessandro obvio! Com uma visão de craque concedeu um passe perfeito a Damião que fez o gol extremamente importante ao time da Beira-Rio. D´Ale jogou muita bola dando dribles desconcertantes, passes milimétricos com uma visão de jogo diferenciada, chutando em gol e fazendo o que faz de melhor que é chamar a responsabilidade sem medo.
Mas o time colorado foi todo ele muito bem no primeiro tempo... Bolatti mais uma vez fez uma grande partida assim como Guiñzu e Kleber que atacou e defendeu com qualidade e técnica, Nei quando exigido correspondeu com boas investidas, Índio foi o dono da zaga. Já no segundo como era previsto o time vermelho e branco cansou mas o Once Caldas nada fez pois o time colombiano apenas tocava a bola sem grande perigo ao gol de Muriel. Na segunda etapa entrou Marcus Aurélio que parece ter sentido a camisa do Inter e o jogo da Libertadores pois errou passes que não costuma errar desagradando aos torcedores do colorado e com rezão.          
Portanto não tem nada decidido tem a segunda partida em Manizales, bem verdade que o Inter tem uma boa vantagem caso faça um gol em terras colombianas o time do Once Caldas necessitará fazer três devido ao gol qualificado. A preocupação maior é que o Inter é muito dependente do seu camisa 10 que pensa em todas as jogadas, cadencia o jogo e faz o time se poupar ficando com a bola ao invés de correr atrás dela. O Inter com time que entrou em campo no primeiro tempo é candidato a taça da Libertadores 2012 mas se esse time perder seu craque D´Alessandro para a China o time colorado vai se tornar um candidato forte mas sem favoritismo. Na Colômbia o Once Caldas vai atacar e o Inter vai precisa  ficar com a bola e sem o D´Ale fica mais difícil de concretizar a tarefa. Once Caldas não é um bicho papão longe disso da para vencer sem D´Ale porém vencer a Libertadores sem este jogador é uma baixa que qualquer time sentiria. Se o D´Ale vai jogar ou não ninguém sabe, se ele vai ou não fazer esse negocio da China (literalmente) ainda ninguém sabe então ficou tudo para Manizales.  

*Destaque: Sem sombra de duvida foi o D´Alessandro que deu um passe legitimo de craque. Damião está voltando a sua forma e mostrou que é decisivo, Bolatti fez uma atuação luxuosa assim como Índio aos 37 anos foi soberano na zaga.

*Decepção: Marcos Aurélio sentiu o jogo.

**O Flamengo de R10 perdeu para o time boliviano e agora ficou na obrigação de reverter dentro de casa o placar desfavorável. Se o Mengo cair ainda nesta fase a crise na Gaveá se tornará holocausto e vai sobre pra todos até mesmo para o Intocável duas vezes melhor jogador do mundo Ronaldinho Gaúcho.   

Pergunta: Quem poderia substituir D´Alessandro no Inter?

Referencial de qualidade

A ida para o Complexo Esportivo da Ulbra para assistir a Canoas-Grêmio só pode ser definida como uma grande indiada, no mínimo. Graças à viagem de mais de 2 horas, e ao trânsito infernal, acabei perdendo boa parte do 1º tempo, coincidentemente a parte onde o Grêmio foi dominante sobre os donos da casa. Caio Júnior fez uma pequena alteração tática em comparação a derrota para o Lajeadense, recuando Marco Antônio para a mesma linha de Léo Gago (centralizando e soltando Douglas), e uma alteração nominal, esta muito grande, que foi a entrada de Marcelo Moreno na vaga de Miralles. Na teoria, o jogo deveria ser mais fácil do que foi, não por parte do Canoas, que tinha poucas condições de fazer mais do que efetivamente fez, mas sim pelas alterações propostas e pela promessa de avanços em busca do tão sonhado "encaixe" do time.

Um gol cedo, já disse isso em mais de um post aqui no "Vida Cancheira", ajuda muito. Dá tranquilidade ao time, e proporciona alternativas de proposta de jogo. O gol de Kléber nos primeiros minutos indicava isto, contudo, pelo que constou nas reações dos torcedores, não foi bem o que aconteceu. Ao entrar no estádio a partida já estava empatada em 1 a 1, e a impaciência começava a tomar corpo fora de campo. Dentro dele, o time não ajudava muito, algumas falhas técnicas infantis acusavam o nervosismo de alguns jogadores, e as chances de gol não aconteciam. Realmente, o jogo estava feio, e me parece que a chuva que começou lá pelos 10'~15' de jogo havia piorado as coisas... para o Grêmio, claro, pois para o Canoas aquela era a única condição de jogo conveniente para si.

A volta do intervalo reservava uma surpresa: Gabriel entraria na vaga de Marco Antônio. No meu último post falei sobre a chatice que foi a pré-temporada do Grêmio, porém não mencionei desempenhos; a grande maioria dos que acompanharam elogiaram muito Gabriel. Minha memória hipócrita e seletiva, apenas com as atuações medíocres do lateral na temporada passada, fez com que eu de pronto xingasse Caio Júnior. Não levou 10 minutos para que eu tivesse a língua torrada. Gabriel desempatou o jogo em rebote de cobrança de falta de Léo Gago, jogada cantada por mim em algum momento que buscarei por aqui. A equipe se reposicionou em um 3-5-2 (quase 3-6-1) bastante interessante, onde Gabriel e Júlio César ganharam maior liberdade, e Douglas e Kléber jogavam entre meio-campo e ataque, confundindo a marcação pelo centro.

Assim o Grêmio dominou completamente a 2ª etapa, descontando-se apenas alguns momentos de indecisão defensiva, sobretudo quando o ataque do Canoas jogava sobre Saimon, o pior do Grêmio na noite de ontem, e quando o treinador Tricolor trocou Fernando por Gilberto Silva, conferindo uma lentidão lesmica [!] ao setor de marcação. A bola chegava bastante ao trio final, entretanto a finalização das jogadas nem sempre era das melhores, tanto é que o goleiro Ney foi exigido somente nos gols - falhando no 2º, inclusive. Aos 40', ou algo assim, próximo ao fim do jogo, Marcelo Moreno matou o jogo, aproveitando cruzamento preciso de Kléber. Meu desejo é que esta formatação tática seja testada desde o início contra o Juventude, no próximo domingo, para sabermos qual seu potencial de eficácia.

Seguimos a extensão da pré-temporada, ao menos nessas primeiras 2 semanas de jogos. Neste meio tempo é compreensível que o time vá pegando prumo, vá se azeitando taticamente, até chegar no ponto para competir em alto nível. A cobrança deve existir, no sentido de que deve haver uma evolução, nada muito forte. Como disse no post sobre a estreia, enquanto o time não se torna competente, temos que ser pacientes. Enquanto Caio Júnior não encontrar seu modo ideal de jogar, não adiantarão nada irritação, xingamentos e vaias. Temos que dar tempo ao tempo, e, como cantava certa campanha político-partidária da década passada, "deixa o homem trabalhar".

Nos Acréscimos
  • O Palmeiras segue seu processo avançado de apequenamento. Ontem apenas empatou com a Portuguesa em 1 a 1. Destaques para os gols da partida, marcados por Maylson, para a Lusa, e Ricardo Bueno, para o Verdão. Ambos sub-aproveitados pelo Grêmio nos últimos anos.
  • Também aconteceu o primeiro Superclásico depois da queda do River Plate para a Primeira B Nacional, nos famosos e tradicionais Torneos de Verano, no estádio Centenario de Chaco. E deu Boca Juniors, vitória incontestável por 2 a 0, todos os gols do avante Nicolás Blandi.
  • A Libertadores não se resume apenas aos times brasileiros. Na terça-feira, 2 jogos pela 1ª fase: Arsenal/ARG 3-0 Sport Huancayo/PER, quase garantindo o time de Sarandí no grupo 4 da Copa, e El Nacional/EQU 1-0 Libertad/PAR - tudo em aberto para a volta, em Assunção.
  • Ontem o Unión Española/CHI recebeu o Tigres/MÉX, e saiu na frente no confronto, vitória por 1 a 0, gol de Gonzalo BARRIGA. Hoje, as 20h45 (horário brasileiro de verão), o atual vice-campeão Peñarol recebe o perigoso Caracas. Jogo interessantíssimo (e que tentaremos acompanhar).

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Grana. Pra que te quero?

O noticiário futebolístico gaúcho apresentou umas das mais chatas pré-temporadas gremistas dos últimos anos. Especulações, especulações e especulações. Repórteres com estratégia de acionistas da Bolsa de Valores. Chutando para tudo quanto era lado, uma hora era certo que acertariam - e se errassem feio, que mal tem? O consumidor médio não troca a grande imprensa por nada, por mais "barrigaços" que ela dê. O diretor executivo Paulo Pelaipe eventualmente surpreendia a todos os "apostadores", como quando da contratação (fracassada) do zagueiro Sorondo; claro, aqui eu considero apenas a tentativa, se deu certo ou não, é outro departamento. Surpreendeu também quando dissera que o Grêmio tinha "bala na agulha" (vide 5º parágrafo) para a contratação de Giuliano, assim que a imprensa passou a jurar de pés juntos que já havia um acerto entre o clube e o meio-campista do Dnipro.

Não teve. O time ucraniano não baixou a guarda, e Giuliano seguirá sendo reserva do 4º colocado do último e "fortíssimo" campeonato nacional da Ucrânia, que claramente tentou recuperar o prejuízo em cima do maior rival do fornecedor. Convenhamos, € 10 milhões é palhaçada. O Grêmio (+ investidores) ainda conseguiu a proeza de oferecer € 8 mi. Sinceramente, alguém acha que o ex-reserva do Andrezinho vale tudo isto? Será que o Tricolor da Azenha não conseguiria trazer outro jogador de (muito) maior qualificação por igual ou menor valor? Com o auxílio do site alemão Transfermarkt, me prestei a fazer, literalmente, uma pesquisa de mercado de jogadores brasileiros cujos passes valem entre € 4,5 mi e € 8 mi. E cheguei a alguns resultados surpreendentes...

Primeiramente, Giuliano, o Pretendido, de acordo com o site, não vale os € 10 mi que o Dnipro pede, e sim € 7 mi. Alex, do Fenerbahçe, sonho de consumo de 11 em cada 10 times braisleiros, está avaliado em € 6 mi. Juan, da Roma, tentado ano passado para a disputa da Copa Libertadores, e hoje desprezado na Itália, vale € 5 mi. Mesmo valor de outro Alex, o Raphael, jogador do Corinthians, que também é bastante visado no mercado, e do zagueiro Felipe Santana, revelado pelo Figueirense, e que atua [por vezes é titular] no Borussia Dortmund/ALE. Ainda no mercado nacional, tendo a vantagem de desfalcar rivais, Diego Souza e Thiago Neves estão no balaião por € 4,5 mi, um pouco mais da metade do valor do "Pretendido"; se alguém tiver a cara de pau de comparar o futebol destes atletas, que fale agora ou cale-se para sempre. Vamos crescer um pouco mais o olho, voltar próximo ao patamar do "Messias Ucraniano": os € 8 mi oferecidos pelo Grêmio poderiam ter sido oferecidos por Phillipe Coutinho, da Internazionale, ou Jádson, que voltou do Shakhtar Donetsk [ironicamente o campeão ucraniano] para o São Paulo, e ainda sobrariam € 500 mil. Ainda na Ucrânia: Cleiton Xavier, do Metalist, valendo € 7 mi. Que tal? Mesmo ignorando alguns atletas, estes listados jogam menos que o "craque da imprensa"?

Vou um pouco ao mercado sul-americano... O ótimo meia-esquerda argentino Franco Vázquez que saiu do Belgrano para o Palermo, está valendo € 4,5 mi, e aqui diz quem já viu "El Mudo" jogar: joga muita bola, jogador de elegância e habilidade absurdas. Os anões do Benfica, Pablo Aimar [que a imprensa - sempre ela! - já deu como cotado no Grêmio umas 3 ou 4 vezes nos anos 2000] e Javier Saviola valem, respectivamente, € 6,5 mi e € 7,5 mi. O ex-gremista Maxi López, centroavante do Catania, que está a caminho do Milan [e deixou saudades em muitos torcedores por aqui], é avaliado em € 5,5 mi. Os chilenos David Pizarro, da Roma, e Humberto Suazo, em desligamento do Monterrey, de acordo com o site valem € 4,5 mi. Mesmo valor do armador colombiano Giovanni Moreno, do Racing Club. Diego Forlán, um dos melhores jogadores da última Copa do Mundo, e que ainda não se firmou na Internazionale, consta com o valor de € 6,5 mi.

Onde quero chegar com esse monte de informações extra-oficiais e sub-avaliadas (pelo menos na minha visão - os clubes devem estipular multas rescisórias bem maiores)? É que existem muito mais alternativas no mercado do que os clubes podem imaginar e que, com um pouquinho de esforço e capacidade de negociação, soluções mais criativas podem ser encontradas. Os clubes (não apenas o Grêmio) não podem, de forma alguma, se prender a convicções discutíveis, como no meu ver era o caso de Giuliano. Sei que não estou sendo oportunista, como alguns podem querer argumentar, quem me conhece sabe que sempre fui desfavorável à contratação deste atleta. Com € 8 mi dá para arrepiar os cabelos do mercado. Basta querer.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Faltou folego...

O Time colorado levou uma virada histórica do Avenida neste ultimo domingo. Bem verdade que o time do Avenida treina e se prepara a muito mais tempo que o Colorado. Mas o Inter abriu dois gols de diferença na primeira etapa onde Gilberto foi o destaque dando a resposta que o reserva de Damião tem que dar, Marcos Aurélio foi muito bem mostrou que é do ramo, o jovem lateral direito Claudio Winck foi bem assim como Zé Mario, Dalton foi seguro na zaga apesar da pouca idade... Mas acabou por aí. Pois na segunda etapa faltou gasolina para o time da P.Cacique que ficou sem folego, concedeu o empate e logo a virada.
Mas me arrisco a pontuar alguns erros que levaram a esta derrota inconcebível do time da capital como a péssima atuação de Bolivar onde foi inseguro, nervoso e ainda fez um pênalti não marcado pelo juiz Pierre. Muriel provou mais uma vez que tem problemas com a bola nos pés...
Dorival escalou  um time estranho onde o meio campo era formado por: Elton, Fabrício, Sandro Silva e Marcus Aurélio resumindo um meio campo capenga. Jô estava mais disposto aparecendo para o jogo mas infelizmente está longe de justificar o alto investimento colorado. Dellatorre e Eduardo Sasha entraram no segundo tempo Sasha mostrou em pouco tempo que merece outras chances, já não posso dizer o mesmo de Dellatorre sou um defensor da categoria de base onde o Inter age com excelência mas o garoto tem que contribuir dando boas respostas em campo coisa que não está acontecendo. Lucas Lima foi uma surpresa e não deu tempo para fazer qualquer avaliação. Mas faço uma ressalva gostei da maioria da gurizada que esteve em campo.
Portanto é muito cedo para fazer "terra arrasada" é apenas o segundo jogo da temporada e o primeiro do time reserva e a falta de folego do time vermelho e branco foi evidente. São 3 pontos que o Inter deixou de conquistar e esperamos que não faça falta. 

*Destaque: Gilberto que foi muito bem mostrando força, velocidade e bom chute. Claudio Winck mostrou serviço e pode virar alternativa para reserva de Nei. Dalton mostrou segurança e boa técnica assim como Marcos Aurélio.

*Decepção: Bolivar se descredencia acada vez mais do time titular creio que tenha sido uma das piores atuações dele pelo colorado.

Pergunta: O que foi pior a derrota do Grêmio no Olimpico ou a do Inter sofrendo a virada? 

    

domingo, 22 de janeiro de 2012

Sonolência, paciência e incompetência

O título do post é o que dá para se dizer do nível de atuação do time do Grêmio na noite de ontem, quando de sua estreia no Gauchão 2012. Um time sonolento, sem qualquer ímpeto ou demonstração de qualidade. Um time no qual o principal destaque foi o estreante zagueiro Douglas Grolli. Uma atuação lamentável. Por mais absurdo que possa parecer, a derrota contra o Lajeadense, no primeiro jogo oficial da temporada deve ligar o sinal amarelo no Olímpico. É óbvio que deve se ter paciência, o time está a 15 dias treinando junto, o encaixe físico, técnico e tático ainda não aconteceu, porém considero de vital importância que alguns jogadores ao menos tentem "enganar" a torcida, o que não aconteceu neste sábado.

Horário ruim, ingresso caro [reflexo do aumento da mensalidade], impossibilidade de beber uma cerveja bem gelada dentro do estádio, mesmo com o calorão de ontem... Nem os jogadores pareciam querer estar ali. Penso que até o locutor estava em ritmo de pré-temporada; quando fora anunciar um câmbio no time de Lajeado, bradou "substituição no Grêmio!" para os auto-falantes. A ideia de Caio Júnior, de jogar com aproximações, 2 opções de passe para quem estava com a bola, tudo muito bonito e cheiroso na teoria, só durou 30 minutos, o mesmo tempo da paciência do torcedor. Talvez a ansiedade por mostrar serviço no debut da temporada tenha pesado ainda mais as pernas dos jogadores, ou tenha trabalhado mal no psicológico, o que vale é que isto se refletiu dentro das 4 linhas, de forma alarmante para o torcedor mais atento.

Lá pelas tantas, o gol não saia, e sequer eram criadas chances, o time começou a apelar para as bolas mais esticadas, principalmente quando ela caía nos pés de Marco Antônio, que, particularmente, não me mostrou nada além do que eu esperaria de um ex-jogador da Portuguesa. Os passes não eram executados da melhor forma, e o Lajeadense passou a se aproveitar disto. Nos primeiros minutos, o time celeste do Vale do Taquari se mostrou nervoso com o fato de enfrentar a camisa do Grêmio, mas não durou muito. Logo sentiram-se a vontade no campo, e especularam contra-ataques, mas, como todo time do Interior que se preze, sem a menor qualidade de acabamento para o último passe e finalizações. Em uma falta frontal, o jogador Ramos tentou emular Roberto Carlos, e carimbou a barreira em uma cobrança de falta. Eu sabia que não poderia fazer troça...

Aos 40 do 1º tempo, escanteio pela esquerda. Bruninho cobra na marca penal, e Ramos, sozinho, testa firme, sem a menor chance para Victor. 1 a 0 Lajeadense, e o desânimo do torcedor dava lugar ao descontentamento. Ninguém esperava que o time reforçado e milionário do Grêmio fosse perder, em casa, para um dos times com o menor orçamento do Campeonato Gaúcho. Logo no início do 2º tempo, um erro de passe imbecil de Kléber, um dos piores em campo, caiu nos pés de Jandson, que ganhou na corrida de Grolli, e deixou Tatá na cara de Victor. 2 a 0 Lajeadense, e o Tricolor se desestruturou de vez. Leandro, que havia entrado no lugar do péssimo Miralles ainda tentava algo, mas não conseguia vencer a dupla de Grollis na zaga do Lajeadense, e algo do Grêmio '11 apareceu em campo. Time sem qualquer articulação ofensiva. Nada.

O que fica é a primeira má impressão de um time que promete muito, e que será muito cobrado ao longo do ano. As vaias ao final do jogo entregam isto. A expectativa natural era que o Grêmio triturasse o Lajeadense, inclusive fui ao Olímpico com este pensamento. Uma das poucas frases sábias [talvez a única] de Galvão Bueno diz que "não tem mais bobo no futebol" [sic], e ontem esta máxima fez-se verdadeira. Creio que enquanto mais se repetir o time, as engrenagens se azeitarão, e os resultados passarão a aparecer, porém muitas coisas deveriam ser repensadas a nível gerencial. Por exemplo, o fato de dispensar os 3 centroavantes reservas foi um tiro no pé, ontem um André Lima no banco poderia ser bastante útil, pelas características do jogo. Enfim, mesmo com este desengano, seguirei minha própria orientação, e terei paciência.

Nos Acréscimos
  • Mais 3 jogos completaram a rodada na tarde de ontem. Em Gravataí, Cerâmica e Juventude empataram em 2 a 2, com o gol de empate do time de Caxias saindo no último minuto. O Novo Hamburgo recebeu o São José e venceu por 3 a 1, enquanto o Cruzeiro enfrentou o Santa Cruz em Porto Alegre, e venceu pelo mesmo marcador.
  • Enquanto escrevo este texto, acompanho Arsenal e Manchester United pelo Campeonato Inglês. Não é apenas a qualidade do futebol brasileiro que diminuiu, 2 dos maiores times da Inglaterra fazem um jogo muito fraco em Londres. Ainda na Terra da Rainha, o Manchester City venceu o Tottenham, 3-2, com um gol de Balotelli aos 49' 2ºT, e lidera a Premier League.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Suplantados

Breve. Assim como foi a participação da dupla Gre-Nal na Copa São Paulo de Futebol Júnior. Ontem os representantes gaúchos no torneio entraram em campo pelas oitavas-de-final, buscando seguir adiante no campeonato, onde há tempos não incomodamos, e seguiremos mais um ano sem merecer sequer menção honrosa. Pude acompanhar alguns momentos da eliminação gremista, e fiquei muito preocupado com o time sub-18, comandado por Jorge Parraga. No Nicolau Alayon, o Tricolor de Porto Alegre foi simplesmente surrado pelo Fluminense, não fosse o ótimo goleiro Jota, o desastre teria sido ainda maior. Bom, já na partida da 2ª fase, contra o Juventus, o resultado de 2 a 0 foi garantido pelas mãos do goleiro gremista. O empate da 1ª etapa, que não acompanhei, até sugere um equilíbrio, entretanto, no 2º tempo, apenas o Flu jogou, tendo um volume de jogo assustador para os padrões de jogos de juniores. O 4 a 1 para o Tricolor carioca mostra novamente qualidade no time que já havia feito bom papel no Brasileirão Sub-20, mês passado, e se credencia a lutar pelo título. Já na Arena Barueri, o Internacional não conseguiu passar pelo Coritiba, empatando em 1 a 1 no tempo normal (o Colorado empatou nos acréscimos do 2º tempo), e perdendo por 4 a 2 nas penalidades máximas. Tudo bem que títulos é o que menos importa na base, mas preocupa a sequência de maus resultados nos últimos 2 anos. Uma questão muito pontual, esta das categorias de base, uma vez que ali pode estar garantido o futuro [financeiro] de um clube. E creio que não é formando jogadores paraguaios que isto será alcançado.

Pode melhorar

O Inter jogou o que dava para jogar com 15 dias depré-temporada e venceu convencendo. No começo do jogo ainda meio travado o NovoHamburgo era mais incisivo que o colorado mas logo venho o gol feito por Oscare este jogou muito e espero que mantenha o nível de atuações como esta. Osegundo tempo Dorival fez as 3 substituições tirando João Paulo que errou algunspasses e cometeu faltas desnecessárias e no lugar entrou Gilberto que teve bomdesempenho. Depois trocou Josimar que vinha fazendo o que seu futebol pode proporcionarum futebol médio e no lugar entrou ele o destaque do segundo tempo MarioBolatti que foi infinitamente superior, jogando de cabeça erguida, dando passeslongos, desarmando com segurança, chegando a frente e arriscando a gol. Entãovamos para com a brincadeira Bolatti é melhor que Josimar e ficou evidente queo time do Beira-Rio é muito bem servido de volantes como Bolatti, o jovemElton, o Guiñzu e o experiente Tinga. O Josimar não é um jogador ruim mastambém não é bom para grandeza do Internacional foi bem na Ponte Preta e comtodo respeito é um time menor que o Inter. Bolatti é jogador de seleçãoargentina, fez o gol que classificou o seu pais para ultima Copa do Mundo e odefendeu em 2010.
Por fim entrou o contestado Jô no lugar de Dagobertoque este se movimentou menos do que esperava. Dorival colocou ele mais recuadofazendo um linha de três antes de Damião que jogou bem usando a sua força evelocidade. O Novo Hamburgo se manter o nívelvai brigar por vaga nos mata-mata e incomodar muito a dupla Grenal pois tem bomum time, um camisa 10 chamado Clayton que mostrou que é do oficio e que valeapena ficar de olho neste jovem.

*Destaque: Certamente foi o Oscar que comandou omeio campo colorado, o Bolatti também foi muito bem e gostei de Índio eR.Moledo. Damião foi bem e mostrou muita vontade e raça. Kleber foi bem assimcomo o Nei.

*Decepção: Esperava um pouco mais de João Paulo bemverdade que foi primeiro jogo da temporada e devemos ter paciência mas sabemosque ele pode produzir mais. Muriel é um baita goleiro com as mãos e com os pés demonstroucerta insegurança mas nada que o tempo não possa melhorar.

*O R10 está comendo pão que o diabo amassou noFlamengo que deve ao jogador alguns meses de salário e ainda para não bastarbrigou com Luxeburgo que está perdendo os cabelos e o Thiago Neves para seumaior rival o Fluminense. Resumindo a Bruxa tá solta na Gávea.

Pergunta: Qual é a melhor dupla de volantes do Inter?

Mudou para Melhor

Creio que tanto o Inter como Grêmio contrataram muito bem neste começo de temporada. Bem verdade que a turma da P.Cacique trouxe menos jogadores mas é inegável que o time colorado precisava de menosreforços porém era necessário trazer jogadores a nível de titularidade e o feztrazendo Dagoberto um excelente jogador, Marcos Aurélio também foi uma boacontratação e manteve o Kleber que é um jogador essencial nesta posição tãocarente no mercado brasileiro.
Já o Grêmio contratou mais e com muita qualidade. Começandocom Kleber Gladiador que têm faro de gol, técnica e não têm medo daresponsabilidade coisa difícil de se encontrar no futebol. Mas a rapaziada daAzenha não para por aí ainda têm o bom jogador Marcelo Moreno que teve uma boafase nos tempos de Cruzeiro e tem tudo para vender bem aqui o seu peixe, LeoGago é bom jogador fez um baita 2011 pelo Coxa e se repetir a doze vai agregarmuito ao tricolor da Azenha, Douglas G. é uma aposta que pode vingar e darfrutos assim como o Marcos Antonio.
E arrisco a dizer que o Paulo Pelaipe montou omelhor time do Grêmio dos últimos anos. O Inter começou a temporada 2012 reforçado faltando quem sabe um zagueiro mas acredito muito em Índio e R. Moledo.
Portanto ambas as torcidas podem esperar por timesmais competitivos Dorival teve o grupo mantido e agregado com reforços fortes etêm tudo para dar certo e montar uma grande equipe assim como Caio Junior que éum bom treinador que partilha da idéia de time rápido que propõem o jogo e estáidéia me agrada e com o material humano que tem em mãos também têm tudo paradar certo.

A Vida Continua

Voltando a escrever neste espaço com muito orgulho.Iremos compartilhar neste ano muitos campeonatos como Gauchão, Brasileirão,Libertadores, Sul-Americana e porque não mais um mundial de clubes!
Mas antes de tudo que tenhamos um ano de evoluçãonão somente no âmbito esportivo e sim em todas as esferas que a humanidade prospere e não haja retrocesso em hipótese alguma.
Portanto faça parte desta evolução...

*Farei mais dois post o primeiro falando dascontratações da dupla e o segundo do jogo do Inter contra o Novo Hamburgo.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Retomando

Hoje retomam-se os trabalhos nesta casa, que esteve bastante abandonada, é verdade, mas que voltará a ter o seu movimento costumeiro e produção normal. Depois de 1 mês de férias futebolísticas no Brasil, os grandes clubes estão no auge de suas pré-temporadas, enquanto os menores já vem se preparando há pelo menos 2 meses para encarar de frente os cachorros grandes em seus determinados torneios estaduais. Aqui no Rio Grande do Sul, a dupla Gre-Nal se mexe para os desafios vindouros: o Grêmio com a Copa do Brasil, o Internacional com a Copa Libertadores da América, além de ambos brigarem pela coroa sul rio-grandense.

Para o último ano de Olímpico, a direção gremista está tratando de formar um grupo ao menos capacitado para lutar pelos 4 títulos em disputa na temporada. A formação do time ficará a cargo do técnico Caio Júnior, em substituição ao contestadíssimo Celso Roth, que deixou o clube após o Campeonato Brasileiro. "Prata da casa", dos tempos de [bom] atacante, Caio sempre foi aquele treinador que eu tinha a impressão que em determinado momento pararia no Grêmio, pelo seu histórico como jogador - a maioria dos ex-jogadores do Grêmio que tornaram-se técnicos treinaram aqui, se minha memória estatística não falha. Não é o treinador ideal, tem virtudes e defeitos que se equivalem, o tornando um profissional mediano. Fala muito bonito para quem não consegue arrumar um time decente taticamente; gosta muito de conceitos e teorias futebolísticas - tenho propensões a não gostar de técnicos assim, principalmente somando-se a isto uma fala mansa e fino trato [essencialmente com a imprensa]. Uma hora o grupo de jogadores toma conta, a não ser que ele seja um "leão" no vestiário e ninguém saiba.

Os reforços trazidos não foram pontuais, o que também me preocupa, havia até um certo acúmulo de jogadores em determinadas funções antes das dispensas feitas. O grupo me parece heterogêneo, com deficiências claras em setores fundamentais do time, como o miolo de zaga, e a linha de armadores. Foi gasto um dinheiro absurdo na contratação de Kléber, junto ao Palmeiras/Cruzeiro, jogador que não oferece a menor garantia [apesar da grande esperança da torcida] de que dará um retorno condizente com as cifras investidas. Além do "Gladiador", para o ataque chegou o boliviano [!] Marcelo Moreno [ou Martins, como é conhecido fora do Brasil], artilheiro da Copa Libertadores de 2008, ainda pelo Cruzeiro. É bom atacante, não mais que isto, e certamente deixará seus golzinhos ao longo da temporada; chega para suprir as saídas de André Lima e [Evaeverson!] Brandão, sem agregar muito mais potencial que os centroavantes que estavam no clube. Léo Gago, Marco Antônio, Naldo e Douglas Grolli, entre outros, neste primeiro momento, não são mais que apostas. Acredito que faltam ser trazidos reforços incontestáveis para a zaga e para o setor de meio-campo.

Um capítulo a parte trata da contratação do zagueiro Gonzalo Sorondo. O uruguaio teve seu contrato encerrado com o Internacional no final da última temporada, e, na apresentação do boliviano Marcelo Moreno, Paulo Pelaipe surpreendeu e anunciou o ex-zagueiro do maior rival. Uma aura de desconfiança pairou nos ares do Olímpico; pudera, nas 5 temporadas no Beira-Rio, Sorondo atuou apenas 77 vezes [!], enquanto um jogador com aparições constantes no time alcança este número em uma temporada e meia, em média. Foram 6 contusões, 4 delas gravíssimas, que o deixaram cerca de 3 anos em função de tratamentos e recuperações. Particularmente eu acreditava e apostava algumas fichas no zagueiro. No dia do anúncio fui ao Twitter postar o seguinte: "Se o Sorondo não for o zagueiro de PORCELANA CHINESA que foi no Inter, é a melhor contratação do Grêmio até o momento.". Parecia profecia. No 1º treino depois da reapresentação o uruguaio torceu o [altamente remendado] joelho direito e teve seu contrato rescindido com o Tricolor.

Não sei se foi feita justiça no caso, e nem cabe pensar nisto agora, o relevante é que o Grêmio tem no elenco, hoje, zagueiros confiáveis/experientes. Saimon e Vilson, além de jovens [o 2º nem tanto], são inseguros, pelo menos passam esta impressão para os torcedores. É de suma importância a contratação de um xerife, custe o que custar, e acabar de uma vez por todas com a "novela Giuliano*", que, aqui entre nós, não vale todo esse salseiro feito com os ucranianos. Falando em ucranianos, se o ex-Inter jogasse toda essa bola, teria ido para um centro mais valorizado do futebol europeu, não sairia para ser reserva de um time de 2ª linha do gélido futebol da Ucrânia [«Дніпро» Дніпропетровськ!], que não consegue disputar sequer a fase de grupos da Europa League. Enfim, o diretor executivo Paulo Pelaipe diz que o Grêmio "tem bala" para, inclusive, contratar Giuliano em definitivo; por que não usar essa "bala" [que me lembra "atacante bala", expressão eternizada pelo dirigente] para trazer um zagueiro de respeito? Questões políticas do clube que eu não faço a menor questão de entender, ainda mais se retomarmos fatos ocorridos no ano passado. Só desejo sorte aos atuais dirigentes na indicação de reforços, e que eles tragam títulos ao clube, que é o desejo em comum de todos os envolvidos.

No próximo sábado o Grêmio debuta no Gauchão 2012, recebendo o Lajeadense, as 21h, horário super-indicado para assistir futebol, principalmente no estádio, mas estarei lá, no primeiro jogo do último ano do Velho Casarão. O time-base que vem treinando, e apanhando sistematicamente para os reservas é formado por Victor; Mário Fernandes, Saimon, Vílson e Júlio César; Fernando e Léo Gago; Marco Antônio e Douglas; Kléber e Marcelo Moreno. Pelo andar da carruagem o time será este mesmo para o início de temporada, o que quer dizer que só resta aos gremistas rezar para não levar fumo para o River Plate/SE na Copa do Brasil antes que outros reforços cheguem, se é que chegarão. Penso que jogando Grolli e Naldo para cima, o que cair primeiro tira a vaga de Saimon, que precisa comer muito feijão para ser titular absoluto do time - se bem que eu ainda prefira o alemão ex-pedreiro que veio de Chapecó, por questões de dignidade. Muitos deram como certa a contratação de Ibson, do Santos, há uns 2 meses atrás; este seria o jogador ideal para a vaga ocupada por Marco Antônio como 3º homem de meio-campo. Abro tópico para mais sugestões dos leitores do lado Tricolor da força.

Nos Acréscimos
  • A dupla Gre-Nal segue firme na Copa São Paulo de Futebol Júnior. O Grêmio aplicou dois 5-0's antes de perder por 3-1 para o Grêmio Osasco na última rodada, mesmo assim terminou como líder [empatado com o próprio Grêmio Osasco], enquanto o Inter passou um pouco mais de trabalho contra o Confiança e perdeu para o Santo André, campeão do grupo - entretanto enfiou 7-1 no Lemense. Na 2ª fase o Inter tem um Gre-Nal contra o Grêmio Barueri, e o Grêmio pega o Juventus, o simpático "Moleque Travesso" da Rua Javari.

  • O futebol do lado de cá do Atlântico não parou no recesso que fizemos. No Chile, a Universidad conquistou 2 títulos em dezembro, a Copa Sul-Americana sobre a LDU [de forma invicta], e o Clausura local, contra o Cobreloa. Na Colômbia, o Atletico Junior foi campeão vencendo o Once Caldas, depois de um mata-mata épico, principalmente contra o Millonarios. Além dos campeonatos supracitados, tivemos o equatoriano, vencido pelo Deportivo Quito, e o Apertura boliviano, ganho pelo The Strongest.