quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Madrugando

Hoje inicia-se a Copa do Mundo de Clubes da FIFA, voltando ao Japão e às gloriosas madrugadas, depois de 2 anos no calor infernal dos Emirados Árabes Unidos. Mais uma vez teremos representante brasileiro no Mundial, o Santos, campeão da América neste ano, e é ele quem normalmente seguiremos aqui no blog, além do Barcelona, considerando a projeção do duelo Messi vs Neymar. Entretanto, temos mais 5 participantes, cada qual com sua história, trajetória e objetivos. Daqui a pouco entram em campo os nossos 2 primeiros analisados, o Kashiwa Reysol, dono da casa, e o Auckland City, time da Nova Zelândia, recordista de participações no Mundial da FIFA [2006, 2009 e 2011]. Não acompanharemos este jogo que acontecerá na cidade de Toyota [!], apenas passando o resultado final, pois um destes clubes poderá ser adversário do Santos nas semi-finais.

Começamos com quem faz as honras da casa, o Kashiwa Reysol; na minha cidade [Viamão, RS] há um time amador quase honônimo, o Rey Sol, time fundado por familiares do ex-jogador do Internacional [e alguns times da Espanha] Everton Giovanella, hoje dono do Lajeadense. Esta é uma primeira curiosidade sobre o atual campeão japonês, por mais irrelevante que seja, mostra que o time serve ao menos de inspiração aqui no Brasil. Nelsinho Baptista, o atual técnico, é integrante decisivo da montanha russa pela qual o clube passou. No clube desde 2009, o brasileiro pegou o aurinegro na J2, a 2ª Divisão japonesa, e o levou para o Mundial de Clubes, fazendo a dobradinha de títulos. O Kashiwa conta com 2 jogadores brasileiros, os conhecidos Jorge Wagner, ex-São Paulo e Leandro Domingues, ex-Vitória, e destaque absoluto da última J-League. Outro destaque da equipe é o jovem zagueiro Sakai, de 21 anos, que começou a aparecer no time nesta temporada, e já acumula convocações para a Seleção Sub-23 do Japão que está quase classificada para o torneio olímpico.

O oponente é o Auckland City, que no 1º Mundial que disputou, em 2006, ficou conhecido por ser um time praticamente amador, com jogadores que não tinham o futebol como sua principal profissão. 5 anos depois, a situação mudou de figura, apesar de ainda haverem os "atletas de final de semana". A Nova Zelândia voltou a uma Copa do Mundo, ano passado, na África do Sul, e o Auckland teve 2 representantes: o meia Dave Mulligan, nascido na Inglaterra, mas que desde as seleções de base defendeu os All Whites; o veterano zagueiro Ivan Vicelich, capitão do time, descendente de croatas, e que fez boa parte de sua carreira na Holanda. Podemos dizer que isto estruturou o futebol neozelandês, a participação invicta na Copa [3 empates, contra Eslováquia, Paraguai e Itália] motivou-os a entrar de vez no profissionalismo, o que já havia proporcionado a sua arquirrival Austrália dar um salto de qualidade. Além dos destaques anteriores, o espanhol Manel Expósito é bom valor do Auckland, tendo sido artilheiro do time na OFC Champions League.

No momento, a partida entre o Kashiwa Reysol e o Auckland City está no intervalo, e o placar marca 2-0 para os donos da casa, gols de Tanaka, aos 37'1T e Kudo, aos 40'1T. No domingo, 11, teremos 2 partidas válidas pelas quartas-de-final do Mundial; a 1ª é entre o vencedor da partida que está rolando em Toyota, contra o Monterrey, do México, e a 2ª é entre o Esperánce, da Tunísia e o Al-Saad, do Catar.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Fechando o balanço

2011 foi um ano estranho para os lados da Azenha. Uma sequência de situações profundamente lamentáveis minou o ânimo da grande maioria dos torcedores, que esperavam que este ano que se encerra fosse o ano da virada, da retomada dos grandes títulos, principalmente tendo em vista a grande campanha na reta final do ano passado. Não dá para dizer que deu tudo errado, seria admitir uma preposição para o trágico, que aqui não se aplica. Contudo, havia um planejamento emocional dos torcedores e, acima de tudo, havia uma [enorme] esperança, que não se cumpriu, com requintes de tortura para o já machucado coração dos gremistas. É mais um ano, não para se esquecer, mas para aprender com os erros, e tentar recomeçar em 2012, com ânimo, planejamentos emocionais e esperança renovadas.

O king-kong do começo do ano foi recebido com festa da minha parte; apesar de não querer o retorno de Ronaldinho, admito que a perda do meia-atacante para o Flamengo foi vergonhosa, pela negociação em si, e não culpo a trupe dos Assis Moreira - os caras eram renomados pilantras, e os seus interesses se resumiam apenas ao crescimento em progressão geométrica da conta bancária. O mesmo se aplica ao "caso Jonas", que tinha uma multa recisória ridícula [créditos ao ex-presidente Duda Kroeff] e, claro, em vias de entrar em uma fase da carreira onde a queda de rendimento era eminente, achou muito importante uma experiência [e benefício$] na Europa e se foi para a Espanha. O erro foi não reforçar-se como deveria para a disputa de uma Copa [aí os créditos vão para o atual presidente], além de ser criada uma imbecil guerra de bastidores, Odone vs Portaluppi.

Mandou quem pode, obedeceu quem teve juízo [até determinado ponto] e chorou o torcedor. Eu tenho lembranças claras do Grêmio em Libertadores desde 1998, e digo com segurança: NUNCA o Grêmio Foot-ball Porto Alegrense entrou em campo tão mal representado em uma partida de Copa. Fomos decidir uma vaga para as quartas-de-final, precisando vencer por 2 gols, e escalando como dupla de ataque [sic] Lins e Júnior Viçosa. Fomos jogar a liderança do grupo, contra o fraco Oriente Petrolero, na Bolívia, e voltamos com 3 gols na sacola. Não vencemos, ainda que fora de casa, o estreante em competições internacionais León de Huánuco, do Peru. Aliás, não ganhamos NENHUM jogo fora de casa na Libertadores '11. Pelo menos durante os jogos fora a cerveja é liberada...

Dizia anteriormente sobre obediência até determinado ponto, pois Renato Portaluppi abusou das suas convicções um tanto questionáveis. Para uma determinada parcela da torcida, Renato não era [é] somente o Rei do Rio de Janeiro, mas era o Rei do Rio Grande do Sul, ainda que apenas da parte azul dele, e diziam "amém" para opções bizarras do treinador futevoleiboleiro [sic]. Na minha modesta opinião, se ele mantivesse a estrutura com a qual venceu o 1º GREnal das finais do Gauchão, com um 4-3-3 bem estruturado, talvez tivessemos tido mais sorte na sua passagem. Entretanto, o vírus do 4-4-2 em losango já havia sido encrustado no grupo, e não creio que houvesse o que ser feito. Também não sou fã de exaltar o "se" por aqui, gosto mais de comentar os fatos, é mais simples e não me exige muita imaginação.

O fato é que o time corria grandes riscos nas mãos de Renato Portaluppi, vinha em aguda queda livre, sem perspectivas de melhora. Perder o Gauchão em casa, e ser eliminado de forma melancólica da Libertadores não foi o suficiente, ainda tinha que deixar a maionese começar a desandar no Brasileirão. Lá pelas tantas não deu mais, a situação ficou insustentável, e se fez uma experiência com o aprendiz de bicheiro e auxiliar técnico nas horas vagas Julinho Camargo. Nem vou me prestar a resgatar a campanha do rapaz comandando o Grêmio, cerca de 1 mês, e apenas 1 vitória, contra o Coritiba; se minha memória não me trai, ele foi o técnico que conseguiu a proeza de empatar com o América/MG, no Olímpico.

No seu lugar, Celso Roth, o Cláudio Duarte da 2ª década dos anos 2000. A missão era deixar o time tranquilo, e, pelo menos garantido na Série A do ano que vem. Ali a motivação e o ano tinham ido para o vinagre, os objetivos tinham se tornado minúsculos, em comparação ao final do ano passado. O time até conseguiu alguns resultados, que o colocaram na metade de cima da tabela, mas sem nenhuma estabilidade; Pelaipe voltou, trouxe alguns reforços, nada demais para voos mais altos, mas a direção já tinha estabelecido que jogar a 1ª Divisão de 2011 era o mais importante. A meta foi alcançada na vitória sobre o Flamengo, por 4-2, em mais um fiasco sobre o qual já falei por aqui, apesar do ótimo resultado, em CNTP [Condições Normais de Temperatura e Pressão].

A partir daí, o time, o clube, a torcida, todo mundo pareceu largar de mão e o time foi arrefecendo, e não vence desde então. As atuações tornaram-se fraquíssimas, mesmo no Olímpico. Houve apenas 1 jogo onde o time mostrou empolgação, na derrota por 5-4 contra o Fluminense, que mais pareceu uma pelada de solteiros vs casados - talvez este espírito motive mais os atletas do que defender as cores do clube, quem sabe? Nos 2 últimos jogos em casa, em 2 tardes modorrentas, abafadas, o time foi preguiçoso, e conseguiu não vencer Atlético/GO e Ceará, turistas na Série A para quem o Grêmio já havia perdido longe de seus domínios. O pior é ver a tabela final do campeonato e constatar que, pelos jogos que o Tricolor teria no fim, dava para almejar algo maior. Entretanto, é óbvio que não seria nem um pouco merecido.

O time termina o Brasileirão na 12ª colocação, com 48 pontos [13V, 9E, 16D], 24 em cada turno. Nota-se, analisando friamente, que a campanha em Porto Alegre [33P; 9V, 6E, 4D] comprometeu as pretensões do clube, até porque jogando fora o Grêmio não foi o fiasco de algumas temporadas atrás [15P; 4V, 3E, 12D]. Com 15 vitórias em casa, o time teria chegado no G5. Por exemplo, o Fluminense teve 15 derrotas [!] e foi 3º colocado - importante ressaltar que foram apenas 3 empates, todos fora. Mais números: em 2011, somando Gauchão, Libertadores e Brasileirão, o Grêmio jogou 71 vezes, com 30 vitórias, 17 empates e 24 derrotas; encerra a temporada em sua pior série sem vitórias, 6 jogos; fez seu último jogo em Libertadores da América no Olímpico, terminando com uma derrota por 1-2 contra a Universidad Católica/CHI [ao todo, 64P; 45V, 13E, 6D].

Assim finaliza-se o ano. Um ano onde o Grêmio diminui ainda mais, e não faço qualquer comparação com adversários, este apequenamento se dá em comparação a si próprio, com suas glórias passadas, que a cada ano que passa ficam na poeira do esquecimento. 2011, como eu disse anteriormente, não deve ser esquecido, pois são com nossos erros que aprendemos, efetivamente. Espero, sinceramente, que a direção tenha aprendido com as burradas cometidas neste ano, e pense mais no clube que eles estão comandando do que nos nossos rivais. ESQUEÇAM OS RIVAIS. O nosso clube é infinitamente maior que isto. E peço desculpas pelo extenso texto. Muitas das coisas escritas vocês já sabem, estão carecas de saber, diga-se de passagem. Que siga o baile.

Liberto...


Liberto. O Inter venceu o Grêmio com todos os méritos foi melhor que seu eterno rival e provou neste domingo que tem mais time do que a rapaziada da Azenha. Foi um GRENAL aguerrido, disputado e muito nervoso por ambos os times. O time colorado no primeiro tempo ficou travado mas na segunda etapa melhorou tanto que fez o gol e poderia ter ampliado o placar não fosse a fome de Gilberto. A defesa do Inter se portou segura com Moledo e Indio, Tinga e Guiñazu foram novamente muito competentes em suas funções desarmando e dando uma qualificada saída de bola, D´Alessandro foi o nome do jogo e Oscar incansável marcando, armando e correndo pelo campo todo resumindo voltou a tomar Nescau. Não gostei dos laterais que sucumbiram com a investida de Marquinhos pelo lado do Kleber e Escudeiro afugentando o Nei.
Mas neste GRENAL ficou claro que o Inter tem mais time e poderia ter ido adiante na briga de um brasileirão que ficou limitado num torneio “RIO-SÃOPAULO” pois o colorado foi o time que mais chegou perto em uma modesta quarta posição.
Portanto o ano colorado foi bom com um titulo internacional, Gauchão e uma quinta posição que leva a seletiva da Competição mais charmosa das Américas mas poderia ter sido muito melhor não fosse o desperdício e falta de competência pelo lado dos gestores de futebol que ficaram presos na falta de convicção que foi salva ainda a tempo por Dorival que a arrumou a cozinha, colocou o lixo para fora e deu um 2012 para a torcida colorada ficar LIBERTA para sonhar...

Destaque: D´Alessandro foi o melhor em campo mostrando que é sim um dos melhores da função e indispensável para o time da Padre Cacique. Oscar voltou a tomar Nescau e resolveu correr e fazer o que sabe jogar bola. Indio apesar da idade mostra que têm ainda um pouco de café no bule.

Decepção: O ataque colorado não foi bem... Damião estava irritado com não sei o que e prova que precisa de férias.  

*Parabéns ao técnico Tite que mereceu o caneco por suportar a pressão que é treinar o Corinthians mantendo sempre um padrão de jogo. Assim dando alegria de mais titulo brasileiro a sua fanática torcida em um dia tão triste que foi a morte de um grande ídolo Sócrates.    

** Coitada da torcida do Atlético-MG que não consegue comemorar nada. Onde tinha tudo para empurrar o Cruzeiro para o inferno da segundona tomou um bordoada de 6 gols e murcho a crista do Galo...

*** O Vasco mesmo não conquistando o titulo mostra para muito dirigente que da sim jogar todas as competições em alto novel.

Pergunta: Será que o brasileirão 2012 vai continuar sendo disputado apenas pelos times do RIO-SÃOPAULO 

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Sólo necesito un respiro

O Apertura '11/12 argentino está praticamente decidido. Na verdade, já estava a algumas rodadas, virtualmente. Agora, somente um desastre futebolístico sem precedentes nos nossos hermanos tira a taça do Boca Juniors. A matemática é simples: temos 3 jogos, 9 pontos em disputa, e é justamente de 9 pontos a diferença dos xeneizes para o 2º colocado, o brioso Tigre, de Victoria, que luta por pontos somente para fugir do descenso. Isto mesmo, teriam que haver 3 derrotas do Boca, com 2 jogos em casa, contra os fracos Banfield e All Boys, e 3 vitórias do Matador, que joga 2 como visitante, contra o ameaçado San Lorenzo e Independiente. O que era um questionamento, tornou-se uma afirmação: entreguem a taça.

O time de Falcioni foi a Mendoza encarar o Godoy Cruz, que estava invicto como mandante no Apertura. Estava. O Malvinas Argentinas viu um dos melhores jogos do torneio até aqui, onde os 2 times buscaram o ataque o tempo todo, visto que ambos ainda tem objetivos no campeonato: o Boca querendo garantir o título, e o Tomba, uma vaga na Libertadores do ano que vem. Os auriazuis foram muito eficientes no 1º tempo, onde praticamente garantiram a vitória, se utilizando do ímpeto ofensivo do Godoy Cruz para escapar em contra-ataques, na velocidade do quarteto Chávez, Rivero, Mouche e Cvitanich, este último de excelente atuação. E foi o camisa 20 quem abriu o marcador, aos 9', aproveitando boa jogada de Rivero, pela direita. Cvitanich também sofreu o pênalti que originou o 2º gol, marcado pelo zagueiro Schiavi, a 36'.

Na 2ª etapa, o Godoy Cruz conseguiu, diferentemente da primeira etapa, chegar à meta de Orión, criando algumas chances em chutes de média distância, entretanto, a bola não encontrava Ramírez na grande área, limitando qualquer possibilidade dos mandantes diminuirem. Enquanto isto, o Boca cozinhava o jogo, bloqueando bem a defesa, mas escapando menos em contra-ataques, procurando manter um pouco mais a posse da bola. No final do jogo, Rojas acertou um chutaço, do meio da rua, diminuindo o placar, mas não passou disto. Vitória do Boca Juniors, que, além de praticamente garantir o título, garantiu vaga na Copa Libertadores da América do ano que vem. O Godoy Cruz não se complica tanto, visando vaga continental, mas uma vitória do Independiente hoje, fora de casa, contra o Unión de Santa Fé, coloca o Rojo no retrovisor dos mendoncinos.

A situação fica relativamente tranquila para o Godoy Cruz, pois o Racing enfim perdeu sua invencibilidade no torneio, jogando em casa, no sábado, contra o Belgrano. Ainda por cima, o fantasma da Promoción volta a assombrar o time de Avellaneda. A partida foi bastante disputada no Cilindro, com Los Piratas abrindo 2 a 0 na primeira parte do jogo, com Pereyra e Turus, em 2 inacreditáveis falhas defensivas do time de Simeone. Giovanni Moreno diminuiu, com um golaço de falta, o que não adiantou em nada, pois no final do 1º tempo, novamente El Picante Pereyra marcaria, em mais uma falha da defesa, que havia sofrido 4 gols em 15 jogos - e levou 3 em 44 minutos.

Na 2ª etapa, um show de cartões vermelhos, 2 para o Belgrano [Rodríguez e Quiroga] e 1 para o Racing [Hauche], o que contribuiu diretamente para a pressão d'La Academia, principalmente a expulsão do volante uruguaio, aos 21' da 2ª parte. Não fossem as expulsões, talvez o desastre tivesse sido pior. A estrela de Simeone [sic] brilhou, ao colocar Valentín Viola na partida, e este marcar o gol do desconto, aos 22', no lance posterior à 1ª expulsão. Daí em diante o que se viu foi uma série de tentativas malogradas do Racing, que esbarrou no seu nervosismo, e na muito boa atuação de Olave. Nos momentos de maior pressão, eu fiquei em frente a televisão pensando que poderia ser diferente se não houvesse a birra de Teo Gutiérrez com o grupo, ou se não houvesse El Cholo Simeone no comando da equipe.

Foi o adeus definitivo a qualquer chance de título, e o chancelamento de uma campanha que parecia boa, graças a longa invencibilidade, mas que trazida para números absolutos, não é mais que medíocre [5 vitórias em 16 partidas], sem contar os maus desempenhos, acima dos maus resultados. O time também se complicou muito na briga por uma vaga na Libertadores, tendo que tirar 6 pontos do Godoy Cruz em apenas 3 jogos, sem confronto direto. Na tabela do Apertura, o time se mantém na 3ª posição, com 25 pontos, podendo ser ultrapassado pelo Unión, que é o outro time que, vencendo, mantém chance de título, mas na mesma situação do Tigre. O Boca garantiu vaga na Libertadores '12, e só uma combinação improvável de resultados tira a vaga direta dos xeneizes.

Nos Acréscimos
  • Amanhã o Vélez joga sua vida na Copa Sul-Americana, quando recebe a Liga de Quito, em Liniers. O time de Gareca precisa vencer por 2-0 para levar a decisão para os pênaltis, e 3 gols de diferença para ganhar a vaga no tempo normal. Grande parte dos titulares foram poupados no final de semana, no empate em 1-1 contra o Colón, também no José Amalfitani.
  • O River tropeçou pela 2ª vez seguida em casa, na Primera B Nacional. O Millonario já havia sido [muito] surpreendido pelo Atlético Tucumán [derrota por 0-2], na 14ª rodada, e, na 16ª, não saiu do 1-1 contra o Rosario Central, no sábado. Cavenaghi fez o gol do River, que segue na liderança, com 30 pontos, a mesma pontuação do Instituto, de Córdoba, que tem um jogo a menos e recebe o Independiente Rivadavia, na noite de hoje.

Redenção...

Bom... Peço desculpas a todos pelo fato de não ter postado nada em relação ao jogo contra o Botafogo. Então para me redimir proponho a todos que faça a sua seleção do Campeonato e manda pra gente aqui do Vida Cancheira. Eis a minha:
Goleiro: Fernando Brass (vasco)

Zaga: Dedé (vasco) e Rhodolfo (São Paulo).

Laterais: Mario fernandes (Grêmio) e Kleber (Internacional).

Volantes: Marco Assunção (Palmeiras) e Guiñazu (Internacional)

Meio-Campo: D´Alessandro (Internacional) e Diego Souza (Vasco)

Ataque: Neymar (Santos) e Damião (Internacional).

Gosto de time simples taticamente e usei o criterio de regularidade alias criterio "cada um tem o seu" e todos serão bem vindos neste espaço de democracia ao futebol.

*Se não tiver email do Google por favor selecione como "anonimo" e assine no fim do comentario!

Vitima....


O Inter jogou muita bola, foi superior e fez o goleiro do Flamengo Felipe se tornar o nome do jogo porém foi vitima da máxima do futebol onde “quem não faz leva”.  Na primeira etapa o Flamengo não viu a cor da bola pois o meio campo colorado fez neste domingo uma das suas melhores atuações com os volantes Tinga e Guiñazu que foram soberanos, D´Alessandro mais uma vez foi o nome do jogo e Oscar fazendo nada mais do que se espera dele com dribles e arrancadas curtas. Também ficou provado que o Inter com 2 (DOIS) avantes é mais time pois se torna mais equilibrado assim Gilberto incomodou muito a defesa carioca facilitando o trabalho de Damião mesmo não fazendo” gol” o ataque colorado criou muito coisa que vem acontecendo ultimamente. Mas o R. Moledo acabou entregando a rapadura ainda nos primeiros 45min logo para o Ronaldinho Gaucho que vem jogando coisa nenhuma mas “de bobo” não tem nada e guardou a pelota dentro do barbante.  Mas o Inter seguiu superior ao Mengo na segunda etapa mesmo perdendo um pouco da efetividade com saída do bom atacante Gilberto para entrada de Andrezinho e conseqüentemente com a entrada do Jô que continua devendo...
Portanto o time da P. Cacique volta do Rio Janeiro sem ponto nenhum , fora da Zona da Libertadores e vai ter que torcer por resultados paralelos de Flamengo e Coritiba e precisará do passo mais fundamental vencer o time da Azenha.

Destaque: Os volantes Ginazu e Tinga estão jogando em um excelente nível e se permanecer tem tudo para virar titular também em 2012. Gilberto vem mantendo uma regularidade boa e se credenciando a ser o primeiro reserva de Damião.

Decepção: Kleber deixou a desejar sumindo do jogo poderia ser mais do foi neste domingo. R. Moledo fez sua pior atuação como titular.

*A Fiel estava comemorando o titulo até o jovem Bernard do Vasco fazer o gol no final da partida contra o Fluminense deixando o campeonato brasileiro emocionante até o fim...

**O Ceará não desistiu, engrossou o caldo e conseguiu o empate contra a Raposa no fim de uma partida muito emocionante e claro que o povo azul de Minas Gerais vai ficar com o coração na mão e vai jogar a vida contra seu maior rival o Galo que promete uma partida histórica.

*** O Grêmio prova a cada jogo que pode jogar menos ... Mas parabenizo os torcedores que foram ao estádio Olímpico provando da grandeza de um clube mesmo sem nada a disputar porém com o amor sempre a amostra pelo seu time.

Pergunta: Qual a partida será a mais histórica da ultima rodada?

sábado, 26 de novembro de 2011

Elevador

Há alguns minutos terminou a disputa da Série B deste ano, com uma rodada final de tirar o fôlego. 5 times chegaram na última rodada podendo abocanhar a última vaga do acesso, e fazer companhia para os já classificados Portuguesa, Náutico e Ponte Preta. As torcidas de Sport, Vitória, Boa Esporte, Bragantino e Americana [existe torcida dos 3 últimos?] viveram momentos de alta tensão, que começou com o atraso no jogo de Curitiba, entre Paraná e Bragantino, passou pela reação inacreditável do Duque, contra o Boa, e terminou no dilúvio em Goiânia [!], e a vitória e consequente acesso do Sport, sobre o Vila Nova. Minha torcida particular era pelo Sport Recife, e a coincidência jogou a favor do Leão da Ilha [o original]. Sim, pois com a rodada final sendo jogada em 26 de novembro, eu só poderia torcer mesmo pelo rubro-negro pernambucano, único time que torceu por nós há exatos 6 anos, quando disputamos acesso contra seus maiores rivais.

A televisão aqui transmitiu Paraná Clube-Bragantino, que teve atraso de 15 minutos, aproximadamente, devido à contusão do goleiro Gilvan no aquecimento. E a história da decisão poderia ser diferente se o árbitro não tivesse anulado um gol legal de Léo Jaime, que tomou uma bolada na cara do goleiro Zé Carlos, e o apitador absurdamente viu toque de mão do avante bragantino. Daí em diante, o time pareceu esmorecer, enquanto o Tricolor paranista não arriscava muito, devido ainda ao risco de rebaixamento [precisava do empate]. Mesmo com o goleiro à meia-boca, os jogadores não chutavam, mas, quando tentavam, levavam muito perigo a Gilvan. Estranhei o fato de Itaqui, ex-Grêmio, não tentar nenhuma vez, sendo que sua melhor qualidade é o chute de média distância.

Na 2ª etapa, mais atraso do time de Bragança Paulista. Parece que deixaram algo no vestiário, pois aos 6', Jefferson Maranhão abriu o placar. O time paulista não conseguia criar, talvez um dos motivos pelo não-acesso, não havia um jogador que armasse o jogo com qualidade, o esquema era bola no centroavante Lincom, e seja o que Deus quiser. Lá pelas tantas Marcelo Veiga arriscou tudo, tirando o zagueiro e capitão Luiz Carlos e o lateral-esquerdo Murilo Ceará [ex-Juventude], e botando Deyvid Sacconi, ex-Palmeiras e Luís Mário, o eterno Papa-Léguas da torcida gremista. O veterano atacante até exigiu uma boa defesa de Zé Carlos, mas nada que fosse ameaçador demais. A notícia do gol do Sport, em Goiânia, foi um balde de água fria nas intenções do Bragantino, o que beneficiou o Paraná, que levou o jogo em banho-maria até o apito final.

Por falar em balde, o aguaceiro que caiu no Serra Dourada não estava no gibi, e a gurizada do Vila Nova parecia querer botar água no chopp na festa armada pela torcida rubro-negra, que foi ao cerrado brasileiro em grande número para apoiar o time. O gol da vitória foi marcado por Bruno Mineiro, com colaboração significativa do goleiro Luis Cetin, para delírio dos cerca de 2 mil rubro-negros que estavam no estádio. Alguns mais exaltados invadiram o gramado quando do final da partida, e imagino que o frevo deve estar comendo frouxo em Recife. Cidade que presenciou a despedida do vice-campeão e do 3º colocado, Náutico e Ponte Preta, respectivamente, que empataram em 2-2 nos Aflitos. Resultados dos demais envolvidos na briga pelo acesso: ASA/AL 1-2 Vitória; Duque de Caxias 2-2 Boa Esporte/MG; ABC/RN 3-1 Americana.

Na rodada, o Icasa, do Ceará, foi rebaixado com a derrota por 0-2 para a Portuguesa, jogando em Juazeiro do Norte. Cairam também Salgueiro/PE, Vila Nova e Duque de Caxias, este, aliás, com a pior campanha da história dos pontos corridos no Brasil [Séries A e B], conforme informação do pessoal do Carta na Manga. Aqui fica os parabéns especiais a Portuguesa e Sport Recife, clubes que contam com minha simpatia, e que, por sua tradição, merecem voltar à Primeira Divisão, e por aqui ficar por mais algum tempo, já que suas últimas passagens na Série A foram muito breves. E, claro, ressaltando os méritos de Náutico e Ponte, que também não fizeram por menos o merecimento.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Primeiro ato das lides copeiras

Hoje se realizou o sorteio dos grupos da Copa Libertadores da América 2012, na sede da Conmebol, em Assunção. Sem mais delongas, vamos aos grupos, e às primeiras análises e previsões [entre parênteses, o time que ocuparia a respectiva vaga HOJE]:

GRUPO 1
Santos
Peru 1
(Juan Aurich/Alianza Lima -vaga do campeão)
Bolívia 2 (campeão do Apertura)
vencedor de Brasil 6 (Figueirense)-Colômbia 3 (Deportes Tolima)


GRUPO 2
Paraguai 1 (Nacional)
Equador 2 (Emelec-Deportivo Quito -vaga do vice-campeão)
Argentina 3 (Lanús)
vencedor de Brasil 5 (Internacional)-Bolívia 3 (Real Potosí)


GRUPO 3
Bolívar
Colômbia 2 (campeão do Finalización)
Chile 2 (campeão do Clausura)
vencedor de Tigres UANL-Chile 3 (Universidad Católica)


GRUPO 4
Argentina 2 (Boca Juniors)
Zamora
Brasil 4 (Fluminense)
vencedor de Argentina 5 (Arsenal de Sarandí)-Peru 3 (Sport Huancayo)


GRUPO 5
Nacional/URU
Peru 2 (Juan Aurich/Alianza Lima -vaga do vice-campeão)
Vasco da Gama
vencedor de Paraguai 3 (Libertad)-LDU Quito


GRUPO 6
Brasil 2 (Corinthians)
Deportivo Táchira
Paraguai 2 (Olimpia)
Cruz Azul


GRUPO 7
Vélez Sarsfield
Equador 1 (Emelec-Deportivo Quito -vaga do campeão)
Defensor Sporting
Chivas Guadalajara


GRUPO 8
Universidad de Chile
Atlético Nacional
Argentina 4 (Godoy Cruz)
vencedor de Peñarol-Caracas


Já é previsível que teremos mais uma Libertadores parelha, de acordo com o que temos hoje, e que não deverá mudar muito ao longo das próximas semanas. Vamos destacar, nesta primeira análise, os times argentinos. Do lado de lá do Prata, estão garantidos, além do Vélez Sarsfield [campeão do Clausura '10/11] e do Arsenal de Sarandí [melhor argentino não-campeão na Copa Sul-Americana '11], Boca Juniors e Lanús, e é quase impossível que não ocupem os grupos 3 e 2, respectivamente. A última vaga, como falei anteriormente, será disputada até a última rodada do Apertura '11/12. O Tigre entrou na briga hoje [venceu o Atlético Rafaela por 3-0 e tem 2 pontos a menos que o Godoy Cruz], mas tem que terminar o Apertura fora da Promoción para poder pleitear uma (a 5ª) vaga. Está menos inviável para Racing e Independiente, que estão 6 pontos atrás dos mendoncinos, só com um milagre ultrapassam o Lanús. Acredito em um bom sprint do Racing na reta final, mas a ordem dos argentinos na Libertadores '12 deve mesmo ser a atual.
O Vélez Sarsfield caiu no grupo 7, um dos mais definidos já no sorteio, e que tem tendências a ser um dos "de la muerte" na próxima Copa. Defensor e Chivas já são times extremamente perigosos, especialmente os mexicanos, algozes dos de Liniers na Libertadores '10. Poderá haver uma viagem à altitude de Quito, caso o Deportivo ganhe o campeonato equatoriano, mais um complicador no caminho do Vélez. Com alguns reforços pontuais, o time de Ricardo Gareca poderá ir ainda mais longe do que foi este ano [é quase obrigatória a contratação de um centroavante decente].
Os argentinos do grupo 4, provavelmente Boca Juniors e Arsenal de Sarandí [caso este passe da 1ª fase] encararão o Fluminense, e oponentes brasileiros em Libertadores sempre provocam grandes jogos e, o Tricolor carioca, em especial, más lembranças, os próprios Boca [ESTE vídeo é genial!] e Arsenal que o digam. O virtual campeão do Apertura possui um time bem estruturado, entretanto não tem um grupo muito forte, apesar de ainda jovem. Deverá se reforçar muito bem para a disputa da maior competição das Américas, sem sombra de dúvida, e terá sede de vingança contra o Flu. Já o Arse, poderá ter a maior das sedes, se passar da 1ª fase, contra um representante do Peru, tem que agradecer; o time é fraco, e, salvo uma injeção de grana inacreditável no clube, os filhos de Grondona apenas farão figuração na Copa.
O Lanús é aquele time que volta e meia vai muito bem nos torneios domésticos, mas tem um estigma de inofensividade nas competições internacionais. Um time que perde uma final internacional para o Atlético/MG [!] não pode ser levado a sério, mesmo que tenha ganho a Copa Conmebol do ano seguinte [1996]. Digamos que o Lanús é o nosso Botafogo sem Garrincha e sem grife. A única certeza é que ele não será o campeão, e ninguém lembrará que o granate jogou a Libertadores. O time até é bom, conta com jogadores rodados, como o uruguaio Regueiro e o italiano Camoranesi, e alguns argentinos de boa qualidade, como Valeri, Pavone e Fritzler, mas a mística não falha. Aconteça o que acontecer, ano que vem não estaremos noticiando uma grande campanha do Lanús.

Mais adiante este post será atualizado com as análises do último clube classificado, o sobrevivente desta briga de facão no escuro entre Godoy Cruz, Racing e Independiente.

Navegando na altitude

Ontem se finalizou a 1ª semana das semi-finais da Copa Bridgestone Sul-Americana, com a partida entre Liga Deportiva Universitaria e Vélez Sarsfield, em Quito, no Equador. A promessa de um grande jogo, assim como havia sido Vasco da Gama-Universidad de Chile, na quarta, se cumpriu. Los Albos largam em grande vantagem no confronto, com a vitória por 2-0, ambos os gols do ótimo centroavante argentino Hernán Barcos, com participações decisivas do também portenho Equi González, ex-Fluminense. Os de Liniers valorizaram muito a vitória da Liga, não apelando para o tradicional retrancão na altitude, e criando algumas chances de gol - inclusive Domínguez [da LDU] foi outro destaque da partida -; não fossem as atuações deploráveis de Canteros e Guille Franco, e os desfalques, e a sorte fortínera poderia ter sido muito melhor. Confronto bastante agradável de se assistir, clima de Libertadores dentro da (cada vez mais valorizada) Sul-Americana, como eu já tinha visto, p.ex., em Nacional-Universidad de Chile e Universitario-Vasco da Gama, nas fases anteriores, só para ficar nos jogos que acompanhei. A parada se tornou torta para os comandados de Gareca, que terão que fazer 3 gols de diferença em Buenos Aires para chegar à grande final. Acredito que, como a Liga conseguiu 2 gols no Casablanca, o Vélez também possa conseguir 2 gols no Amalfitani, levando o jogo para os pênaltis, aposta pessoal deste blogueiro [que gosta de ver o circo pegando fogo].

Update às 21h56: O que me leva a crer em uma reação do Vélez são os retornos importantíssimos de David Ramírez e Juan M. Martínez, que fizeram muita falta no Equador. Sem contar que a LDU não terá mais a seu favor o fator altitude, o que dificulta uma de suas melhores virtudes, que são os chutes de média/longa distância. Só no jogo de ontem, 3 chances claríssimas de gol foram criadas desta forma, com Hidalgo, que parou em Barovero, e Equi González e Barcos, que acertaram o poste. Ricardo Gareca precisará, também, fazer correções pontuais no posicionamento defensivo, que fez muita água na bola aérea; no 1º tempo, especialmente, cada escanteio marcado por Larrionda era o prenúncio de um filme de terror.

Contudo, aconteça o que acontecer na próxima semana, já defino que esta terá sido a melhor das 8 edições da Copa Sul-Americana até agora, vencendo até a excelente edição de 2008. Todos os semi-finalistas chegaram até aqui com credenciais para o título, mostrando ótimo futebol [especialmente Universidad de Chile e Vélez Sarsfield] e, salvo exceções, batendo seus adversários com total autoridade [e requintes de copeirismo - que o digam os torcedores do Vasco]. Na próxima terça, em Liniers, Vélez e LDU fazem a revanche; a Liga pode perder por 1 gol de diferença, e até 2, caso marque gol[s]. O Vélez, como destacado anteriormente, para passar no tempo normal, precisará de, no mínimo, 3 gols [2-0 leva aos pênaltis]. Na noite seguinte, Universidad de Chile e Vasco decidem seus futuros no Santa Laura, em Santiago; empate sem gols dá a vaga na finalíssima aos chilenos, enquanto igualdade em 2-2 ou mais classifica os brasileiros - quem vencer, passa.

Nos Acréscimos
  • Está sendo discutido na Conmebol o direito de o campeão da Copa Sul-Americana disputar a Copa Libertadores do ano seguinte. Este ano uma situação interessante está ocorrendo, pois os 4 semi-finalistas já estão na Libertadores '12, classificados cada um ao seu modo, nos torneios/ligas domésticas. Deste modo, o 5º [!] colocado na Sul-Americana '11 herdaria a vaga. Pelo critério de eliminação, seria o Libertad/PAR, que pode conquistar a vaga também pelo Clausura paraguaio. Enfim, uma salada de frutas que está longe de ser doce, ou ter vitaminas. No meu ver, Libertadores é uma coisa, Sul-Americana é outra, e ambas levam à Recopa Sul-Americana. Ponto. Até porque, no "mundo ideal", as 2 seriam disputadas em concomitante; espero que a "queda" da vaga libertadora ao campeão da 'Sula' seja o início de uma reestruturação de calendário, ainda que seja mais fácil o Cruzeiro de Porto Alegre ganhar uma Libertadores antes disto...

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Entreguem a taça?

Domingo foi disputada a partida mais decisiva do corrente Apertura, entre os 2 ponteiros, Boca Juniors e Racing. Como de costume, não assisti a todo o jogo, portanto, vou com as impressões que tive em aproximadamente 60 minutos de futebol [não estive tão bem focado assim], e com alguma base dos amigos do Futebol Portenho, que, além de informarem muito bem sobre o futebol argentino, trocam muito boas ideias, com quem quer que seja. Bombonera lotada, expectativa de já ver os xeneizes garantirem, virtualmente, o título do torneio, adversário tradicional que jogava sua última cartada, 2 times invictos no campeonato... ingredientes de sobra para um excelente jogo.

Em uma análise pré-jogo, o 0-0 final seria uma tragédia para os albicelestes, que, deste modo, entregariam a taça nas mãos do Boca; entretanto, o desenrolar da partida tornou o resultado palatável a ambos os times, principalmente se considerarmos as declarações do DT Simeone, dizendo estar satisfeito com a postura do time, que conseguiu "silenciar a Bombonera". Creio que La Academia jogou fora a última chance de título que tinha, que, aliás, já estaria dificílimo com a vitória; com o empate, no meu ver, tornou-se impossível. O nome do jogo, sem dúvida alguma, foi o ex-Grêmio Sebastián Saja, pegando o que podia e o que não podia, salvando o time em muitas, mas muitas oportunidades [listá-las daria um novo texto].

O Boca Juniors pressionou na maior parte do tempo, demonstrando muito mais volume de jogo, enquanto o Racing aproveitava-se da leveza do seu time do meio para a frente, e tentava algum envolvimento somente nos contra-ataques, sempre puxados pelo colombiano Giovanni Moreno. Hauche era o avante mais ativo do time de Avellaneda, enquanto Teófilo Gutiérrez... bom, Téo é um caso à parte. Demorou para reapresentar-se no clube, fato não-inédito, mesmo assim argumentando que "não havia do quê desculpar-se", e teve participação praticamente nula no domingo; praticamente nula é um eufemismo, pois ele fez a maior bobagem da partida, tentando reinvindicar um penal [de forma ridícula, diga-se], dando um peitaço à Patrício no árbitro, sendo expulso.

E deixando o Racing com 2 a menos, visto que Pelletieri já havia sido expulso, de forma discutível. Daí em diante, Simeone pegou o "manual do catenaccio", botou embaixo do braço, e fez o possível e o impossível para segurar o 0-0, e evitar a festa xeneize. Logrou êxito, o time foi muito bem defensivamente, como em toda a competição, e quando os zagueiros [e Matías] Cahais e Martínez não davam jeito em Blandi e Mouche, Saja garantia o ponto. Na segunda, o Lanús poderia chegar na vice-liderança, e ficar, ainda que embaçado, distante, no retrovisor do Boca Juniors; não conseguiu, perdendo em casa para o Arsenal, que empatou em pontos [23] com o próprio granate, nesta disputa pelo vice-campeonato, que vai do Racing [2º, 25] até o Godoy Cruz [11º, 20].

Nos Acréscimos
  • A briga pelas vagas coperas está muito acirrada. Temos o Vélez Sarsfield garantido, como campeão do Clausura '10/11, e o Arsenal, melhor argentino na Copa Sul-Americana '11 [fora o Vélez, que já campeonou em 2011]. Boca Juniors e Lanús só perdem as vagas se houver um desastre nos próximos 4 jogos. O Godoy Cruz está bem encaminhado, 6 pontos à frente de Racing e Independiente, e 5 à frente do Tigre; contudo, como o Matador está na zona do descenso direto, não poderá ganhar a vaga. Mais 2 vagas estão reservadas para estes 3 [ou 4] times.
  • Amanhã o Vélez começa a jogar seu destino na Copa Sul-Americana. Começará jogando na [sempre perigosa] altitude de Quito, contra o [sempre perigoso] time da LDU. E bastante desfalcado, assim como na vitória por 1-3 contra o Belgrano, em Córdoba. Ricardo Gareca não poderá contar com o meia "El Mago" Ramírez, o atacante Martínez e o volante/lateral Zapata. O jogo está marcado para as 19h15, no horário local, 22h15 no horário de verão brasileiro, e o blog seguirá esta partida, que será apitada pelo uruguaio Jorge Larrionda.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Obrigação...

Não fez mais que a obrigação. Vencer era obrigação para o time da Padre Cacique continuar sonhando com a competição mas charmosa das Américas. Bem verdade que o futebol apresentado não foi aquela Brastemp mas 1 a 0 é 3 pontos na conta e continuidade na batalha pela competição continental. O time escalado com 2 atacantes provou que fica mais fácil de fazer GOL se não fosse o bom atacante Gilberto estar lá no lugar dele como atacante o placar não sairia do 0 absoluto. Depois de feito o primeiro gol o Inter não viu mais a cor da bola e o time do técnico Joel Santana partiu para cima do colorado assustando o seu torcedor que parecia pressentir que seu time mais uma iria entregar a rapadura antes do fim da primeira etapa.
Mas não entregou. E veio a segunda etapa onde o Inter cozinhou perigosamente em banho-maria o time baiano. Damião ainda não voltou a sua velha forma mas gostei de sua movimentação caindo para os lados do campo e atrás dos laterais assim ficando na área Gilberto que vem mostrando um bom serviço para ser reserva direto de Damião e convenhamos mostrou muito mais que o fraco Jô. D´Alessandro ontem foi o D´Alessendro de sempre movimentado-se e chamando o jogo para si, Oscar mais vez "jogou nada" movimentando-se pouco bem verdade que no primeiro tempo fez boa intervenções com D´Alessandro e Kleber e nada mais durante o resto do tempo que permaneceu em campo.
Portanto o time de Dorival Junior venceu a sua primeira das quatro finais que está por enfrentar tem mais três sendo que duas fora com Botafogo em plena crise, Flamengo e sua irregularidade e o bicho vai pega com o Grêmio em casa... Ninguém mandou deixar tudo para ultima hora...

Destaque: Gilberto mostrou que é sim mais jogador que o "badalado" Jô e se candidata seriamente a reserva direto de Damião. Gostei da movimentação do lado esquerdo do Inter Kleber, D´Alessandro e Oscar fizeram chover neste lado do campo na primeira etapa.
Dorival foi muito bem em penalizar o Juan e faço as minhas palavras a do meu colega Jhon Tedeschi: "Não passa de um Paulão".

Decpção: Alguém precisa dar “Nescau” para o Oscar o menino não parece o mesmo desde os 3 gols da final do Sub-20 (se não me falha a memória) vestindo a amarelinha. Vem se arrastando em campo e nem de longe é aquele jogador de arrancadas curtas, agudas e chutes a medias distancias.

*O America-MG se tivesse mais algumas rodadas seria campeão brasileiro ou serio candidato a G-lib e continua a fazer seu povo acreditar em milagres do futebol. Já o Botafogo vem provando que não passa de um "cavalo paraguaio".

**O Atletico-PR venceu o São Paulo e esboça a ultima tentativa de fugir da guilhotina.

***Pena... muito simpatizo com o time do Guga e pena que terá que jogar a segundona no ano de 2012.

Pergunta: O que aconteceu o Oscar?

Hipocrisia

Vou ser breve. Pelo menos pretendo, neste começo de texto. E também pretendo mandar minha veia jornalística para a puta que me pariu, leitor. Para o Grêmio, 2011 acabou na prática AQUI. Nenhuma pretensão demente, até mesmo deste blogueiro, vem ao encontro desta afirmativa: em NENHUM momento o Grêmio mostrou que pudesse dar mais do que deu ao seu torcedor neste ano. Olha que eu insisti, eu sonhei, eu apoiei, cantei, pulei, fiz de tudo; hoje, 17 de novembro de 2011, me dou o direito de ser oportunista, do que muitos dos que lerão certamente me acusarão. Foda-se, ou melhor, fodam-se, e digo com todas as letras: eu sequei o Grêmio, pedi, com toda a força de minha sinceridade, para que entregassem o jogo para o Fluminense nesta quarta. O árbitro, Victor e Fred fizeram o trabalho sujo, e vou dormir aliviado. Isto mesmo, aliviado, pois não vou precisar sair amanhã ouvindo que "mimimi, teu time ajudou o meu, blábláblá..."

O Grêmio atingiu um nível tão grande de pequenez (sic), que me vejo relegado a torcer para que o tradicional rival tenha insucesso, ação recorrente dos lados ribeirinhos, até mesmo nos tempos de vacas gordas. Você que está lendo não sabe o quanto me chateia esta situação, porém, faço a pergunta: o que pode ser feito para mudar? Outra pergunta: se tu és gremista, o que tens feito para tudo melhorar? Me dê respostas razoáveis e coerentes para estas 2 perguntas, e prometo nunca mais secar o co-irmão. Não assisti ao jogo de ontem, acompanhei o que deu pela internet do celular, durante a aula na faculdade, e os minutos finais, até porque, se o jogo realmente fosse importante, o procedimento seria diferente [quem estuda nas quartas à noite sabe do que estou falando]. Também não pretendo usar maiores argumentos, e muito menos quero sugerir que sou mais ou menos gremista que outrém, até porque nisso que chamam futebol, se lida muito com as emoções. E aposto que os leitores não conseguem absorver muito bem as emoções festivas dos torcedores rivais, especialmente os mais próximos.

O jogo contra o Fluminense não valia nada, absolutamente NADA; o Grêmio já está na Sul-Americana '12, não tem mais nenhum objetivo no Brasileirão, então, por que não dar uma forcinha para termos um GREnal na 2ª maior competição das Américas, no ano que vem? Para mim é difícil entender porque querer loucamente uma vitória que não ia dar mais que inúteis 3 pontos, se tratando da tabela deste desastroso [para o Grêmio] Campeonato Brasileiro. Depois das reações que vi hoje, nem consigo pensar em 2012; aliás, não vou pensar em 2012, futebolísticamente, até que ele efetivamente comece. Sábado, novamente, farei minhas ativdades culturais, não chegarei sequer perto do Olímpico, mas ficarei secando o time para o qual PAGO todo mês, já que é a única coisa que devo saber fazer, conforme alguns pontos de vista - desta vez visarei o fracasso do Cruzeiro, só para não me jogarem na cara que eu sou anti-colorado.

Só pretendo voltar a escrever sobre o clube -no qual VOTAREI nas eleições presidenciais do ano que vem-, na época do GREnal, daqui pouco mais de 2 semanas. Até lá, tiro a minha primeira de duas férias, merecidas, pois bater cartão duplo, como torcedor [embora muitos não acreditem] e secador é cansativo e estressante. E aos que conseguem ignorar o fato de termos um rival na mesma cidade do clube para o qual torcemos, meus sinceros parabéns! Dormir com o barulho de tantos foguetórios alheios e clarões reflexos de taças que não nos pertencem deve ser muito fácil para quem não se importa. Se acham que vão ser "poupados" por eles com este tipo de comportamento, lamento informar: estão redondamente enganados, e recomendo que guardem este texto até meados de maio, ou junho do ano que vem; vocês poderão estar relendo-no em meio a foguetórios posteriores a uma visita mal-sucedida do Vélez Sarsfield a Porto Alegre.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Sem mais legumes

Aproveito o feriado para voltar a escrever sobre o Grêmio aqui no "Vida Cancheira", pois creio que o nível de desimportância que a participação do clube em 2011 no contexto nacional chegou a um ponto que torna desnecessária qualquer análise. Assim o faço por ter estado no Olímpico no último domingo, e ter visto um jogo que, apesar da qualidade técnica quase nula, teve bastantes emoções, mostrou algumas coisas pontuais, e foi uma diversão interessante para uma tarde esquisita, parecendo Finados em Porto Alegre. O empate em 2 a 2 foi justo não só com a partida, mas sim com o ano -e porque não década- que Grêmio e Palmeiras vem tendo, sem qualquer destaque merecedor de nota de jornal, ou postagem de blog, a não ser de alguns interessados.

A tarde reservava, talvez como principal atração, a "visita" de Felipão ao Olímpico, onde ele costuma sentir-se em casa, passando isto para seus jogadores, visto que nunca perdeu como visitante ao Grêmio. Muito válidas as homenagens da torcida, aplausos ao anúncio do nome do treinador palmeirense, entretanto tenho minhas convicções de que o tempo do Felipe já foi... Tornou-se um velho amargo [mais do que já era!], sem paciência para nada, imagino que até para ficar na beira de um gramado, gritando orientações para 11 homens que, em sua maioria, como diz meu colega de blog Carlos Paiva, são completos "taipas". Além de estar ultrapassado taticamente, seus times deixaram de ser encaixados para serem engessados.

E foi o que se viu no jogo de domingo. O Palmeiras, realmente, não tem time para lutar mais do que por uma vaga na Copa Sul-Americana, assim como o Grêmio. A intenção estrutural de Scolari até foi boa, mas os jogadores para cumprir essas funções que, definitivamente, não ajudam. O "alviverde imponente" entrou em campo em um 4-2-3-1, tentando espelhar com um preguiçoso Grêmio, mas mesmo assim esteve longe, muito longe, de se sobressair. A linha dos 3, com Patrik, Luan e Tinga é inaceitável para um clube do porte do Palmeiras, jogadores que estão abaixo do seu nível histórico. Confesso que senti pena do ex-gremista Ricardo Bueno, que morreria por inanição, não fosse uma brilhante jogada do [ótimo] lateral Cicinho.

Jogada esta que redundou no gol do próprio lateral, contando com as coadjuvâncias de Ricardo e Victor, construtores de um grande lance, com bela cabeçada do centroavante, e melhor ainda defesa do goleiro gremista. O gol não mudou muito o ânimo do Grêmio, que, para variar saiu mal escalado, com o "imortal" Adílson na meia-direita [!], no 4-2-3-1, que deveria ter sido 4-3-2-1, o famoso esquema "árvore de Natal", desenvolvido [testado e aprovado] por Carlo Ancelotti, no Milan campeão do mundo em 2007. Enfim, Roth ainda teve a chance de se redimir quando da lesão de Escudero, podendo simplificar para um 4-3-1-2, com a entrada de Brandão, mas não, nosso glorioso treineiro deslocou o péssimo Miralles para a meia-esquerda, deixando 2 jogadores fora de suas posições.

A leitura de jogo é algo engraçado, para quem está fora de campo, e, principalmente, não participa dos treinamentos. Será que não funcionaria alinhar os volantes e os atacantes? Nunca saberemos. O importante é que a primeira etapa acabou no mesmo ritmo sonolento, com o Grêmio tentando pouco, e o Palmeiras parecendo satisfeitíssimo com o contexto proposto pelos locais. Digo que a leitura de jogo é engraçada, porque no intervalo Roth mexeu, e muito bem no time, tirando Adílson [sério, já gostei mais do Alemão, mas hoje ele me parece uma ofensa ao futebol bem jogado] e colocando Leandro, outro jogador que não é de minha preferência, mas com mais possibilidades de funcionar que um volante improvisado na armação.

Com Leandro, o time ficou em um falso 4-2-3-1, que, na prática, me pareceu um 4-2-1-3, com Douglas recuando um pouco mais, e Leandro/Miralles alinhando com Brandão, dando velocidade pelos lados e mais opções ao armador e aos laterais, que não tinham com quem jogar. O balde de água quente no jogo foi o gol de Marcos Assunção, cobrando falta, ali o Tricolor acordou em definitivo para o jogo, e mostrou algo que me agradou muito, que foi a capacidade de reação, de indignação, para buscar um jogo quase perdido, mas que não valia absolutamente nada. Leandro realmente funcionou bem na asa-esquerda de ataque, onde fizera seus melhores jogos pelo Grêmio, e por ali puxou um ótimo contra-ataque, resultando no gol de Brandão.

Deola não tinha muito trabalho, praticamente, porém o Palmeiras se enclausurou, e, de tanto ter a posse da bola e tentar criar, o Grêmio acabou sendo recompensado, ou melhor, a justiça acabou entrando em campo, e, no finalzinho, Fernando, de não só boa atuação, mas como de razoável temporada, acertou um chutaço da intermediária, empatando a partida. Aliás, em uma análise mais "imaginativa", diria que o jogo foi a tônica com 2011 gremista: criando dificuldades para si próprio onde elas não existiam, o time/clube foi obrigado a correr atrás da máquina, conseguindo não mais que salvar o próprio pescoço, e, como o empate de domingo, fica aquele pensamento de que poderia ter sido pior, bem pior.

O caso Kléber Cotovelo, ademais à partida, já está dando nos nervos. Eu sou um que não iria querer sua contratação, mesmo que ele tivesse assinado na noite da fatídica quarta-feira em que ele "pernoitou" no Gruta Azul. Pessoalmente, não me parece um jogador de qualidades suficientes para ser um 9 diferenciado, tanto é que nunca ganhou nada, nunca foi artilheiro de nada, e nunca foi para a Seleção [digo isto um dia depois de Jonas (!) ter feito 2 gols em amistoso]. E se for para ganhar os valores indicados pela imprensa, que não venha mesmo, é um absurdo um atleta de nível médio ganhar R$ 500 mil/mês. A montagem de um time decente para 2012 não passa, em definitivo, pela vinda deste atleta.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Complicou...

Complicou a vida do time da Padre Cacique. Abusando de errar gols contra a raposa o Inter ficou mais longe ainda de jogar a sonhada Libertadores e o pior foi por incopetência própria. Chances não faltaram ao colorado de chegar na zona da Libertadores porém o Inter acumulou fracassos dentro e fora de casa deixando escapar a vitoria contra o Santos depois de abrir 3 gols de diferença, ceder o empate contra o Corinthias no final do jogo e não vecer o Ceara em casa descrendeiciou o Inter da briga por qualquer coisa nesse brasileirão.
A defesa não foi bem, o meio-campo funcionou com certa facilidade porém na hora do "vamo ver" o time do técnico Dorival Junior vacilou e quem viu a rede balançar foi povo do Cruzeiro que estava no desespero e com certeza tiveram uma segunda feira menos pior saindo da zona da morte.
O Inter foi melhor que o Cruzeiro, Gilberto provou que pode ser o que Jô não é... um bom reserva de Damião, vamos parar com essa brincadeira de ficar tirando  D´Alessandro e deixando o Oscar em campo pois o menino parece estar sem força e folego. Fica mais facil fazer gols com atacantes mas um decreto no Inter não permite ao comandante deixar 2 atacantes assim tirou Gilberto e colocou Zé Roberto diminuindo o poder de fogo do time. Não recrimino a entrada de João Paulo mas a troca a ser feita era pelo Oscar que insisto que vem jogando coisa nenhuma a algum tempo.
Gostei de ver o Tinga posicionado mais a frente jogando de uma forma aguda creio que este fizera uma boa partida mas o colorado mais uma vez não fez gol e sem fazer gol é impossivél alcançar 3 pontos.
Portanto Dorival terá que rever esse vicio do time colorado de jogar apenas com 1 avante e tenho certeza que o técnico fará isso para 2012 assim como direção colorada em fazer uma avalição deste ano pessímo e reconhecendo que fizeram de tudo para mostrar como não gerir futebol.

Destaque: Gostei do Tinga é bem verdade que não é mais o jogador de anos atras porém continua soberando em sua faixa de campo. A boa atuação de Gilberto foi um ponto positivo.

Decepção: Oscar não vem honrando o seu contra-cheque de cada mês. O guri da Beira-Rio parece temer quando o jogo é decisivo, desaparce em certos momentos do jogo e está se mostrando que é um jogador mediano que passou por uma boa fase e nada mais.

* Surpresa da rodada foi o America-MG derrotando o Fluminense no RJ. E sorte do tricolor carioca que deixou de tomar sacolada na frente de seu povo e com isso o time mineiro vai complicando a vida de quem ocupa a parte de cima da tabela e deixando seu povo se apegar aos milagres do futebol.

** Como relatado tempos atras o Ceara vem descendo a ladeira e parece que o destino será mesmo a segundona.

***O Atletico-PR está indo a passos largos em direção a serie B com um time que não coloca medo em ninguém, vai ficando cada mais dificil para sair dessa situação que nenhum torcedor gosta.

**** Pior somente o Avaí que não jogou tão mal contra o qualificado São Paulo de Lucas mas dessa vez pegou a lanterna com todas as forças em direção a segundona fazendo seu torcedor querer esquecer 2011.

Perguntinha: O que está acontecendo com o futebol Gaúcho?

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Entre carrinhos e dribles

Ontem aconteceu um dos melhores duelos do Brasileirão. Não que necessariamente tenha sido um grande duelo entre 2 times, a partida nem foi das melhores, mas entre 2 dos melhores jogadores do campeonato. Atacante contra zagueiro, agilidade contra força, todos os ingredientes necessários para um confronto pessoal extra-classe, como foi entre Neymar e Dedé. Confronto entre os campeões da América e da Copa do Brasil. Volta de Paulo Henrique Ganso aos gramados. Vasco sonhando com o título, Santos com o Mundial. Nada disto importou. É um privilégio poder ver um futebol de alto nível aqui no Brasil, sem que os principais jogadores precisem ir desaprender na Europa. Disfrutemos enquanto há tempo...

A partida começou, praticamente, em 1-0 para o Santos; gol aos 3', nos 2 primeiros lances protagonizados pelas estrelas da tarde: Neymar arrancou pela direita, Dedé acompanhou, fazendo falta. Na cobrança, o #11 santista chutou para a área, e um leve desvio do zagueiro vascaíno matou Fernando Prass. A partida ficava ao gosto de Muricy Ramalho, que recuou seu tripé de volantes (Adriano-Arouca-Henrique), quando o Vasco tinha a bola, e abria Neymar e Arouca (esquerda e direita, respectivamente) como se fossem "wingers", quando da posse da bola. Estratégia perfeita, principalmente porque Danilo, e até mesmo Durval, apareciam bem para o overlap, dando alternativas de ataque importantes.

Pouco acompanhei o Vasco ao longo do ano, fora os jogos contra o Grêmio, só lembro de ter assistido o jogo final da Copa do Brasil, contra o Coritiba, e os 2 últimos jogos, contra Universitario/PER e o de ontem. Custo a acreditar que este time fraco, quase patético, tenha sido campeão inconteste da Copa nacional, e esteja peleando pelo título do Brasileirão. O time da cruz-de-malta até tem alguns bons valores individuais, como Juninho Pernambucano e Diego Souza, mas fica nisto; outros jogadores como Fellipe Bastos [é assim que escreve?], Julinho e Fágner são horrendos, quem faz 2 partidas seguidas no nível que estes cidadãos fizeram não merecem titularidade nem na várzea carioca.

Taticamente, o time do ex-jogador do Grêmio Cristóvão Borges seguiu o mesmo plano tático de Ricardo Gomes, por coincidência o mesmo 4-3-1-2 do Santos. Até há uma boa organização, o time funciona mecanicamente, entretanto, falha demais no acabamento das jogadas, sobretudo no abastecimento aos avantes Élton e Éder Luís, e tem uma dependência absurda das bolas paradas de Juninho, e da inconstância irritante de Diego Souza - se isto é recorrente dentro dos próprios jogos, que dirá dentro de uma campanha de 38 jogos? Podem dar a desculpa de que há muitos lesionados, e que o grupo não é tão forte, mas existem razões obscuras para que Bernardo e Alecsandro sejam reservas deste time.

Na 2ª etapa Borges ampliou, com um golaço de fora da área, quebrando o recorde de gols marcados por um jogador do Santos na mesma edição de Campeonato Brasileiro, fazendo seu 23º gol. Mas quem deu um show à parte foi Neymar, cadenciando com excelência as jogadas, driblando com objetividade, dando passes precisos, enfim... Há algum tempo me rendi ao brilhante futebol do menino da Vila, que destroçou o estigma de "cai-cai" e firulento. Ontem ele se destacou mais por ter um marcador qualificado, que o desarmou sem falta algumas vezes (contei 4), mostrando precisão nos botes e muita velocidade, surpreendente para um jogador grande e, à primeira vista, pesado.

Os 2 destaques do jogo são pilares para a Seleção de Mano Menezes, se quiser alguma coisa na Copa '14. Hoje, não os considero prontos para enfrentar um Mundial, porém temos mais quase 3 anos para que eles amadureçam e consolidem seus já grandes potenciais e desempenhos. Uma hora quero escrever sobre os jogadores jovens, que podem evoluir visando a Copa do Mundo do Brasil. Como não disputamos as Eliminatórias, é importante que seja montada uma base, sem isso de experimentações à torto e direito, para beneficiar/satisfazer empresários com intenções escusas. Ao contrário do que muitos pensam, temos material humano sim, para formar um grande time, capaz de campeonar o mundo pela 6ª vez, e em casa.

Ressureición a paso

O 2º semestre de 2011 marca a (enfim!) volta de um gigante. Assim como marcou a derrocada de outro, em seu início, com a queda do River Plate, o Boca Juniors resolveu entrar na crista da onda da história, e escrevê-la, para que as coisas fiquem mais saborosas para os xeneizes, e mais trágicas para os millonarios. Parece que depois de 3 anos na mais absoluta seca, o Boca voltará a campeonar. Ainda que seus oponentes mais próximos (Racing e Lanús) esperneiem, a diferença está muito grande, 8 pontos, coisa que, em 5 jogos, parece impossível de ser descontada, principalmente quando o futebol praticado pelo time de La Bombonera ratifica esta situação.

Ontem, os auriazuis foram ao Fortín de Liniers, enfrentar o misto quente do Vélez Sarsfield, mais preocupado com a Copa Sul-Americana, uma vez que já garantiu pontuação suficiente para estar na Libertadores '12 (e já estava classificado como campeão do último Clausura). E com todos os desfalques, o time de Falcioni conseguiu fazer um duelo muito equilibrado contra os donos da casa, jogando como costumaz neste torneio: fechadinho, esperado o erro do adversário para definir, e com muita (muita MESMO) solidez defensiva. O rochedo formado por Orión-Roncaglia-Schiavi-Insaurralde-Rodríguez sofreu apenas TRÊS gols no torneio (para quem tem o 3º melhor ataque - 17 gols-, é impressionante).

Sem correr qualquer espécie de riscos na defesa, bem guarnecidos por Somoza e Erbes, Erviti, Mouche e, principalmente, Chavéz tiveram liberdade para criar e incomodar um bocado a fraquíssima defesa do Vélez. Mesmo assim, foi uma partida sem grandes chances de gol, Montoya não foi exigido à altura do que prometia o confronto, mesmo tendo defendido um pênalti - absurdamente cobrado por Schiavi [?!], muito menos Orión, que trabalhou apenas 1 vez no jogo, em chutaço de longe de Iván Bella. O setor de meio-campo concentrou a maior parte das ações, principalmente pela variação de Gareca em optar por um 3-4-1-2 no seu time, com Martínez voltando muito como 2º atacante, e Canteros muito distante do "Mago" Ramírez, dificultando muito a criação, que ficava limitada a investidas de Cubero (um dublê de lateral-zagueiro, auxiliando Bella, posicionado à direita [?] do campo) e Papa, pelas bandas do campo. Por vezes foi complicado fazer uma leitura do jogo do Boca, porém era notório o posicionamento distanciado e aberto de Mouche e Araujo, este último de fraca atuação, apenas cavando um pênalti absurdo marcado por Elizondo.

Particularmente, não gostei da partida, esperava mais de ambas as equipes. Mas foi suficiente para o Boca Juniors chegar na próxima rodada com chances de ser o virtual campeão, contando com a vitória sobre o Racing, na Bombonera. O Lanús, que venceu o clássico do Sul, no Florencio Sola, 1-2 contra o Banfield, também é postulante, e poderá se destacar, dependendo do resultado do choque entre os líderes. O Atlético Rafaela, no meu ver, é fogo de palha, não passa do Colón, e se distanciará, independentemente do que aconteça nos outros jogos. A expectativa deste blogueiro é que o Racing faça o crime (e torço para isto), para que o Apertura retome sua "graça". Do contrário, que entreguem a taça para o capitão Schiavi e para o Boca Juniors.

Nos Acréscimos
  • Finalmente o Racing voltou a vencer! Acompanhei a vitória por 1-0 sobre o Argentinos Juniors, no Cilindro, em um jogo dramático. Gol marcado por Giovanni Moreno, aparando de cabeça um cruzamento de Toranzo, este que, diga-se de passagem, é essencial para qualquer pretensão que La Academia possa ter no torneio, até mais que Moreno. Segue meu descontentamento com Simeone, que parece ter voltado da Itália com doutorado em catenaccio.

  • A briga na parte de baixo da tabela parece começar a se definir, mesmo tendo mais 1 torneio a ser jogado. O Tigre só escapa do descenso direto se houver um milagre (leia-se título do Clausura). Se o San Martín/SJ não reagir, vai junto. Os times que ascenderam junto com o verdinegro de San Juan (A. Rafaela, Belgrano, Unión/SF) estão bem, todos com mais de 1.5 de promedio. Destaque para a situação preocupante do San Lorenzo. Mais a frente volto a tocar no assunto.

  • O River Plate está novamente na liderança da Primera B Nacional. Venceu, com autoridade, o Gimnasia Jujuy, no sábado, por 4-1. Show de Fernando Cavenaghi, que com os 4 gols marcados na goleada, já é o artilheiro do campeonato, com 10 gols em 13 jogos. Nada mal para quem voltou a Nuñez para jogar de graça, movido apenas pela paixão pelo clube. Por exemplos assim que torço para a volta do maior da Argentina.

O amor existe...

Hoje o Inter mais uma vez deixou seu povo na mão. O Beira-Rio estava rugindo, fervendo e o time colorado foi lá e perdeu. O Abelão conseguiu neutralizar o camisa 10 colorado D´Alessandro que sucumbiu nos volantes do time carioca, colocou Rafael Sobis para cair nas costas Kleber e sendo assim neutralizando o lado mais criativo. Dorival mexeu mal ao retirar D´Alessandro e colocar Zé Roberto pois Oscar vinha fazendo uma partida comum pra menos, errou um gol que não se pode errar em uma partida desta magnitude e o principal tinha muito mais liberdade que o gringo. Andrezinho com seu novo corte de cabelo foi muito mal no jogo de hoje como no corte anterior...
Mais uma vez o sistema ofensivo do time colorado não foi bem... Assim deixando órfão o Leandro Damião que não recebeu uma misera bola para arremate e mesmo assim deu o passe do gol para Oscar. A zaga se comportou bem Moledo fez uma grande partida, Juan foi bem até cometer a bobagem que resultou na sua expulsão. Bem verdade que o Inter não jogou contra o time da Padaria, jogou com um time bem escalado e que faz o que o técnico manda, tem qualidade e uma grande torcida Chico Buarque que o diga.
                    Mas nem tudo é horrível. O amor no futebol ainda existe e a torcida da Padre Cacique foi o maior exemplo disso hoje nesta linda tarde de domingo pois as pessoas compartilharam a tensão do pré-jogo comentando os resultados paralelos, no drama no desenrolar dos 90 minutos e na dor da derrota. Sim todos unidos em uma só emoção... Na raiva do juiz, do Edinho e do juiz novamente. Mas teve momentos de alegria no gol quase feito onde todos batem palmas e incentivam o jogador, no carrinho do Guiñazu, no carrinho do Nei, e claro no sublime momento do gol... Um torcedor se agarra na  torcedora que nem sabia seu nome, signo ou se era casado pouco importa eles estão usando a camisa do mesmo time, gritando junto e a reação esboçada em um ápice resumido em um longo abraço e depois tudo volta ao normal...
Portanto o futebol nada mais é que um relacionamento de amor do torcedor com seu time e fico muito feliz em ter relatado isso hoje no Beira-rio infelizmente em uma derrota. Mas o futebol ainda pode ser romântico, a "paixão" existe ainda está lá... E sim para o bem de todos o amor existe... Não só no futebol...

Destaque: Rodrigo Moledo foi muito bem  alias hoje ele foi acima da media. A torcida colorada também foi o destaque deste jogo.

Decepção: Oscar foi mal no jogo e não é de agora que isso é relatado, Juan foi mais uma vez foi criança e alguém tem que avisar a ele que agora está jogando entre os profissionais.

* A raposa saiu na frente e depois tomou uma "chapoletada" do Flamengo que terminou com o placar elástico de 5 gols a favor do time carioca contra um da raposa mineira que está em uma situação muito delicada e com certeza todos vão acordar com a ressaca de ver o time na zona do Z4.

**O Avaí "foi"... Com a derrota em casa para o Ceara deixou o time de Guga mais afundando na zona da desgraça e os funcionários já estão pegando a tabela da serie B do ano que vem. Tudo é possível no futebol  e a esperança aos poucos vai morrendo... Porém a briga de quem vai jogar a Segundona de 2012 está cada vez mais imprevisível.

*** Não esperava a vitoria do America-MG que deixou o povo da fiel enlouquecida...

Pergunta: A dupla GRENAL terá alguém na seleção do brasileirão deste ano?

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Vergonha

Fiasco nas arquibancadas do Olímpico. Parafraseio a torcida do Flamengo: "e ninguém cala/esse chororô/chora o corneteiro/chora o barra-brava/chora o secador". Lamentável o que aconteceu ontem. Nem vou falar de como as coisas sucederam dentro do campo, é irrelevante. Pena que o clube Grêmio Foot-ball Porto Alegrense não motiva tanto seu torcedor quanto um ex-ídolo. Torcida de time pequeno, merece receber Anapolinas e Náuticos até o fim dos dias. Parabenizo por antecipação aqueles que irão ao jogo contra o Palmeiras, e os que foram a jogos contra Avaí, América Mineiro, Bahia... Estes sim vão ao Olímpico porque o GRÊMIO está em campo. Os demais, principalmente os que foram apenas contra o Flamengo, ou melhor, contra o Ronaldinho, merecem o mesmo desprezo destinado ao craque rubro-negro.

domingo, 30 de outubro de 2011

Vitoria...

Vitoria... Mais 3 pontos para a conta do time colorado. O Inter neste domingo não fez uma grande partida... Tampouco deu espetáculo mas "venceu" e fez a sua parte coisa que não acontecia. O Inter mesmo sem seu camisa 10 D´Alessandro, Nei e Moledo conseguiu voltar para casa com a "vitoria" nome de menina formosa, fogosa, apetitosa e outros "OSA´s" mas muito diferente de tantas "belas vitorias" essa foi magrinha, sem graça, quase sonolenta... Mas não importa... O importante que o Inter teve atitude, bravura de um adolescente do segundo grau e assumiu a sua "vitoria" e pegou pela mão sim pela mão atravessou a sala de aula e por surpresa do Inter ela não se intimidou e finalmente conseguiu voltar para casa com ela... A vitoria claro... Pois como um adolescente indeciso o Inter chegava, dava 3 beijinhos e ia até esquina e nada... nada... e assim ficou por muitas rodadas amargando esse sofrimento... Mas hoje não hoje o Inter conseguiu... Quando todos já esperando por mais um dia de amargura o Inter se "ajudou"... Sim ajudou a "si próprio" que é a melhor ajuda que se pode ter... Quando isso acontece tudo fica mais fácil.
E o bom lateral Kleber foi o que colocou o basta nesse "drama juvenil"... Lembrou-se dos tempos de Santos e se ajudou também passando o meio campo e se "atrevendo" a chutar que é uma de suas qualidades assim fez o gol recebendo a bola do menino Oscar que chegou hoje da seleção sub-20 diferente de suas ultimas apagadas  atuações . Damião voltou ainda sem embocadura mas mesmo assim mostrou mais serviço que o Jô deixando mais tranquilos os colorados para a decisão do próximo domingo no Beira-Rio.
Portanto mais do que nunca a nação colorada vai encher o Beira-Rio e fazer "rugir" para essa decisão contra o time do Fluminense, apoiar do começo ao fim e conquistar a vaga para a competição mais charmosa das Américas...

* Ruindade... Somente essa palavra pode descrever o time do Avaí que mais uma vez levou uma virada e com isso se afundou ainda mais... a esperança é a ultima que morre...E a cada rodada ela respira cada vez menos.

Destaque: Dorival. Sim com Dorival o Inter conseguiu obter um padrão de jogo. Evoluiu taticamente, tecnicamente e o mais importante a "ATITUDE". Dorival é ousado e não têm medo de vencer... Kleber foi muito bem assim como todo o sistema defensivo do colorado.

Destaque negativo: O sistema ofensivo do Inter não jogou bem... Oscar foi bem e nada mais, Andrezinho faz sempre o mesmo feijão com arroz e isso é pouco para as pedreiras que vem pela frente.

Pergunta: Guinãzu merecia ser convocado para a seleção argentina?

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Derrotado e invencível

O Apertura '11 nos reserva uma das situações mais peculiares nos últimos tempos, em se tratando dos principais campeonatos nacionais. O tradicionalíssimo Racing, clube do qual este blogueiro é um hincha distante, faz uma das campanhas mais curiosas da história do torneios curtos na Argentina, tendo empatado oito [!] vezes, em 12 partidas disputadas, mantendo-se invicto, na 3ª posição, com 20 pontos, oito a menos que o líder Boca Juniors. Esta sequência se solidifica à medida que o time não consegue se impor, ou transformar sua superioridade em gols, dentro do Cilindro de Avellaneda, uma vez que no mundo ideal, a combinação vitória em casa + empate fora serviria para praticamente dar taça a qualquer time.

O último empate da série aconteceu na noite de ontem, no Juán Domingo Perón, contra o também postulante ao título Lanús. Infelizmente pude acompanhar ao vivo apenas o 2º tempo do jogo, devido a compromissos acadêmicos, mas posteriormente assisti aos melhores momentos do 1º tempo, e posso garantir: canonize-se o goleiro[aço!] Marchesín, responsável direto pelo empate em 1-1 - não fosse ele, teríamos presenciado uma goleada histórica, com menção honrosa a trave, outra avalizadora do empate. Grande atuação de Giovanni Moreno, aos poucos voltando a ser o comandante de L'Academia, como sua imensa categoria lhe permite. O colombiano deu muito trabalho ao goleiro granate, principalmente em bolas paradas; no 1º tempo foram 2 cobranças de falta na trave, fora chutes de longe.

Destaco aqui a péssima atuação do árbitro Delfino, que, aliás, não é a primeira vez que o vejo interferir diretamente no resultado de uma partida. Que arbitragens mais lamentáveis que vemos tendo neste ano, sem favorecer ninguém premeditadamente, é tão somente ruindade dos homens do apito. Ontem, Delfino marcou um pênalti absurdo a favor do Lanús, quando Pelletieri cortou com a cabeça um chute do uruguaio Regueiro, e o árbitro inexplicavelmente marcou toque de mão. Valeri bateu forte, no meio do gol, quase-quase Saja consegue fazer a defesa, mas não deu, Lanús 1 a 0, aos 16'. Daí em diante, como já acontecia anteriormente, só deu Racing, que empilhou chances de gol, consagrando o goleiro do Lanús.

Schurrer ajustou bem o sistema defensivo, entretanto deu o seu campo para o livre trabalho do time local, que criava sempre boas chances, alicerçado pela já ressaltada ótima atuação de Moreno, e pelos bons lances de Toranzo, Hauche e Pillud, fazendo com que os ataques racinguistas fossem concentrados pelo lado direito do campo. Entretanto, mais um erro crasso de Germán Delfino abalou as estruturas, principalmente do bem articulado time de Simeone: Camoranesi deu entrada criminosa em Toranzo, causando revolta dos jogadores do Racing. No meio do bolo, o ex-juventista ainda chutou a cabeça de Pato, que levantou no reflexo, dando a impressão de que reagiria; não reagiu, porém, ignorando o fato, Delfino prepotentemente puxou tarjetas rojas para os 2 jogadores.

Na segunda etapa, seguiu a pressão quase insuportável do time blanquiceleste, ao passo que, sem o escape de Camoranesi, os granate ficaram restritos ao seu campo. Moreno, com alto risco, seguia arquitetando as principais jogadas de ataque, até que aos 13', em ótima jogada de Hauche e Teo Gutiérrez, "El Demonio" aproveitou rebote do chute de Gio, e empatou a partida. Na sequência do lance, Izquierdoz foi expulso, por cair em uma catimba sem noção (e mesmo assim genial) de Gutiérrez, que deu um tapinha na cabeça do goleiro do Lanús. A torcida de La Academia reacendeu, transformando o Juán Domingo Perón em um caldeirão, mas, mesmo assim o aperto constante não deu em nada. Chutes de longa distância, gol feito perdido por Pelletieri, e ficou por aí.

O texto está sendo publicado com um pouco de atraso, tanto que a 13ª rodada já vem sendo disputada. Para variar, o Boca Juniors ganhou, em La Bombonera, 3-1 sobre o vice-líder Atletico Rafaela, com 3 gols de Blandi. Os xeneizes já enxergam longe os concorrentes, com 9 pontos de vantagem sobre o time de Rafaela. O Racing volta a campo hoje, podendo ficar a 8 pontos do líder, isolado na 2ª posição. La Academia vai ao Centenario de Quilmes enfrentar o lanterna Estudiantes de La Plata, as 19h05, no horário local (20h05, no horário de verão brasileiro). Infelizmente não poderei acompanhar nada desta 13ª rodada do Apertura, caso queiram saber mais detalhes, recomendo o ótimo portal Futebol Portenho, que cobre com extrema qualidade o futebol argentino.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Postes, cachorros e caminhos esburacados

Com um pouco de atraso, resolvo comentar alguma coisa, breve, sobre os 2 últimos jogos do Grêmio, que eu solenemente deixei passar batido aqui no blog. Coincidentemente, 2 partidas longe do Olímpico, nas quais o acompanhamento é sempre mais complicado, e qualquer diferencial buscado tende a cair na vala comum do que todo mundo lê e todo mundo ouve. Para um time que não disputa mais nada, 4 pontos em 2 jogos fora de casa, é excelente, considerando-se que falamos do Grêmio, tradicional leão em seus domínios e gatinho fora de Porto Alegre. Alguns me perguntariam, "tá, mas foi contra um time desinteressado e contra o lanterna do campeonato?". Claro que isto deve ser levado em conta, porém comemoro o fato de faltarem apenas 2 pontos para a salvação total. Embora eu crave aqui, em negrito, os rebaixados não terão mais de 42 pontos, logo, do Palmeiras para cima está todo mundo salvo.

O fator circunstancial das partidas foram inversos: o jogo em que o empate seria comemorado como goleada, resultou em vitória, surpreendente, diga-se de passagem; já a partida onde a vitória (e porque não a goleada) era tida como obrigação solene, acabou empatada, decepção em todas as esferas, principalmente entre os torcedores. Uma coisa em comum nas 2 partidas foi a postura retraída do time após adquirir vantagem no marcador, e as constantes invenções nas alterações, claro, tudo na conta do treinador, mais contestado do que nunca. Nesta semana, porém, ele será esquecido um pouco (pela maioria - este blogueiro não esquece, vocês verão...) devido ao jogo contra o Flamengo, mais específicamente contra Ronaldinho. Por mais que eu não goste deste cidadão, acredito que ele não mereça nada além do meu desprezo, e da mesma vaia que destinarei ao Welliton ou ao perna-de-pau do Deivid.

Nos Acréscimos
  • Uma curiosidade da rodada deste último final de semana, que foi uma tendência, foram os postes urinando nos cachorros (como colaborou, com a habitual maestria, meu amigo @lauro7), no sentido de times mais tradicionais pararem em ilustres figurantes. Segue uma breve lista, e conto com a colaboração dos leitores para recheá-la: Hannover 96 2-1 Bayern München, Queens Park Rangers 1-0 Chelsea, Man. United 1-6 Man. City, Avaí 3-2 Botafogo (neste caso, literalmente o cachorro foi mijado), além do monumental fiasco da seleção sub-sei-lá-o-quê do Brasil no Pan-Americano, que conseguiu a proeza de cair na 1ª fase -não, não era mata-mata- do torneio, levando 3 a 1 ao natural da Costa Rica. Vergonhoso!

Errata: a partida a ser acompanhada, entre Racing-Lanús, que eu mencionei que seria no domingo, será na próxima quarta-feira, mas segue a agenda da cobertura deste grande jogo do Apertura '11/12.

domingo, 23 de outubro de 2011

Lenda e querer não é poder...

Assisti apenas o VT do jogo entre Inter e Corinthians pois meu dever para com o ENEM deste fim de domingo foi mais forte. Mas o Colorado jogou bem e poderia ter saído com a vitória, não fosse a falha de Muriel em colocar apenas 2 (DOIS) jogadores na barreira e os méritos do excelente camisa 10 do Corinthians e ex-colorado Alex que com esse gol do meio da rua já fez valer seu investimento.
Dorival foi bem nas substituições, principalmente por adotar um critério que é a ousadia, que foi comprovada ao colocar João Paulo no lugar de Bolatti, tirou Andrezinho exausto e colocou o Tinga e, principalmente, ao tirar Oscar e colocar no jogo o Ilsinho. Assim Dorival mantém uma linha de raciocínio em suas formações táticas. Jô mais uma vez ficou somente no querer e sempre sem poder, caíndo cada vez mais no conceito do torcedor colorado... A luta pelo título virou "lenda" para esse ano... Agora o time da Padre Cacique deverá buscar pontos fora de casa, pois ainda é possível chegar a competição mais charmosa das Américas, a Libertadores. Certamente ficará mais difícil sem o D'Alessandro, Nei e R. Moledo, suspensos para o próximo jogo. Mas time que quer chegar na Libertadores não pode escolher adversário, e cada ponto perdido dentro ou fora do Beira-Rio é fatal.
Portanto, com a volta de Damião, o colorado pode sim chegar a essa vaga de Libertadores, e que conquiste esses pontos por agora para chegar vivo no última rodada, que é contra o Grêmio dentro do Beira-Rio. Dependendo do que acontecer até lá, o time da Azenha vai, como sempre, complicar a vida do colorado que tem que "fazer a sua parte", sem ficar dependendo de ninguém e partir para o "mano-a-mano" com o compatriota gaúcho em um GRENAL que vai sair faísca...

* O Ceará que fazia uma boa campanha vem descendo a ladeira e hoje está no Z4 para sossego da mineirada que vai dormir hoje com menos dificuldade.

Destaques: D'Alessandro, apesar de expulso, jogou muito e Nei, que vem jogando muito ultimamente.

Decepção: Jô ainda está muito inseguro para um 9....

Pergunta: Até quando o Inter vai postergar o contrato com a AG?

terça-feira, 18 de outubro de 2011

O Curioso Caso de Equi Miralles

Vem sendo bastante expostas na mídia, nas últimas semanas, as atribulações referentes à passagem do atacante Ezequiel Miralles pelo estádio Olímpico. Do altíssimo valor pago por ele, passando pela novela até sua chegada até o seu não-aproveitamento efetivo por Renato, Julinho e Roth, este último de quem mais se reclama, mas com quem o argentino teve mais oportunidades até o momento. E praticamente não as aproveitou. Foi um jogador que chegou altamente "hypado" do Colo-Colo, do Chile, trazendo no currículo a [relevante] marca de 34 gols em 2010, mas, mesmo assim criticado pela sua torcida, que em partes agradecia aos céus [e ao Grêmio] pela sua saída do clube. Um velho ditado nos ensina que a voz do povo é a voz de Deus...

Tenho o costume de acompanhar bastante as competições internacionais no futebol sul-americano, não me prendendo muito em torneios domésticos, então tenho pouco parâmetro das atuações de Miralles dentro no campeonato chileno. Algumas lembranças me remetem ao título do Everton, em 2008, com o atacante sendo extremamente decisivo e até chamado para a Seleção Argentina, e outras a alguns jogos do Clausura '09, maior momento de Miralles no futebol chileno. Entretanto, ao analisar um reforço, costumo ficar com as últimas impressões do atleta que está chegando, sendo bem simplista, quem gosta de passado é visitante de museu. E, como cantava o grande Cazuza, "o teu futuro é duvidoso, eu vejo grana, eu vejo dor".

Porque foi uma nota [azul,] preta [e branca] que o Grêmio investiu no argentino de 27 anos, natural de Bahía Blanca, mais específicamente US$ 2,5 mi. Estudo Administração, focando bastante nas matérias financeiras, e um princípio básico, quase banal, nos diz que "enquanto maior o risco, maior a possibilidade de retorno", e um valor relevante, como o que foi pago por Miralles, sempre levará o risco de ir por água abaixo. Infelizmente foi, e podem me taxar de ser sem paciência, de ser defensor do Roth, de ser anti-argentinos, do que quiserem. Se eu faço um investimento acima da média, e [pior!] acima das minhas possibilidades, o mínimo que eu espero é que ele dê um retorno aceitável, o que nunca aconteceu.

Nos primeiros jogos é compreensível que se tenha paciência com o cara, ainda mais sendo estrangeiro, com todas as questões de adaptação. Aí vou ver o caso de outros 2 argentinos que vieram do Chile: Darío Conca e Walter Montillo, que pegaram as camisas de Vasco e Cruzeiro, respectivamente, e já saíram jogando em alto nível, e, garanto que não tenham custado tanto quanto o overrated Miralles. Desde o início tinha suspeitas sobre a expectativa de desempenho do argentino, queria que minha língua fosse torrada em chapa a mais de 300°C, mas infelizmente eu estava certo - mais um espécime de Herrera, muita disposição física, pouca disposição técnica e nenhuma disposição tática.

Fico chateado, pois foi um erro de avaliação [entre tantos outros] do meu correligionário Antônio Vicente Martins, desta vez por absoluta pressão de uma torcida impaciente pelos maus resultados do 1º semestre, e que estava sedenta por reforços [ou cabeças rolando - como aconteceria mais tarde]. E mais chateado ainda, pois o jogador não conseguiu se manter valorizado o suficiente para servir como moeda de troca em futura negociação, ou algo do tipo. Sim, por mais absurdo que pareça, tenho convicção que o atleta se desvalorizou dentro e fora de campo. Escudero, por exemplo, ficou muito mais tempo no freezer, se manteve pianinho, mostrou futebol e se consolidou na titularidade.

Muitos torcedores argumentam que os outros jogadores de ataque são insuficientes; concordo, e digo mais: Miralles é o menos pior dos atacantes gremistas, mesmo com todos os seus defeitos. Entretanto a relação custo/benefício do atleta é lamentável, em comparação aos demais, se o argentino tivesse custado o "par de meias" [créd.: @lauro7] que custou Diego Clementino, por exemplo, eu estaria satisfeito e diria, "pô, esse cara até que pode ser um bom reserva, alternativa interessante para meter uma correria de 2º tempo". Contudo, Clementino chegou no clube, aproveitou a boa fase do time, entrava nos jogos e metia gols - contra São Paulo e Atlético/PR; Miralles teve chances contra times mais fracos e marcou apenas contra o América/MG, sendo imbecilmente expulso nesta partida.

Finalizando, aos que culpam Celso Roth por esta situação: para 2012 eu quero Roth, Miralles, Clementino, entre outros, bem longe do estádio Olímpico. Mas em 2011 estes são os que tem, e os que treinam e jogam melhor devem ser escalados. Não gosto de acompanhar treinos, sou da teoria que jogador se escala no campo - considerando isto, Miralles tem rendimento inferior a todos os outros atacantes do elenco, quando entra me lembra aqueles fominhas de pelada de final de semana, pega a bola, baixa a cabeça e, ou tenta driblar o time adversário inteiro, ou tenta um chute [invariavelmente horrível] da intermediária. O argentino ficará até o final do ano, e neste meio tempo eu duvido que ele desmentirá os críticos. Podem me cobrar.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Muchas gracias!

Algumas coisas são sensacionais no futebol. No Clausura passado o Belgrano, de Córdoba, como todos sabem, foi o coveiro do Club Atletico River Plate, consolidando o descenso do maior campeão da Argentina para a temível Primera B Nacional. Ontem, este mesmo Belgrano foi enfrentar o Boca Juniors, maior rival Millonario, no mítico estádio de La Bombonera. A barra La 12 tem uma faixa onde se lê "Nunca hicimos amistades", ou algo assim. Pois bem, o clima era de confraternização total entre os torcedores xeneizes e do Pirata, graças aos históricos acontecimentos do mês de junho, ou melhor, de agradecimento por parte dos hinchas de Boca, por proporcionar uma temporada inteira de galhofas intermináveis para cima de seu tradicional inimigo.

No torneio atual, era o confronto do líder absoluto, que tinha nas mãos a chance de abrir 8 pontos sobre seus principais concorrentes, depois de 11 rodadas (!!) transcorridas, botando uma mão e 2 dedos na taça, contra um time recém-promovido, que faz campanha bastante digna, e que, na opinião deste blogueiro, joga o futebol mais eficiente na Republica Argentina neste Apertura, além de ter desempenho impecável fora de casa, estando invicto (3V, 3E). A promessa era de um jogo acima da média do torneio, que vem apresentando jogos lamentáveis, entretanto, Boca Juniors-Belgrano caiu no lugar comum deste Apertura: jogo morno, com muita transpiração, pouquíssima inspiração de parte a parte e 0-0 cravado no placar.

O maior destaque da partida, sem sombra de dúvida, foi o goleiro Olave, figura importantíssima na campanha do Ascenso e, principalmente, na Promoción. Sempre seguro nas intervenções, ainda fez um verdadeiro milagre na 2ª etapa, salvando conclusões de Cvitanich e Blandi, na mesma jogada. O Boca Juniors vive, há 10 anos (exceto o período entre 2003 e 2006), uma síndrome de Riquelmedependência. Todas, eu disse todas as jogadas precisam passar pelos pés de Román, para que haja alguma possibilidade de sair algo que preste. Com o craque apagado, ou com má vontade, praticamente nada acontece ofensivamente, a estrutura é preparada especialmente para o brilho do #10 xeneize.

A linha ofensiva do Boca me parece insuficiente ao extremo, mesmo que Viatri e Mouche tenham sido (inexplicavelmente) chamados para a disputa da Copa Roca. Com a contusão gravíssima de Viatri (rompeu ligamentos do joelho e fica fora por 6 meses), praticamente não há alternativas - Mouche, em uma dupla com maior mobilidade com Cvitanich, é uma tendência, embora Blandi e Fragapane não possam ser descartados, mesmo que o último seja muito jovem. O time segue invicto, o sistema defensivo funciona muito bem com a linha Roncaglia-Schiavi-Insaurralde-Clemente Rodríguez e com a proteção de Somoza, tanto é que o time tem a melhor defesa, com apenas 2 gols sofridos.

A tendência é que o Boca caminhe para o título, que não vem desde o Apertura 2008, mesmo com todas as dificuldades, uma vez que Riquelme é um fator desequilibrante que nenhum outro clube no país possui. Do Belgrano eu venho gostado, desde a disputa da Promoción contra o River, tem um sistema de jogo muito bem definido e azeitado por Ricardo Zielinski, e jogadores com qualidade para estar em times grandes da Argentina, como Cesar "El Picante" Pereyra, Lucas Parodi e, principalmente, Franco Vázquez, este já negociado com o Palermo, da Itália. Sigo torcendo para que continue com esta campanha digna, considerando o equilíbrio que é a tônica atual no futebol argentino.

O outro invicto do Apertura é o Racing, de Avellaneda, que empatou pela 7ª vez em 11 jogos (!), mas é vice-líder, junto com o Atletico de Rafaela, ambos com 19 pontos. No sábado o time dirigido por Diego Simeone empatou fora de casa contra o fraco San Martín, de San Juan. Mesmo mostrando um futebol mais plástico que os demais concorrentes, La Academia não convence, e a volta de Giovanni Moreno parece ter prejudicado o time. G10 é um jogador de extrema qualidade técnica, me lembra muito Rivaldo, só que por vezes demasiado individualista, o que acaba prejudicando suas atuações. A lesão de Toranzo, ponto de equilíbrio do time, é outro fator relevante, pois não há a ligação de Yacob e Pelletieri com os armadores Moreno e Castro (Viola, na partida de sábado), uma vez que em seu lugar vem jogando "El Demonio" Gabriel Hauche, atacante de lado de campo, que apenas compõe a banda direita nos lances ofensivos e defensivos. Na próxima rodada, o acompanhamento deste blog será justamente no jogo do Racing, que receberá o Lanús no domingo, as 21h15, no Cilindro de Avellaneda.

domingo, 16 de outubro de 2011

O Tango regido por D'Alessandro...



Nesta bela tarde de domingo o Inter venceu o desesperado Avaí. Não precisava ter levado o sufoco que levou, mesmo sendo para um time que luta com todas as forças para não cair. O time catarinense tomou a frente do placar duas vezes, e isso dentro do Beira-Rio não pode se repetir. Mas o 4-6-0 continua a perturbar os colorados... Entendo que certos jogadores podem sim fazer a função determinada pelo treinador mesmo não sendo a de sua origem. Um grande exemplo é o jogador Ilsinho, que de lateral passou a ser meia... Mas não creio que a virada colorada tenha passado por esse esquema e sim pelo enorme talento do 10 colorado...

D'Alessandro fez uma grande atuação, digna de um maestro... Daquelas que deve ser lembrada... mesmo com o placar adverso, o argentino chamava a responsabilidade tornando-se mais dono ainda do time da Padre Cacique. Leandro Damião é destaque colorado em 2011, não há duvidas, e vai render muitos euros aos cofres do colorado, mas D'Alessandro é referência técnica do Inter...
Hoje o Inter venceu no sufoco e sem atacante... Jô, mais uma vez, teve uma atuação fraca; não falta vontade ao jogador, que divide bola com os zagueiros sem medo, mas isso não é o suficiente... Falta futebol...
Dorival têm um grande problema: Jô não corresponde, Dellatorre deu um retorno fraco, Lucas Roggia é um mistério assim como Siloé mas uma coisa é certa sem atacantes fica mais difícil de fazer gol...
Hoje foi contra o Avaí, na próxima partida será contra o Corinthians e a dificuldade será maior... Mas o que conta são os três pontos na tabela e o Inter conseguiu de um jeito bem como um "tango a moda" argentina intenso, dramático e muito sofrido...

* O Cruzeiro vive uma situação muito delicada, mais agravada ainda com derrota para o Corinthians e dependendo dos resultados da próxima rodada pode acabar na Zona da Morte. A Raposa precisa reagir para não ter que enviar a sua documentação para o próximo ano com o carimbo da Série B.

Destaque: O maestro D'Alessandro que orquestrou a virada colorada, R. Moledo jogou muito bem assim como João Paulo.

Destaque Negativo: Jô mais uma vez jogou nada e vai torrando seus créditos com a torcida colorada, M. Bolatti ficou abaixo de sua boa média assim como Andrezinho.

Pergunta: D'Alessandro têm lugar na Seleção do Brasileirão deste ano?