quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

#finalcancheira

O esqueminha nada discreto ali abaixo vai ser o nosso instrumento de transmissão da final da Taça Piratini, entre Novo Hamburgo e Caxias. Estão todos convidados para comentar e participar deste momento inédito (e histórico) do Vida Cancheira. As 21h30 a transmissão será aberta, com possibilidades de comentários no CoverItLive, e tweetadas com a hashtag #finalcancheira.

200 milhões de treinadores

Na noite de ontem, após chegar da faculdade, fui assistir aos melhores momentos do amistoso da Seleção Brasileira que aconteceu à tarde, contra a Bósnia. Quando vi o time de Mano Menezes escalado em um 4-3-3 com 3 volantes e Ronaldinho Gaúcho como atacante - desisti no mesmo instante. É profundamente lamentável que a nossa seleção, a 2 anos da Copa do Mundo, esteja refém de determinados nomes na hora das convocações, cada chamamento do nosso técnico é um mais do mesmo impressionante. Acabei vendo os gols do jogo, sendo que o gol da vitória brasileira foi contra, no último minuto. Beleza, a Bósnia está em desenvolvimento futebolístico, tem bons valores como Dzeko, Pjanic e Misimovic, mas não se compara ao potencial que o futebol brasileiro tem. Difícil, pessoal, muito difícil fazer uma análise decente neste momento, não temos uma base de time formada, nem visando a Copa, tampouco as Olimpíadas de daqui a 6 meses. A intenção aqui é breve, quase uma sugestão intrínseca no título, pois todos nós temos um pouco de técnico da seleção. Qual seria a seleção que os leitores convocariam e escalariam atualmente?

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Atraso ridículo!

O que está acontecendo no Beira-Rio por causa da construtura Andrade Gutierrez e sua falta de profissionalismo é algo para se pensar e muito. Primeiramente a empresa demora a assinar o contrato onde ela é quem vai prestar um serviço para o seu cliente Sport Clube Internacional que abriu uma concorrência onde a Andrade Gutierrez se candidatou, venceu e porque venceu? Pelo simples fato de ser uma gigante no segmento a nivel mundial e ter facilidade em conseguir o credito junto ao BNDES por simplesmente ter GARANTIAS suficientes para tais projetos. Afinal somente em 2011 a empresa AG obteve um lucro de 18 Bilhões de reais sim isso mesmo BILHÕES. No sábado dia 25/02 a empresa AG publica uma nota dizendo que o Banrisul está dificultando o processo e este rebateu com seu presidente Túlio Zamin declarando que a empresa AG não tem garantias suficientes para a realização do projeto. Como assim não tem garantias? Afinal a AG pediu 240 milhões de reais ao BNDES e o Banrisul é apenas o agente do BNDES que repassa o dinheiro porém em caso de "calote" quem fica com o prejuízo é o Banrisul. Por isso o Banrisul faz certo em exigir as garantias. Outra pergunta como uma empresa que lucra 18 Bilhões não tem como apresentar garantias suficientes para um empréstimo de 240 milhões? Esse valor pedido não representa nem 0,5% do seu ultimo faturamento! Indo pela logica a empresa alega ter investidores para ajudar a bancar o projeto, fora o que o Inter já fez na obra e o dinheiro da venda do estadio dos Eucaliptos que será entregue a AG ajudando no capital então qual será a parcela da AG em dinheiro neste projeto? Porque ir atras de tantos investidores "mundo a fora" e pior investidores que não tem garantias? A empresa AG não poderia arcar sozinha com as tais garantias? Ou NÃO QUER obter o risco? Existe uma máxima na administração: "Não existe investimento sem uma margem de risco". A AG não que sofrer riscos,  quer minimiza-los ao máximo e age corretamente mas com 0% de risco em um investimento dessa magnitude até eu quero! A AG está pensando em apenas numa parte da brincadeira chamada LUCRO e não age errado apenas esqueceu da outra parte a do RISCO! Isso é inadmissível para uma empresa deste porte. Alias nem a padaria do Tio Zé age assim com tanto amadorismo! Foi um erro da AG em avaliar o custo/beneficio que teria fazendo a reforma do Beira-Rio se não é o que a empresa pretende para suas metas porque se candidatou? Porque demorar 250 dias para ver isso? Mas o que mais espanta é a inatividade de seus gestores em tentar esclarecer e resolver está confusão que só piora a credibilidade e a imagem da empresa. Nesta tarde os diretores da AG se reuniram com o Banrisul e nada foi resolvido! O presidente do Internacional Fernando Luigi recebeu uma informação que terá até o dia 31/03 para resolver a questão do contrato porém este recebeu a informação da pior maneira possível via imprensa porque o senhor José Fortunati não comunicou nada a quem deveria ser o primeiro comunicado o Inter.
É muito amadorismo em todos os lados! Pergunto mais, cadê as obras de infra-estrutura para Porto Alegre que será deixado como legado do evento COPA DO MUNDO FIFA 2014? O aeroporto Salgado Filho está jogado as traças, o tal metro em qual parte do processo esta? Porto Alegre perdeu a Copa das Confederações e não pode pagar o vale em escala mundial de perder os jogos da Copa do Mundo. Como gaúcho não importo que a COPA seja realizada na ARENA do Grêmio. Pois não é hora de "GRENALIZAÇÃO" (termo muito bem usado pelo colega Jhon Tedeschi) isso não nos levará a lugar nenhum! Desde que as obras de infra-estrutura sejam feitas pois sem estas obras sinceramente não encontro motivos para a realização da Copa do Mundo em Porto Alegre.
Portanto Porto Alegre está sim correndo risco de perder a Copa do Mundo não por falta de estadio pois acredito na Arena do Grêmio pronta muito antes de 2014 mas sim pela inatividade dos governantes deste estado que deixaram a situação chegar a essa ponto sem obras para a cidade, continuando um briga politica ridícula que não leva a lugar algum e pior só nos atrasa em todos os sentidos.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Eu vivi para ver!

Pela primeira vez em muito, muito tempo, o Gauchão terá ao menos uma final de turno com times do Interior do Estado! Sem clubismo, comemoro este resultado como se fosse uma vitória do próprio Grêmio, pois mostra a força do nosso futebol, esfregando na cara de muita gente que acha que só há futebol em Porto Alegre. A SER Caxias é o primeiro e merecedor finalista da Taça Piratini, vencendo o Grêmio na disputa de pênaltis após empate em 1 gol no tempo regulamentar. Em um final de semana com Festa da Uva em Caxias, gente que ainda não voltou do Litoral, e ingressos caros, um Centenário com quase tantos gremistas quanto grenás viu um ótimo jogo de futebol, com algumas boas alternativas e muita correria.

O início do jogo foi promissor para o Tricolor de Porto Alegre, visto que o Caxias preferiu uma postura mais retraída, esperando o time do estreante Vanderlei Luxemburgo, que fizera uma alteração na equipe, em relação àquela que venceu o Gre-Nal na quarta, com o ingresso de Marquinhos na vaga de Léo Gago. Fazendo a bola girar, preferindo jogar pelo chão, o Grêmio impôs um maior volume de jogo nos primeiros minutos, sem aquela intensidade do último jogo, porém com maior posse de bola. No entanto, chances de gol não eram criadas, e as únicas claras foram em contra-ataques: um "aos trancos e barrancos" proporcionado pelos caxienses, que Kléber desperdiçou (digamos que Paulo Sérgio salvou), e outro que Fernando recebeu sozinho na área, e preferiu o passe quando o chute era a única opção plausível.

O time grená aos poucos foi se soltando, principalmente fazendo a bola chegar no seu camisa 10, Wangler, canhoto de muito boa qualidade na armação, que cavou algumas faltas ao redor da área, além de organizar bem a equipe. No ataque, Vanderlei jogava por ele e por Caion, que esteve desaparecido nesta tarde de domingo. Sozinho conseguiu criar oportunidades, e dar trabalho a Victor. Fabinho, que era bem controlado com as investidas de Gabriel e Marcelo Moreno as suas costas, não conseguia ser uma das ótimas opções que o time possuia nos jogos anteriores. O primeiro tempo se seguiu de forma arrastada, com muita correria, muita marcação, e muitas, muitas faltas. Algumas delas até desleais, mostrando certo nervosismo em certos jogadores, especialmente Kléber, no Grêmio, e Lacerda, no Caxias.

Na 2ª etapa, o Caxias passou a gostar ainda mais do jogo, se aproveitando do fato de que a marcação gremista parecia confusa na meia-cancha, principalmente por conta da péssima atuação de Fernando, uma espécie de Adílson negro. Marco Antônio e Marquinhos ocupavam os mesmos espaços, dificultando a compactação, onde apenas Souza parecia ter alguma lucidez, inclusive tendo espasmos ofensivos, e emulando o lateral-esquerdo que Júlio César não foi no jogo. Entretanto, no momento em que o time de Paulo Porto mais se sentia a vontade no gramado, o Grêmio fez uma transição de ataque muito qualificada, terminando com a assistência de Marco Antônio para Kléber, que fez gol de um legítimo centroavante (que Marcelo Moreno também não foi, apesar da luta constante).

Aí, então, foi o Tricolor quem começou a tomar conta do jogo. Não que grandes chances de gol tenham sido criadas, mas o controle estava definitivamente com o Grêmio. Mas, claro, um jogo eliminatório só termina quando o árbitro apita o final, por mais que um time esteja melhor, a corda precisa estar esticada o tempo todo. O Grêmio seguiu marcando muito forte, empilhando cartões amarelos - assim como o Caxias -, e, em uma destas faltas, o Caxias achou o gol de empate. Bola erguida da direita, Naldo e Gilberto Silva pularam pouco, e o recém-ingressado Marcos Paulo, de apenas 17 anos, fez o gol que levaria a decisão para os pênaltis. Victor ainda faria defesa assombrosa em testaço de Lacerda, após escanteio, e evitou a vitória grená ainda no tempo normal, o que não teria sido nenhum absurdo.

Nas penalidades máximas, não há parâmetro de análise, vence quem estiver com o pé melhor calibrado, ou quem tiver o goleiro mais competente (ou sortudo). E nestas horas os herois aparecem. O goleiro Paulo Sérgio, que foi pouquíssimo exigido nos 90', pegou a 4ª cobrança gremista, de Marco Antônio, e fez o gol que decidiu a série em 5-4. Caxias na final da Taça Piratini, com todos os méritos, especialmente por ter tido a melhor campanha na 1ª fase do turno, juntamente com o ótimo Novo Hamburgo, que terá minha torcida no jogo de logo mais contra o Juventude. Fico muito feliz pelo futebol do Interior, que finalmente decidirá um turno do Estadual, e terá seus instantes diante dos holofotes. Que os dirigentes da alta cúpula da FGF olhem com um pouco mais de carinho para os "quadros chicos" do RS.

Antes do Esquecimento
  • Em um jogo impressionante, o Liverpool ganhou, no início da tarde de hoje, a Carling Cup, a Copa da Liga Inglesa. Enfrentando em Wembley a zebra Cardiff City, do País de Gales, o time de Dalglish teve imensas dificuldades contra um time da Championship. 1-1 no tempo normal, mais um empate em 1 gol na prorrogação, com o empate do Cardiff saindo aos 13' do 2º tempo, tendo muitos jogadores mancando e com cãimbras no campo. A vitória dos Reds veio nos pênaltis, por 3-2, com os jogadores errando a metade das 10 cobranças feitas.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Surpresa + superação = semi-final!

O título já busca dizer tudo, o resultado nesta noite de quarta-feira de Cinzas é absolutamente surpreendente, em muitos aspectos, desde o resultado até algumas atuações individuais. É um clichê dizer que Gre-Nal serve para arrumar a casa, mas, o clichê entrou em campo, vestiu a camisa azul, preta e branca, e eliminou o Internacional, em pleno Beira-Rio. O Gre-Nal 391 foi de altíssimo nível, com as 2 equipes jogando um futebol de muita qualidade, dispostos a eliminar o rival e ganhar a vaga nas semi-finais da Taça Piratini. Deu Grêmio, com força de vontade, com raça, e, sobretudo, com merecimento embasado em um ótimo futebol, tudo que faltou nos 8 jogos anteriores do time na temporada 2012. No domingo, o Tricolor vai a Caxias do Sul enfrentar o Caxias, para disputar vaga na final do turno, enquanto o Inter se concentra apenas na Libertadores.

O início do jogo foi algo assustador, até mesmo para mim, sentado em frente a televisão, com o time de azul se multiplicando em campo, não deixando os de vermelho jogarem e, acima de tudo, jogando. Confesso que me irritei por antecipação com o Roger, por ele ter escalado Marco Antônio, entretanto, na falta de outro, o camisa 11 foi para o jogo. O setor mais criticado do time nos jogos anteriores, a meia-cancha, parece ter se transformado em 4 dias, ou melhor, em 2 treinos. Mão do treinador, que simplesmente anulou os pontos fortes do time Colorado, sobretudo Oscar e D'Alessandro, ambos de atuações apagadas. Léo Gago, Souza e Fernando foram verdadeiros monstros no time gremista, imprimindo fortíssima marcação, e fazendo o jogo fluir, dando liberdade para Marco Antônio.

As chances de gol vinham sendo criadas, tanto em chutes de fora da área, quanto em infiltrações. Muriel não trabalhava, mas era constantemente assustado pelo ataque gremista, e esta situação seguiu até 2/3 do 1º tempo. Neste meio tempo, inclusive, Léo Gago abriu o placar, aproveitando rebote de cobrança de falta de Marco Antônio, e contando com a sorte de a bola bater no poste esquerdo e nas costas do goleiro do Inter. Controle total do time de Roger, que provava, mais do que nunca, que clássico é clássico, não importa a situação. Até que uma falha comprovou a tese, pois em clássico não se pode falhar como Fernando falhou. Um passe errado, e um contra-ataque fulminante do Inter decretaram o empate. Roubada de Dagoberto e posicionamento perfeito de Leandro Damião, que tirou com classe de Victor.

O intervalo chegou com a igualdade no placar, e a teórica injustiça em campo - mas, eu e você, leitor, sabemos, que a justiça não entra em campo no futebol. E o 2º tempo começou do mesmo jeito que terminou o 1º, com superioridade do Grêmio, e com o Internacional buscando a reação. O volume de jogo Colorado aumentou, D'Alessandro e, principalmente, Oscar entraram no jogo, e as ameaças começaram. Contudo, a situação se desequilibrava para o time de Dorival Júnior, a medida que as más atuações de Élton, Bolatti e Sandro Silva - ambos reservas - acentuavam-se. Devo dizer que Guiñazu e Tinga fizeram muita falta, o Inter não teve cobertura, e Élton e Kléber se viam no mano-a-mano com Kléber (o Gladiador) e Marco Antônio (de impressionante boa atuação). O Gladiador, aliás, é um capítulo à parte...

Chamou a responsabilidade, no duelo dos "brigões", levou a melhor contra D'Alessandro, lutou, marcou, deu carrinhos, chamou faltas (e não cavou, como nos últimos jogos) e criou chances de gol, seja chutando, seja assistindo os companheiros. Como cereja do bolo, justificou o meio milhão de reais ganhos por mês fazendo o gol do período, o que eliminou o maior rival gremista do 1º turno do Gauchão. Lá pelas tantas, Dorival Júnior se enervou, desmontou o esquema com 2 volantes, e fez ingressarem João Paulo e Jô - atitude estéril. O técnico do Inter seria expulso no final da partida, de tanto reclamar nos ouvidos do assistente Altemir Hausmann. Aliás, a arbitragem foi muito discutível; eu, pessoalmente, não gostei da atuação de Fabrício Neves Correa, que eu considero um dos piores árbitros do RS.

Não por nada, mas algumas faltas não marcadas para os 2 lados, permissividade com as "matanças" de contra-ataques, sem a aplicação de cartões, vão minando a paciência dos jogadores, consequentemente o controle do jogo - entretanto, o placar não foi afetado pela (fraca) atuação do juiz, e ponto final. Credito a vitória gremista ao poder de superação, força de vontade e aplicação, certamente motivadas pelo técnico interino Roger Machado, e não a uma má atuação do Inter, que não foi permitido que jogasse seu melhor futebol. Mesmo assim, foram criadas chances pelo lado vermelho, com Victor salvando gol certo no final, e Oscar perdendo gol feito. Foi um clássico de ótimas alternativas, e de grande futebol, uma prova de fogo para ambas as equipes, na qual o Tricolor foi mais incisivo e preciso. E que siga o baile.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

O médico ou o monstro?

Durante o feriado de Carnaval, quem cobre Grêmio, ou se importa com as coisas do clube, tomou um cansaço sensacional. Primeiro, foi a derrota no sábado à tarde para o São José, abaixo de um calor insuportável, o que no contexto atual já virou empecilho - de pensar que este é o 1º clube que disputou uma partida sob neve na história deste país... Pelo que consta, logo após o jogo a decisão estava tomada, e Caio Júnior não seria mais o técnico gremista. Imagino que o presidente deva ter se possuído de raiva consigo próprio, por permitir que alguns elementos em campo, mais o técnico, representassem a instituição Grêmio no gramado sintético do Passo d'Areia. Obviamente ele deveria descontar em alguém, e, já é mais velho que a história, a corda sempre arrebenta do lado mais fraco. Ressalte-se que em 99,9% das vezes o lado mais fraco é o do comandante do time.

Some-se a isto as especulações de novos reforços. Cristian Rodríguez, Guillermo Burdisso, Leandro Almeida, Facundo Bertoglio... Definições mesmo só no último caso, do meia argentino, que já foi apresentado, inscrito com a mística camisa 7, e ficará até o meio do ano, por empréstimo. Ontem, em uma rádio de Porto Alegre, à noite, Paulo Pelaipe anunciou que falta pouco, apenas documentações vindas do Porto, para confirmar a transferência de Cristian Rodríguez. É inevitável lembrar da clássica frase do dirigente: "só falta o fax". Enfim, que venha o "Cebolla", jogador experimentado no futebol europeu, e na seleção uruguaia, com mais de 40 jogos pela Celeste. "O zagueiro virá", disse com estas palavras o diretor executivo do Grêmio. Só nos resta esperar.

No mesmo programa, Pelaipe falou do principal assunto da noite, e do feriado de Carnaval, que foi a contratação do técnico Vanderlei Luxemburgo. Está confirmado, saiu no site do clube, antes de qualquer outro veículo de imprensa, por mais que as especulações dessem a certeza da vinda do treinador. Para mim, acima das questões pessoais e de postura do profissional, é preciso avaliar o histórico, e Luxa é um técnico vencedor, ganhou 5 Campeonatos Brasileiros, treinou a seleção brasileira, o Real Madrid, e certamente tem uma bagagem suficiente para agregar ao time no campo de jogo. O Grêmio enfim aposta alto, joga à valer, pois Caio Júnior parecia uma piada sem a menor graça para os torcedores.

Alguns podem argumentar que o carioca não tem a "cara do Grêmio". Beleza, concordo que ele não coloque como estilo de jogo aquilo que o gremista acostumou-se a ver no seu time, aquela coisa da garra, marcação pesada, praticamente um time alemão. Mas o Caio Júnior tinha? Ou melhor, quem poderia vir que tivesse a tal "cara do Grêmio"? Em tópico anterior pensei no Dunga, e comentei o nome com alguns amigos e conhecidos gremistas; fui malhado em todas as instâncias. Nunca escondi minha predileção por Adílson Batista, que operou um milagre em 2003, e em 2004 foi clamorosamente sabotado pela direção do clube. Outros podem me falar em "Luxemburgo mercenário". Tá bom, peguem o ídolo máximo e semi-Deus Luiz Felipe Scolari, e vejam quanto ele cobra para ser "técnico" do Palmeiras.

Minha esperança, sincera, é que Luxemburgo possa se reencontrar com o grande técnico que ele foi nos anos 90, e até meados dos anos 2000, uma vez que, de tática ele entende, tem uma visão diferenciada do futebol, em relação aos treinadores que passaram pelo Grêmio nos últimos anos (desde Mano Menezes, para ser mais exato), e tem moral para comandar um grupo. Porque tenha certeza que nenhum jogador no atual grupo do Grêmio chegou perto da metade dos títulos que o novo técnico alcançou, e isto impõe um respeito impressionante. Que ele consiga arrumar a casa que está totalmente desorganizada, e consiga armar um time capaz de levar o clube de volta ao caminho das vitórias. Ele não terá o direito de esperar paciência do torcedor, mas, mesmo assim, desejo toda a sorte do mundo ao profissional.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Os desafetos do desafeto

Agora no caminho para Porto Alegre, seguindo o trabalho de opinião à distância, Paulo Pelaipe deu entrevista coletiva onde nada foi confirmado, no tangente ao novo treinador. Ele mencionou 4 nomes: Luxemburgo, Muricy, Abel e Dunga, este último de forma espontânea. O perfil traçado é de alguém experiente e vencedor; todos os 4 são, e apenas o especulado Luxemburgo e o ex-técnico da Seleção Brasileira estão desempregados no momento. Além disto, em comum entre eles, as rixas com Ronaldinho, também "persona non grata" para a turma que comanda o Grêmio. Dunga tem mais a tal "cara do Grêmio" do que o carioca. A principal rádio de Porto Alegre dá como certa a contratação de Luxemburgo. Vejo Dunga com melhores olhos, mas o momento é de esperar. Ao menos não vejo margem para piora no desempenho do time, seja quem for que venha.

#CaiOJúnior, e agora?

Bueno, blogueiro que trabalha com opinião, por mais que esteja em recesso, tem que ficar de olho nas notícias, sobretudo as que envolvem o clube no qual é feita a cobertura. Escrevo este post de dentro de uma piscina, com uma lata de cerveja à tiracolo, mas sóbrio o suficiente para digerir a esperada demissão de Caio Júnior, e para elaborar algum raciocínio sobre a iminente vinda de Vanderlei Luxemburgo. Primeiramente, que achei um erro a vinda do Caio, avaliando os trabalhos anteriores (em Palmeiras e Flamengo, principalmente) e o seu estilo, que não condiz com o que o torcedor gremista espera de um modelo de time. Os resultados não vieram, e não houve outra alternativa, por maior identificação que o técnico tivesse com o clube (e a recíproca NÃO era verdadeira), que não a demissão sumária. Todos na imprensa batíamos na tecla da paciência e do crédito que deveria ser dado ao Caio. Luxemburgo não terá este luxo à disposição, se de fato vier. Terá que vencer e convencer.

Agora é GRENAL...

Neste sábado onde fazia mais de 40 graus no Beira-Rio o Inter com seu time reserva venceu o Pelotas sem maiores dificuldades. O time de Beto Almeida que vinha numa crescente não repetiu as ultimas atuações e sucumbiu ao time bem treinado de Dorival Junior. Mesmo com os reservas o desempenho colorado continuou o mesmo com toques rápidos, um aparecendo para o outro e com uma defesa segura.
Jô fez dois gols mas ainda é pouca a resposta dada por este jogador. É bem verdade que fazendo uma pré-temporada o jogador parece ter voltado mais ligado, com muita vontade mais ainda tem que correr um longo caminho para ser o substituto de Damião e obvio que o caminho mais rápido para isso acontecer é fazendo gol e foi feito. Porém Jô ainda não transmite confiança para a torcida pelo simples fato de não fazer o mesmo estilo brigador de Damião este preenche os espaços, da trabalho para os zagueiros e até mesmo aos volantes. Gilberto não fez gol "nessa partida" também teve uma lesão e está voltando aos poucos mas obtém maior credibilidade com a torcida pelo fato de ter características parecidas com a do 9 titular. Mas Jô foi ídolo no Corinthias e se transferiu ao Manchester City não por acaso mas este jogador para conquistar a sua vaga no time terá que repetir boas atuações como a de hoje.
Mesmo improvisado Elton não vem fazendo feio na lateral direita e fez um gol premiando as suas atuações ao menos muito seguras. João Paulo foi muito bem creio que tenha sido a sua melhor atuação com a camisa vermelha e branca onde deu assistências, marcou, deu passes precisos, movimentou-se inteligentemente por todo o campo e provou que pode ser aproveitado no banco de reservas do colorado. O menino Fred fez a sua estreia e lembra (guardada as proporções!) o Ramires ex-Cruzeiro e hoje no Chelsea é jogador de muita movimentação e correu todo Beira-Rio de baixo daquela lua mostrando bom passe, bom desarme e um pulmão abençoado.
Em resumo o Inter reserva jogou firmado feito o titular e garantiu a liderança do seu grupo. Méritos mais uma vez ao técnico Dorival Junior que vem fazendo uma trabalho de encher os olhos da nação que veste vermelho e branco e fazendo um excelente inicio de temporada. Mas agora tudo é GRENAL e tudo pode acontecer no maior clássico brasileiro uns dos maiores do mundo. Onde uma pode descer e outro subir isso já aconteceu inúmeras vezes durante este mais de um seculo de rivalidade.
Portanto a próxima fase do Gauchão terá um inesperado GRENAL onde vai ser posta a prova as atuações do time colorado e que também poderá servir como recuperação desta má fase do time gremista. O Inter é favorito mas não que dizer que vá ganhar pois dentro do campo é onze contra onze, favoritismos acabam no momento em que o juizão apita o começo de jogo e tudo pode acontecer afinal é GRENAL.

*Destaque: Para os guris: Fred com boa estreia, João Paulo fazendo uma baita partida e provando que pode ser alternativa no banco, Elton atuando seguramente mais uma vez, Jô que desencantou, Gilberto como sempre eficaz e eficiente. Vale destacar Dorival que fez uma esquema que tanto time titular como reserva se adaptaram pois todos os jogadores sabem o que fazer com a bola tanto para atacar ou recompor.

*Decepção: Nada contra o Josimar que é profissional se esforça, corre e mostra muita vontade. Mas isso não basta além de jogar pouco, cometeu um pênalti e não vem aproveitando as oportunidades no time se descredenciando do time ainda mais.

**O Valencia de Jonas levou uma chapoletada de 5 a 1 do Barcelona onde o melhor jogador do mundo Messi fez 4 gols arrasando com o jogo e mostrando a todos no mundo que é sim um craque e que vai marcar época para ser chamado de Gênio da bola.

***Giovani Luigi ainda não tem data prevista para retorno das Obras do Beira-Rio e nem mesmo para assinar o contrato.

****Injusto. Tirar 6 (seis) pontos no tapetão do Cruzeiro-POA por uma falha da federação do Mato Grosso e um regulamento confuso da Federação Gaucha de futebol pareceu uma prepotência onde federações não erram e seus presidentes não tem a humildade suficiente de admitir tal erro. Isso não está certo e seria um ato de grande da parte deles (presidentes das federações) reverem isso.

Pergunta: Quem vai ressarcir financeiramente o Cruzeiro-POA que ganha por rendimento no campeonato?

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Chapa quente...

O time da casa começando o segundo tempo
Ontem em uma tarde de calor escaldante o Grêmio foi batido pelo Zequinha no Passo D´Areia deixando o comandante do tricolor Caio Junior com muita dor cabeça. Pois o time tricolor foi apático, sonolento e pecou em muitos momentos da partida fazendo com que o time do técnico Agenor Piccini saísse vencedor e deixando o seu torcedor feliz da vida neste Carnaval com a classificação a próxima fase do Gauchão.
Na primeira etapa o Grêmio tentou com o André Lima e Kleber Gladiador mas todas as tentativas esbarraram no ótimo goleiro do São José Tiago Volpi. O Zequinha também foi para cima mas Victor também mostrou que o time visitante tinha um goleiro de respeito. Na segunda etapa o São José voltou com tudo mostrando a sua força abrindo o placar com Francisco Alex. Mas o Zequinha não se contentou com o placar minimo e em um contra-ataque fulminante Marabá fez o segundo gol encobrindo Victor e fazendo o torcedor do Zequinha berrar a plenos pulmões de felicidade pelo seu time. Já para o time da Azenha que entrou modificado na segunda etapa e inventando com menino Leandro na meia cancha não saia do lugar pois não tinha um meio campo com armação... Marco Antonio não vem dando resposta, Marquinhos jamais será a solução para time como o Grêmio sendo assim o time tricolor não ficava com a bola e quando ficava não sabia o que fazer com mesma. O time de Caio Junior não tinha jogada nenhuma para alimentar seus atacantes deixando-os morrendo de fome no ataque, Kleber ainda tentava algo buscando jogo mas sem muito sucesso. Ficou provado que Bruno C. não pode ser o lateral esquerdo do time gremista, na zaga Saimon é insuficiente. Caio Junior tem muitos problemas para resolver. O gol do Grêmio foi sair só nos 43 minutos da segunda etapa com um gol contra, só esta na próxima fase pelo fato do Cruzeiro-POA ter perdido no tapetão 6 pontos é a bruxa ta solta pros lados da Azenha. Mas nem tudo é limão com sal... Gilberto Silva fez uma boa partida, Souza fez uma estreia relativamente boa, Kleber sempre muito participativo buscando jogo e levando perigo ao gol adversário. Mas o resultado não passou disso e contra o Zequinha o Grêmio beijou a lona.
Saimon em falta sofrida
Mas no Passo D´Areia a felicidade perpetuou com a competência dos jogadores salientando Fabiano Eller que não deu espaço André Lima e Kleber e o comandante do Zequinha jogou muito orientando o seu time o tempo inteiro fazendo "jus" a faixa de capitão. Agenor Piccini tem uma boa equipe nas mãos porém já está mais do que na hora de dar a titularidade ao bom jogador Xavier que convivi a esmo no banco de reservas.
Portanto o torcedor gremista vai encarar uma carnaval com aquela ressaca, o Caio Junior terá que fazer esse time render mais do vem rendendo e o próximo jogo é GRENAL.  Já o torcedor do São José   está feliz da vida mas a partir de segunda é pensa na partida de decisiva contra o Caxias no Centenário.
Classificação com méritos time do Zequinha que está de parabéns! Fazendo a sua fanática torcida dos Farrapos e Guaipecas subir a serra cheio de esperança e certamente eles farão presença em Caxias.
Agenor Piccini e Fabiano Eller
*Destaque: Tiago Volpi jogou muito assim como Fabiano Eller. Marabá fez uma ótima partida.

*Decepção: Rangel foi pouco participativo.

Pergunta: Não tem lugar para Xavier no time titular do São José?

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Devorando alfajores

Nacionalidades diversas dividiram o manjar uruguaio na noite desta quinta-feira, quando foi a vez dos orientais botarem seus times em campo, e sairem sem vitória, assim como os brasileiros na quarta. Desde paraguaios, passando por argentinos e terminando em bolivianos, Nacional e Peñarol serviram suas iguarias, e foram limados pelos supracitados. O blog fez a cobertura do jogo de fundo, Godoy Cruz-Peñarol, válido pelo Grupo 8, jogo de fundo da quinta que terminou alguns minutos atrás. Os mendoncinos fizeram valer o mando de campo no Malvinas Argentinas, e conseguiram 3 pontos preciosíssimos na disputa deste "grupo da morte". Destaque absoluto para o meia Diego Villar, para quem clubes brasileiros poderiam olhar com certa atenção.

O Peñarol, no comando de Gregorio Pérez, como haviamos mencionado em post anterior, deixou de ser o time retranqueiro dos tempos de Diego Aguirre, e tratou de tentar fazer valer o maior peso de sua camisa, e partiu para cima dos argentinos nos primeiros momentos da partida. Apostando na grande movimentação do trio Aguiar-Estoyanoff-Maxi Pérez, os carboneros impuseram um ritmo bastante interessante, causando problemas à dupla de volantes do Godoy Cruz Lértora e Olmedo, principalmente para o primeiro. Com o passar dos minutos, o time de Nery Pumpido se assentou no gramado, e passou a também dar suas cartadas, apostando no talento de Villar, e na alta velocidade de Castillón, destaque do jogo do último domingo, contra o Vélez.

Por falar em destaque, apareceu muito na partida o árbitro boliviano Raúl Orozco, de atuação pífia. O cidadão fez de tudo nos 90', desde inverter escanteios, não marcando 1 pênalti para cada equipe, dando faltas inexistentes, e não marcando outras claras. No final das contas, acabou não sendo comprometedora para o placar, uma vez que acertou na expulsão do zagueiro Alejandro González, mas a atuação do apitador foi tecnicamente horrível. No 1º tempo, as 2 chances mais claras foram do Peñarol, em um chutaço da entrada da área de Aguiar, no pé da trave de Torrico, e em uma bola que o goleiro do Tomba largou nos pés de Zalayeta, mas o veterano centroavante não conseguiu girar e perdeu gol quase feito.

Já na 2ª etapa, o Peñarol sequer teve tempo de dar chance para o azar. Aos 6', em ótima combinação entre Tito Ramírez e Ariel Rojas, o meia-esquerda cruzou na medida para Diego Villar surgir entre os zagueiros e bater de chapa, forte, sem qualquer chance para Fabián Carini. A partir daí o jogo tornou-se, em análise às lutas, de franca trocação, com o Peñarol atacando, sob a batuta do ótimo Luís Aguiar, enquanto o Godoy Cruz seguia perigoso nos contra-ataques, sobretudo após a expulsão de González, aos 13'. Houve tempo para Estoyanoff matar um contra-contra-ataque de 2 contra 1, quando largar Zalayeta na cara do gol era a única alternativa, de Ramírez perder um gol feito, depois de driblar Carini, e assim o jogo escorreu para os minutos finais.

Depois que Zambrana entrou no lugar de Aguiar, acabou o jogo para o Peñarol, com a saída do seu jogador mais criativo. Já bagunçado, o time uruguaio sequer conseguiu criar chances para o empate, e o Godoy Cruz abraçou-se no resultado positivo até o apito final. Todos os times do Grupo 8, ao término da 1ª rodada, mostram-se capazes de incomodar, e os jogos serão um verdadeiro inferno para os visitantes, já que, com o mando a favor, Atletico Nacional e Godoy Cruz mostraram força, e Universidad de Chile e Peñarol tem tradição de jogar muito em seus domínios. E, quem se classificar, podem estar seguros, irão longe, e darão trabalho aos demais adversários na fase dos mata-matas.

Nos Acréscimos
  • Não acompanhei, mas o Nacional recebeu o Libertad, no Gran Parque Central, e saiu derrotado, de virada, por 1-2. Os paraguaios pulam para a liderança do Grupo 5, com 2 vitórias em 2 jogos, complicando, especialmente, a vida do Vasco da Gama que, para não perder terreno, precisa vencer o Alianza Lima no Peru, no dia 6 de março. Os gols da partida foram de Aguirre, para o Bolso, enquanto Samudio e Caballero viraram o jogo em 5', entre os 13' e os 18' do 2º tempo.
  • O Grêmio volta a mexer no mercado de transferências. Após confirmar o argentino Facundo Bertoglio, as especulações giram em torno do meia uruguaio Cristian Rodríguez, do Futebol Clube do Porto. "El Cebolla" já é dado como certo no Tricolor, segundo especulações da imprensa. Além do uruguaio, mais 2 zagueiros são especulados: Leandro Almeida, brasileiro do Dínamo de Kiev, e Guillermo Burdisso, do Arsenal de Sarandí. Sigo o procedimento de "só acreditar quando fardar".

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Guerra, e vocês de branco?!

A rodada de quarta-feira na Copa Libertadores reservou 3 confrontos envolvendo brasileiros, todos estreando na 2ª fase da competição. O acompanhamento começou as 8 da noite, e foi até a meia-noite, onde foram cobertos quase 5 horas de futebol, todas recheadas de emoções dignas de um torneio como a Libertadores. A se pontuar, negativamente, a falta de vitórias dos times daqui na rodada, com 2 empates e 1 derrota - alguns dirão que todos jogaram longe de seus domínios, entretanto, apenas o Flamengo enfrentava um adversário com alguma expectativa de mostrar boa qualidade. A derrota, aliás, foi do time que menos se esperava, do atual campeão, que pagou pelo capricho do seu ataque em La Paz, e deixou pontos importantíssimos na Bolívia.

Uma coincidência interessante foi que todos, Santos, Corinthians e Flamengo, jogaram de branco. Palidez futebolística? Apenas um termo, assim como não foi proposital que todos jogassem frouxos, como indica a passividade da (ausência de) cor dos uniformes. Comecei bem, na altitude de La Paz, onde o Santos começou sua participação da mesma forma que terminou a última - enfrentando um time vestindo amarelo e preto. E o The Strongest pareceu disposto a vingar o Peñarol, derrotado na final de 2011, e foi para cima desde a saída da bola. Pablo Escobar, com passagem razoável pelo futebol brasileiro (Santo André, Ipatinga, entre outros), organizava o time aurinegro com surpreendente qualidade, incomodando a fraquíssima defesa santista.

Porém, com menos de 10', o Santos foi quem saiu na frente. Paulo Henrique Ganso cobrou falta lateral, a defesa boliviana fez uma lambança enorme, e Henrique só teve o trabalho de empurrar para o gol, sem goleiro. Foi a senha para que o Strongest se soltasse em definitivo, e fosse para cima dos paulistas - o que proporcionou espaços preciosos para os contra-ataques poderosíssimos do Santos. O problema é que Ganso estava muito preocupado em emular Sócrates, Ibson corria por todo o campo como uma barata tonta e os laterais (como de costume) inexistiam. A tendência era que Neymar e Borges morressem de fome, como diz o colega Carlos Paiva, e foi bem o que aconteceu, ainda que o #11 tentasse levar o time nas costas. A tentativa era como subir o Everest com bagagens correspondentes a 11 pessoas, e em lugares altos os times da Bolívia costumam sentir-se bem à vontade. Não deu outra, de tanto insistir, os donos da casa chegaram ao empate pouco após a meia hora de jogo, com o paraguaio Cristaldo, após boa jogada de Parada pelo lado direito.

Na 2ª etapa, foram 30' de total domínio do Santos, onde os bolivianos só chegavam em tentativas de média distância - sobretudo com Escobar, o melhor em campo -, e os brasileiros cansaram, mas cansaram de perder gols, foram pelo menos 4 chances vivas (3 com Neymar, e 1 com Elano). Depois deste período, o time de Muricy Ramalho sentiu o cansaço - desta vez o físico - e se permitiu ser pressionado pelo "más fuerte". 2 defesaças de Rafael Cabral não adiantaram, e, aos 45', o quase-xará do treinador santista, Ramallo, apareceu para completar cobrança de escanteio de Escobar, virar a partida e decretar a vitória dos donos da casa. O Santos pecou pelo excesso. Excesso de displicência, excesso de chances perdidas, excesso de confiança... Em jogos assim, a comanda pesa, e a cobrança é feita no mesmo jogo.

Acredito que Muricy nada poderia ter feito, a responsabilidade passa pelo caminhão de gols desperdiçados, e eles terão que ser recuperados na próxima rodada. O The Strongest me surpreendeu, muito; o time havia vencido apenas o Apertura 2011, mas montou um time muito organizado, méritos para Mauricio Soria, que centraliza o jogo em Escobar, auxiliado pelos bons Cristaldo e Chumacero (dublê boliviano do Paulo Nunes). Certamente dará trabalho ao Internacional, na partida de La Paz. Agora a partida do próximo dia 8 está untada em Trinitrotolueno (vulgo TNT), quando o Santos terá nada menos que a obrigação da vitória contra um dos principais favoritos ao título. Eu que não vou perder esse jogo.

Nos Acréscimos
  • Mais tarde, me dividi entre Lanús-Flamengo e Deportivo Táchira-Corinthians, com preferência para o jogo da Argentina. O Flamengo fez uma partida surpreendentemente sólida contra os granate, mostrando muita maturidade e organização defensiva, e boas saídas para o ataque, tanto que saiu na frente, com Léo Moura, em falha terrível da defesa argentina, no último lance do 1º tempo. O Lanús não fez muito para merecer a virada, mas a estrela de Schürrer brilhou ao colocar em campo Carlos Carranza, que empatou em seu 2º toque na bola. A briga seguirá muito equilibrada no Grupo 2.
  • As vezes trocava de canal para a partida em San Cristóbal, onde tinhamos mais um duelo aurinegro contra alvinegro. O Deportivo Táchira dominou todo a 1ª etapa, e fez 1-0 com Sergio Herrera, com passagens pela seleção da Colômbia, e pelo Atlético Paranaense. Contudo, no 2º tempo, especialmente nos minutos finais, o Corinthians tomou as rédeas da partida e correu para o empate, que provou o quanto Tite estava errado em escalar Jorge Henrique na vaga de Alex; o #12 entrou, e deu a assistência para o gol de Ralf, aos 49' do 2º tempo. Empate com gosto de vitória na Venezuela.

Firmado...

O time do Inter que venceu o Cruzeiro de Porto Alegre pelo placar clássico de 2 a 0 é um time afirmado.
Mesmo com a carência de um de lateral direito, sem os volantes Tinga e Guiñazu (que para por 15 dias) era de se esperar uma brusca queda no rendimento colorado. Porém o ritmo da boleirada da P.Cacique está deixando seu torcedor cada vez mais confiante ao constatar que seu time está firmado.
Os motivos são simples. O colorado venceu o Cruzeiro de Porto Alegre o ultimo invicto do Gauchão. E venceu bem. Oscar fez uma bela partida, Dagoberto fez gol novamente e teve boa atuação e se tornou artilheiro da equipe, D´Alessandro apesar de errar um pênalti manteve o nível esperado, Índio foi soberano novamente com isso R.Moledo ganha confiança e faz uma atuação melhor que a outra e marcando até gol.
Bem verdade que o Sandro Silva jogando junto com o Bolatti não é aquela Brastemp que a gente espera mas fizeram o que tinham que fazer sem dever nada a ninguém. 
O Dorival Junior tem seus méritos e cabe o elogio pois o Inter está jogando com a posse da bola e faz está correr pelo campo. D´Alessandro tem papel fundamental para este esquema. O Colorado foi muito bem contra o  Caxias no Centenário, hoje não repetiu o mesmo nivel mas venceu convencendo o ultimo invicto do Gauchão. Venceu com a posse "objetiva" da bola! Damião apesar de seu jejum, criou-se inúmeras situações para o 9 colorado mesmo nesta "inhaca" que o coitado está sofrendo. Damião tem gosto da torcida pois quando foi substituto pelo Jô a torcida não gostou a e vaia pegou. A torcida queria ver o gol do Damião está ansiosa como ele, precisa do gol tanto quento o 9 colorado. Mas não podemos esquecer que Damião fez um gol muito importante no Beira-Rio em cima do Once Caldas, Damião sabe se posicionar é inteligente e é referencia do time do Internacional. Acima de tudo tem crédito com a torcida e o melhor sabe jogar!
Mas o Cruzeiro fez frente ao Internacional no Beira-Rio. Se postou para vencer a partida e não é atoa que tem bela campanha no Gauchão. Se não fosse os 6 pontos levado no famoso "canetaço" seria líder do seu grupo.
Deu muito trabalho ao Inter o time de Beto Campos e fora a dupla GRENAL o Cruzeiro juntamente com o Caxias são os melhores times desta edição do gauchão até o momento. Então está vitoria deve ser valorizada pelo povo que veste vermelho e branco.
Portanto O time de Dorival Junior esta muito bem obrigado. Se consolida como time de posse de bola com objetivo a cada jogo que passa e melhor mantendo o nivel de atuação do time todo. 

*Destaque: Índio esta jogando muito e é o melhor zagueiro do estado hoje. Oscar correu e jogou muito como sempre, Dagoberto teve boa atuação marcando gol novamente, D´Alessandro manteve o alto nivel mesmo errando um pênalti. R.Moledo foi bem. 

*Decepção: Dorival insistir com Jô como reserva imediato de Damião. Gilberto é mais eficiente e eficaz. João Paulo entrou meio desligado.

**O Santos perdeu para o The Strongest fazendo o jogo na Vila Belmiro na próxima rodada se tornar o jogão da rodada. Pois agora o peixe com essa derrota fica na obrigação de fazer três pontos porém vai ter uma parada dura contra o colorado.

*** O Arsenal tomou um "peteleco" de 4 a 0 do Milan no San Siro. Se já era difícil a missão para a turma do Arsene Wenger agora com esse resultado o time da terra da Rainha terá que tirar leite de pedra.

****AG é cada vez mais nebulosa. Uma empresa deste porte não pode agir assim isso é amadorismo que nem a padaria do tio Zé faz. Pois muito coisa está em jogo a cidade, a reputação Gaucha e não só o estadio o aeroporto (agora falo do governo) não tem uma obra se quer sendo feita, infraestrutura para a cidade (que é o principal foco da COPA) que será deixada como legado inexiste. Porto Alegre rumo a pagar o seu maior vale e em escala mundial.   

Perguntas: Mesmo com a visita do Ministro Aldo Rebelo a AG não tem prazo para assinar o contrato com seu CLIENTE o Internacional. E aí construtura AG até quando o torcedor e a cidade de Porto Alegre sede da CODA DO MUNDO FIFA vai esperar? E Porto Alegre como cidade SEDE vai começar a se mexer quando?      

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Não é uma barbada

Na noite de ontem tive o prazer e o desprazer de assistir à estreia do Club Atletico Boca Juniors, na edição 2012 da Copa Libertadores da América. O prazer, pois ver aquela camisa azul e ouro em uma partida de Copa é algo diferenciado, que carrega uma mística toda particular, seja qual for a qualidade do time. O desprazer foi apenas pelo decorrer do jogo, uma partida lamentável, que não seria sequer digna de nota, não fosse o clube envolvido - no caso, o Boca. A despeito do adversário, o Zamora, diria que ele deve muito aos adversários do maior rival xeneize, na Primera B Nacional. Impressionante notar as deficiências extremas do time venezuelano, que tratou de fazer meia-linha, e não deixar o time de Falcioni jogar.

A falta total de inspiração do time argentino apenas endossou, carimbou e aprovou a tática do alvinegro venezuelano. Se eu for detalhar o que de importante aconteceu na partida em Barinas, sequer sairia deste parágrafo, o que, na verdade, é a minha maior vontade no momento. A transmissão da Fox Sports Latina, ao final da partida, desculpou-se com seus telespectadores, pela (falta de) qualidade do espetáculo. A destacar-se, falando em espetáculo, na festa que a torcida zamorana proporcionou ao final da partida, com um foguetório interminável, como se o time tivesse sido campeão da Libertadores - de certa forma, a questão moral envolvendo a partida fazia o time da casa merecer um troféu, simplesmente por anular o gigante Boca.

Muita gente pode cobrar do Boca, mas é bom lembrar que era apenas a 2ª partida oficial do time em 2012, claro, se não contarmos os "Torneos de Verano" que envolvem clássicos, mas sem a obrigação da soma dos 3 pontos. Enfim, o Zamora, campeão do Clausura '11, fazia sua 6ª partida oficial este ano, e mostrava maior ritmo de competição, aguentando os 90' com relativa tranquilidade. A única chance de gol de verdade na partida saiu da cabeça do estreante Santiago Silva, aos 43' do 2º tempo, que mandou uma bola no pé do poste esquerdo do goleiro Forero, que ainda contou com a sorte da bola voltar mansa em seus braços. 0 a 0 marcado à brasa no placar.

Bom, muitos podem pensar: "ah, o Boca não é esse bicho-papão que estão pintando". Este empate, particularmente, me amedronta, pela tradição xeneize de esconder muito bem o jogo na 1ª (ou 2ª) fase da Libertadores, se classificar "a pau e corda", e nos mata-matas soltar suas feras. Em 2007, seu último título, foi assim, quando se classificou na bacia das almas, metendo um bizarro 7-0 no Bolívar, no último jogo, e abrindo as ferramentas copeiras nas oitavas-de-final, contra o Vélez - até chegar no massacre final que prefiro não relembrar aqui. Os argentinos só voltam a campo em 7 de março, para um dos jogos mais esperados da 2ª fase, quando receberão o Fluminense, em La Bombonera. A esperança é que ambos estreem, de fato, neste jogo.

Nos Acréscimos
  • Após Zamora-Boca Juniors, enfrentaram-se, pelo Grupo 8, Atletico Nacional e Universidad de Chile, em um jogo onde havia grande expectativa, pelo estilo ofensivo dos times de Escobar e Sampaoli. Consegui acompanhar apenas a 1ª etapa, de um ótimo jogo de futebol. O time de Medellín apostou alto nos chutes de média e longa distância, na velocidade de Pabón e Álvarez e na marcação alta, no campo do adversário. Deu certo, e aos 28' Valencia, ex-Atletico Junior, acertou um canhão em rebote de escanteio, abrindo o placar. O jogo terminou 2-0, o 2º gol marcado por Pabón, aos 35' da 2ª etapa. Destaque positivo para o ótimo zagueiro Alexis Henríquez, que já havia feito ótima Libertadores ano passado, pelo Once Caldas, e destaque negativo para a insistência do time chileno em não jogar com a bola no chão. Além deste jogo, pelo Grupo 7, mais cedo, o Defensor venceu o Deportivo Quito por 2-0, em Montevidéu.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

O melhor ataque é a defesa

"Força aérea Tricolor", muito ouvi este termo nas transmissões dos jogos do Grêmio, desde os tempos de centroavantes e zagueiros que iam às áreas adversárias para garantir pontos importantes e até títulos. No sábado houve um "revival" desta saudosa época, em que o time da Azenha era respeitado pela sua força e pragmatismo. E, realmente, foi uma vitória pragmática, sem jogar um belo futebol, mas com relativa segurança, e controlando o confronto na maior parte do tempo. Ainda me desagrada ser necessário um "fato novo" para que o time acorde nos jogos e vá ao ataque. Me acostumei a ver um Grêmio impetuoso jogando em seus domínios, que invadia o campo adversário desde o apito inicial, e penso que Caio Júnior precise rever isto.

Os primeiros momentos do jogo foram de uma modorra impressionante, onde o Grêmio errava passes, mesmo com a maior posse da bola, não criava chances, e ainda as propiciava para o Galo do Vale do Rio Pardo. A única boa notícia da noite estava sendo a entrada de Gilberto Silva, que comprovava uma teoria pessoal: volante deve ter mais de 1,80 e bater até na mãe, se necessário; Gilberto é um pouco mais "classudo" que a necessidade de quebrar todas as jogadas, mas tem a firmeza ideal para a função. Não fosse o experiente pentacampeão mundial, a defesa já teria feito água antes dos 17', tempo da abertura do placar no Olímpico; depois de cobrança de falta da direita, a bola viajou por toda a área, Victor não saiu, Roberto Jacaré começou a linha de passe e Cristiano só escorou para as redes, para festa do único torcedor do Santa Cruz no estádio.

O gol alvinegro ligou o time gremista, que em menos de 1 minuto já tinha o 2º escanteio consecutivo a seu favor, de onde nasceu o gol de empate: cabeçada de Marcelo Moreno no travessão e, no rebote, Naldo tocou sobre Ricardo. As tentativas se davam apenas por intermédio das jogadas aéreas, abusando dos cruzamentos, uma vez que Marquinhos e Marco Antônio (de novo!) estavam apagados na partida, e os laterais eram itens decorativos no gramado (Gabriel um pouco menos que Collaço). Aos 24', o Grêmio copiou a receita do Santa Cruz e, depois de córner cobrado por Marquinhos, Naldo puxou a linha de passe no 1º poste, e Douglas Grolli chutou forte para virar o placar. Dali em diante o time se reorganizou, passou a botar a bola no chão e dominar a partida.

Taticamente, o Grêmio procurou apertar um pouco mais o Santa Cruz, jogando avançado tanto com quanto sem a bola nos pés. Antes do final da 1ª etapa, houveram umas 2 ou 3 chances de gol para o Tricolor, e um pênalti absurdamente não marcado sobre Marcelo Moreno. No início do 2º tempo, o 3º gol gremista, o 3º gol dos zagueiros na noite de futebol "pré-balada" de sábado. Em escanteio que veio da esquerda, e passou por todo mundo, Kléber dominou e alçou com perfeição para Naldo aparecer de surpresa e definir o 3-1 no placar. Parecia que era o gol definitivo, que a partida estava morta. Ledo engano. O Galo passou a atacar com mais frequência, e quase diminuiu em 2 oportunidades. Com meia hora da etapa final, o Grêmio finalmente deixou os quase 7 mil presentes no Olímpico mais tranquilos, sacramentando a vitória com o 4-1.

Aí, no 4º gol, uma situação diferenciada, pois 2' antes, Caio Júnior tinha trocado Gabriel por Edílson, e eu já preparava a corneta. Um segundo depois de eu pensar em xingar, Edílson acerta seu 2º ótimo cruzamento, e coloca a bola na cabeça de Kléber, que não tem dificuldade alguma em tirar de Ricardo. Mesmo assim, sigo reinvindicando maior inteligência do treinador gremista na hora de fazer suas trocas. A entrada de Edílson é até aceitável se formos comparar com as outras 2 trocas, de Marquinhos por Guilherme Bittencourt e de Kléber por André Lima - uma por quem saiu, e outra por quem entrou; Marco Antônio, o pior do Grêmio em campo, jogou os 90', algo inexplicável, enquanto Leandro poderia ter entrado na vaga de Kléber. Se o mundo fosse justo, André Lima sequer seria alternativa no banco de reservas.

O jogo terminou com a primeira atuação mais tranquila, onde o time não correu (muitos) riscos, e a questão tática já foi um pouco menos problemática que nas partidas anteriores. A defesa segue com problemas seríssimos, apesar de não ter sido muito exigida no confronto de sábado, e o sistema de ligação também está deficiente. Com todo o respeito, mas Marco Antônio não é jogador para atuar em um time da grandeza do Grêmio. Consolidam-se Gilberto Silva e Fernando como dupla de volantes, e aí já existe uma questão a ser resolvida: Fernando levou o 3º cartão amarelo, e não joga contra o São José. Mesmo com a paciência no fim, acredito que, no final das contas, o quebra-cabeças se completará. Com ou sem #CaiOJúnior.

Nos Acréscimos
  • Começou o Torneo Clausura da temporada '11/'12 do futebol argentino, com jogos na sexta, no sábado, ontem e hoje teremos o fechamento da rodada. Acompanhei Vélez Sarsfield e Godoy Cruz, em Liniers, ontem à noite, e foi um ótimo jogo de futebol. Empate em 1-1, gols do estreante Mauro Obolo, para o Fortínero, e Castillón para o Tomba. Destaque para a estreia de Insúa, que entrou ainda no 1º tempo na vaga do "Mago" Ramírez, contundido. São 2 ótimas equipes, e que prometem fazer campanha na Copa Libertadores.
  • O atual campeão, o Boca Juniors, começou a defender o cinturão portenho contra o Olimpo, na Bombonera. Ótima vitória por 2-0, com muito boa atuação de Riquelme, que parou de "correr como um idiota", e deu assistência genial para o 2º gol, de Mouche. Cvitanich abriu o marcador. O Lanús, também na Libertadores, recebeu e goleou o San Lorenzo por 4-1, com 2 gols de Mariano Pavone. O último representante argentino em "La Copa" estreia hoje: o Arsenal vai a Santa Fé enfrentar o Cólon, as 22h10, horário brasileiro de verão.
  • Reforço os agradecimentos feitos pelo colega Carlos Paiva a todo o pessoal do Esporte Clube São José envolvido nesta grande oportunidade a qual está nos sendo propiciada, em especial ao Sandro Neguetti e ao Paulo Matos, e dizer que buscaremos retribuir a esta chance com o maior esforço possível. Não será minha primeira experiência no Zequinha, ainda que esta seja a primeira oficial. Tudo que eu disser a mais que disse o Carlos, estarei sendo repetitivo, portanto, apenas endosso o compromisso e a grande responsabilidade que o "Vida Cancheira" terá neste novo desafio.
P.S.: O "É Só Fazer" é um extinto blog galhofeiro e não-profissional deste escriba. Qualquer menção ofensiva, eu peço encarecidamente que seja relevada. Ao contrário do "Vida Cancheira", àquele blog não tinha um cunho de seriedade.

Quem não faz....

Ataíde e Rangel começando o segundo tempo 

Injusto. É a unica palavra que se encaixa na partida deste sábado contra o Pelotas na Boca do Lobo. O Zequinha fez um bom primeiro tempo onde trocava ações com time da cidade da praia do Laranjal. Porém a primeira etapa não passou disso. No segundo tempo a história foi outra. Agenor Piccinin agitou a cozinha e fez a rapaziada trabalhar. O São José voltou aceso para o segundo tempo onde foi muito superior. Logo no começo Anderson Pico desferiu um violento chute obrigando o goleiro pelotense a fazer uma grande defesa.  Até os 20min do segundo tempo o Zequinha dominava todas as ações do jogo Rangel que entrou no lugar de Franciel chutou cruzado. Em uma das poucas escapadas o time pelotense teve uma chance incrível de gol evitada pelo grande goleiro Tiago que fez uma linda defesa.
Mesmo assim o São José seguiu pressionando o time da casa por volta dos 35min Ataíde desviou a bola que bateu no travessão e no rebote o zagueiro mando para escanteio. Cleber não fez uma boa partida foi substituído por Washington e Ataíde que fez um bom jogo cansou e Xavier entrou em campo. 
Quando o jogo estava se encaminhando para o empate, um bate e rebate na área do São José a bola acabou sobrando para o zagueiro Marco Tiago que empurrou para dentro do gol fazendo o placar final e dando continuidade a reação comandada pelo técnico Beto Almeida.
Portanto a velha máxima do futebol "quem não faz leva" tomou corpo nesse injusto placar na Boca do Lobo. Mesmo assim o time do Passo D´Areia está em quarto lugar com 10 pontos três a mais que o Santa Cruz quinto colocado com 7 pontos e mesmo assim São José sonha com classificação para a fase de mata-mata da Taça Piratini. Porém o São José vai ter uma parada dura contra o forte time do Grêmio no próximo sábado as 17hs. e certamente terá a presença garantida dos Guaipecas e Farrapos que também marcaram presença em Pelotas na Boca do Lobo. Pois isso é amor ao futebol e deve que ser reconhecido.

Guaipecas e Farrapos 


*Destaque: Fabiano Eller jogou muito mostrando segurança na zaga, Maraba foi bem assim como o Anderson Pico. Tiago defendeu muito demonstrando grande capacidade de baixo das traves. Parabéns a torcida por comparecem a Pelotas e prestarem apoio ao time.  

*Decepção: Cleber pode render mais. 

Pergunta: Xavier não poderia ter entrado antes? 
     



Obrigado

Bom... Tenho a felicidade de anunciar que nós aqui do Vida Cancheira começaremos a setorizar o São José de Porto Alegre o famoso "Zequinha". Iremos trazer informações dos treinos e jogos. Acompanharemos o clube nos jogos fora da cidade de Porto Alegre juntamente com sua torcida apaixonada e anti GRENAL que são os Guaipeca e Farrapos. Esse canal de comunicação de respeito com a opinião do próximo que é o Vida Cancheira busca divulgar para a comunidade o clube mas também a realidade da torcida que é dura, cheia de dificuldades e que mesmo assim com todas as intempéries é motivo de muito orgulho para muitas pessoas.
Para deixar bem claro também continuaremos a produzir cronicas dos jogos da dupla GRENAL com a mesma seriedade, bom senso e compromisso com nosso leitor.
Portanto o Vida Cancheira disponibilizará a todos um trabalho serio, de responsabilidade e o máximo de qualidade possível para essa nova etapa e com isso desejamos em nome de toda a equipe do Vida Cancheira um muito obrigado ao Sandro Neguete e ao Paulo Matos.



 

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Fora do comum...

O Internacional fez neste 12 de fevereiro fez a sua melhor atuação na temporada. O Caxias nada pode fazer diante ao seu torcedor e perante a superioridade colorada. Isso se deve mais aos méritos do time de Dorival Junior do que tentar achar deméritos no time de Paulo Porto. O time que veste grena jogou bem. É dono de uma grande campanha neste gauchão e perdeu para um time muito superior que é o caso do Internacional. O colorado está com um time maduro, confiante e com muita segurança no que faz. O goleiro Muriel tem lá suas falhas mas num todo se tornou dono da camisa 1 do Beira-Rio, Elton apesar de improvisado não faz feio, R.Moledo é um zagueiro firme e passa segurança assim como Índio que vive uma de suas melhores fases no Beira-Rio aos 37 anos, Kleber é um lateral esquerdo de grande capacidade técnica, Bolatti é um volante que joga de cabeça erguida e desarma muito bem, Guiñazu é o leão do meio-campo desarma, corre e tem bom primeiro passe. D´Alesandro é maestro e o camisa 10, Oscar vive um grande momento o menino evolui a cada  jogo assim como Dagoberto que vai se readaptando depois de longa parada no São Paulo e por ultimo Damião que cumpre a função 9 pois quando exigido resolve. Ainda estão de fora boas peças de reposição como inteligente Tinga, o Dátolo que vem sendo uma boa surpresa e o bom Gilberto.
Hoje a nação que veste vermelho e branco está feliz não apenas pelo resultado obtido no Centanário ou com a nova patrocinadora de material esportivo e sim por conhecer a sua escalação "de cor e salteado", conhcer a capacidade desses jogadores, confiam e o mais importante transmitem essa confiança. O colorado hoje é um time redondo, favorito a gauchão e Libertadores.
E o que mostra foi a atuação de hoje nos dois gols. Jogada começando com Kleber, passando para Oscar que  enxergo Dagoberto entrando na área para marcar o primeiro gol da partida . O segundo gol foi uma tabelinha começando com Dagoberto e o Oscar devolvendo de calcanhar para Dagoberto que estufou a rede.
O que estas tem em comum é o entrosamento dos jogadores, a confiança para começar e terminar uma jogada e ai entra os méritos de Dorival Junior recuando um pouco Dagoberto assim este flutua junto com D´Alessandro e Oscar. Dagoberto por ser atacante sabe fazer gol é do "cacoete" do jogador.
Mas nem tudo é sonho de creme. Elton não é do lugar está improvisado e este defende bem mas na hora do ataque não tem o mesmo rendimento e Damião ainda sofre com um certo isolamento. Porém o Inter tem um time compacto e experiente e consegue balizar essas dificuldades.
Portanto o povo que veste vermelho e branco vai dormir feliz após grande atuação no Centenário. O Inter se consolida cada vez mais como um time "grande internacionalmente" eque durante os últimos anos vem obtendo resultados com taça e faixa no peito. E o mais complicado vem conseguindo se manter neste padrão. Isso tudo é um trabalho de longo prazo que começo lá em 2002 com Fernando Carvalho e esse sim é dirigente de outro nível, um dirigente superior.

*Destaque: Dagoberto e Oscar jogaram muito, D´Alessandro manteve o mesmo nível, Índio joga cada vez mais é um guri de 37 anos.

*Decepção: Hoje um Inter tem no seu elenco apenas um lateral direito de oficio. A direção tem que rever essa situação "pra ontem".

** O Cruzeiro de Porto Alegre mesmo perdendo 6 pontos mostra que tem bala na agulha e deu uma bolachada de 4 a 0 pra cima do Canoas que não mete medo em ninguém e é candidatíssimo a jogar a segundona.

*** E no BA-VI acabou em 0 a 0. Falcão é um conhecedor de futebol indiscutível e tem toda a minha torcida para que consiga realizar uma grande campanha com o Bahia.

Pergunta: Até quando a AG vai segurar esse contrato?  
      

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

"Fue un baile en Asunción..."

Seguindo com a tentativa de cobertura da Copa Libertadores da América aqui no "Vida Cancheira", ontem parei para assistir ao 2º jogo do Grupo 5, o do Vasco da Gama, entre Libertad-Alianza Lima. A diferença que 15' fazem em um jogo de alto nível, como são os jogos da Libertadores, é algo assustador. O intervalo mudou completamente a história de um jogo que estava se tornando desastroso para o Libertad, com uma atuação boa, porém ineficiente, onde o experiente time paraguaio cansava de desperdiçar oportunidades, enquanto um Alianza Lima sem qualquer tipo de pressão jogava muito à vontade, explorando os contra-ataques, especialmente com o garoto Arroe e o colombiano Montaño, dando um trabalho imenso a defesa do Libertad.

Além do mais, o Libertad, apesar de ser um clube organizado, é um clube sem torcida, o que na Libertadores costuma fazer relativa diferença - aí me pego a pensar do que seria capaz este time se tivesse uma torcida como a do Cerro Porteño, para ficar somente no Paraguai. Um estádio Dr. Nicolás Leóz quase vazio teve o privilégio de assistir a uma avalanche gumarela no 2º tempo. O argentino Civelli tratou de fazer o gol de empate logo aos 2' da 2ª etapa, aproveitando rebote da jogada iniciada pelo ótimo lateral-esquerdo Samudio (camisa 10 do time [!]) e parcialmente finalizada por Caballero, que entrara na vaga de Nuñez, ainda no 1º tempo. O jogo continuou complicado, pois ainda um empate era um ótimo resultado para o Alianza, e o time peruano seguiu posicionado defensivamente, esperando uma improvável falha do Libertad, que voltou com sangue nos olhos.

Até que aos 22', com o jogo relativamente controlado, o Libertad teve um pênalti a seu favor, sofrido por Caballero, e convertido por Sergio Aquino. Daí em diante, a maionese peruana desandou lindamente, e a pressão do time alvinegro se instituiu de forma definitiva. Caballero, aos 33', aumentou a vantagem, depois de jogada do ótimo Civelli, melhor em campo e um dos artilheiros de La Copa, com 2 gols (os mesmos de Pulido, do Tigres; Herrera, do Unión Española; Orozco, do Cruz Azul e Estoyanoff, do Peñarol). Faltando 2 minutos para o final do jogo, a vitória foi consolidada com o gol contra do zagueiro peruano Walter Ibañez. Se seguir atuando como no 2º tempo de ontem, o Libertad se torna favorito a ir longe, muito longe nesta Libertadores. Os próximos compromissos do Grupo 5 são na quinta-feira que vem, quando o Libertad vai ao Parque Central enfrentar o Nacional, e no dia 6 de março, uma terça-feira, com Vasco da Gama contra o Alianza, em São Januário.

Nos Acréscimos
  • Ao mesmo tempo em que se degladiavam Libertad e Alianza Lima, Universidad Católica e Bolivar faziam uma partida bem movimentada em Santiago, válida pelo Grupo 3. O time celeste surpreendeu, explorando bem os contra-ataques, e abriu o placar aos 37', gol do uruguaio William Ferreira. Os cruzados acordaram após o gol sofrido e foram para cima, conseguindo o empate ainda no 1º tempo, 6' depois do gol do Bolivar, com o paraguaio Roberto Ovelar. Na 2ª parte, a Católica pressionou, mas não conseguiu a virada.
  • Mais tarde, em Guayaquil, Emelec e Olimpia inauguraram o Grupo 2, grupo do Flamengo, debaixo de um dilúvio, que comprometeu completamente o andamento do jogo. A transmissão se dividia entre imagens do gramado enlameado e escorregadio e as imagens das ruas próximas ao estádio George Capwell, que pareciam extensões do Porto da cidade - importante ponto da economia equatoriana. O gol da vitória electrica foi marcado da única forma plausível, de pênalti, convertido por Lucho Figueroa, aos 5' da 2ª etapa.
  • No Gauchão, o Veranópolis conseguiu um ótimo resultado ao empatar com o Lajeadense, na Arena, em 0 a 0. Com este resultado, o time pentacolor tirou o Grêmio do G4, ainda que pelos critérios de desempate. No Grupo 2, lidera o invicto Caxias, com 14 pontos. O maior rival grená, o Juventude, reagiu no Grupo 1, vencendo o Avenida em um recuperado Alfredo Jaconi (depois de uma tempestade que transformou o gramado em uma piscina), por 1 a 0, gol do zagueiro Rafael Pereira. O Lajeadense lidera o Grupo 1, com 11 pontos.

Dever casa feito...

O Inter vence a sua primeira partida na Copa Libertadores da America. Na realidade o time colorado fez o dever de casa encurralando o adversário no seu campo de defesa, não dando espaço e chutando muito em gol. Resultado dois a zero. Poderia ter sido mais não fosse o desperdício colorado. O time da P.Cacique abriu o placar com o garoto Oscar em uma tabelinha com Damião fazendo a famosa "parede" e o guri sem medo de ser feliz chutou a gol deslocando o goleiro Penny. Possivelmente Oscar tenha feito uma de suas melhores partidas com camisa vermelha e branca mesmo depois de uma semana conturbada com o seu ex-clube.
O Inter foi superior no jogo inteiro. Mas no primeiro tempo o time ficou meio acomodado trocando passes laterais mas ainda sim era infinitamente superior ao Juan Aurich do Peru.
Apesar do domino nem tudo foi flores ao time colorado. bem verdade que "dos males" foi o menor mas não gostei da atuação de Dagoberto que está jogando muito recuado e com isso deixando o Damião isolado. Dorival deveria repensar essa estrategia. Gostei do volante Bolatti, Elton não comprometeu. Na verdade o Inter fez uma baita partida. O argentino Dátolo entrou e fez o segundo na sua segunda partida pelo Internacional. Alias jogada mostra uma evolução do ano passado para cá. O time do Inter está chutando em gol. O lance do segundo gol iniciou com um chute forte do garoto João Paulo, o goleiro Penny dando rebote e então o hermano Dátolo aproveitou o rebote e chutou sem dó nem piedade.
D´Alessandro foi muito marcado. Na verdade apanhou como loco afinal ele é o camisa 10 do time é normal ser o mais visado por isso mesmo exalto essa vitoria que mostrou outros recursos como o Oscar que jogou muita bola, Damião não fez uma grande partida mas foi fundamental para o primeiro gol colorado é lance de quem sabe jogar, mostrou também que seu banco de reservas está bem montado pois o Inter melhorou com João Paulo e Dátolo. Resumindo o Inter é sim candidato ao titulo.
Portanto agora é arrumar a casa dando maior atenção ao gauchão que afinal é campeonato da nossa terra e  o colorado tem obrigação de melhorar o seu desempenho. Até mesmo porque a próxima parada pela Libertadores é só no dia 08/03 contra o o atual campeão Santos de Neymar & CIA.

*Destaque: Oscar foi absoluto no jogo, gostei da atuação de Bolatti que entrou na finaleira (pelo fato de Tinga ter se lesionado), D´Alessandro apesar de apanhar muito foi muito bem. Dátolo e João Paulo também deram boa resposta.

*Decepção: Dorival poderia rever essa situação de Dagoberto e o isolamento de Damião.

**O Vascão fez feio na frente de sua fanática torcida perdendo para tradicionalismo Nacional do Uruguai. E pelo visto vai padecer para passar de fase.

***O Flusão passou um sufoco mas passou pelo argentino Arsenal de Sarandi e mostrou que no seu grupo se não abrir o olho vai fica pelo caminho.

****Neymar fez 3 na goleada de 4 a 1 do Santos sobre o Botafogo-SP.

Pergunta: Quando a AG vai assinar o tal contrato?

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Bateu no teto

Nos primeiros posts sobre o Grêmio em 2012, eu bati na tecla da paciência que se deveria ter com o[s] sistema[s] tático[s] do prof. (Pardal?) Caio Júnior, e com alguns jogadores. Acabou, ao menos para mim. Contra o Ypiranga, em Erechim, as piores falhas do Grêmio, como um todo, apareceram e ficaram muito latentes, ainda mais tendo em vista a (falta de) qualidade do adversário, que só havia empatado 2 partidas em todo campeonato - e esteve prestes a perder a "virgindade" contra o Tricolor da Azenha. Algumas atuações individuais vergonhosas, a falta de convicção tática, e erros nas trocas quase comprometeram o placar, mas, acima de tudo, comprometeram fortemente a atuação do time, que foi muito ruim.

Impressionante um time grande que, depois de um mês de trabalho, só consegue atacar jogando bolas para o alto, lotericamente, como se fosse um time varzeano; até um time varzeano consegue trabalhar melhor uma jogada que o atual time gremista. Me dá sincera pena do centroavante Marcelo Moreno, único expoente técnico do time, que fica 90' travando uma batalha pelo alto, pelo chão, e por todos os lados contra os defensores adversários. Fico imaginando o que pode ser feito para ajustar a equipe, me coloco no lugar do Caio, mas é complicado. O time já não é muito qualificado tecnicamente, e taticamente se vê claramente a mão do treinador - no pior modo, obviamente. Não conseguir adaptar o esquema às peças, e ignorar outras, é de uma burrice sem tamanho.

Ontem a extrema sorte ajudou o Grêmio, que marcou 2 gols absolutamente lotéricos, assim como já havia feito no Gre-Nal 390. O gol aos 48' da 2ª etapa mostra que a camisa ainda vence um peso de papel na balança, porém demonstrar um pouquinho de futebol é um mal necessário. O começo do jogo foi promissor, o time parecia ajeitadinho, forçando muito pela esquerda, com Bruno Collaço e Leandro, porque o lado direito, com Gabriel e Marco Antônio, estava ali somente para completar os 11. Para fechar o time também fardaram Naldo e Douglas Grolli. O camisa 4, inclusive, teve uma das piores atuações que eu vi de um zagueiro gremista desde que me entendo por gente, errando 90% dos lances, e sendo decisivo no gol dos Canários. O ex-pedreiro de Chapecó fez o gol da vitória, o que não justifica uma atuação tão fraca, tão insuficiente.

Claro que eu seguirei indo aos jogos, seguirei apoiando o time, só que a partir de agora eu não terei mais nenhum pudor em xingar técnico, jogadores e, principalmente, a direção, que encheu a boca, prometeu abrir os cofres e trouxeram somente um centroavante digno de nota, os demais destaques são remanescentes da "era AVM" ou oriundos da base. "Bala na agulha", seu Pelaipe? Se fosse ser montado um time com especulações, o Grêmio teria uma verdadeira seleção. Sem contar a "miudinha" que se instalou no Olímpico - os 2 laterais sairam machucados no 1º tempo do Gre-Nal, Sorondo sequer fardou para os amistosos de pré-temporada, polêmicas envolvendo jogadores que saíram ou andam aprontando por aí.

Disse que iria falar depois do Gre-Nal, e não falei, deixei a tarefa para o colega Carlos Paiva, e não prometo falar sério sobre Grêmio e Santa Cruz, que acontecerá no próximo sábado à noite. É provável que na manhã de domingo eu não lembre de mais nenhum detalhe do jogo, e, dependendo do resultado - ou até mesmo da atuação -, Caio Júnior não seja mais o técnico gremista. É profundamente lamentável já estar em estado total de desânimo com menos de 1 mês de temporada, quer dizer, parece que não mudou nada do final do Brasileirão para cá. Como disse o Adriano Snel no Grêmio Libertador, após o clássico do último domingo, "jogo do Grêmio tá mais pra encontrar os amigos e tomar uma cerveja antes do jogo do que torcer e curtir um bom time de futebol". Exatamente o que estou pensando em fazer no próximo sábado.

Nos Acréscimos
  • Sem comentários para o embróglio envolvendo Fox Sports BR e as operadoras de TV à cabo. Chega a ser vergonhoso que ninguém consiga assistir aos jogos da Copa Libertadores da América na televisão - enquanto os Estaduais forem em concomitância, a preferência será deles, na TV aberta (por mais absurdo que pareça). Tudo bem, não tenho nada a ver com a Libertadores, meu time não está nela, mas e os torcedores dos times que lá estão? Como os torcedores do Internacional assistirão ao jogo de hoje contra o Juan Aurich, sem ser no Beira-Rio? Como se viraram os fluminenses e vascaínos nos jogos de terça e quarta? Enquanto isto, BBB e UFC a todo vapor para quem quiser comprar...
  • Mesmo sem televisão, há internet, e ela salva, ao menos para sabermos os resultados. Na terça, 3 jogos: pelo Grupo 7, o Defensor recebeu e levou [!] 0-3 do Vélez, enquanto Chivas e Deportivo Quito empataram em 1 gol, em Guadalajara; pelo Grupo 4, no Engenhão, o Fluminense estreou vencendo o Arsenal de Sarandí por 1 a 0, gol de Fred. Ontem, outros 3 jogos: em Santiago, o Unión Española surpreendeu, e venceu o Atletico Junior por 2-0, na abertura do Grupo 3; pelo Grupo 5, o Nacional/URU mostrou força e venceu o Vasco no Rio, por 1-2; e, pelo Grupo 6, o Cruz Azul foi a Assunção e venceu o Nacional local, também por 1-2.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Abre o violino, Beethoven!

Depois das previsíveis eliminatórias na 1ª fase, hoje (ou melhor, daqui a MUITO pouco) inicia-se a 2ª fase - a de grupos - da Copa Libertadores da América, com 3 partidas, as quais o "Vida Cancheira" só não se compromete a mostrar pela "Foxdependência" e pela relutância das operadoras de TV à cabo em liberar o canal recém-aberto no Brasil (na verdade, o não-comprometimento se dá devido às condições - precárias - do redator, o que não vem ao caso). O grupo 7 entra todo em campo hoje, com Defensor Sporting-Vélez Sarsfield (Montevidéu, 19h45) e Chivas Guadalajara-Deportivo Quito (Guadalajara, 00h15), além de uma partida pelo grupo 4, entre Fluminense-Arsenal de Sarandí (Rio de Janeiro, 22h). O momento é de analisar grupo a grupo, as alternativas e apostas do "Vida Cancheira" (na visão deste blogueiro), e é o que segue.

GRUPO 1
Santos
Juan Aurich
The Strongest
Internacional
Grupo com fortíssima tendência a um domínio brasileiro, com os 2 últimos campeões da América lutando entre si pelo título do grupo. O Internacional passou por um teste complicado na 1ª fase, no mata-mata contra o Once Caldas, e parece vir mais forte e já aquecido para confrontos mais fortes. O atual vice-campeão mundial ainda sofre com a ressaca da paulada sofrida para o Barcelona no Japão, e desde o título da Libertadores do ano passado sofre para mostrar bom futebol. Os campeões do Peru e da Bolívia irão se engalfinhar para não segurar a lanterna, com grande vantagem para o Juan Aurich, oriundo de um torneio local tecnicamente menos ruim.

Jogo mais esperado do Grupo: Internacional-Santos, Beira-Rio (04.04, 21h50min).

Candidato a destaque do Grupo: o Grupo 1 possui 2 destaques, os 2 melhores jogadores em atividade na América do Sul - Neymar, do Santos, e D'Alessandro, do Internacional; as partidas entre o Colorado gaúcho e o Alvinegro praiano prometem pegar fogo, muito pelo desempenho brilhante destes jogadores.

Candidato a surpresa do Grupo: olho em Luis Tejada, atacante panamenho do Juan Aurich, artilheiro do último Descentralizado e que tem a incrível marca de 33 gols em 53 jogos com a camisa rubra do time de Chiclayo. Alguns gols do experiente centroavante podem custar pontos preciosos aos favoritos Inter e Santos.

Aposta na classificação do Grupo: Inter e Santos classificando-se, nesta ordem, e Juan Aurich deixando o "más fuerte" da Bolívia na lanterninha.


GRUPO 2
Olimpia
Emelec
Lanús
Flamengo
Bons jogos e muito equilíbrio são esperados no Grupo 2. Três times de tradição (o Emelec um pouco menos que Flamengo e Olimpia) e um argentino emergente que gosta de incomodar (Émerson Leão que o diga) prometem pelejar até esfarraparem-se e até a última rodada. O Flamengo sairia na frente como favorito, não fosse sua situação política muito confusa, com constantes conflitos internos e externos. O Olimpia tenta recuperar sua grandeza de um Tri-Campeão da América, e vem com um time qualificado, e o Lanús busca adquiri-la, da mesma forma. O Emelec incomodará em Guayaquil, e poderá ser o "fiel da balança".

Jogo mais esperado do Grupo: Olimpia-Flamengo, El Bosque de Para Uno (22.03, 22h)

Candidato a destaque do Grupo: a "legião estrangeira" do Olimpia já havia se destacado no último Clausura, e vem forte para esta Libertadores. Os uruguaios Martín Silva, Romero, Ariosa, Amado e Órteman (ex-Grêmio), o argentino Maxi Biancucchi (ex-Flamengo e primo de Messi) o colombiano Marín (ex-Atlético/PR) e o recém-chegado peruano Revoredo formam uma espinha dorsal bastante consistente.

Candidato a surpresa do Grupo: ele já foi eleito o melhor do mundo pela FIFA em 2 oportunidades, mas há 5 anos não consegue mostrar nem sombra daquele futebol que encantou o mundo. Ronaldinho Gaúcho quer mostrar que ainda pode desequilibrar partidas, e nada melhor que uma Libertadores para o craque voltar a mostrar a sua cara.

Aposta na classificação do Grupo: Olimpia ponteando, com o Lanús em 2º. Sim, aposto que o Flamengo cai na 1ª fase (não sem sofrimento), e o Emelec fica para bem trás no Grupo.


GRUPO 3
Bolívar
Atletico Junior
Universidad Católica
Unión Española

Será um grupo que dificilmente terá muita atenção da mídia, com alguma razão. Não há um time de grande tradição, nem dos grandes centros sul-americanos, mas nem por isto iremos ignorá-lo. O Junior, de Barranquilla, deu mostrou bom futebol na Libertadores do ano passado, e vem embalado pelo título colombiano no 2º semestre, conquistado na base do extremo copeirismo. A Católica, que foi além de suas possibilidades em 2011, enfraqueceu-se na comparação, mas segue com um bom time. O Unión Española deve agradecer por ter conseguido vaga na Copa e cumprirá tabela, assim como o fraquíssimo Bolívar.

Jogo mais esperado do Grupo: Atletico Junior-Universidad Católica, Metropolitano de Barranquilla (05.04, 22h30min)

Candidato a destaque do Grupo: o veteraníssimo Giovanni Hernández, de 35 anos, dá o toque de classe ao time da terra de Shakira. Com um bom histórico de convocações para a seleção cafetera, e campeão da Copa América em 2001, El Principe G10 é o referencial técnico, capitão e maior ídolo da torcida, esbanjando categoria, e praticamente levando o time nas costas.

Candidato a surpresa do Grupo: o estádio Santa Laura, do Unión Española, pode protagonizar alguns "acidentes de percurso" dos favoritos. É sempre muito perigoso jogar no caldeirão de Santiago, contra a sempre ensandecida hinchada hispânica que empurra mesmo o time dirigido pelo ex-meia da seleção chilena José Luis Sierra.

Aposta na classificação do Grupo: Junior em 1º com os Cruzados em 2º, sem medo de errar. Unión Española ainda faz um esparro, e o Bolívar será o sparring.


GRUPO 4
Boca Juniors
Zamora
Fluminense
Arsenal de Sarandí
Este Grupo marca o retorno do Club Atletico Boca Juniors ao ambiente charmoso da Copa Libertadores, depois de 2 anos, e marca o reencontro entre os Xeneizes e o Fluminense, que os eliminou na Libertadores de 2008. O Tricolor carioca, aliás, surge como força não só do Grupo, como da Copa como um todo, é um dos principais favoritos, possuindo um elenco com ótimas opções, sobretudo do meio para frente. O Boca tem um time bem arrumado por Falcioni, e foi campeão invicto no último Apertura. O Arsenal caiu de pára-quedas na Copa, mas ainda é perigoso em casa. "Who is Zamora?!" (espero não morder a língua)

Jogo mais esperado do Grupo: Boca Juniors-Fluminense, La Bombonera (07.03, 22h)

Candidato a destaque do Grupo: Fred, costumaz artilheiro doméstico, terá mais uma chance de mostrar realmente seu potencial decisivo em uma competição internacional. Na Libertadores passada ele até ajudou, e bem, no jogo contra o Argentinos Juniors, com 2 gols, mas contra o Libertad, o centroavante sucumbiu como todo o time carioca.

Candidato a surpresa do Grupo: a defesa do Arsenal, se não for desmanchada até o final da 2ª fase, tem tudo para ser o ponto forte do time, e pode segurar os potentes ataques de Boca Juniors e Fluminense. Lisandro López e Guillermo Burdisso foram sondados por clubes brasileiros, e Hugo Nervo cumpriu bom papel na temporada passada. Olho e ataque neles.

Aposta na classificação do Grupo: Fluminense e Boca Juniors classificam-se fácil, fácil; Arsenal fica com o 3º posto e o Zamora tentará não ter a pior campanha da 2ª fase.


GRUPO 5
Nacional/URU
Alianza Lima
Vasco da Gama
Libertad
Um dos 2 "Grupos da Morte" - quem passar certamente incomodará muito na fase de mata-mata. O Nacional vem de um título uruguaio surpreendente, depois de um péssimo começo, com o treinador Marcelo Gallardo fazendo o time reagir de maneira espetacular, liderado pelo experiente Álvaro Recoba. O Vasco também reverteu expectativas em 2011; começou muito mal, sendo inclusive ameaçado de descenso no Estadual, depois virou tudo, foi campeão da Copa do Brasil, vice do Brasileirão, e chegou as semi-finais da Sul-Americana. Entretanto, não se reforça como deveria. Libertad e Alianza Lima tem times bastante fortes, e darão trabalho aos favoritos Vasco e Nacional.

Jogo mais esperado do Grupo: Nacional-Vasco da Gama, Gran Parque Central (12.04, 21h50min)

Candidato a destaque do Grupo: o "Reizinho de São Januário" Juninho Pernambucano voltará a disputar uma partida de Copa Libertadores depois de 13 anos, quando o Vasco foi eliminado pelo Palmeiras na edição '99 da Copa, além de ter sido campeão no ano anterior. Sua experiência, capacidade para organizar e executar bolas paradas é o diferencial do time da Cruz de Malta.

Candidato a surpresa do Grupo: o Alianza Lima larga com uma vantagem interessante nesta fase da Libertadores, que é jogar as 2 últimas partidas diante de sua torcida, dando-lhe a oportunidade de um sprint final. Além disto, o time reforçou-se com o centroavante uruguaio Charquero, onde terá uma bela chance de estourar.

Aposta na classificação do Grupo: vai ser uma briga de facão. Acredito que passem Vasco e Libertad, nesta ordem, com o Nacional esperneando até o fim, e o Alianza Lima incomodando. Entretanto, tudo poderá se inverter, tal a imprevisibilidade do Grupo.


GRUPO 6
Corinthians
Deportivo Táchira
Nacional/PAR
Cruz Azul
Protocolo corinthiano no Grupo 6, o único risco a se considerar são as viagens longas ao México, para enfrentar um desinteressado Cruz Azul, e à Venezuela, para um confronto contra o Deportivo Táchira. O Corinthians vem como campeão brasileiro, bastante azeitado e com reforços interessantes para a composição do grupo. Não há dúvidas do favoritismo do Corinthians, nenhuma dúvida. A 2ª vaga vai ser triste de ver a briga, os demais times da chave são fracos, com relativo destaque para os Cementeros, que possivelmente não darão "mucha pelota" para a Copa.

Jogo mais esperado do Grupo: nenhum em especial

Candidato a destaque do Grupo: o Corinthians, por si só, já é destaque na Copa. Some-se a isto um grande trabalho de Tite, desde 2010, e temos aí um dos favoritos ao título. Taticamente o time é ótimo, e isto faz a diferença em jogos encrencados, além da grande experiência do grupo de jogadores. Em suma, o conjunto da obra se destaca no Coringão.

Candidato a surpresa do Grupo: o Cruz Azul tende a me dar nos dedos e repetir a grande campanha de 2001, quando foi vice-campeão, só caindo nos pênaltis, diante do Boca Juniors, em La Bombonera. Christian Giménez, Gerardo Torrado, Edixon Perea e Omar Bravo são muito bons jogadores e podem levar o Cruz Azul além da 2ª fase.

Aposta na classificação do Grupo: Corinthians líder disparado, talvez com a melhor campanha da 2ª fase, com o Cruz Azul em 2º. Nacional e Táchira vão tentar roubar pontos um do outro.


GRUPO 7
Vélez Sarsfield
Deportivo Quito
Defensor Sporting
Chivas Guadalajara

Mais um Grupo muito equilibrado, só não é considerado "da Morte" pois a presença do Chivas desqualifica a competição, principalmente se pensarmos na vontade que eles entrarão em campo. O Vélez, que há horas é considerado favorito à Copa, porém nunca chega sequer perto, tem mais uma chance de quebrar a escrita; time há, a base do ano passado se manteve, com os bons acréscimos de Obolo e Insúa. Enquanto isto, o Defensor tentará surpreender, mas, a nível de comparação, o time atual é muito pior que o de 2009 (o time do "Bombonerazzo"). Campeão equatoriano, o El Nacional investiu bastante para, ao menos, passar de fase, enquanto o Chivas vai depender de sua participação no torneio local para definir o foco.

Jogo mais esperado do Grupo: Deportivo Quito-Vélez Sarsfield, Olímpico Atahualpa (07.03, 19h45min)

Candidato a destaque do Grupo: ano passado, na campanha da Universidad Católica na Libertadores, um centroavante um tanto quanto rechonchudo fez sucesso, o argentino Lucas Pratto - um dos artilheiros, com 6 gols. Depois de passagem apagada pelo Genoa/ITA, o "Tanque" terá outra oportunidade de brilhar nos campos da América.

Candidato a surpresa do Grupo: Omar Arellano, de 24 anos, fez chover para cima na curta participação do Chivas vice-campeão da Libertadores '10. Jogando na extrema direita do campo, aquele garoto rápido e driblador impressionou quem assistiu aos 8 jogos do time na competição. Este ano terá a chance de repetir a dose, e se alçar em definitivo na carreira.

Aposta na classificação do Grupo: Vélez passa em 1º, com relativa tranquilidade, com o Deportivo Quito indo junto, no aperto. O Chivas e o Defensor incomodarão, mas não conseguirão seguir adiante.


GRUPO 8
Universidad de Chile
Atlético Nacional
Godoy Cruz
Peñarol

Tão ou mais "Grupo da Morte" do que o 5, o Grupo 8 tem o atual campeão da Copa Sul-Americana, o atual vice-campeão da Libertadores, um tradicional clube da Colômbia e um emergente argentino. É pouco ou querem mais? La 'U' perdeu seu principal jogador, Eduardo Vargas, para os milhões de € do Napoli/ITA, porém, não houve o temido desmanche no time, que ainda foi bem reforçado. O Nacional, de Medellín, tenta voltar aos seus dias de glória, assim como o Peñarol, que teve um gostinho no ano passado, e hoje tenta se reconsolidar. Os carboneros, a propósito, já mostraram a que vieram na 1ª fase, contra o Caracas. E do Norte argentino vem o Tomba, em sua 2ª participação em Libertadores, tendo um time bastante interessante e qualificado - personificado no interminável Ramírez e em Diego Villar.

Jogo mais esperado do Grupo: Peñarol-Universidad de Chile, Centenario (06.03, 19h15min)

Candidato a destaque do Grupo: é a hora e a vez de Jorge Sampaoli fazer o seu esquema tático móvel funcionar em um campeonato mais exigente que a Copa Sul-Americana. Se na referida competição as coisas correram perfeitamente bem, agora, sem alguns jogadores chave, a mão do treinador terá que se manter afiada.

Candidato a surpresa do Grupo: Macnelly Torres, capitão e expoente técnico do time, tem a chance de se reabilitar para uma carreira que parecia promissora há uns 5 anos atrás, quando ele ainda atuava no Cúcuta Deportivo, e se destacou na Libertadores '07 com jogadas de grande habilidade, dribles e passes que fizeram seu cartaz.

Aposta na classificação do Grupo: Universidad de Chile e Peñarol, com uma grita forte de Gdoy Cruz e Atlético Nacional - exatamente nesta ordem.