segunda-feira, 30 de abril de 2012

Altos e Baixos

O Inter venceu o Grêmio por 2 a 1. Em pleno Beira-Rio, diante da sua torcida, o colorado ergueu a taça Farroupilha e garantiu o direito de disputar a final do Gauchão contra o Caxias. Em um jogo onde destaca-se a superioridade da defesa colorada ao amorfo ataque gremista que em toda a primeira etapa não conseguiu desferir se quer um chute ao gol de Muriel. Já Leandro Damião era soberano diante os zagueiros gremistas na bola área tanto que numa bola alçada Damião sozinho falhou ao dominar a pelota e também não contava com o erro de Gabriel que ao invés de afastar o perigo entregou o ouro ao Dátolo que não perdeu a chance e assim abriu o placar no clássico 392.
Na segunda etapa Vanderlei Luxemburgo resolveu mudar o time colocando Marquinhos e Moreno no lugar de Miralles e André Lima respectivamente. Tomando essa medida o Grêmio começou a povoar a meia cancha não dando espaço as colorados induzindo ao erro e foi o que acabou acontecendo e Dátolo autor do gol foi do céu ao inferno dando passe na fogueira para R.Moledo este piorou a situação, se viu em apuros e acabou cometendo a falta em Moreno. Fernando cobrou na trave e no rebote Werley empatou para o time da Azenha.
Mas do céu ao inferno não era exclusividade de Dátolo. Vanderlei Luxemburgo que depois de começar com um time capenga e de conseguir consertar a lambança no intervalo, conseguiu estragar tudo em uma cena patética com o gandula colorado. O comandante gremista foi tão precitado que não percebeu a anulação do arbitro no lance e acabou pagando um vale daqueles de esquecer e virar a pagina justamente em um momento onde seus os comandados estavam começando a dominar jogo.
O resultado foi a expulsão merecida e o desequilíbrio total do time com Andre Lima e Paulo Paixão na casamata. Porém o time colorado nada tinha haver com essa confusão e voltou a ter sangue nos olhos. Mais equilibrado emocionalmente o Inter voltou a pressionar o Grêmio e aos 35 minutos da etapa final numa cobrança de escanteio Fabrício pulou sem marcação e fez o gol da justa vitoria colorada.
Portanto o colorado terá semana de recuperação para os jogos decisivos que estarão por vir como a disputa do Gauchão e a decisão contra o Fluminense no Rio de Janeiro. Também existe a possibilidade de contar com o "memino de ouro Oscar" e se confirmado será um grande reforço.

Destaque: Fabrício fez a sua melhor atuação pelo Inter e mostrou que é do ramo. Tinga como já era de se esperar jogou em alto nivel assim como Guiñazu e Sandro Silva que está gastando a bola. R.Moledo tirando o lance "capital" que originou o gol gremista foi um gigante assim como Índio. Damião fez um deus nos acuda na defesa gremista e teve uma boa atuação igualmente há Jaja Coelho que de bobo não tem nada e se mostra uma alternativa de banco ao Dorival Junior.

Decepção: Dorival Junior insiste com Jô como alternativa no ataque. Apostar e não dar certo é uma coisa. Mas insistir não tem explicação.

* Neymar fez três gols na vitoria do Santos sobre o São Paulo. E mostra que o time da Vila Belmiro no momento é o time a ser batido em todas as competições.

Pergunta: Gandula ganha jogo?

   

domingo, 29 de abril de 2012

Sarna pra se coçar

Para começo de conversa, parabenizo o Sport Club Internacional pela conquista do seu 41º título de Campeonato Gaúcho. Vão pregar respeito e os cambau para com o Caxias, mas, não tem jeito, somente uma tragédia, um cataclisma tira mais esta taça da sala de troféus da Padre Cacique. O direito a receber as faixas do maior clube da terra da Festa da Uva (!) foi adquirido na tarde de hoje, com a vitória no Gre-Nal 392, disputado no Beira-Rio. No meu ver, serão 2 jogos para cumprir o regulamento, pois, do jeito que os grenás estão, nem precisariam entrar em campo. Não sei se espero que eles calem minha boca, para mim não fará a menor diferença. Seja como for, o Inter, vencedor da Taça Farroupilha, chega com méritos, e, graças a melhor campanha no geral, reitera o favoritismo atribuido a ele na grande final.

Meu foco é o lado azul*, lado derrotado. Assisti ao jogo na companhia do amigo e colega blogueiro Lucas Estega, do Futebol Além dos Gramados, e, chegamos a um consenso; o jogo foi ruim, e teríamos chegado à mesma conclusão se o Tricolor tivesse vencido nas mesmas condições. Luxemburgo fez um mistério que, para mim, foi genial, mas no contexto da partida foi desnecessário - a escalação do time foi divulgada apenas quando os 18 relacionados estavam no gramado do Beira-Rio. A ideia era não mexer muito na estrutura do time, consolidado no 4-3-1-2, entretanto o treinador "inovou" (poderia dizer que inventou) botando o time em um 4-3-3 desproposital, sobretudo porque quem tinha que atacar e propor o jogo era o Internacional, até por ser o mandante. O mistério foi tanto, que o telão/sistema de som do estádio chegou a anunciar a escalação com Júlio César na lateral-esquerda; este, provavelmente, estivesse em casa assistindo ao jogo, e recuperando-se de lesão muscular. Sensacional.

No fim das contas, Miralles entrou na vaga de Léo Gago, se juntando a Bertoglio e André Lima no ataque. Marco Antônio recompôs a meia-cancha pela esquerda, fazendo praticamente uma linha com Fernando e Souza. Muitos podem dizer que Bertoglio poderia ter jogado no meio, mas na 1ª etapa ele ficou trocando de posicionamento com Miralles, cada um em uma ponta. A intenção foi excelente, só que esqueceram de avisar ao camisa 18 que o jogo tinha certa importância, e que ele precisaria jogar. É, não jogou. Absolutamente nada, como de costume. A escalação inicial deve ter causado orgasmos nas chinas de fronteira da torcida do Grêmio, que não podem ouvir um jogador "hablar castellano" que já se abrem, só que não deu em nada; o time perdeu totalmente a consistência no meio-campo, sem contar que a excelente marcação do Inter impossibilitou movimentos ofensivos com algum resquício de criatividade. Na 1ª etapa, o time não deu nenhum chute a gol. Nada. Produção estéril.

Não obstante, a zaga voltou a fazer água frente a um ataque mais qualificado. Werley e Gilberto Silva já haviam se visto em apuros contra Leandro Damião e Jajá, mas o Colorado pecava no último passe. E justamente o jogador ofensivo com a pior produção no time vermelho foi o responsável por abrir o marcador. Depois de um contra-ataque, a bola pipocou na área gremista, Gabriel tentou afastar, mas deu um belíssimo passe de calcanhar para Jesús Dátolo bater de perna direita, sem chances para Victor. Eram aproximadamente uns 35', não tomei notas ao acompanhar a partida. Talvez o resultado mais justo fosse o empate, só que quando apenas um dos times finaliza, este não fez mais que sua obrigação, e a vantagem no placar é consequência. Enquanto isto, Bertoglio apenas sofria faltas, e André Lima e Miralles apanhavam da bola, completamente agoniados por não serem abastecidos. Houve uma jogada em que André foi buscar jogo na ponta-esquerda, e tentou abrir espaço a dribles. Óbvio que não rolou. Constrangedor.

O intervalo mostrou mais uma vez porque o Grêmio acertou na escolha do treinador, e porque o Inter sofre com o seu. Luxemburgo percebeu que de boas intenções o inferno está cheio, e sacou Miralles do time, ingressando Marquinhos, e também trocou André Lima por Marcelo Moreno - aqui já adianto, fora uma cabeçada fraca do boliviano, foi uma troca de 6 por 1/2 dúzia. Marquinhos foi fazer a função cumprida por Marco Antônio nos primeiros 45', e este foi ser o "1" do esquema, digamos, ideal. O jogo seguiu sem nada muito digno de nota, com o Inter recuando um pouco, até que em uma trapalhada de Rodrigo Moledo (o melhor em campo, na minha opinião - só errou naquela jogada), o zagueiro precisou cometer falta em Moreno. Dátolo pagou geral, e parecia pressentir o pior, que de fato aconteceu: Fernando, de excelente atuação, cobrou a falta no poste, e, no rebote, Werley completou. Empate e catarse coletiva dos 2 mil gremistas presentes no estádio porto-alegrense na Copa '14.

O Inter pareceu sentir o gol, mas foram apenas 5' onde o Grêmio pareceu querer para si o controle da partida. Até que aconteceu o lance mais peculiar do campeonato - mais até que a mordida do cão da BM no atacante do Caxias; Jajá mandou uma porrada da intermediária, e exigiu uma ótima defesa de Victor. Tudo certo, só que na cobrança do escanteio, o gandula repôs rapidamente para o cruzamento de Dátolo e Vanderlei Luxemburgo saiu à caça do rapaz, e causou um reboliço sem razão, pois o lance não levaria perigo algum ao gol gremista. Momentos de briga, ameaças, gritedo, e depois de dizer algumas verdades para Márcio Chagas da Silva e para o 4º árbitro, Luxemburgo foi para o chuveiro mais cedo (?). Paulo Paixão e André Lima, ambos também envolvidos no rolo, ficaram no comando técnico da equipe, sobretudo o centroavante, que trocava informações por celular com o treinador, além de orientar Leandro, quando este foi a campo. Parece claro que, por conta disto, o garoto nada fez - entrou na vaga de Bertoglio.

De tanto brigar por escanteio, o gol da vitória do Inter não poderia sair de outra maneira. Faltando cerca de 10' para o final da partida, Jajá cobrou escanteio da direita, e Fabrício apareceu como centroavante, completamente desmarcado, para acabar com a trajetória do Grêmio no Gauchão 2012. Diga-se de passagem, voltando na casinha do sistema defensivo, que foi muito mal, o Inter ganhou quase todas pelo alto. Muitos fatores para "chamar" o gol vermelho que definiu tudo. No fim das contas, pela atuação fraca do Grêmio, e maior eficiência do Inter, se fez justiça no placar. Além da já destacada atuação de Rodrigo Moledo, o Inter teve em Tinga mais um expoente, ainda que, por vezes, quisesse apitar o clássico. Do lado gremista, Fernando e Pará (!) foram bem, mas as péssimas atuações de Gabriel e Marco Antônio foram comprometedoras, para ser bonzinho.

Agora, para o Grêmio, tudo é Copa do Brasil, e vejo isto como um fato positivo, naquela velha mania de querer ver algo bom nas derrotas. Jogos apenas nos meios de semana até o Brasileirão, e tranquilidade para enfrentar o Fortaleza, pelas oitavas-de-final da Copa. O confronto começa na próxima quinta-feira, às 21h50, no Presidente Vargas - viagem longa, torcida adversária ensandecida, e um time que vai correr e pegar muito. Nada melhor que priorizar isto, sem ter uma pressão maior com outra decisão concomitante. A derrota no Gre-Nal não foi tão comprometedora, não tem potencial devastador (xô, terra arrasada!), e na terça-feira ninguém mais lembrará de nada. O Tricolor viajará completo, podendo já contar com Mário Fernandes, e a medida que as etapas vão sendo cumpridas, o time vai encorpando em busca do penta-campeonato da 2ª competição nacional mais importante.

* "do lado azul", porque espero que o colega Carlos Paiva poste uma visão colorada sobre o clássico.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Drops copeiros (do Brasil)

Começaram as peleias válidas pelas oitavas-de-final da Copa do Brasil, com 3 jogos disputados ontem à noite. Aqui cabe uma análise do contexto, pois acompanhei en directo (além do VT) apenas alguns minutos da vitória do Palmeiras sobre o Paraná, em Curitiba. Das 3 partidas, apenas 1 deu “a lógica”, onde o time de Série A se sobressaiu sobre o de Série B e encaminhou sua classificação, no caso do Alviverde (“Imponente”, como escreveu Antônio Sergi) paulista. Bahia e, principalmente, Goiás também se mantém com boas possibilidades para o jogo de volta.

Como referi anteriormente, o Palmeiras conseguiu um grande resultado, vencendo o Paraná, na Vila Capanema, por 1-2. Depois da surpreendente eliminação no Paulistão, para o Guarani, os comandados de Felipão sacudiram a poeira, deram a volta por cima, e botam um pé nas quartas-de-final da Copa. O resultado foi melhor que a atuação, tomando como base os minutos que acompanhei, uma vez que o Palmeiras tem enormes dificuldades na armação das jogadas, sendo muito dependente dos rompantes de velocidade de Mazinho, estreante da noite, e, óbvio, das bolas paradas executadas cirurgicamente por Marcos Assunção, que abriu o placar cobrando falta, aos 22’. Previsibilidade e eficiência dos paulistas.

Surpreendeu a gana que jogaram os Tricolores das Araucárias, tanto os 11 dentro do campo, quanto os cerca de 15 mil nas arquibancadas. Mesmo estando nas 2ªs divisões do Brasil e do Paraná, o time mostrou brios, correndo como loucos, e ainda buscariam o empate antes do fim da 1ª etapa, com o meia Luisinho, aproveitando rebote do goleiro Bruno. No 2º tempo, mesmo abaixo de frio e chuva, o jogo ficou quente, com o Paraná vendo que poderia virar o jogo, e o Palmeiras aproveitando as brechas que a (fraquíssima) marcação dos paranistas proporcionava. A correria desenfreada se manteve, entretanto os times não foram suficientemente criativos para tirar o 1-1 do placar.

Aos 33’ da 2ª etapa, Henrique cometeu pênalti absurdo em Patrik, que o seu xará converteu. Palmeiras na frente, e com ótima vantagem para o jogo de volta. O Paraná precisará vencer por 2 ou mais gols de diferença, ou até por 1, desde que por 2-3 ou mais; qualquer outro resultado qualifica os alviverdes para enfrentar o vencedor de Cruzeiro-Atlético/PR, que começam a se degladiar na próxima quarta-feira, na mesma Vila Capanema. A não ser que aconteça um grande acidente, maior até que a eliminação palmeirense no Estadual, Felipão e sua trupe estarão na próxima fase. Mas nas quartas-de-final a exigência será infinitamente maior, aí não sei não... O Paraná, com esse time, certamente volta à elite paranaense, e não cairá na Série B.

Nas outras 2 partidas, mais confrontos Série A vs Série B. No Serra Dourada, o Goiás recebeu o até então invicto em 2012 Atlético/MG. Até então, pois o esmeraldino se impôs, de forma até surpreendente, e venceu com total autoridade o time de Cuca, por 2-0, gols do eterno pretendido pela dupla Gre-Nal Rafael Tolói, e Ricardo Goulart, em jogada do glorioso Ramón(stro). Confronto em aberto, pela melhor capacidade do time mineiro. O vencedor pega São Paulo-Ponte Preta. Já no Canindé, Portuguesa e Bahia fizeram um jogo morno na estréia de Geninho nos lusitanos. O Bahia jogou melhor, e deve confirmar classificação para pegar Grêmio ou Fortaleza. Hoje jogam Ponte Preta-São Paulo e Coritiba-Paysandu.

Dos Males o Menor

O Internacional empatou com o Fluminense pelo placar de 0 a 0. Apos um primeiro tempo truncado, batido na meia cancha e com pouco futebol o time Colorado voltou na segunda etapa com "sangue nos olhos" pressionando o time carioca. Até os 20 minutos da segunda etapa o Fluminense tomou uma pressão enorme do time colorado que ainda desperdiçou um pênalti. O tricolor das Laranjeiras até que deu uma reagida no decorrer do jogo exigindo uma defesa que fez honrar o pagamento do dia 5 de cada mês ao goleiro Muriel. Mas o colorado retomou o comando das ações, atacou, foi superior e colocou até uma bola na trave com o Jô porém o jogo terminou sem gols no placar.
Apesar errar um pênalti o argentino Dátolo ainda possui muitos créditos com a torcida que veste vermelho e branco mas certamente que esse gol fará muita falta para o jogo de volta no Engenhão. Sandro Silva e Guiñazu formam uma baita dupla de volantes dinâmicos, marcadores e com boa saída de bola coisa rara hoje no futebol. Tinga foi muito bem atuando em alto nivel, Damião quando abastecido incomodou a defesa de Abel Braga, Nei e Fabrício ambos fizeram uma boa partida.
Dorival Junior fez o simples. Quando o Kleber se machucou colocou o Fabrício o lateral reserva. Escalou um time equilibrado na meia cancha, mesmo com a lesão de Dagoberto que recuava muito e estava um pouco abaixo do seu rendimento normal pois este joga melhor como segundo atacante que não abalou o pensamento do comandante com sua tática de 4-2-3-1. Ostentou a ideia colocando Jaja Coelho que correspondeu bem ajudando a meia cancha colorada se postando a frente, marcando a saída de bola dos cariocas e isso definitivamente mudou o panorama do jogo. Também ajudou a sanar algumas duvidas sobre o esquema colorado que não tem nada de 4-4-2 e sim uma linha três meias, recuando o Dagoberto fazendo este render menos. Pode-se entender como um desperdício de talento. O Inter ficou o ano de 2011 inteiro buscando um segundo atacante, fez das tripas coração para trazer Dagoberto porém Dorival tem uma linha de pesamento ostentada ontem com a entrada de Jaja Coelho pois se fosse o 4-4-2 a opção obvia seria a entrada de Gilberto que pode fazer jogadas de lado. Ao menos Dorival mostra convicção em sua ideia de futebol sem seus principais jogadores de criação que é D´Alessandro e Oscar.    
Portanto o Colorado vai para o Rio de Janeiro buscando no minimo qualquer empate com gols para se creditar a próxima fase da competição mais charmosa das Américas.

Destaque: Sandro Silva e Guiñazu foram muito bem, Tinga fez uma baita atuação, Damião fez uma jogadaça dando uma janelinha no defensor carioca e tentou um "Charles" logo em seguida e incomodou muito a defesa do Flusão, Índio e Moledo quando quando exigidos mostraram serviço assim como Muriel.

Decepção: Se esperava um pouco mais de atitude de Dátolo que depois de errar o pênalti se abalou e sumiu do jogo. 

*O Bolivar venceu o Santos por 2 a 1. Mas certamente o time praiano vai reverter essa pequena desvantagem e eliminar essa chance de zebra na Vila Belmiro.

Pergunta: Como encarar o GRENAL com tantos desfalques?

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Chave para fechar e abrir

Há horas venho pensando seriamente nos 2 assuntos ligados ao Grêmio que vem dando maior polêmica nos últimos tempos: inauguração da Arena e despedida do Olímpico. Muitas ideias pairam sobre esta caixa craniana, e muitas coisas se ouvem por aí, desde especulações, até confirmações - que, aliás, não me agradam muito. Duas coisas estão certas, até agora, que haverá um show da Madonna, no dia 9 de dezembro, para possivelmente fechar as portas do Velho Casarão, e que o Bayern, de Munique, deve inaugurar a Arena, caso não ganhe o campeonato continental que disputa. Queria colocar algumas coisas que povoam minha mente no papel, e uma conversa com o amigo Elói Saldanha Jr., do recém-criado blog "Futebol Além dos Gramados", ajudou a abrir um pouco minha mente.

Começando pelo fim. O fim do Olímpico Monumental. Quase 58 anos abrigando o Grêmio Foot-ball Porto Alegrense, palco de grandes partidas, decisões e títulos do Tricolor, também foi palco de muitos e grandes shows ao longo dessas 6 décadas. Só vou focar na última década, com o auxílio da nossa gloriosa Wikipédia: Eric Clapton, Roger Waters, Rush e Lenny Kravitz pisaram no estádio para fazerem seus espetáculos sem bola nos pés. Meu pai, coloradaço, me fala com carinho do show do Sting no Monumental, lá por 1987, se não me falha a memória. Vejam bem, Sting, ninguém menos que o cara que levava o The Police nas costas. Agora os gestores do clube permitem que a Madonna faça os últimos trabalhos do nosso templo sagrado? Isto é completamente inadmissível. Ela é a Rainha do Pop? Beleza, que seja, mas o Grêmio não é um clube "pop", aliás, existe um clube em Porto Alegre que se orgulha de ser chamado assim. Enfim, deixa pra lá...

Para mim, deveria acabar como começou, com um grande jogo. As passagens de grandes músicos pelo Olímpico entraram para a história, e sei que muitos gremistas tem um enorme orgulho disto. Sei também que alguns gremistas se orgulharão de receber uma artista do tamanho da Madonna no nosso estádio. Eu não. Nada contra a moça (!), muito pelo contrário, respeito demais o sucesso que ela faz há sei lá quantas décadas - certamente mais tempo do que tenho de vida. Entretanto, não é um espetáculo com o qual a maioria de nossa torcida se identifica, disto tenho certeza. Como a produtora não tinha outro lugar decente para socar um show desses, aproveitou-se o Monumental; bueno, se a direção gremista conseguir tirar uma boa grana desse fiasco, minha indignação irá reduzir um pouco. Minha preferência seria colocar em risco a história do estádio (e do clube), fazendo o encerramento com o Gre-Nal da última rodada do Brasileirão, no dia 2 de dezembro e já era, fecha as portas. Sei que muitos gremistas (inglórios) iriam tremer de medo, mas quer jogo mais digno para a ocasião? No festival de inauguração levamos 6 deles, o estádio não caiu, o clube não acabou, e não deixamos de conquistar títulos na nossa casa.

Já quanto a inauguração da nova Arena (que dizem ser "multiuso", entre outras mumunhas de 1º mundo), me divido em 2 correntes, tanto para sugestão de evento, quanto para pontuar uma questão ventilada desde ontem na imprensa. Primeiro, ao apontamento: foi falado que, com a recusa dos australianos do AC/DC, a Grêmio Empreendimentos iria buscar o Foo Fighters para fazer a abertura dos trabalhos no estádio. Desde já confesso que estou secando fortemente esta possibilidade, mas é o escriba Jhon Willian que o faz, e não por não gostar de Dave Grohl e cia., pelo contrário (no início do mês, inclusive, assisti a um show dos caras em São Paulo - mais um motivo para secar [risos]). Sem contar que já se falou em nomes como U2 e Rolling Stones; mais uma vez, nada contra as bandas. É que tem o seguinte, um show desses caras, seria um evento (e que evento!) para Porto Alegre, e, aqui entre nós, o acontecimento da inauguração do novo estádio do Grêmio, deve ser destinado APENAS aos gremistas, no meu ver. Duvido que não haja 1 colorado (ou torcedor de qualquer time que seja) que não queira assistir aos Stones em Porto Alegre, duvido mesmo. Delimitação de público, esta é uma ideia, e não é com shows de grande magnitude que isto será feito.

O que penso a respeito, já pensava, e a conversa com o Elói apenas me limpou as vistas: lembrei do festival de inauguração do Olímpico, há quase 58 anos, quando aconteceu um triangular envolvendo o próprio Grêmio, o Internacional e o Nacional, de Montevidéu - já lembrei há 2 parágrafos o que aconteceu, e não preciso fazê-lo novamente. Penso em algo semelhante a isto, e aqui transcrevo uma sugestão bastante superficial, porque não entendo muito de elaboração de eventos, tampouco de publicidade, e como isto se enquadraria. Seria realizado um torneio semi-final com 4 equipes, e eu sugeriria, além do Grêmio, o Nacional/URU, o Ajax e o Club Almagro, da Argentina. 2 clubes com laços históricos muito fortes com o Grêmio, e um clube europeu com participação na nossa história. O Grêmio participaria do 1º jogo, por óbvio, e entre este jogo e a outra semi-final, seriam realizados shows com artistas identificados com o Grêmio, como Humberto Gessinger (e os Engenheiros do Hawaii, fosse o caso), Tico Santa Cruz (e os Detonautas), Adriana Calcanhoto, Renato Borghetti, Wander Wildner, Michel Teló, algum pagodeiro, enfim, para atender a todos os gostos dos gremistas. Acredito eu que nem todos sejam fãs de rock pesado.

Assim seria feito antes da final, ou como fosse definido o regulamento do torneio, ficaria à cargo dos gestores e organizadores. Deste modo, a festa de abertura da Arena aos gremistas não seria restrita a um nicho de consumidores (de rock'n'roll, no caso), se restringiria aos gremistas, e aí se faria exigível a obrigatoriedade de ser sócio para participar do evento. Valorizaria os vínculos que o clube Grêmio Foot-ball Porto Alegrense tem com alguns clubes no mundo afora, e valorizaria os talentos daqui, que são assumidamente gremistas, ao invés de trazer atrações do exterior que talvez sequer saibam o que é futebol, muito menos o que é o Grêmio. E finalizando, abro espaço para os gremistas fazerem suas sugestões, do que gostariam de ver na inauguração da nossa Arena, e as opiniões sobre o show (e jogo) de despedida do Olímpico.

Antes do Esquecimento
  • Comecei o post ontem, 24 de abril, uma data importantíssima: há 59 anos começava a ser erguido o nosso Velho Casarão, do qual estamos discutindo uma melhor maneira de nos despedirmos. Lugar onde vivi muitas emoções, tanto boas, quanto ruins; onde chorei de alegria, de tristeza, dei risada com os amigos, assisti a grandes jogos, torcendo quase que doentiamente por este gigante do futebol que é o Grêmio. Cada vez que penso que estamos vivendo os últimos momentos podendo admirar aquela montanha de concreto e aço, que parece ter vida própria, me dá um aperto no coração. E o site Globo Esporte aproveitou o gancho, e fez uma excelente matéria sobre o assunto, a qual recomendo muito a leitura.

Viva ao Futebol

O Barcelona foi eliminado em pleno o Camp Nou empatando com o Chelsea pelo placar de 2 a 2. O time catalão foi superior o tempo todo, deu espetáculo, reduziu o campo de jogo do Chelsea a alguns míseros metros de campo e acima de tudo mostrou um futebol invejável. Porém nem mesmo o futebol mais bonito praticado nos últimos tempos por um time foi capaz de escapar da derrota.
Jogar bonito não significa vencer sempre mas convenhamos que fica bem próximo do "vencer sempre".
O Barcelona criou muitas chances de gol nos dois jogos. 
Sendo que no ultimo desperdiçou um pênalti e sem contar os inúmeros arremates na trave, a posse de bola do Barcelona superou os 70% fazendo o time inglês se contentar com o estilo de jogo "bola pro mato que é jogo de campeonato" e assim foi.  
O Chelsea foi "Copeiro" até o fim. Resistiu aos toques rápidos e envolventes dos espanhóis mesmo com o campo reduzidíssimo. Ramires mostrou-se tanto na Inglaterra quanto na Espanha que é um jogador de extrema importância para proposta de jogo dos "Blues" que era defender e sair no contra-ataque e funcionou. Afinal o Chelsea sabia de sua inferioridade perante ao melhor time dos últimos tempos. Jogou da unica forma que poderia vencer com muita raça, vontade e determinação.  
Portanto parabéns ao Chelsea pela classificação heroica e que certamente será lembrada por muito tempo. Parabéns ao Barcelona que mesmo perdendo mostrou superioridade, espetáculo e confirmou que até mesmo o melhor time do mundo um dia perde. 
        

segunda-feira, 23 de abril de 2012

À contento?

Mais um jogo para a série dos resultados sem grandes atuações. Consegui apenas assistir ao melhores (?) momentos da partida de sábado na noite de ontem, portanto, o texto só sai do forno agora. O "plus" a mais na vitória sobre o Canoas, em relação aos fatores que vinham desagradando, foi o extremo preciosismo, que salvou os visitantes de sofrerem uma goleada, mesmo enfrentando um Grêmio pouco afim de jogo - nota-se aí a (falta de) qualidade dos outrora universitários. No entanto, uma novidade positiva: a defesa jogou bem, e pela 1ª vez na temporada o time fica mais de 2 jogos (esse foi o 3º) seguidos sem sofrer gols, o que com Werley e Gilberto Silva no miolo de zaga não deixa de ser uma façanha registrável. Agora vem um Gre-Nal bastante interessante, pelo contexto, na decisão da Taça Farroupilha - a exemplo do ano passado, no Beira-Rio.

O Grêmio, em 10' de blitzkrieg na 1ª etapa, fez seu gol, com André Lima, aos 7', depois de uma falha grotesca da defesa do Canoas. Um legítimo gol de "xiripa" do centroavante gremista. O goleiro Vaná foi o melhor em campo; apesar de protagonizar o pastelão do único gol da partida, fez defesas importantes que mantiveram o "1" no placar dos locais, e a honra no lombo dos rubro-luteranos. A partida até teve um certo equilíbrio, pela força que o Canoas fez para não ser massacrado, mas as investidas ofensivas não davam muitos frutos, por mais que a dupla Jé e Miro Bahia insistissem. Tranquilo, o time de Vanderlei Luxemburgo soube administrar a vantagem, se dando ao luxo de perder algumas oportunidades. Em uma das mais claras, Miralles abusou do capricho ao tentar encobrir o goleiro, justificando, mais uma vez, minhas críticas em série.

A final da Taça Farroupilha tem apenas um prognóstico: equilíbrio total. Os 2 times vão relativamente desfalcados, e o trabalho dos treinadores será essencial para otimizar o desempenho. O Tricolor não terá Léo Gago, além de Júlio César, que já vem fora do time; Mário Fernandes e Marcelo Moreno podem ser novidades no domingo, e, na pior das hipóteses, estarão concentrados. Na vaga do volante, aposto no ingresso de Marquinhos, seguindo a lógica do técnico nas outras oportunidades quando não contou com algum dos volantes. O que pode pender a favor do Grêmio é o fato de ter a semana livre, enquanto o Inter terá um jogo de alta exigência na Libertadores. Enfim, clássico é clássico ("e vice-versa", como dizia Mário Jardel), e não deve ter um favorito apontado. Quem o fizer, estará cometendo uma desonestidade intelectual.

Antes do Esquecimento
  • No final de semana acompanhei fragmentos dos 2 principais jogos no futebol argentino, entre os 2 gigantes de Buenos Aires e 2 clubes de Córdoba. Pela B Nacional, no sábado, o River Plate recebeu o Instituto, líder da competição. O Millonario dominou as ações, sobretudo nos 30 primeiros minutos do 2º tempo, que pude assistir. Trezeguet fez o gol que deixou o River a 1 ponto da Gloria, ainda na ponta. O Boca Juniors foi ao Mario Kempes, e apenas empatou com o Belgrano - que não é mais o mesmo do Apertura (as perdas de Franco Vázquez e César Pereyra foram determinantes). O 1º tempo foi bem movimentado, e Giménez (emprestado pelo Boca ao Pirata) abriu o placar. Erviti empatou na 2ª etapa, que só teve o gol e substâncias soporíferas pairando no ar, e na tela da televisão de quem assistiu. Os Xeneizes seguem na liderança, mas podem perdê-la na noite de hoje, para o Newell's, que enfrentam o Arsenal, no Viaducto.

Simples assim

O Inter despachou o bom time do Veranópolis pelo placar de 4 a 0. Apesar de ter sofrido com a rígida marcação imposta pelo time do interior, ter perdido seu camisa 10 D´Alessandro ainda na metade da primeira etapa o colorado conseguiu fazer um placar elástico. Dátolo foi o dono da partida fazendo dois gols, movimentando-se bastante e errando poucos passes o argentino mostra que a direção acertou em cheio na sua contratação. Sandro Silva vem desempenhando um bom futebol tanto técnico como tático, defendendo e atacando com boa qualidade. Dagoberto voltou bem pois fez jogada de lado como segundo atacante e mostrou que rende mais nesta função. 
Mas nem tudo são flores para os lados da P.Cacique. Para a final contra o Grêmio o colorado perdeu Nei suspenso e não tem substituto a altura. Alias o Inter é um time que gasta em torno de 6 milhões de reais por mês e não tem um lateral-direito reserva. Para o mesmo Grenal D´Alessandro pode ficar de fora por lesão muscular e certamente vai desfalcar o colorado contra a decisão da próxima quarta-feira contra o Fluminense pela Libertadores da America. 
Resumindo a bruxa ta solta ao menos para o confronto de quarta. O time de Dorival não contará com jogadores de grande importância como D´Alessandro, Kleber e do menino de ouro Oscar. Convenhamos que esses jogadores farão muita falta. O maior problema do comandante colorado é ter perdido dois jogadores da "meia cancha" sendo ambos armadores, criadores de situações de gols e salientando o Oscar que além de tudo desempenhava um papel tático da primeira linha do futebol mundial que é percorrer todo corredor direito do campo assim auxiliando o Nei. D´Ale faz o mesmo com Kleber. Com isso Dagoberto cai pelas pontas ou centraliza com chutes a média distancia. Essa é a dinâmica ideal do time colorado. Dátolo pode fazer a função tanto do Oscar como a do D´Ale porém com dois de fora o certo seria colocar João Paulo mas este vem dando pouca resposta e combinemos que o jogo de quarta não é para a apostas e sim certezas. Então Dorival vai adiantar Tinga colocando o Sandro Silva. Simples assim.
Exatamente isso senhores do conselho estou sugerindo o Tinga e sua técnica e inteligencia refinada e projetando uma meia cancha com Guiñazu, Sandro Silva, Tinga e Dátolo. Pois creio que a inconstância de Jaja Coelho e a timidez de João Paulo não irão agregar muito ao time em uma decisão deste quilate. 
Portanto agora é GRENAL na final da Taça Farroupilha. Mas ninguém esconde que o jogo de quarta contra o Fluminense será o assunto de mobilização para a nação que verste vermelho e branco. E certamente a torcida vai lotar o Beira-Rio, apoiar o time do começo ao fim e fazer valer o ambiente local.

Destaque: Dátolo vem jogando muito e fazendo gol de tudo que é jeito. Sandro Silva vem fez uma boa atuação assim como Dagoberto. Damião quando abastecido mostra que é um jogador letal.

Decepção: Dorival ainda insiste em Jô como reserva imediato no ataque.

* Parabéns ao Borussia Dortmund pela conquista do Bi-Campeonato alemão e com certeza fez a felicidade de sua apaixonada torcida.

** Já os torcedores do timão amargaram uma derrota daquelas para a Ponte Preta e ficaram de fora da festa pelo Paulistão. Menos mal que o Palmeiras foi e fez igual perdendo para o Guarani. 

Pergunta: Dorival vai escalar o Dagoberto aonde rende mais?   
      

sábado, 21 de abril de 2012

Solo empieza en octavos, 2ª parte

Seguindo com a festa da nossa análise-chutômetro das oitavas-de-final da Copa Libertadores da América, o outro lado dos cruzamentos, que trará o 2º finalista dentre os 8 times classificados.
CORINTHIANS vs EMELEC [02.05, 21h50, George Capwell; 09.05, 22h, Pacaembu]

O time treinado por Tite talvez seja o mais sólido neste momento na Copa. Fez uma campanha convicente, consistente, e que foi coroada com uma goleada por 6-0 no Deportivo Táchira, na última rodada. No meu ver, o Timão é um dos principais, senão o principal favorito ao título (e a sair da eterna seca e da mira de zoação dos rivais). Não preciso dizer que é favorito neste confronto, por mais embalados que venham Los Electricos, que, não obstante conseguir a proeza da classificação, a conseguiram em 2 verdadeiros milagres.Você deve ter visto nos vídeos, o que os comandados do ótimo Fleitas fizeram foi impressionante, e é a única coisa que me leva a crer em uma zebra, além deste fato ter acontecido no verdadeiro "grupo da morte" desta Copa. O time não é dos melhores, tanto é que as vitórias vieram na base da superação. Fazer um gol nos paulistas é uma missão para poucos (só sofreram 2 na Copa), enquanto o Emelec tem o pior ataque entre os classificados (marcou 7 gols - mesmo nº do Fluminense). Em CNTP (Condições Normais de Temperatura e Pressão), dá Corinthians.

LANÚS vs VASCO DA GAMA [02.05, 21h50, São Januário; 09.05, 22h, La Fortaleza]

Promessa de 2 ótimos jogos. O Lanús vem forte nesta Copa, foi campeão do "grupo da morte" que falei acima, já chegando na última rodada classificado - deu-se ao luxo de levar 3 do Flamengo. O Vasco começou claudicante, perdendo em casa para o Nacional/URU, mas se recuperou, e só não terminou na liderança do seu grupo pelo nº de gols marcados. Tudo bem que as atuações não estão muito convincentes, o time perdeu alguns jogadores importantes: a saída de Bernardo e as lesões de Éder Luís - que já voltou -, Tenório e Dedé atrapalharam um pouco o time. No entanto, as grandes atuações de Juninho, e as (bem) eventuais aparições de Diego Souza vem sendo decisivas. Do lado granate, havia uma grande esperança sobre Diego Valeri, mas os coadjuvantes Regueiro e Pavone são quem vem fazendo a diferença. A contratação do polêmico e brigão centroavante colombiano Teófilo Gutiérrez pode ser um peso a favor dos argentinos na balança deste confronto. Aqui é aposta mesmo: passam os portenhos.

SANTOS vs BOLÍVAR [25.04, 20h50, Hernando Siles; 10.05, 19h30, Vila Belmiro]

Único dos enfrentamentos destas oitavas-de-final que já inicia decidido. O atual campeão vai passar pelo Bolívar, podem falar o que quiserem - não que eu torça para isto. O líder do grupo 1 até arrancou derrapando, perdendo um jogo acidental para o The Strongest, mas os 2 grandes jogos contra o Internacional mostraram que Neymar e cia. não estão para brincadeira, e estão fortíssimos, rumo ao bi. Os bolivianos até estão apresentando um futebol decente, para os padrões do país, conseguindo resultados relevantes, vencendo as 2 contra o Junior Barranquilla, e vencendo 1 e empatando outra contra a Universidad Católica. Creio que do Santos eles sequer arrancam um empatezinho na altitude e, se conseguirem, com certeza serão goleados na Baixada Santista. O Santos já está nas quartas-de-final da Copa Libertadores. Só tenho isto a dizer.

VÉLEZ SARSFIELD vs ATLÉTICO NACIONAL [01.05, 19h15, Atanasio Girardot; 08.05, 20h, José Amalfitani]

Quero ter o prazer de assistir a pelo menos 1 destes jogos, que prometem ser jogaços, bem como Flu e Inter, e Lanús e Vasco. O Nacional de Medellín vem com seu ataque demolidor (16 gols), e com o artilheiro da Copa, Pabón, com 7 gols. Mas não é só isto: os colombianos não são tão desprezíveis defensivamente, Tula e Alexis Henríquez são excelentes zagueiros, e Pezzuti vem fazendo uma boa Copa. Além disto, 2012 parece ser o ano do renascimento de uma estrela do futebol colombiano, que andava um tanto quanto apagada nos últimos tempos - Macnelly Torres, que surgiu no Junior, mas estourou no Cúcuta, em 2007, fez algumas escolhas erradas na carreira, agora volta jogando um ótimo futebol nos verdolagas. Do lado fortinero, a lapada sofrida contra o Defensor na última rodada (1-3, no José Amalfitani) não apaga o bom desempenho. Insúa, contratado este ano, surge como um bom valor, sempre entrando bem nos jogos, mas "El Mago" Ramírez e "Burrito" Martínez poderiam (e deveriam) estar jogando bem melhor. É hora dos tanques Pratto e Obolo (meu Deus!) aparecerem de forma decisiva, para que siga o Fortín, aposta do blogueiro.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Tem que ter sangue nos olhos

O Inter perdeu para o Juan Aurich por 1 a 0 no Peru. O colorado estava irreconhecível, jogou coisa nenhuma, não viu a cor da bola e perdeu merecidamente para os peruanos. Foi uma atuação constrangedora para um time que ambiciona o tri da America. Bolivar falhou no gol do Juan Aurich. Poderíamos até discutir a atuação do "General" mas o problema é que todo o time foi muito abaixo do esperado. Dátolo não foi bem como nas partidas anteriores. Mas teve lá as suas ressalvas. O time colorado na segunda etapa deu uma melhorada com a entrada do Jaja Coelho no lugar de Gilberto. Assim Dorival voltava a linha de três meias ofensivos com Tinga como elemento surpresa. Com isso o colorado tomou conta do jogo mas deixou o coitado do Damião morrendo de fome mais uma vez. Porém o time de Chiclayo se fechou e em nada mudou o panorama do paupérrimo 1 a 0 para os peruanos.  
Dorival mostra ter certos problemas com a "falta de indignação" do grupo colorado em certos jogos. Pois no jogo contra o Santos na Vila Belmiro o Inter não tomou uma goleada por sorte do destino e porque Muriel estava iluminado naquela noite, contra o mesmo Santos desta vez no Beira-Rio é bem verdade que o colorado estava muito desfalcado mas também escapou mais da derrota do que almejou a vitoria mas isso dentro do compreensível pelos desfalques, contra o The Strongest na altitude foi uma parto conseguir voltar com o empate. Reitero o Inter se classificou com as calças na mão e perdendo para o modesto Juan Aurich e com todo merecimento do mundo.   
D´Alessandro comandou as vitorias em cima do Once Caldas, Tinga comandou o sofrego empate contra o Santos em Porto Alegre estes são jogadores "cancheiros" acostumados a liderar e chamar pra si a bronca e comprovaram isso. Dorival sofre com a falta de indignação de outros jogadores afinal D´Alessandro e Tinga são jogadores epidérmicos ao contrario do Kleber por exemplo. Outro ponto a ser ressaltado agora favor de Dorival é a pouca resposta de João Paulo que seria um reserva para hora que a onça fosse beber água. O guri não mostrou nem metade do negociado Andrezinho, Jaja Coelho não pode ser considerado o cara para resolver os problemas colorados este provou ser um bom reserva e nada mais. 
Portanto desde a saída de Oscar o time da P.Cacique não venceu na Libertadores, teve dois empates e uma derrota sendo o ultimo resultado a derrota para o Juan Aurich. A nação que veste vermelho e branco ficou com um pé atrás. Mas agora começa uma outra etapa na competição mais charmosa do continente e o primeiro desafio será uma parada dura contra o Fluminense do Abel, Sobis e Edinho. Mas se o colorado entra com "sangue nos olhos" mesmo sem o "menino de ouro Oscar" o colorado tem todas as condições de superar o time das laranjeiras. Caso o colorado passe poderá cruzar com o poderoso Boca do Juan Roman Riquelme e se isso acontecer será um confronto digno de uma musica composta por Chico Buarque. 

Destaque: Tinga e D´Alessandro fizeram boas jogadas individuais, Jaja Coelho deu uma melhorada na dinâmica da meia cancha colorada.

Decepção: Dátolo foi muito abaixo esperado. Bolivar mais uma vez se descredencia do time titular. Dorival tem que achar uma solução para a ausência do Oscar.

            

Solo empieza en octavos, 1ª parte

Na noite de ontem, com os jogos dos grupos 1 e 8, se encerrou a 2ª fase da Copa Libertadores da América, e como este blog inventou moda de fazer previsões, viemos, dentre outras coisas, retratarmo-nos. Este colunista, na semana, só acompanhou a partida entre os já classificados Universidad de Chile-Atlético Nacional, com um olho em Peñarol-Godoy Cruz. Os líderes do grupo 8 fizeram um ótimo jogo, mostrando que o grupo mais goleador da Copa (43 gols em 12 jogos) ainda tinha mais a oferecer, apesar de já definido na 5ª rodada. Os colombianos foram a Santiago para perder sua invencibilidade, mas foram um osso duro de roer para La U, que não mostra o futebol quase mágico de 2011, apesar de seguir jogando uma bola bem redonda. Os gols da partida foram marcados pelos defensores Rodríguez (9') e González (68'), para os chilenos, e o artilheiro máximo da competição, Dorlán Pabón (7 gols) diminuiu para os verdolagas (62'). No Centenário, Peñarol e Godoy Cruz fizeram um jogo de extremos: o 1º tempo foi todo do Godoy Cruz, muito pela atuação constrangedora do carbonero; já na 2ª etapa o panorama mudou, e os uruguaios passaram o carro nos argentinos. Sánchez (12') e Sevillano (19') abriram o placar para os mendocinos, e a virada veio dos pés de Zambrana (37' e 73'), Mora (50') e Pérez (61').

Não preciso dizer que falhei miseravelmente nas minhas previsões. Quem quiser ver onde errei, clique aqui, e dê risada. Entretanto, sou brasileiro, e não desisto nunca, nem mesmo de ser um (d)emérito apostador. Os confrontos e chaveamentos estão definidos, então vamos para a 1ª parte do nosso glorioso [!] e costumeiro [?] chutômetro (as datas e horários ainda serão confirmados, e atualizarei por aqui). Lá vamos nós!
FLUMINENSE vs INTERNACIONAL [25.04, 21h50, Beira-Rio; 10.05, 22h, Engenhão]

Confronto brasileiro, que não chega a ser um clássico, e reunirá clubes de grandezas diferentes. O Internacional fez uma horrenda 2ª fase, tendo que lutar até os últimos minutos dos jogos paralelos para poder comemorar (sic) a vaga, o que já o credencia ao favoritismo. Afinal, essa brincadeira de 6 jogos, chamada fase de grupos, é mera formalidade para separar os homens dos meninos - menino que apanha bastante, e chega a virar homem, tem fortes tendências a se tornar um espancador. O time da "torcida mais cheirosa do Brasil" [!!], como diz o Lulu Santos, não vem jogando nada, ainda assim conseguindo resultados bastante consistentes (a liderança na tabla de clasificación diz algo), tem a "vantagem" de jogar a 2ª em casa, e nada mais. Aposto as cegas na classificação colorada, que ganha em todos os aspectos, desde time no papel, até o fator local, mas, acima de tudo, o Inter tem muito mais camisa que o Tricolor das Laranjeiras, e mística é um dos fatores sobressalentes na Copa.

UNIÓN ESPAÑOLA vs BOCA JUNIORS [02.05, 19h30, La Bombonera; 09.05, 18h30, Santa Laura]

Os hispánicos jogaram no, de certa forma, grupo mais "esquecido" da Libertadores. Ninguém deu muita bola para o grupo 3, que envolveu apenas clubes de pequeno/médio porte na Sudamerica. Já o Boca reuniu uma grande expectativa acerca de seu retorno à Copa, e digamos que não decepcionou, mesmo tendo ficado atrás do Fluminense na tabela, e tendo empatado com o Zamora. Os xeneizes fizeram o dever de casa, vencendo as 2 contra o Arsenal, e depois de perder para o Flu em La Bombonera, conseguiu uma grande vitória no Engenhão. Se eu tivesse grana sobrando (aceito donativos, aliás), brincaria com os corações argentinos, e "investiria" em uma vitória chilena, que não é uma hipótese desprezível - foi o único time na fase de grupos que visitou a altitude e venceu (1-3 no Bolívar). No entanto, a tendência forte é a classificação dos hermanos, que não costumam se importar muito em decidir fora de casa (o Grêmio que o diga).

UNIVERSIDAD DE CHILE vs DEPORTIVO QUITO [03.05, 19h15, Olímpico Atahualpa; 10.05, 21h, Nacional de Santiago]

Como dizia anteriormente, El Chuncho não segue sendo o time comparado ao Barcelona, que foi no ano passado, mas Sampaoli conseguiu arrumar a casa, depois da estreia desastrosa contra o Nacional, em Medellín, e levou o time ao título do grupo 8. Já o Deportivo Quito teve dificuldades, e dependeu muito dos jogos no Equador (3 jogos, 3 vitórias, 10 gols feitos e NENHUM sofrido) para a classificação. Abrir a briga no Olimpico Atahualpa pode ser um trunfo importantíssimo para La Academia, e esta 1ª partida será bastante interessante, pois poderá selar o destino de um dos grandes favoritos ao título da Copa. Acredito na classificação dos chilenos, não sem dificuldades, mas a direção técnica reencontrou um padrão de jogo, o time se resolidificou e, passando dos equatorianos, dará um senhor trabalho para Libertad-Cruz Azul.

LIBERTAD vs CRUZ AZUL [01.05, 20h30, Azul; 08.05, 21h30, Dr. Nicolás Leoz]

Confronto aparentemente sem sal, mas para o qual eu já tenho torcida declarada: Libertad desde la cuna. Sou absolutamente contra os times mexicanos na Libertadores, por mais que o Cruz Azul tenha um elenco com jogadores legais, como Edixon Perea, Christián Giménez, Gerardo Torrado, entre outros. Os cementeros fizeram uma campanha bem mediana na 2ª fase, sem empolgar (mas massacrando os fracos, em casa), enquanto o Libertad foi muito consistente, apenas sem conseguir vencer o Vasco. Detalhe importante é o poder de reação dos paraguaios, que ganharam absolutamente TODOS seus jogos de virada. Por sair jogando fora de casa, este fator pode ser determinante para garantir o Gumarelo nas quartas-de-final. O time de Burruchaga não tem um grande destaque individual, é o forte poder coletivo que pode fazê-lo repetir a grande campanha de 2006, quando caiu somente nas semi-finais, contra o Internacional.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Fim da linha

Acabou o Gauchão 2012 para o São José. O time da Zona Norte de Porto Alegre fez boas campanhas nas Taças, e chegou nas quartas-de-final em ambas, mas pagou por precisar ser visitante nos matas e, por mais dificuldades que impusesse a seus adversários, acabou eliminado. Havia sido pelo Caxias, na Taça Piratini, foi pelo Veranópolis, na Taça Farroupilha. Aliás, o Pentacolor da Serra se sagrou Campeão do Interior, e, até 2ª ordem, será o 3º clube representando o Rio Grande do Sul na Série D, que se inicia em 27 de maio, além do Juventude e do Brasil de Pelotas. O Zequinha foi o 6º colocado na classificação geral, com 24 pontos, em 15 jogos, e caso o VEC desista de sua vaga, os porto-alegrenses ainda estarão atrás do Novo Hamburgo para chulear este direito.

A partida no Antônio David Farina foi altamente equilibrada e nervosa. No primeiro tempo o São José foi bem, se manteve bem posicionado defensivamente, atacava na medida do possível, e teve a melhor chance dos 45' iniciais, com Franciel mandando uma bola na trave de Luiz Müller. Franciel, aliás, que inexplicavelmente foi reserva durante a maior parte do campeonato, sendo preterido pelo fraquíssimo Paulo Rangel, foi bastante acionado por cima, aproveitando bem sua estatura. Enfim, algumas vezes entendo as fortíssimas críticas feitas ao técnico Agenor Piccinin, sobretudo em relação às suas preferências. Creio que, um pouco, passa por aí o fato do São José não ter alcançado sequer uma das semi-finais, feito alcançado até pelo Canoas (!), neste 2º turno.

O VEC tentava a todo custo armar ataques, sobretudo com Eduardinho e os laterais, Raulen e Dener, e o baixinho invocado Danilo Santos, mas esbarrava na ótima (e estranha, por este aspecto) atuação dos defensores porto-alegrenses, já que Fabiano Eller foi desfalque na tarde do sábado. Para o 2º tempo o Veranópolis voltou ligado no 220V, e parece que o forte ritmo imposto pelo time da Terra da Longevidade contribuiu, junto com a atuação da zaga do Zequinha, para que caísse um verdadeiro dilúvio. Aí pode esquecer qualidade de jogo e toque de bola, que em condições normais já seriam escassos, a partida virou um show de balões e tentativas de ligação direta, que, graças ao gramado encharcado, não deram em absolutamente nada.

Até que o Veranópolis criou algumas chances, com Lê sendo municiado, dentro das condições propostas, e o São José ainda deu 2 chutes que levaram relativo perigo. Aos 34', quando Raulen chegou à linha de fundo, ganhou de Vágner, Anderson Pico e Leandro Leite na sequência de divididas, a bola sobrou para Paulinho Dias que bateu cruzado. William, que recém havia entrado, ficou na cara de Tiago Volpi e não teve muito trabalho para dar números finais ao jogo. Os jogadores do São José ficaram o restante do tempo reinvindicando um impedimento que só existe na imaginação dos desesperados por ter sofrido um gol na parte final de um jogo de mata. Na esteira destas reclamações, Leandro Leite acabou sendo expulso, e o Veranópolis só não aumentou o placar por detalhe.

Antes do Esquecimento
  • Ainda na esteira dos Estaduais, 2 equipes tradicionais do futebol brasileiro protagonizaram momentos distintos neste domingo. O Bangu, vice-campeão brasileiro em 1985, havia feito 0 pontos na Taça Guanabara, e precisava de uma proeza para não ser rebaixado; conseguiu, com méritos. Fez 15 pontos na Taça Rio, se classificou como campeão do grupo que tinham Vasco (2º colocado) e Fluminense. Pega o Botafogo em uma das semi-finais. Já a Portuguesa, também vice-campeã nacional, 11 anos após os cariocas, foi rebaixada para a Série A2 do Campeonato Paulista, mesmo tendo ficado as 18 rodadas anteriores fora do Z4. Juntamente com a Lusa, cairam Guaratinguetá, Catanduvense e Comercial, de Ribeirão Preto.

Vídeotape

Em 4 dias, 2 jogos; em 2 jogos, 7 gols. 2 goleadas, 2 classificações em 2 campeonatos diferentes. E mesmo assim, este é um time que não joga um futebol brilhante. Pois é, esta é a rotina do Grêmio na temporada '12, fazendo "o necessário, somente o necessário" para ir galgando etapas e consolidando uma ideia de conjunto. Me perguntaram o que eu achava do Luxemburgo, quando ele foi anunciado. Confesso que tinha uma certa rejeição ao nome, mas repensei, e no post "O Médico e o Monstro", de 22 de fevereiro, exponho alguns aspectos positivos que o treinador poderia agregar ao clube. Assim vem sendo feito, com tranquilidade para trabalhar, as coisas acontecem com muito mais naturalidade, e a famosa "mão do técnico" começa a aparecer claramente. Luxa parece estar se reencontrando com o grande técnico dos anos 90, e a cada partida solidifica mais e mais seus conceitos.

O que aconteceu ontem no Olímpico foi um mais do mesmo, um repeteco do jogo da última quarta-feira. A diferença foi o adversário que veio extremamente retrancado, pois tinha consciência que a derrota significaria, além da eliminação no campeonato, o rebaixamento, só ainda não sacramentado pela teórica possibilidade de título (!) que o Ypiranga tinha. A eficácia do posicionamento proposto por Leocir Dall'astra durou pouco mais de 30', dentro dos quais o time de Erechim só conseguiu passar do meio-campo em 2 oportunidades. Luxemburgo, por sua vez, escalou praticamente o mesmo time da última partida, apenas poupando Bertoglio para o ingresso de Miralles, que nas coletivas da semana foi praticamente escalado pelos jornalistas, e, aliás, jogou o seu futebolzinho medíocre de sempre, enganando somente as chinas de fronteira da torcida gremista.

Werley resolveu entrar no mesmo clube de Naldo e Grolli, zagueiros ridículos, que não cumprem suas funções básicas, mas sempre aparecem na área adversária para marcar seus golzinhos. O camisa 34 marcou 2, o primeiro e o último, e foi eleito por uma das emissoras de rádio que cobriram o jogo como o "craque da partida". Eu deveria ter bebido antes do jogo para cair em tamanha falácia. Nas pouquíssimas vezes em que o Ypiranga visitou a área gremista, Werley foi protagonista negativo, inclusive deixando um avante canarinho executar um giro dentro da área, no 2º tempo, na melhor chance de gol que os visitantes tiveram. Pará e Gabriel seguem medíocres, ardendo de ruim, ainda que o lateral-direito tenha dado ótimo passe para o 2º gol, marcado por André Lima, 1' depois da abertura do placar.

E, mesmo com a assistência, Gabriel foi sacado no intervalo para dar lugar a Edílson, este que sempre ingressa bem nas partidas, mas desde 2010 os treinadores o olham com certa indiferença (ou com o reflexo dos R$ 400 mil mensais que recebe o titular). No início do 2º tempo, em jogada muito confusa, com um bate-rebate na entrada da área do Ypiranga, a bola sobrou para Fernando (em posição legal) fuzilar o seu xará Vizzotto, e marcar o 3º gol Tricolor. Daí em diante, o time de Erechim mal tocou na bola, o Grêmio seguiu administrando, e esperando o momento certo, se é que ele apareceria, para tentar marcar mais gols. Algumas chances foram criadas, e a dupla Miralles e Marquinhos desperdiçaram 2 vezes cada um. Werley, como destaquei anteriormente, fecharia o placar a menos de 10' do fim do jogo.

Me impressionou, novamente, a entrada de Felipe Nunes. Não havia falado nele depois da última partida, mas o canhotinho mostrou muita habilidade com a bola nos pés, e muita inteligência para organizar as jogadas. Se tiver seus fundamentos bem trabalhados, pode roubar a vaga de Marco Antônio no time titular. O trio de volantes está consolidado, talvez a única certeza absoluta no atual time gremista, além da titularidade de Victor. E, mesmo com algumas incertezas, o time segue eficiente, fazendo resultados, e indo adiante nos seus compromissos; com Caio Júnior, duvido que o time teria se classificado para as quartas-de-final da Taça Farroupilha. Agora está nas semi, onde enfrentará o Canoas, também no Olímpico, as 16h do próximo sábado. Jogo de baixíssimos riscos. Me atrevo a dizer: que venha o Gre-Nal.

Antes do Esquecimento
  • Lendo a imprensa "especializada" na manhã de hoje, me deparo com este post. Só me resta dar risada. Mais de 15 mil pessoas no estádio, para uma partida com pouquíssimos atrativos, onde a vitória gremista era praticamente certa, o adversário era medíocre... O cara quer casa cheia? Com os ingressos mais baratos a absurdos 40 reais? O pior é saber que, com a inauguração da Arena, o acesso dos torcedores mais "humildes" se tornará ainda mais complicado. E a direção espera 40 mil por jogo no novo estádio. Vão esperando sentadinhos, do jeito que eles querem os torcedores...
  • Finalmente o Boca Juniors perdeu a liderança do Clausura! A derrota na noite de ontem, para o rebaixável Tigre, por 2-1, em Victoria, alçou o Newell's Old Boys à ponta, com os mesmos 20 pontos dos Xeneizes. O Matador, aliás, tem um jogador que deveria ser melhor analisado, e que marcou um belo gol de falta: Diego "Cachete" Morales, enganche de 25 anos e muita qualidade técnica. Da mesma estirpe de Conca e Bottinelli, argentinos de sucesso aqui no Brasil. Será que estão esperando Cachete brilhar no Chile para fazerem alguma tentativa?
  • No Clasico de Avellaneda (ao meio-dia do sábado!), o Independiente recebeu e goleou o Racing, de virada, por 4-1. Destaque negativo para Teófilo Gutiérrez: o brigão atacante colombiano abriu o placar, mas arrumou algumas confusões, primeiro com Sergio Pezzotta, o árbitro do confronto, que o expulsou, e com o capitão Sebastián Saja, já nos vestiários, inclusive sacando uma arma de brinquedo (!) para ameaçar o ex-goleiro do Grêmio, como consta no Diario Deportivo Olé. Imbecil e genial na mesma proporção. Além disto, Alfio Basile não treina mais La Academia, dando lugar a Luis Zubeldía, de 31 anos, ex-técnico do Lanús.

O maestro voltou

O Inter venceu e eliminou o Cerâmica por 3 a 0. Jogando nos seus domínios o colorado goleou o time de Gravataí avançando para as semi-finais para bater de frente contra o bom time do Veranópolis. Quem foi ao Beira-Rio neste sábado chuvoso, cinzento e quase friolento pode constatar duas coisas. Primeira é que o verão se foi de vez levando o calor junto. A segunda é que o Inter fez um primeiro tempo burocrático porém na segunda etapa o time colorado mudou da água pro vinho com a volta do maestro D´Alessandro. A entrada do camisa 10 argentino parece ter ligado o Inter no 220v. Gilberto fez o primeiro gol e prova que é sim mais jogador que o Jô e merece ser o reserva direto de Leandro Damião. O nove colorado recebeu um passe que mais parecia "mamão com açúcar" e o letal artilheiro colorado fez o segundo gol com toda a calma do mundo. Vale lembrar que o passe foi do Jaja Coelho que entrou no lugar de Gilberto.  E para coroar o sábado molhado dos 4.555 pagantes no Beira-Rio. D´Alessandro de pênalti fechou o placar. Ressaltando que o craque argentino que veste a camisa 10 fez um baita segundo tempo revelando uma parceria de alto nivel com o compatriota Jesus Dátolo. 
O time da P.Cacique mostra virtudes na hora certa. Nei mantém o excelente nivel de jogo, Kleber parece voltar aos bons tempos, Tinga mostra a cada jogo a sua grande inteligencia e técnica em alto nivel. Agora a nação que veste vermelho e branco da um tempo ao Gauchão e se concentra no jogo contra o Juan Aurich e só a vitória interessa para tentar ficar ao menos entre os melhores segundos colocados. 
Portanto o Cerâmica fez um bom papel para um time estreante na elite do futebol gaúcho. Já o Inter busca a conquista da Taça Farroupilha para adquirir o direito de ir final contra o Caxias. Não será fácil pois primeiro terá que passar pelo Veranópolis e com grande possibilidade de um GRENAL daqueles.

Destaque: A volta de D´Alessandro mostrando a diferença que pode proporcionar ao time do Inter, Nei mantem o bom futebol assim como o Tinga. Kleber parece estar ressurgindo das cinzas. Damião mostra que é um dos melhores atacantes do Brasil. 

Decepção: Dorival escalou um meio-campo com Elton, Sandro Silva e Tinga adiantado dentro do Beira-Rio. É o famosa meia cancha "tranca-rua" que o treinador insisti enxergar como solução defensiva. 

* Bruno Senna fez boa prova no GP da China ficando em sétimo colocado. Na mesma corrida o alemão Nick Rosberg venceu pela primeira vez na F1. Já o Felipe Massa mostra a realidade da Ferrari com um modesto  décimo terceiro e seu colega de equipe Fernando Alonso foi menos pior ficando em nono colocado. Certamente o Chefão da Ferrari vai ficar na bronca com a sua "Scuderia" que não deve gastar pouca coisa.

**Com show de Neymar e Ganso o Santos aplicou uma bolachada na Catanduvense de 5 a 0. Em resumo o time praiano mostra está aí para o que der e vier.

*** Parabéns ao técnico do Canoas Rogério Zimmermann que além de livrar o seu time da degola, eliminou o Pelotas e certamente vai tentar fazer o crime no time da Azenha. 

Perguntas: Quando é que o Inter e o São Paulo vão se comportar como "gestões serias" e resolver o caso Oscar? Como exigir uma gestão seria quando o treinador com um time do interior vence um turno e se classifica direto para a final e é demitido como aconteceu com Paulo Porto? Essa é a realidade da gestão do futebol brasileiro?

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Bolo de obrigação, sem recheio

(nem tão) Breve, rápido e rasteiro, sem muitas delongas, que já houveram para o post sobre o assunto entrar no ar. Deu a lógica, e o Grêmio segue firme e forte em busca do pentacampeonato da Copa do Brasil, e a vitória sobre o Ipatinga deu ao Tricolor o passaporte para as oitavas-de-final da competição. Na próxima fase, provavelmente o time de Vanderlei Luxemburgo enfrentará o Fortaleza, que, no 1º jogo da 2ª fase, aplicou sonoros 4-0 no Náutico, no Presidente Vargas. O caminho gremista para as próximas fases parece delimitado: a Portuguesa também se garantiu nas oitavas-de-final, e pega o vencedor de Remo e Bahia (os paraenses ganharam a 1ª, em casa, por 2-1). E sigo firme com minhas convicções do último post: o Grêmio só não irá para as semi-finais da Copa do Brasil, caso aconteça um desastre de proporções raramente vistas.

A partida da quarta-feira mostrou, mais uma vez, a impressionante eficácia do time gremista, e que minha teoria sobre gols cedo é fatal: o Tricolor abriu o placar logo aos 2' (e eu ainda sequer havia entrado no estádio) com Facundo Bertoglio, em grandiosa assistência de Marco Antônio, voltando de lesão. O camisa 11 gremista, entretanto, deve ter acertado somente aquele passe na 1ª etapa. Esta foi a rotina do time nos 45' iniciais, o desperdício absurdo de passes, e a cedência da posse de bola ao Ipatinga, uma estratégia para procurar matar o jogo nos contra-ataques, o que, obviamente, não funcionou no 1º tempo. O jogo seguiu em um banho-maria que chegava a ser sonolento para alguns, e irritante para outros, pois não se via uma vontade objetiva de impor um massacre sobre os mineiros.

Bom, eu nunca quis espetáculo vindo do time que veste azul, preto e branco, sempre preferi o futebol-força, eficiente, feio e vencedor. O que mais me surpreende é ver à margem do gramado aquele cidadão de camisa e calça social, que aprendemos a nutrir ojeriza ao longo dos tempos. Sim, Vanderlei Luxemburgo é, no meu ver, o maior responsável por esta mudança na cara do time em relação aos 40 (medíocres) dias de Caio Júnior no comando técnico do clube. Com as mesmas peças o (perdão, Deus, pela heresia!) limão virou limonada, e as coisas se estabilizaram, ainda que o time esteja indo a campo recheado de desfalques. Sem contar que o comportamento do grupo mudou muito, da passividade para a indignação, o time tomou para si uma postura pró-ativa, mesmo quando não propõe o jogo (considero que pro-atividade, no futebol, não seja atacar 100% do tempo).

No entanto, tecnicamente, o time segue devendo coisas que deveriam vir do pacote básico. Como eu destacava anteriormente, o time foi incapaz de acertar mais que 2 passes em sequência no campo ofensivo. Além disto, a atuação defensiva, como de costume (!), foi abaixo da crítica. No início do 2º tempo, o Ipatinga teve uma bola marcada, dentro da área gremista, e o atacante mineiro conseguiu a proeza de mandar no portão 20. Gilberto Silva quebra um galho bacana na defesa, mas não é zagueiro; Werley eu sequer sei o que é - qualquer coisa, menos jogador de futebol. Os laterais, sobretudo Gabriel, são um desaforo para com o torcedor. Ao menos o supracitado de 400 mil no contra-cheque e Pará foram esforçados, distribuíram carrinhos e bicos para a arquibancada, para orgasmo dos incautos.

No início do 2º tempo, Luxemburgo fez a alteração que condenaria meu destino naquela noite: trocou Bertoglio por Ezequiel Miralles, aplaudido por 15.774 dos presentes no estádio, menos este escriba, que balançou a cabeça negativamente, tanto pelo que saiu, quanto pelo que ingressou no gramado. Andei destilando meu ódio contra Miralles, jogador que tem o dom muito interessante de irritar durante 98% do tempo os 2% da torcida que efetivamente prestam atenção no jogo, mas que em 2% do tempo provoca sensações fortemente prazerosas nos 98% dos torcedores que só veem o básico no gramado. Aí o cara que se mantém constantemente mal posicionado, na banheira, errando passes e chutando torto, mete um golaço para calar a boca de quem pensou em criticar. Grêmio 2 a 0. Falei na hora que daria um desconto para o argentino, mas é mentira, seguirei pegando pesado, até que a língua vire churrasco.

Léo Gago, na sua característica, o míssil de média/longa distância, fechou o placar e o caixão do Ipatinga. E assim segue o baile da participação Tricolor na Copa do Brasil, com 4 vitórias em 4 jogos, contra adversários de pequeno porte, o time não vem fazendo mais que sua obrigação. Futebol "às verda", sangue, suor e lágrimas, eu prefiro que seja economizado para as fases decisivas, quando realmente será necessário, sobretudo se o time seguir fortemente desfalcado, o poder de superação e da mística remera precisará entrar em campo. O foco nas 2 próximas semanas se volta para o Gauchão, e já no próximo domingo o Grêmio recebe o Ypiranga, pelas quartas-de-final da Taça Farroupilha, as 16hs. Pela Copa do Brasil, o time só voltará a campo na semana do dia 25.04, ainda no aguardo do adversário, e do sorteio dos mandos.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Infartante

Este post ganha prioridade cardíaca, até mesmo sobre o texto da vitória gremista, ontem à noite. O que acabei de ver foi sensacional, indescritível. A definição do grupo 2 da Libertadores da América foi algo que eu não lembrava de ter visto em outra Copa. Não bastou para o Flamengo bater o Lanús, campeão do grupo, por 3-0, no Engenhão. Com os granate segue o Emelec, que venceu jogo agônico, recém-encerrado no Defensores del Chaco, sobre o Olimpia. Os equatorianos enfrentaram de frente os tri-campeões da América, lutaram à morrer, e conseguiram o improvável: sairam perdendo, viraram para 1-2, sofreram o empate aos 46'2T, e desempataram 1' depois. Pobres corações dos hinchas dos 3 times envolvidos. Pobres corações daqueles que gostam de futebol, e dividiram sua tela entre os 2 jogos. Porque quem realmente gosta de futebol, se emociona até nestes pequenos momentos, que estão longe de envolver seu clube do coração.

Escrevendo de Gravataí, pelo celular, Jhon Tedeschi.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Presente e futuro

A Páscoa, atualmente, é muito mais lembrada pela sociedade pelo hábito da troca de chocolates, que propriamente pelo seu real sentido, que é o renascimento de Jesus Cristo, na visão dos católicos - tanto é que grande parte dos não-católicos também comemora a data, em uma postura violentamente contraditória. O time atual do Grêmio também não é dado a distribuir chocolates para seus adversários, sempre fazendo forte economia de gols, como todo time digno deveria fazer. A objetividade dos comandados por Luxemburgo me encanta, nunca escondi minha preferência por times que ganhem, mesmo sem jogar um futebol de fazer brilhar os olhos, ainda que no caminho eu faça críticas ao nível das atuações; coisa normal, visto que muitas vezes as vitórias vem na sorte, fator abominável (nem a ressureição de Jesus foi na sorte).

Todos os informantes esportivos estão saudando uma ressurreição dos autores dos gols gremistas, eu penso de outra maneira: um grupo de jogadores sempre vai ter os "pernas-de-pau", e estes sempre entrarão em campo em alguma necessidade. A tarde de ontem foi um caso, na falta total de zagueiros e atacantes, Naldo, Miralles e André Lima foram mandados a campo, e, coincidentemente, fizeram os 3 gols da vitória sobre o Caxias. Os 2 atacantes, especialmente o "Guerreiro Imortal", merecem muito a pecha da eternidade no grupo, pois já estiveram muito na corda-bamba, e costumam fazer o caminho do céu ao inferno (ou seria da cruz à tumba?), e vice-versa, com muita frequência. Também por coincidência, não sou fã de nenhum dos 2, apesar de ter feito grita pró-André Lima na última grande aparição de ambos (contra o Flamengo, ano passado).

Mais uma vez em 2012 o setor defensivo teve consistência próxima ao gasoso. Se tivesse feito água algumas vezes no jogo, eu ainda estaria satisfeito, mas Naldo e Werley fizeram ar, passava tudo, e a sorte do Grêmio é que Victor estava em um clássico domingo de Victor, pegando o que podia, e um pouco do que não podia. No mais, o time teve uma atuação nada além do aceitável, suficiente para vencer o campeão da Taça Piratini (Rafael Santiago ainda diminuiria para os grenás), que, convenhamos, decepcionou além da conta na Taça Farroupilha - sequer classificou-se para tentar o título direto, ficando atrás de times (bem) menos votados, como Pelotas e Cerâmica. O Grêmio termina a fase como campeão do grupo, e no próximo domingo receberá o Ypiranga, já pelas quartas-de-final do 2º turno do Gauchão. Eliminatória simples, jogo único. Passando, pega o vencedor de Canoas-Pelotas.

Antes disto, o Tricolor volta a campo pela Copa do Brasil, as 19h30 da quarta-feira, contra o Ipatinga, no Olímpico. Passando pelos mineiros (e eu ainda condiciono...), o Grêmio enfrentará quem ganhar entre Náutico-Fortaleza. Vendo mais à frente, o caminho gremista tem Remo-Bahia/Portuguesa-Juventude nas quartas-de-final. Quer dizer, se não houver nenhuma anormalidade absurda, o Grêmio estará nas semi-finais da Copa do Brasil. Sequer pontuarei o nível de atuações, jogando como jogou contra o Caxias, passa por qualquer um dos 6 adversários pós-Ipatinga. Fui questionado nos comentários dos posts anteriores sobre onde este time pode chegar ao longo do ano. Na Copa do Brasil, confrontos eliminatórios, mesmo com um time mais fraco, tu arma um caldeirão na Azenha, e até times mais copeiros, como Palmeiras e Cruzeiro, sentirão o bafo na nuca.

Considero cedo para pensar no Brasileirão, existem muitas variáveis que interferem na participação do time em um campeonato de pontos corridos. A Copa do Brasil começou em fevereiro (quase março), e vai até julho, enquanto o Brasileirão vai de maio à dezembro. Creio que enquanto não acabar a Copa do Brasil para o Grêmio, não começa o Brasileirão, até porque, não tenho muito boas expectativas com este grupo de jogadores para um torneio mais longo. Se não reforçar, vai sim, ficar na zona intermediária, bem como no ano passado. E, também, no meio do Brasileirão, começa a Copa Sul-Americana, competição que eu particularmente sempre desprezei, mas gostaria de ver o Grêmio ganhando, ou ao menos indo longe, para termos bons jogos internacionais no último ano de Olímpico.

Antes do Esquecimento
  • Esta matéria não teve o aprofundamento devido, pois este colunista passou o feriado em viagem a São Paulo, para o festival Lollapalooza, no Sábado de Aleluia. Aliás, evento que entrou para a história, sendo a 1ª edição do festival itinerante idealizado por Perry Farrell, vocalista do Jane's Addiction, em solo brasileiro. O carro-chefe da versão brazuca foi a presença da banda americana Foo Fighters, que poderia se chamar "Dave Grohl e banda", tranquilamente, tamanha a grandiosidade do ex-baterista do Nirvana. Grohl, inclusive, deu uma palhinha na bateria, trocando de lugar com o excelente Taylor Hawkins. Chris Shiflett quebrou algumas guitarras, como de costume, e as 2 horas e meia de show foram de impressionante catarse coletiva no Jockey Club da capital paulista, que recebeu cerca de 70 mil pessoas. Foi algo tão surreal, que sequer busquei referências sobre o 2º dia, ontem, quando já estava em Porto Alegre. Este que vos escreve registrou algumas imagens, que viraram álbum na minha página no Facebook. Um sábado realmente inesquecível!
  • Os times de Caxias do Sul tinham ido tão bem na Taça Piratini... Agora na Taça Farroupilha viraram o fio, e ambos ficaram de fora da 2ª fase. O Caxias ao menos já estava garantido na final do Gauchão, mas o Juventude agora só pensa na Copa do Brasil, onde faz bom papel. Cruzeiro e Lajeadense também foram abaixo do esperado, e assistirão o restante do campeonato pela televisão. Avenida e Ypiranga estão sendo rebaixados, no entanto, como o Canarinho está no mata-mata, caso um seja campeão deste turno, desce o Canoas, também classificado. Por falar no Periquito, que Gauchão medíocre que fez a dupla de Santa Cruz do Sul. Ambos não fizeram nada além de lutar contra o descenso, caindo o Avenida, e com o Galo se safando apenas na penúltima rodada.

Vitoria convincente

O Inter venceu o São Luiz por 3 a 0 e garantiu a melhor campanha na Taça Farroupilha. Sendo assim vai decidir todos os confrontos dos jogos "mata" dentro de seus domínios. O Colorado foi a Ijuí e construiu uma vitoria com uma boa diferença de gols e acima de tudo com uma atuação superior do inicio ao fim.
Também é verdade que o São Luiz deu uma encrencada em certos momentos do jogo mas não passou disso. Além de uma atuação superior o time da P.Cacique volta para Porto Alegre com "gratas surpresas" como a grande fase do Nei que vem sendo destaque do time colorado jogando um futebol de alto nivel, com passes e cruzamentos na medida e com uma qualidade que fazia tempo que não pintava nas bandas do Beira-Rio um cobrador de faltas.
Dátolo foi uma das melhores contratações do Internacional nesta temporada. Pois o argentino vem mantendo um nivel muito bom em suas atuações dando bons passes, chamando em certos momentos a partida para si e fazendo gols. Dátolo hoje é uma realidade na meia canha colorada e com isso ponto para a direção colorada que bancou a contratação. Muriel está cada vez mais titular e confiante fazendo defesas seguras e merece ser ressaltado. Jaja fez uma atuação aceitável assim como Gilberto que apesar do gol teve o mesmo problema de Leandro Damião que é a solidão no ataque colorado.  
Mas existe "O curioso caso de João Paulo" que todo mundo sabe que tem bom futebol. O guri sabe cadenciar o jogo, chuta sem medo de ser feliz, mas parece que senti o peso da camisa vermelha e branca. Então está na hora de alguém da comissão sentar e tomar um cafezinho com o garoto, explicar que não precisa ter medo e apenas fazer o que sabe que é jogar futebol. 
Portanto o colorado vai ter a semana livre para treinamentos e tentar recuperar seus jogadores do departamento medico. Pois o próximo jogo é contra o Cerâmica dentro Beira-Rio. O colorado é favorito porém no futebol existe 90min e tudo pode acontecer mas se o time da P.Cacique entrar sem salto, concentrado e acima de tudo com a torcida presente no estadio não está nada garantido mas certamente fica mais fácil de passar pelo Cerâmica e avançar na competição mais disputada do nosso estado. 

Destaque: Nei jogou muita bola assim como Dátolo e Muriel.

Decepção: João Paulo ainda continua devendo "aquela" atuação para torcida colorada.

*O Canoas depois de um primeiro turno sofrível e com todos já pensando que o time estava mais pra lá do pra cá. O Time da região metropolitana deu uma reagida legal e certamente isso vai para a conta do técnico Rogério Zimmermann que mostrou que é do ramo. 

**Apesar de terminar em 2 a 2 o Clássico entre Atlético-MG e Cruzeiro. O jogo pegou fogo e terminou com declarações nada amorosas de ambas as partes e mostra que o tempo está fechado para as bandas de Minas Gerais. Mas inegavelmente foi um jogo muito disputado como não se via a muito tempo na terra do pão de queijo.  

***O casamento entre R10 e o Flamengo está caindo pelas tabelas e o craque que já foi duas vezes eleito o melhor jogador do mundo começa a dar pinta de querer o divorcio.

Pergunta: Qual é o verdadeiro Jaja?   

      

quinta-feira, 5 de abril de 2012

À margem

Voltam os períodos acadêmicos, e voltam as dificuldades para fazer acompanhamentos, coberturas e afins jornalístico-futebolescos. Sim, queria começar este texto com uma desculpa esfarrapada, pois é o mínimo que espero das pessoas ligadas ao Grêmio, sobretudo dos responsáveis pelo fiasco da noite de ontem, em Minas Gerais. O Grêmio não conseguir matar o confronto contra o Ipatinga (veja bem, o Ipatinga!) no primeiro tiro, é tão inadmissível quanto não fazer o mesmo com o River Plate/SE(m grife). Meu lado racional pensa assim, vê o Grêmio com a obrigação, e nada menos que isto, de patrolar todos seus oponentes mais low profile. O problema, ou, aqui, solução, é revisitar a história, pois, afinal, o Tricolor é apenas tetra-campeão deste torneio, quer dizer, o clube possui know-how para falar em Copa do Brasil.

Em 1994 e 1997, o Grêmio teve Copas atípicas, enfrentando apenas clubes de tradição, ou relativa tradição. Na campanha do bi, o Tricolor enfrentou Criciúma, Corinthians, Vitória, Vasco da Gama e Ceará. Talvez o finalista fosse o menos tradicional, mas a campanha eliminando Palmeiras e Internacional o autorizou a desafiar o Grêmio. 3 anos mais tarde, outra Copa tendo apenas clubes de médio/grande porte como oponentes: Fortaleza, Portuguesa, Vitória, Corinthians e Flamengo. Na 1ª edição da Copa do Brasil, envolta em novidade, e em times alternativos, o Grêmio teve a honra de receber o Ibiraçú, do Espírito Santo, depois de vencer o 1º jogo por apenas 1-0. À época, não existia o critério que matava o 2º jogo com vitória por 2 gols ou mais de diferença fora de casa.

Mais adiante, destroçou o Mixto, do Mato Grosso (0-5), tanto é que o adversário não quis vir a Porto Alegre jogar a volta. Dali em diante o emparelhamento afunilou, e o Grêmio derrubaria Bahia, Flamengo e Sport, na sequência. No tetra-campeonato, em 2001, o qual tenho lembranças mais claras, e último título decente que o Tricolor comemorou, algumas etapas foram de sofrimento. As 2 primeiras fases, contra Villa Nova, de Nova Lima/MG, e Santa Cruz foram agônicas, com o Grêmio tendo que buscar no jogo de volta. Lembro, principalmente, do jogo contra o time do Recife, disputado sob um dilúvio em Porto Alegre, e o time treinado por Tite quase deixou escapar a classificação. Aquele jogo lavou a alma do time, que seguiu firme, a partir dali eliminando Fluminense, Coritiba, São Paulo e Corinthians.

O que quero dizer: nem sempre começar mal é signo do fracasso e vexame total. Tudo bem, 3 jogos, 3 vitórias, mas todas, eu disse TODAS, foram apertadas. Em 2000, ano de estrelas, ano da ISL, o Grêmio começou com um 0-4 inapelável contra o União Rondonópolis, para depois levar 4 da Portuguesa, em pleno Estádio Olímpico, maior fiasco gremista nesta competição. O que quis dizer: nem sempre começar bem é sinônimo de taça à vista. Por isto, vou usar da minha incoerência, e dizer, mesmo preocupado, para que os torcedores não se preocupem (!). Daqui a 1 ou 2 fases os confrontos começam a ficar mais parelhos, então poderemos ter um parâmetro, digamos, decente do potencial do time de Luxemburgo, e do próprio técnico, diga-se de passagem.

Porque, convenhamos, muito da magérrima vitória de ontem passou pelas falhas de Luxemburgo. Em determinado momento do jogo, o time estava em um 3-6-1, onde o único atacante era o garoto Weverson Leandro, extremamente insuficiente, que substituiu a Bertoglio; André Lima, que havia entrado ainda no 1º tempo, foi sacado para a entrada (?) de Marquinhos, que, tentando emular um centroavante, desperdiçou 2 gols praticamente feitos, e que dariam a classificação ao Tricolor. O "Caneleiro Imortal" entrara pois o imponderável do azar fez com que mais um atacante gremista, desta vez Marcelo Moreno, se lesionasse. Impressionante. Comentava no Twitter que Luxemburgo é um jóquei de puro-sangue para quem foi dado um pônei maldito para correr.

O gol da vitória (?!) foi marcado pelo volante Léo Gago, em jogada praticamente espírita, ganhando uma dividida e mandando um tijolaço do meio da rua, lá pelos 20' do 2º tempo. Não fosse este cataclisma, e Ipatinga e Grêmio poderiam ficar jogando até agora, que não teria sido sequer criada uma chance de gol. O Grêmio, com a proposta inicial no 3-5-1-1 jogou absolutamente para não perder, o que irrita ainda mais em relação ao jogo do Sergipe, onde o time jogou nada, é verdade, mas ao menos a ideia era vencer. Sinceramente, pensava que Naldo já havia sido dispensado, e o pior é saber que (o menos pior) Grolli ficou em Porto Alegre... Que o Grêmio passa pelo Ipatinga, disto eu não tenho sequer dúvida, mas será que poderemos almejar algo maior com este nível de atuações?

Antes do Esquecimento
  • O bicho pegou para o Flamengo. Acompanhei em partes o jogo do rubro-negro carioca contra o Emelec, em Guayaquil. O Mengão até vinha bem no jogo, construiu um placar de 1-2 bastante sólido no 1º tempo, apesar de ter sido por vezes ameaçado pelos Electricos. A 2ª etapa foi um desastre ecológico. Joel Santana mostrou sua veia retranqueira, o time não passou do meio-campo em 90% do tempo, e o empate e posterior virada do Emelec foi apenas consequência. O argentino Lucho Figueroa, ex-River Plate, marcou 2 gols, e Fernando Gaibor converteu pênalti aos 45' do 2º tempo, e garantiu a vitória equatoriana. Léo Moura e Deivid diminuiram para o Flamengo, que precisará vencer o Lanús na última rodada, e torcer para um empate entre Olimpia-Emelec.

Valeu pela circunstância

O Internacional empatou com o Santos de Neymar em 1 a 1. O time colorado fez um primeiro tempo de encher os olhos, pois marcou com seriedade e atacou sem medo. Com isso, o lateral Nei abriu o placar com um golaço de falta, dando chance nenhuma ao goleiro do Santos, que olhou, torceu, mas viu a bola morrer no fundo das redes de sua goleira. Depois do gol o Santos deu uma reagida e equilibrou a partida que, até então, era dominada pelo Inter. Mas aí veio a etapa final. O colorado mantinha uma postura mais defensiva taticamente e cumpria muito bem. Porém não atacava. O Neymar começou a gostar do jogo, pois este quando viu que a coisa tava feia, começou a flutuar entre os volantes e a buscar o jogo e assim com Neymar na intermediaria passou a bola para Juan cruzar com perfeição e Alan Kardec empatar.
A partir daí foi um "Deus nos acuda". Mesmo com Tinga fazendo um apresentação de gala, com Dátolo jogando um futebol redondo e até o Sandro Silva fazendo uma boa partida não foi o suficiente para segurar a volúpia do time praiano.
Os Meninos da Vila começaram a pressionar o Inter e empurrá-lo para o seu campo de defesa. Neymar tentou, porém Muriel não permitiu a virada santista. O goleiro colorado certamente fez uma de suas melhores se não a melhor partida com a camisa número 1 do Inter.
Eis aqui um jargão que convém ao momento: "Em time que o melhor em campo foi o goleiro é porque tem algo errado!", com o qual concordo plenamente. O time da Pe. Cacique recuou muito no segundo tempo, não ficava com a posse da bola, e a saída de Tinga deixou isso ainda mais evidente. Damião não foi bem, ficou isolado novamente, e Dagoberto voltava até o Praia de Belas para buscar a bola que não chegava. Mas mesmo assim aqui fica um elogio a Dorival Júnior que terminou o jogo com uma meia cancha que tinha Élton, Sandro Silva, Jajá e Dátolo porém este foi substituído no fim, com a expulsão de Rodrigo Moledo. Aí concordo que assim fica difícil o trabalho do vivente.
Falando na turma da cozinha, Índio e Moledo fizeram uma boa partida. Mas para um clube bi-campeão da Libertadores, Campeão do Mundo em cima do Barcelona não pode achar que empatou com o Santos do Neymar é uma boa e bola pra frente. O Sport Club Internacional completa hoje 103 anos de emoções para com os seus torcedores. Convenhamos que empatar no Beira-Rio, pressionado até o ultimo minuto não é lá um resultado a ser comemorado. Mas a circunstancia permite ao menos aceitar. Afinal o time estava muito descaracterizado sem D´Ale, Oscar e Guiñazu. Agora o Inter deve pensar apenas na vitoria contra o Juan Aurich e ainda dar uma secadinha no The Strongest que vai ter uma parada dura na Vila Belmiro mas para chegar a esse ponto o time de La Paz tem que vencer no Peru para assim tentar jogar água no chopp colorado.
Portanto creio na classificação de Santos e Inter nessa ordem. Mas certamente nenhum torcedor imaginava ter que esperar até ultima rodada. Também não custa nada dar uma secadinha no time boliviano contra o Juan Aurich. Quem sabe o time do Peru "faz o crime" e deixa o caminho menos difícil para o colorado na competição mais disputada e charmosa das Américas.

Destaque: Tinga fez uma baita partida, assim como Nei. Muriel fechou o gol colorado, Dátolo e Sandro Silva foram muito bem.

Decepção: Damião, mesmo isolado, poderia ter ido melhor. Élton estava perdido em campo e errando passes.

* O Juventude fez 2 a 0 na Portuguesa construindo uma boa vantagem para chegar às oitavas da Copa do Brasil.

** O brasileiro Kaká fez um golaço no jogo válido pela Champions League. O Real Madrid acabou vencendo por 5 a 2 o time do Apoel, do Chipre, que se despediu da competição sem ficar devendo nada a ninguém.

Pergunta: Quando o Inter vai poder jogar com seu time completo novamente?

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Caminhão granate

Eu, pelo menos, não anotei a placa, que dirá os jogadores do Olimpia, time amassado pelo trator argentino em Lomas de Zamora. Foi uma partida completamente atípica, onde algumas atuações individuais comprometeram todo o planejamento de Gerardo Pelusso, comandante dos paraguaios, e contou muito a perspicácia tática do treineiro do Lanús, Gabriel Schürrer, que aproveitou muito bem os "furos" deixados pelos tricampeões da América. A partida até começou equilibrada, com o próprio Olimpia querendo propor jogo, não se acovardando diante do adversário, mas, logo aos 13', o Lanús começou a usufruir da Avenida Ariosa, aberta do lado direito de ataque do time do Lanús: a jogada foi toda feita as costas do lateral uruguaio, e Mariano Pavone aproveitou o cruzamento para abrir o marcador.

Não diria que o gol foi injusto, porém o Olimpia jogava bem, nem de longe era pior que o Lanús. O gol destroçou o time paraguaio no aspecto emocional, e não teve jeito de reequilibrar a situação. Marchesín até foi levemente exigido, em chutes de longa distância, fora isto, o Olimpia foi um time estéril ofensivamente. Até que, 15 minutos depois do 1º gol, o Lanús aumentou. Depois de troca de passes próximo a área paraguaia, Camoranesi encontrou o ótimo lateral-esquerdo Balbi, que cruzou na marca do pênalti, onde o próprio italo-argentino apareceu para cabecear firme, e contar com falha do goleiro Martín Silva. 2 a 0 Lanús, contra um time totalmente desestruturado e nervoso. Faltava mais alguma coisa? Sim, faltava.

Cerca de 5' antes do final da 1ª etapa, Vladimir Marín, um dos principais jogadores do Olimpia, sentiu lesão no joelho, e precisou ser substituído. Ali acabava o jogo para os visitantes, e não é nada contra Hobecker, que entrou em seu lugar, mas é que o colombiano é realmente importante. Enfim, veio o 2º tempo, e com ele o término do serviço. Aos 9', Pavone; para variar, depois de jogada pela direita. Aos 25', Regueiro, no gol mais constrangedor para o time paraguaio. O uruguaio foi lançado nas costas da esquerda (que dúvida...) da defesa, pode se enrolar com a bola, girar, retomar carreira, sem que qualquer homem de preto o acossasse, ajeitou para o pé esquerdo, e jogou no canto direito do seu compatriota Silva.

Seguia o colapso defensivo do Olimpia. 7 minutos mais tarde, Valeri, em uma bomba de longe, aumentou o massacre. E em mais uma jogada onde a defesa paraguaia foi pega de calças curtas (desta vez Nájera), Silvio Romero foi lançado, e sem qualquer vestígio de marcação, fechou o caixão do adversário. Se este jogo se repetisse algumas vezes, nunca o resultado seria o mesmo. Mas, quando valeu, o 6-0 aconteceu, maior goleada desta edição da Copa Libertadores da América. Agora o Lanús é líder do grupo 2, e caso o Flamengo não vença o Emelec, hoje à noite, estará classificado. Aliás, a situação do rubro-negro, com o resultado de ontem, não é tão simples. É obrigatória a vitória na noite de hoje, em Guayaquil.

Por falar em cariocas, o Vasco se encaminhou muito bem rumo as oitavas-de-final. Venceu o Alianza Lima, no Peru, por 1-2, com 2 golaços de Fellipe Bastos. Amanhã jogam Libertad e Nacional, em Assunção. Em caso de vitória paraguaia, o Vasco e o próprio Libertad garantem as 2 vagas do grupo 5. Fechando a rodada da terça, pelo grupo 6, o Deportivo Táchira manteve-se invicto na Venezuela, conseguindo seu 3º empate. A "vítima" da vez foi o Cruz Azul que, assim como o Corinthians, foi obrigado a buscar o ponto no final da partida. Mesmo assim, paulistas e mexicanos já estão praticamente garantidos na próxima fase. Na semana que vem, o Timão enfrentará o Nacional, no Paraguai, e poderá acabar com a brincadeira em mais um grupo.

Antes do Esquecimento
  • Tristeza e luto. Ontem a tarde faleceu, aos 77 anos, o grande Aírton Ferreira da Silva, o Aírton Pavilhão, considerado por muitos o maior zagueiro da história do Grêmio, e do futebol gaúcho. Na segunda-feira o Grêmio lançou camisa alusiva ao time de 1954, coincidentemente o ano de estreia do zagueiro no clube. Estou absolutamente chateado, mas sempre serei grato a quem honra o manto tricolor, sobretudo aqueles que ajudaram e ajudam a escrever a nossa história. Acredito que o sentimento de todos os gremistas seja o mesmo.
  • Em compensação, do outro lado da José de Alencar, festa. O Sport Club Internacional completa neste 4 de abril 103 anos de existência, glórias e conquistas. Acima da rivalidade, há o respeito e o reconhecimento à história do co-irmão, celeiro de ases, e gigante pelos seus feitos. Hoje o Inter recebe o Santos, pela Libertadores, e certamente teremos, além de um jogaço de bola, uma linda festa feita pelos torcedores e para os torcedores. Parabéns, nação colorada!

terça-feira, 3 de abril de 2012

Grêmio de roupa (nem tão) nova

Ontem à noite, orgulhosamente participei do lançamento da linha oficial Grêmio/Topper 2012, como convidado pelo clube e pelo fornecedor, por ser um dos 100 primeiros sócios a ter adquirido o novo manto, na já tradicional "compra no escuro". Um evento de altíssimo nível, digno da grandeza do Tricolor gaúcho, que contou com a presença de autoridades, como o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, gremista declarado, dirigentes e conselheiros do Grêmio, jogadores, imprensa, algumas "celebridades", e, acima de tudo, muitos torcedores, seja na estrutura armada na pista atlética, seja nas sociais do Estádio Olímpico. Enfim, a festa foi altamente prestigiada, eram esperadas 5 mil pessoas, e acredito que a expectativa foi plenamente alcançada.

As camisas são inspiradas em modelos históricos. A titular, alusiva ao time de 1954, que inaugurou o Olímpico, e a reserva faz referência ao time de 1962, campeão Sul-Brasileiro. Foi escolhida, também, a candidata Tricolor ao prêmio Musa do Gauchão, Marilise Antonelli. E, para os que gostam de tietar, os ex-BBBs Jonas e Monique participaram do desfile, além dos jogadores Miralles e Mário Fernandes. Não consegui fazer uma cobertura muito decente, por limitações técnicas, mas, seguem algumas fotos do evento, que creio ser o que realmente importa para quem nos acompanha. Desfrutem!