quinta-feira, 10 de maio de 2012

Transição

Buenas! Este é um momento importante, depois de alguns dias sem postagens aqui no Vida Cancheira, então creio que seja importante ser breve. O nosso blog está sofrendo modificações, tanto estruturais, quanto de conteúdo, e a primeira mudança nós apresentamos neste post. O site está se mudando do domínio ".blogspot.com", para um ".com.br", na plataforma Wordpress. Pedimos compreensão dos amigos e leitores nestes primeiros momentos, quando desenvolvemos o portal, e os novos conteúdos. É uma fase inicial, que exigirá muito dos blogueiros. Todas as postagens foram exportadas para o novo domínio, ou seja, tudo que foi visto e escrito aqui neste espaço, também estará disponibilizado no nosso novo site. Por enquanto, deixaremos o Blogger ativo, mas será uma medida provisória, daqui a algumas semanas estaremos somente e em definitivo no vidacancheira.com.br. Está é uma vitória nossa, que, acima de tudo, tem a participação de nossos leitores, amigos e parceiros, e aqui fica nosso agradecimento, e pedido para que sigam conosco no novo Vida Cancheira.

sábado, 5 de maio de 2012

Cerebral

Na noite de ontem, tivemos a honra, o orgulho e a satisfação de receber no nosso 1º "VC no Bar", o grande Larry Pinto de Faria, eterno atacante do Rolo Compressor, time histórico do Internacional na década de 50. Realizamos a gravação do podcast no bar Ossip, na Cidade Baixa, e conversamos com Larry sobre os mais variados aspectos do futebol, e, claro, sobre a história, as vivências e a visão diferenciada de futebol que somente um craque como ele pode nos transmitir. A mesa contou com Carlos Paiva (@bolachinhaman), Jhon Tedeschi (@jhontedeschi) e Marcelo Mello, contando com o apoio, além do Ossip (e aqui o agradecimento ao Martínez, que nos cedeu o espaço, e foi um excelente anfitrião), da Aduana Moda Masculina, nosso 1º apoiador, que presenteou Larry com uma belíssima camisa. Desfrutem!





sexta-feira, 4 de maio de 2012

Coruja pelada na altitude

As oitavas-de-final da Copa Libertadores vinham sendo de extremo equilíbrio, até a noite de ontem. No Olímpico Atahualpa, a mais de 3000 metros de altitude, o melhor time da América do Sul, segundo alguns "entendidos", foi deposto desta titulação e, provavelmente, da disputa pelo título da Libertadores. Em uma partida com gramado enlameado, muitas faltas, tarjetas multicoloridas, apagão nos refletores, dentre outros agregadores de dignidade ao jogo, o Deportivo Quito se aproveitou da sua capacidade de adaptação, até por ser o mandante, e goleou, ao natural. Destaques para as grandes atuações de Fidel Martínez, atacante pela esquerda, liso, veloz e driblador, que incomodou Osvaldo González, até que este fosse expulso, e Gustavo Matías Alustiza, agora o artilheiro da competição com 8 gols. Sem contar no grande retrospecto de La Academia jogando em seus domínios, com 4 vitórias em 4 jogos, 14 gols marcados e apenas 1 sofrido.

Os equatorianos começaram o jogo pressionando muito, tentando fazer valer o fator local, tendo como trunfo a altitude a seu favor. Os chilenos tentavam manter a bola nos pés, mas a forte marcação adversária não permitia a tradicional troca de passes, Marcelo Díaz e Aranguiz eram bem marcados e as escapadas com Mena e Rodríguez não eram eficazes como de costume - assim sendo, Junior Fernandes era figura nula no campo. De tanto insistir, aos 29', "El Chavo" Alustiza recebeu ótimo passe na grande área e chutou no alto, indefensável para Jhonny Herrera. Menos de 2' depois, Olivo, que havia recebido cartão amarelo minutos antes, foi expulso em lance de interpretação discutível do mexicano Chacón. Foi a senha para La U se jogar ao ataque de vez, e Carlos Ischia colaborava recuando o time da casa (sacou o avante Bevacqua e colocou o volante Bolaños).

Esta postura foi completamente determinante para o empate chileno, menos de 10' depois de o Deportivo Quito ter aberto o placar. Rara jogada lúcida de Díaz na noite de ontem, lançando Matías Rodríguez, que trouxe a bola para o pé esquerdo (o bom) e fuzilou o veterano Elizaga. O jogo dava toda a pinta de ter virado a favor dos visitantes, mas o que se viu foi um descontrole ofensivo do time da casa, com Martínez e Paredes simplesmente enlouquecendo os defensores rivais. Paredes, inclusive, sofreu um pênalti ignorado pela arbitragem; no meu ver, ele é empurrado na área, só sua queda deveras acintuosa deu a impressão de uma cavada. A medida que o tempo passava, a defesa chilena afrouxava, soltava a corda, até ela cair: Herrera tentou sair jogando, só que Mena aparentemente estava dormindo, e na sequência do lance houve um escanteio. E na sequência do escanteio teve um gol, gol de Luis Checa, o zagueiro-artilheiro do futebol equatoriano. Deportivo Quito novamente na frente.

Na volta do intervalo, Sampaoli, já devidamente expulso, fez 2 trocas, sacando Henríquez e Martínez para as entradas de Lorenzetti e Magalhães. O argentino com nome de marca de chuveiro elétrico, outrora titular, tentou a todo custo ajudar Díaz e Aranguiz, sem o menor indício de sucesso, tanto é que, mesmo jogando com 1 a menos, quem atacavam eram os comandados de Ischia. Em um lapso em que não tivemos as imagens do jogo, "El Chavo" Alustiza marcou mais um, seu 8º gol na competição, e praticamente definia a partida, aos 11' do 2º tempo. 3' depois o zagueiro Osvaldo González, cansado da "alegria y atrevimiento" de Martínez resolveu atorar o ponteiro-esquerdo dos locais, e foi para o olho da rua. Dali em diante, seguiu o desande da maionese de La U, e mesmo que chegasse esporádicamente, como com Junior Fernandes, bloqueado por Elizaga, os chilenos seguiam com um desempenho próximo ao constrangedor.

Após mais alguns 473 dribles en la banda-izquierda do gramado, Fidel Martínez resolveu guardar sua bucha no gol do Bulla. O dublê de Neymar equatoriano pegou a bola próximo a linha divisória do gramado, e arrancou sem nenhuma marcação, invadiu a área e mandou de canhota, inapelável, para decretar o 4-1 no placar do Olímpico Atahualpa, 3º gol do moço na competição. Dali em diante, o jogo seguiu com uma pressão inócua da Universidad de Chile, tentando, ao menos, diminuir o estrago e voltar para Santiago com uma desvantagem menos pesada nas costas. Acredito que, em casa, La U vá jogar futebol, coisa que não fez em Quito, entretanto, o Deportivo está com uma mão e 3 dedos na vaga, apenas um desastroso 3-0 (ou mais!) contra o eliminará da competição, e futebol vai ser o que menos os equatorianos irão querer ver na próxima quinta. Será um jogo muito interessante, tendência de ataque vs defesa. A ver.

Antes do Esquecimento
  • Na quarta, é bom que se faça constar, mais 2 brasileiros deram as caras pelas oitavas-de-final da Libertadores. Em Guayaquil, o Corinthians (na figura do goleiro Cássio) segurou um 0-0 cumpridor contra o Emelec. Gol sofrido no Pacaembu é sinônimo de desastre, mas o time de Tite é muito pragmático, e duvido que isto acontecerá. Já no Rio de Janeiro, Vasco e Lanús fizeram uma partida bem movimentada. Vitória carioca por 2-1, gols de Alecsandro e Diego Souza, com Regueiro diminuindo para o granate. Em La Fortaleza o buraco será bem mais embaixo, e vitória simples dá a vaga aos argentinos. Destaque negativo para Cristóvão Borges, que sacou Felipe e Diego Souza para as entradas de Fellipe Bastos (!) e Carlos Alberto (!!!!). Foi fortemente vaiado, com razão e justiça.
  • Pela Copa do Brasil, na quarta-feira, tivemos mais 3 jogos, fora Fortaleza 0-2 Grêmio. No Moisés Lucarelli, a Ponte Preta bateu o São Paulo por 1-0, gol de Roger (ex-Tricolor Paulista); no Barradão, Vitória e Botafogo empataram em 1-1, gols de Elkeson, para os cariocas, empatando Neto Baiano para o rubro-negro; e na Vila Capanema, Edigar Junio fez o gol da vitória do Atlético/PR sobre o Cruzeiro. Ontem, mais 2 jogos: no Mangueirão, o Paysandu precisava reverter uma desvantagem de 3 gols, mas acabou perdendo novamente, 0-1 para o Coritiba, gol de falta de Tcheco; já na (belíssima) Arena Independência, o Atlético/MG até largou bem, fazendo 2-0 antes dos 30', só que o 2º tempo foi todo do Goiás, que fez o gol de honra, e da classificação, aos 40', com Felipe Amorim. O Coritiba pega o vencedor de Botafogo-Vitória, e o Goiás encara quem passar de São Paulo-Ponte Preta.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Pior que a encomenda

Mais uma noite de Copa, noite encrencada de dificuldades para acompanhamento. Dentro da faculdade, rádio e Twitter salvam, pena que não é o suficiente para fazer uma análise mais aprofundada. Tudo que se prometeu do Fortaleza, que iríamos ter um PV em chamas, com o Tricolor do Pici mordendo até os cabelos dos gremistas, entre outros fatores de pavor, não aconteceram. O Tricolor de Porto Alegre matou a fatura antes dos 15' da 1ª etapa. Em um intervalo de menos de 2 minutos, Marcelo Moreno e Marco Antônio, com um golaço, acabaram com a frescura na Capital do Ceará. O Fortaleza conseguiu impor alguma pressão apenas no início do 2º tempo, quando perceberam que não tinham nada a perder, e após a expulsão de Pará, quando, por motivos óbvios, se viram obrigados a atacar a todo custo, mas exigiram apenas 2 defesas mais relevantes de Victor. Espero poder assistir ao jogo durante a noite, para poder embasar um comentário mais consistente. Por enquanto, ficamos no aguardo do vencedor do confronto entre Bahia e Portuguesa, e cumpriremos tabela na próxima quarta-feira, às 22h.

* atualização já em casa, em 03.05, à 00h22

Como eu já esperava, não consegui assistir ao jogo, nem melhores momentos, nem VT, nécaras. Não vou redigir o mais do mesmo que a imprensa escrita já colocou na faixa, apenas algumas constatações do que ouvi, sobretudo quando consegui conexão com a Grêmio no Ar, alternativa digna para quem quer uma transmissão feita para torcedores gremistas, por gremistas que, acima de tudo, entendem de futebol. 1ª) Edílson é titular mesmo com os braços amarrados, e é inacreditável como Gabriel durou tanto tempo na titularidade. Ao menos a presença de alguém que se diz lateral na linha de fundo adversária já mata as saudades, e isto que o #33 está (muito) longe de ser o lateral dos sonhos; 2ª) Marcelo Moreno e André Lima não podem jogar juntos. Acho que foi feita uma tentativa, só que minha memória não me permite lembrar exatamente em qual jogo - e se realmente havia sido feita. Hoje tivemos a certeza (espero que Luxemburgo também): não dá; 3ª) Pará expulso é reforço para o jogo da volta. Entretanto, ficarei tranquilo apenas quando tiver a certeza que Júlio César já esteja plenamente recuperado, o que acredito que acontecerá até a semana que vem; 4ª) Vílson entrou muito bem na vaga de Werley. Se o ex-atleticano ficasse em campo, creio que haveriam brechas para o Fortaleza causar danos ao Grêmio no placar, sobretudo quando a vaca ameaçou querer ir para o brejo, pós-expulsão de Pará; 5ª) Marco Antônio, a mim tu não engana! O gol de placa que fizeste, de maneira alguma, não pode fazer com que se esqueçam as atuações medíocres; 6ª e última) não vamos nos enganar. O Fortaleza é clube de 3ª divisão, fraco, fraquíssimo, talvez pior até que o River Plate/SE(m grife). Ao menos desses o Tricolor vem ganhando com (relativa) segurança.

No mais, os resultados da noite de hoje me deixam ainda mais tranquilo em relação ao futuro gremista na Copa do Brasil. Vitória e Botafogo empataram em 1-1, no Barradão, e são 2 times que não me preocupam, uma hora irão derrapar. Os favoritos (?) São Paulo e Cruzeiro jogaram fora de casa contra Ponte Preta e Atlético/PR, respectivamente, e foram derrotados por 1-0. Vai ser engraçado ver estes times tendo que tirar sangue das unhas para chegar as quartas-de-final, enquanto o Grêmio fará um jogo-treino de luxo semana que vem. O caminho para o penta me parece cada vez mais claro, sem nuvens. Nem conto mais o jogo da volta contra o Fortaleza. Faltam apenas 6 jogos!

Saque fortínero no Cartel de Medellín

Terça de feriado e frio no Sul. Tempo propício para tentar acompanhar as 2 partidas da noite de ontem pela Copa Libertadores da América. Infelizmente consegui apenas assistir ao 1º jogo da noite, o 2º começou as 23h30, e hoje era dia de labuta, portanto, não ficaria 90' na frente da televisão por nada deste mundo. Bueno, no Atanasio Girardot, a promessa era de um grande jogo entre Atlético Nacional e Vélez Sarsfield, mas o que se viu ficou deveras longe do esperado. Os argentinos largam na frente no confronto, e terão uma vantagem gigantesca na próxima terça - se complicam apenas se levarem gols, e os colombianos (ainda) tem o melhor ataque da competição. Os verdolagas foram para a decisão sem o técnico Escobar (Santiago, não o Pablo), demitido na segunda-feira, depois do clube após uma crise envolvendo Dorlán Pabón, Macnelly Torres e Luis Fernando Mosquera na época do aniversário de 65 anos do Atlético.

A partida começou com o Nacional indo para o ataque, e tentando abrir vantagem já nos primeiros minutos. O estádio não estava tão cheio, porém os torcedores que encararam a tempestade na noite de ontem foram à arquibancada dispostos a apoiar o time até o final. Pabón até exigiu boa defesa de Barovero no início, só que a resposta do Vélez foi fatal: aos 8', Martínez ensebou a jogada pela esquerda, inverteu bela bola para Iván Bella, que ajeitou para o pé esquerdo e mandou no cantinho, sem chances para Pezzuti. O gol apavorou os colombianos, que começaram a partir para cima de forma desordenada. Ainda sob efeito dos conflitos do último final de semana, Pabón, Torres et caterva tentavam chutes dementes de qualquer localização do gramado, na torcida por pegar o ótimo Marcelo Barovero desprevenido. Eles poderiam ficar se utilizando desse expediente durante mais 3 horas, e não aconteceria nada.

Os defensores do Vélez foram os nomes da partida, Ortíz e Sebá Dominguez tiveram atuações exemplares, bem como os abnegados Cubero e Zapata, que brecaram todas as tentativas de tramas ofensivas dos colombianos. No início da 2ª etapa, Martínez cavou um pênalti, que ele mesmo cobrou e desperdiçou, em grande intervenção de Pezzuti. Lá pelas tantas "El Burrito" puxava toda sorte de contra-ataques, que invariavelmente morriam nos pés de Lucas Pratto, que, não fossem 2 finalizações perigosas, seria facilmente o pior em campo, se assemelhando a uma banheira vestindo a camisa 22 fortinera. Gostei muito da atitude dos colombianos, que, ao menos se não conseguiam criar com decência, arriscavam. Arriscavam, arriscavam e arriscavam... Chegaram perto do gol apenas em gol quase feito perdido por Pabón e em uma cobrança de falta de Juan Quintero, ambas ótimas defesas de Barovero.

No final das contas, o 0-1 ficou de ótimo tamanho para o Vélez, apesar de eu acreditar que o empate teria sido mais justo, pela insistência heroica do Atlético Nacional, apenas pecando pela ineficiência. O Vélez é tão, mas tão zicado, que é capaz de levar 1-2 na volta e dar adeus à Copa, como também é capaz de emendar uma goleada histórica; o tempo me ensinou a não confiar em times que tem um "V" (de Vendetta?!) cruzando a camisa. A vantagem está com o Vélez, só que não sou eu quem me atreverei a estabelecer tendências para o confronto - tudo pode acontecer em Liniers. Como o próprio treinador Ricardo Gareca disse, não há nada garantido, mesmo com a vitória fora de casa. A ver, infelizmente não conseguirei acompanhar o jogo de volta, que será realizado na próxima terça-feira (útil!), no José Amalfitani.

Meu pai (!) acompanhou comigo boa parte do 1º tempo de Cruz Azul-Libertad, e proferiu que só iria dormir quando o Libertad empatasse. Pois é, "La Maquina Cementera" abriu o marcador cedo, com Orozco, aproveitando linha de passe de cabeça iniciada no cruzamento de Perea (sim, aquele mesmo) e assistência de Maranhão (o próprio). Antes disto, o goleiro Corona deu um enorme susto até em quem assistia pela televisão: ao interceptar bola nos pés de Pablo Velázquez, o centroavante acabou acertando acidentalmente o adversário. Enfim, meu pai não precisou esperar muito, e aos 25' da 2ª etapa, o próprio Velázquez empatou o confronto. Segue minha torcida pelos Repolleros no jogo de volta, também na próxima terça, em Assunção. Hoje teremos Lanús-Vasco da Gama, Emelec-Corinthians e Boca Juniors-Unión Española. Na medida do possível, acompanharemos.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Altos e Baixos

O Inter venceu o Grêmio por 2 a 1. Em pleno Beira-Rio, diante da sua torcida, o colorado ergueu a taça Farroupilha e garantiu o direito de disputar a final do Gauchão contra o Caxias. Em um jogo onde destaca-se a superioridade da defesa colorada ao amorfo ataque gremista que em toda a primeira etapa não conseguiu desferir se quer um chute ao gol de Muriel. Já Leandro Damião era soberano diante os zagueiros gremistas na bola área tanto que numa bola alçada Damião sozinho falhou ao dominar a pelota e também não contava com o erro de Gabriel que ao invés de afastar o perigo entregou o ouro ao Dátolo que não perdeu a chance e assim abriu o placar no clássico 392.
Na segunda etapa Vanderlei Luxemburgo resolveu mudar o time colocando Marquinhos e Moreno no lugar de Miralles e André Lima respectivamente. Tomando essa medida o Grêmio começou a povoar a meia cancha não dando espaço as colorados induzindo ao erro e foi o que acabou acontecendo e Dátolo autor do gol foi do céu ao inferno dando passe na fogueira para R.Moledo este piorou a situação, se viu em apuros e acabou cometendo a falta em Moreno. Fernando cobrou na trave e no rebote Werley empatou para o time da Azenha.
Mas do céu ao inferno não era exclusividade de Dátolo. Vanderlei Luxemburgo que depois de começar com um time capenga e de conseguir consertar a lambança no intervalo, conseguiu estragar tudo em uma cena patética com o gandula colorado. O comandante gremista foi tão precitado que não percebeu a anulação do arbitro no lance e acabou pagando um vale daqueles de esquecer e virar a pagina justamente em um momento onde seus os comandados estavam começando a dominar jogo.
O resultado foi a expulsão merecida e o desequilíbrio total do time com Andre Lima e Paulo Paixão na casamata. Porém o time colorado nada tinha haver com essa confusão e voltou a ter sangue nos olhos. Mais equilibrado emocionalmente o Inter voltou a pressionar o Grêmio e aos 35 minutos da etapa final numa cobrança de escanteio Fabrício pulou sem marcação e fez o gol da justa vitoria colorada.
Portanto o colorado terá semana de recuperação para os jogos decisivos que estarão por vir como a disputa do Gauchão e a decisão contra o Fluminense no Rio de Janeiro. Também existe a possibilidade de contar com o "memino de ouro Oscar" e se confirmado será um grande reforço.

Destaque: Fabrício fez a sua melhor atuação pelo Inter e mostrou que é do ramo. Tinga como já era de se esperar jogou em alto nivel assim como Guiñazu e Sandro Silva que está gastando a bola. R.Moledo tirando o lance "capital" que originou o gol gremista foi um gigante assim como Índio. Damião fez um deus nos acuda na defesa gremista e teve uma boa atuação igualmente há Jaja Coelho que de bobo não tem nada e se mostra uma alternativa de banco ao Dorival Junior.

Decepção: Dorival Junior insiste com Jô como alternativa no ataque. Apostar e não dar certo é uma coisa. Mas insistir não tem explicação.

* Neymar fez três gols na vitoria do Santos sobre o São Paulo. E mostra que o time da Vila Belmiro no momento é o time a ser batido em todas as competições.

Pergunta: Gandula ganha jogo?

   

domingo, 29 de abril de 2012

Sarna pra se coçar

Para começo de conversa, parabenizo o Sport Club Internacional pela conquista do seu 41º título de Campeonato Gaúcho. Vão pregar respeito e os cambau para com o Caxias, mas, não tem jeito, somente uma tragédia, um cataclisma tira mais esta taça da sala de troféus da Padre Cacique. O direito a receber as faixas do maior clube da terra da Festa da Uva (!) foi adquirido na tarde de hoje, com a vitória no Gre-Nal 392, disputado no Beira-Rio. No meu ver, serão 2 jogos para cumprir o regulamento, pois, do jeito que os grenás estão, nem precisariam entrar em campo. Não sei se espero que eles calem minha boca, para mim não fará a menor diferença. Seja como for, o Inter, vencedor da Taça Farroupilha, chega com méritos, e, graças a melhor campanha no geral, reitera o favoritismo atribuido a ele na grande final.

Meu foco é o lado azul*, lado derrotado. Assisti ao jogo na companhia do amigo e colega blogueiro Lucas Estega, do Futebol Além dos Gramados, e, chegamos a um consenso; o jogo foi ruim, e teríamos chegado à mesma conclusão se o Tricolor tivesse vencido nas mesmas condições. Luxemburgo fez um mistério que, para mim, foi genial, mas no contexto da partida foi desnecessário - a escalação do time foi divulgada apenas quando os 18 relacionados estavam no gramado do Beira-Rio. A ideia era não mexer muito na estrutura do time, consolidado no 4-3-1-2, entretanto o treinador "inovou" (poderia dizer que inventou) botando o time em um 4-3-3 desproposital, sobretudo porque quem tinha que atacar e propor o jogo era o Internacional, até por ser o mandante. O mistério foi tanto, que o telão/sistema de som do estádio chegou a anunciar a escalação com Júlio César na lateral-esquerda; este, provavelmente, estivesse em casa assistindo ao jogo, e recuperando-se de lesão muscular. Sensacional.

No fim das contas, Miralles entrou na vaga de Léo Gago, se juntando a Bertoglio e André Lima no ataque. Marco Antônio recompôs a meia-cancha pela esquerda, fazendo praticamente uma linha com Fernando e Souza. Muitos podem dizer que Bertoglio poderia ter jogado no meio, mas na 1ª etapa ele ficou trocando de posicionamento com Miralles, cada um em uma ponta. A intenção foi excelente, só que esqueceram de avisar ao camisa 18 que o jogo tinha certa importância, e que ele precisaria jogar. É, não jogou. Absolutamente nada, como de costume. A escalação inicial deve ter causado orgasmos nas chinas de fronteira da torcida do Grêmio, que não podem ouvir um jogador "hablar castellano" que já se abrem, só que não deu em nada; o time perdeu totalmente a consistência no meio-campo, sem contar que a excelente marcação do Inter impossibilitou movimentos ofensivos com algum resquício de criatividade. Na 1ª etapa, o time não deu nenhum chute a gol. Nada. Produção estéril.

Não obstante, a zaga voltou a fazer água frente a um ataque mais qualificado. Werley e Gilberto Silva já haviam se visto em apuros contra Leandro Damião e Jajá, mas o Colorado pecava no último passe. E justamente o jogador ofensivo com a pior produção no time vermelho foi o responsável por abrir o marcador. Depois de um contra-ataque, a bola pipocou na área gremista, Gabriel tentou afastar, mas deu um belíssimo passe de calcanhar para Jesús Dátolo bater de perna direita, sem chances para Victor. Eram aproximadamente uns 35', não tomei notas ao acompanhar a partida. Talvez o resultado mais justo fosse o empate, só que quando apenas um dos times finaliza, este não fez mais que sua obrigação, e a vantagem no placar é consequência. Enquanto isto, Bertoglio apenas sofria faltas, e André Lima e Miralles apanhavam da bola, completamente agoniados por não serem abastecidos. Houve uma jogada em que André foi buscar jogo na ponta-esquerda, e tentou abrir espaço a dribles. Óbvio que não rolou. Constrangedor.

O intervalo mostrou mais uma vez porque o Grêmio acertou na escolha do treinador, e porque o Inter sofre com o seu. Luxemburgo percebeu que de boas intenções o inferno está cheio, e sacou Miralles do time, ingressando Marquinhos, e também trocou André Lima por Marcelo Moreno - aqui já adianto, fora uma cabeçada fraca do boliviano, foi uma troca de 6 por 1/2 dúzia. Marquinhos foi fazer a função cumprida por Marco Antônio nos primeiros 45', e este foi ser o "1" do esquema, digamos, ideal. O jogo seguiu sem nada muito digno de nota, com o Inter recuando um pouco, até que em uma trapalhada de Rodrigo Moledo (o melhor em campo, na minha opinião - só errou naquela jogada), o zagueiro precisou cometer falta em Moreno. Dátolo pagou geral, e parecia pressentir o pior, que de fato aconteceu: Fernando, de excelente atuação, cobrou a falta no poste, e, no rebote, Werley completou. Empate e catarse coletiva dos 2 mil gremistas presentes no estádio porto-alegrense na Copa '14.

O Inter pareceu sentir o gol, mas foram apenas 5' onde o Grêmio pareceu querer para si o controle da partida. Até que aconteceu o lance mais peculiar do campeonato - mais até que a mordida do cão da BM no atacante do Caxias; Jajá mandou uma porrada da intermediária, e exigiu uma ótima defesa de Victor. Tudo certo, só que na cobrança do escanteio, o gandula repôs rapidamente para o cruzamento de Dátolo e Vanderlei Luxemburgo saiu à caça do rapaz, e causou um reboliço sem razão, pois o lance não levaria perigo algum ao gol gremista. Momentos de briga, ameaças, gritedo, e depois de dizer algumas verdades para Márcio Chagas da Silva e para o 4º árbitro, Luxemburgo foi para o chuveiro mais cedo (?). Paulo Paixão e André Lima, ambos também envolvidos no rolo, ficaram no comando técnico da equipe, sobretudo o centroavante, que trocava informações por celular com o treinador, além de orientar Leandro, quando este foi a campo. Parece claro que, por conta disto, o garoto nada fez - entrou na vaga de Bertoglio.

De tanto brigar por escanteio, o gol da vitória do Inter não poderia sair de outra maneira. Faltando cerca de 10' para o final da partida, Jajá cobrou escanteio da direita, e Fabrício apareceu como centroavante, completamente desmarcado, para acabar com a trajetória do Grêmio no Gauchão 2012. Diga-se de passagem, voltando na casinha do sistema defensivo, que foi muito mal, o Inter ganhou quase todas pelo alto. Muitos fatores para "chamar" o gol vermelho que definiu tudo. No fim das contas, pela atuação fraca do Grêmio, e maior eficiência do Inter, se fez justiça no placar. Além da já destacada atuação de Rodrigo Moledo, o Inter teve em Tinga mais um expoente, ainda que, por vezes, quisesse apitar o clássico. Do lado gremista, Fernando e Pará (!) foram bem, mas as péssimas atuações de Gabriel e Marco Antônio foram comprometedoras, para ser bonzinho.

Agora, para o Grêmio, tudo é Copa do Brasil, e vejo isto como um fato positivo, naquela velha mania de querer ver algo bom nas derrotas. Jogos apenas nos meios de semana até o Brasileirão, e tranquilidade para enfrentar o Fortaleza, pelas oitavas-de-final da Copa. O confronto começa na próxima quinta-feira, às 21h50, no Presidente Vargas - viagem longa, torcida adversária ensandecida, e um time que vai correr e pegar muito. Nada melhor que priorizar isto, sem ter uma pressão maior com outra decisão concomitante. A derrota no Gre-Nal não foi tão comprometedora, não tem potencial devastador (xô, terra arrasada!), e na terça-feira ninguém mais lembrará de nada. O Tricolor viajará completo, podendo já contar com Mário Fernandes, e a medida que as etapas vão sendo cumpridas, o time vai encorpando em busca do penta-campeonato da 2ª competição nacional mais importante.

* "do lado azul", porque espero que o colega Carlos Paiva poste uma visão colorada sobre o clássico.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Drops copeiros (do Brasil)

Começaram as peleias válidas pelas oitavas-de-final da Copa do Brasil, com 3 jogos disputados ontem à noite. Aqui cabe uma análise do contexto, pois acompanhei en directo (além do VT) apenas alguns minutos da vitória do Palmeiras sobre o Paraná, em Curitiba. Das 3 partidas, apenas 1 deu “a lógica”, onde o time de Série A se sobressaiu sobre o de Série B e encaminhou sua classificação, no caso do Alviverde (“Imponente”, como escreveu Antônio Sergi) paulista. Bahia e, principalmente, Goiás também se mantém com boas possibilidades para o jogo de volta.

Como referi anteriormente, o Palmeiras conseguiu um grande resultado, vencendo o Paraná, na Vila Capanema, por 1-2. Depois da surpreendente eliminação no Paulistão, para o Guarani, os comandados de Felipão sacudiram a poeira, deram a volta por cima, e botam um pé nas quartas-de-final da Copa. O resultado foi melhor que a atuação, tomando como base os minutos que acompanhei, uma vez que o Palmeiras tem enormes dificuldades na armação das jogadas, sendo muito dependente dos rompantes de velocidade de Mazinho, estreante da noite, e, óbvio, das bolas paradas executadas cirurgicamente por Marcos Assunção, que abriu o placar cobrando falta, aos 22’. Previsibilidade e eficiência dos paulistas.

Surpreendeu a gana que jogaram os Tricolores das Araucárias, tanto os 11 dentro do campo, quanto os cerca de 15 mil nas arquibancadas. Mesmo estando nas 2ªs divisões do Brasil e do Paraná, o time mostrou brios, correndo como loucos, e ainda buscariam o empate antes do fim da 1ª etapa, com o meia Luisinho, aproveitando rebote do goleiro Bruno. No 2º tempo, mesmo abaixo de frio e chuva, o jogo ficou quente, com o Paraná vendo que poderia virar o jogo, e o Palmeiras aproveitando as brechas que a (fraquíssima) marcação dos paranistas proporcionava. A correria desenfreada se manteve, entretanto os times não foram suficientemente criativos para tirar o 1-1 do placar.

Aos 33’ da 2ª etapa, Henrique cometeu pênalti absurdo em Patrik, que o seu xará converteu. Palmeiras na frente, e com ótima vantagem para o jogo de volta. O Paraná precisará vencer por 2 ou mais gols de diferença, ou até por 1, desde que por 2-3 ou mais; qualquer outro resultado qualifica os alviverdes para enfrentar o vencedor de Cruzeiro-Atlético/PR, que começam a se degladiar na próxima quarta-feira, na mesma Vila Capanema. A não ser que aconteça um grande acidente, maior até que a eliminação palmeirense no Estadual, Felipão e sua trupe estarão na próxima fase. Mas nas quartas-de-final a exigência será infinitamente maior, aí não sei não... O Paraná, com esse time, certamente volta à elite paranaense, e não cairá na Série B.

Nas outras 2 partidas, mais confrontos Série A vs Série B. No Serra Dourada, o Goiás recebeu o até então invicto em 2012 Atlético/MG. Até então, pois o esmeraldino se impôs, de forma até surpreendente, e venceu com total autoridade o time de Cuca, por 2-0, gols do eterno pretendido pela dupla Gre-Nal Rafael Tolói, e Ricardo Goulart, em jogada do glorioso Ramón(stro). Confronto em aberto, pela melhor capacidade do time mineiro. O vencedor pega São Paulo-Ponte Preta. Já no Canindé, Portuguesa e Bahia fizeram um jogo morno na estréia de Geninho nos lusitanos. O Bahia jogou melhor, e deve confirmar classificação para pegar Grêmio ou Fortaleza. Hoje jogam Ponte Preta-São Paulo e Coritiba-Paysandu.

Dos Males o Menor

O Internacional empatou com o Fluminense pelo placar de 0 a 0. Apos um primeiro tempo truncado, batido na meia cancha e com pouco futebol o time Colorado voltou na segunda etapa com "sangue nos olhos" pressionando o time carioca. Até os 20 minutos da segunda etapa o Fluminense tomou uma pressão enorme do time colorado que ainda desperdiçou um pênalti. O tricolor das Laranjeiras até que deu uma reagida no decorrer do jogo exigindo uma defesa que fez honrar o pagamento do dia 5 de cada mês ao goleiro Muriel. Mas o colorado retomou o comando das ações, atacou, foi superior e colocou até uma bola na trave com o Jô porém o jogo terminou sem gols no placar.
Apesar errar um pênalti o argentino Dátolo ainda possui muitos créditos com a torcida que veste vermelho e branco mas certamente que esse gol fará muita falta para o jogo de volta no Engenhão. Sandro Silva e Guiñazu formam uma baita dupla de volantes dinâmicos, marcadores e com boa saída de bola coisa rara hoje no futebol. Tinga foi muito bem atuando em alto nivel, Damião quando abastecido incomodou a defesa de Abel Braga, Nei e Fabrício ambos fizeram uma boa partida.
Dorival Junior fez o simples. Quando o Kleber se machucou colocou o Fabrício o lateral reserva. Escalou um time equilibrado na meia cancha, mesmo com a lesão de Dagoberto que recuava muito e estava um pouco abaixo do seu rendimento normal pois este joga melhor como segundo atacante que não abalou o pensamento do comandante com sua tática de 4-2-3-1. Ostentou a ideia colocando Jaja Coelho que correspondeu bem ajudando a meia cancha colorada se postando a frente, marcando a saída de bola dos cariocas e isso definitivamente mudou o panorama do jogo. Também ajudou a sanar algumas duvidas sobre o esquema colorado que não tem nada de 4-4-2 e sim uma linha três meias, recuando o Dagoberto fazendo este render menos. Pode-se entender como um desperdício de talento. O Inter ficou o ano de 2011 inteiro buscando um segundo atacante, fez das tripas coração para trazer Dagoberto porém Dorival tem uma linha de pesamento ostentada ontem com a entrada de Jaja Coelho pois se fosse o 4-4-2 a opção obvia seria a entrada de Gilberto que pode fazer jogadas de lado. Ao menos Dorival mostra convicção em sua ideia de futebol sem seus principais jogadores de criação que é D´Alessandro e Oscar.    
Portanto o Colorado vai para o Rio de Janeiro buscando no minimo qualquer empate com gols para se creditar a próxima fase da competição mais charmosa das Américas.

Destaque: Sandro Silva e Guiñazu foram muito bem, Tinga fez uma baita atuação, Damião fez uma jogadaça dando uma janelinha no defensor carioca e tentou um "Charles" logo em seguida e incomodou muito a defesa do Flusão, Índio e Moledo quando quando exigidos mostraram serviço assim como Muriel.

Decepção: Se esperava um pouco mais de atitude de Dátolo que depois de errar o pênalti se abalou e sumiu do jogo. 

*O Bolivar venceu o Santos por 2 a 1. Mas certamente o time praiano vai reverter essa pequena desvantagem e eliminar essa chance de zebra na Vila Belmiro.

Pergunta: Como encarar o GRENAL com tantos desfalques?

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Chave para fechar e abrir

Há horas venho pensando seriamente nos 2 assuntos ligados ao Grêmio que vem dando maior polêmica nos últimos tempos: inauguração da Arena e despedida do Olímpico. Muitas ideias pairam sobre esta caixa craniana, e muitas coisas se ouvem por aí, desde especulações, até confirmações - que, aliás, não me agradam muito. Duas coisas estão certas, até agora, que haverá um show da Madonna, no dia 9 de dezembro, para possivelmente fechar as portas do Velho Casarão, e que o Bayern, de Munique, deve inaugurar a Arena, caso não ganhe o campeonato continental que disputa. Queria colocar algumas coisas que povoam minha mente no papel, e uma conversa com o amigo Elói Saldanha Jr., do recém-criado blog "Futebol Além dos Gramados", ajudou a abrir um pouco minha mente.

Começando pelo fim. O fim do Olímpico Monumental. Quase 58 anos abrigando o Grêmio Foot-ball Porto Alegrense, palco de grandes partidas, decisões e títulos do Tricolor, também foi palco de muitos e grandes shows ao longo dessas 6 décadas. Só vou focar na última década, com o auxílio da nossa gloriosa Wikipédia: Eric Clapton, Roger Waters, Rush e Lenny Kravitz pisaram no estádio para fazerem seus espetáculos sem bola nos pés. Meu pai, coloradaço, me fala com carinho do show do Sting no Monumental, lá por 1987, se não me falha a memória. Vejam bem, Sting, ninguém menos que o cara que levava o The Police nas costas. Agora os gestores do clube permitem que a Madonna faça os últimos trabalhos do nosso templo sagrado? Isto é completamente inadmissível. Ela é a Rainha do Pop? Beleza, que seja, mas o Grêmio não é um clube "pop", aliás, existe um clube em Porto Alegre que se orgulha de ser chamado assim. Enfim, deixa pra lá...

Para mim, deveria acabar como começou, com um grande jogo. As passagens de grandes músicos pelo Olímpico entraram para a história, e sei que muitos gremistas tem um enorme orgulho disto. Sei também que alguns gremistas se orgulharão de receber uma artista do tamanho da Madonna no nosso estádio. Eu não. Nada contra a moça (!), muito pelo contrário, respeito demais o sucesso que ela faz há sei lá quantas décadas - certamente mais tempo do que tenho de vida. Entretanto, não é um espetáculo com o qual a maioria de nossa torcida se identifica, disto tenho certeza. Como a produtora não tinha outro lugar decente para socar um show desses, aproveitou-se o Monumental; bueno, se a direção gremista conseguir tirar uma boa grana desse fiasco, minha indignação irá reduzir um pouco. Minha preferência seria colocar em risco a história do estádio (e do clube), fazendo o encerramento com o Gre-Nal da última rodada do Brasileirão, no dia 2 de dezembro e já era, fecha as portas. Sei que muitos gremistas (inglórios) iriam tremer de medo, mas quer jogo mais digno para a ocasião? No festival de inauguração levamos 6 deles, o estádio não caiu, o clube não acabou, e não deixamos de conquistar títulos na nossa casa.

Já quanto a inauguração da nova Arena (que dizem ser "multiuso", entre outras mumunhas de 1º mundo), me divido em 2 correntes, tanto para sugestão de evento, quanto para pontuar uma questão ventilada desde ontem na imprensa. Primeiro, ao apontamento: foi falado que, com a recusa dos australianos do AC/DC, a Grêmio Empreendimentos iria buscar o Foo Fighters para fazer a abertura dos trabalhos no estádio. Desde já confesso que estou secando fortemente esta possibilidade, mas é o escriba Jhon Willian que o faz, e não por não gostar de Dave Grohl e cia., pelo contrário (no início do mês, inclusive, assisti a um show dos caras em São Paulo - mais um motivo para secar [risos]). Sem contar que já se falou em nomes como U2 e Rolling Stones; mais uma vez, nada contra as bandas. É que tem o seguinte, um show desses caras, seria um evento (e que evento!) para Porto Alegre, e, aqui entre nós, o acontecimento da inauguração do novo estádio do Grêmio, deve ser destinado APENAS aos gremistas, no meu ver. Duvido que não haja 1 colorado (ou torcedor de qualquer time que seja) que não queira assistir aos Stones em Porto Alegre, duvido mesmo. Delimitação de público, esta é uma ideia, e não é com shows de grande magnitude que isto será feito.

O que penso a respeito, já pensava, e a conversa com o Elói apenas me limpou as vistas: lembrei do festival de inauguração do Olímpico, há quase 58 anos, quando aconteceu um triangular envolvendo o próprio Grêmio, o Internacional e o Nacional, de Montevidéu - já lembrei há 2 parágrafos o que aconteceu, e não preciso fazê-lo novamente. Penso em algo semelhante a isto, e aqui transcrevo uma sugestão bastante superficial, porque não entendo muito de elaboração de eventos, tampouco de publicidade, e como isto se enquadraria. Seria realizado um torneio semi-final com 4 equipes, e eu sugeriria, além do Grêmio, o Nacional/URU, o Ajax e o Club Almagro, da Argentina. 2 clubes com laços históricos muito fortes com o Grêmio, e um clube europeu com participação na nossa história. O Grêmio participaria do 1º jogo, por óbvio, e entre este jogo e a outra semi-final, seriam realizados shows com artistas identificados com o Grêmio, como Humberto Gessinger (e os Engenheiros do Hawaii, fosse o caso), Tico Santa Cruz (e os Detonautas), Adriana Calcanhoto, Renato Borghetti, Wander Wildner, Michel Teló, algum pagodeiro, enfim, para atender a todos os gostos dos gremistas. Acredito eu que nem todos sejam fãs de rock pesado.

Assim seria feito antes da final, ou como fosse definido o regulamento do torneio, ficaria à cargo dos gestores e organizadores. Deste modo, a festa de abertura da Arena aos gremistas não seria restrita a um nicho de consumidores (de rock'n'roll, no caso), se restringiria aos gremistas, e aí se faria exigível a obrigatoriedade de ser sócio para participar do evento. Valorizaria os vínculos que o clube Grêmio Foot-ball Porto Alegrense tem com alguns clubes no mundo afora, e valorizaria os talentos daqui, que são assumidamente gremistas, ao invés de trazer atrações do exterior que talvez sequer saibam o que é futebol, muito menos o que é o Grêmio. E finalizando, abro espaço para os gremistas fazerem suas sugestões, do que gostariam de ver na inauguração da nossa Arena, e as opiniões sobre o show (e jogo) de despedida do Olímpico.

Antes do Esquecimento
  • Comecei o post ontem, 24 de abril, uma data importantíssima: há 59 anos começava a ser erguido o nosso Velho Casarão, do qual estamos discutindo uma melhor maneira de nos despedirmos. Lugar onde vivi muitas emoções, tanto boas, quanto ruins; onde chorei de alegria, de tristeza, dei risada com os amigos, assisti a grandes jogos, torcendo quase que doentiamente por este gigante do futebol que é o Grêmio. Cada vez que penso que estamos vivendo os últimos momentos podendo admirar aquela montanha de concreto e aço, que parece ter vida própria, me dá um aperto no coração. E o site Globo Esporte aproveitou o gancho, e fez uma excelente matéria sobre o assunto, a qual recomendo muito a leitura.

Viva ao Futebol

O Barcelona foi eliminado em pleno o Camp Nou empatando com o Chelsea pelo placar de 2 a 2. O time catalão foi superior o tempo todo, deu espetáculo, reduziu o campo de jogo do Chelsea a alguns míseros metros de campo e acima de tudo mostrou um futebol invejável. Porém nem mesmo o futebol mais bonito praticado nos últimos tempos por um time foi capaz de escapar da derrota.
Jogar bonito não significa vencer sempre mas convenhamos que fica bem próximo do "vencer sempre".
O Barcelona criou muitas chances de gol nos dois jogos. 
Sendo que no ultimo desperdiçou um pênalti e sem contar os inúmeros arremates na trave, a posse de bola do Barcelona superou os 70% fazendo o time inglês se contentar com o estilo de jogo "bola pro mato que é jogo de campeonato" e assim foi.  
O Chelsea foi "Copeiro" até o fim. Resistiu aos toques rápidos e envolventes dos espanhóis mesmo com o campo reduzidíssimo. Ramires mostrou-se tanto na Inglaterra quanto na Espanha que é um jogador de extrema importância para proposta de jogo dos "Blues" que era defender e sair no contra-ataque e funcionou. Afinal o Chelsea sabia de sua inferioridade perante ao melhor time dos últimos tempos. Jogou da unica forma que poderia vencer com muita raça, vontade e determinação.  
Portanto parabéns ao Chelsea pela classificação heroica e que certamente será lembrada por muito tempo. Parabéns ao Barcelona que mesmo perdendo mostrou superioridade, espetáculo e confirmou que até mesmo o melhor time do mundo um dia perde. 
        

segunda-feira, 23 de abril de 2012

À contento?

Mais um jogo para a série dos resultados sem grandes atuações. Consegui apenas assistir ao melhores (?) momentos da partida de sábado na noite de ontem, portanto, o texto só sai do forno agora. O "plus" a mais na vitória sobre o Canoas, em relação aos fatores que vinham desagradando, foi o extremo preciosismo, que salvou os visitantes de sofrerem uma goleada, mesmo enfrentando um Grêmio pouco afim de jogo - nota-se aí a (falta de) qualidade dos outrora universitários. No entanto, uma novidade positiva: a defesa jogou bem, e pela 1ª vez na temporada o time fica mais de 2 jogos (esse foi o 3º) seguidos sem sofrer gols, o que com Werley e Gilberto Silva no miolo de zaga não deixa de ser uma façanha registrável. Agora vem um Gre-Nal bastante interessante, pelo contexto, na decisão da Taça Farroupilha - a exemplo do ano passado, no Beira-Rio.

O Grêmio, em 10' de blitzkrieg na 1ª etapa, fez seu gol, com André Lima, aos 7', depois de uma falha grotesca da defesa do Canoas. Um legítimo gol de "xiripa" do centroavante gremista. O goleiro Vaná foi o melhor em campo; apesar de protagonizar o pastelão do único gol da partida, fez defesas importantes que mantiveram o "1" no placar dos locais, e a honra no lombo dos rubro-luteranos. A partida até teve um certo equilíbrio, pela força que o Canoas fez para não ser massacrado, mas as investidas ofensivas não davam muitos frutos, por mais que a dupla Jé e Miro Bahia insistissem. Tranquilo, o time de Vanderlei Luxemburgo soube administrar a vantagem, se dando ao luxo de perder algumas oportunidades. Em uma das mais claras, Miralles abusou do capricho ao tentar encobrir o goleiro, justificando, mais uma vez, minhas críticas em série.

A final da Taça Farroupilha tem apenas um prognóstico: equilíbrio total. Os 2 times vão relativamente desfalcados, e o trabalho dos treinadores será essencial para otimizar o desempenho. O Tricolor não terá Léo Gago, além de Júlio César, que já vem fora do time; Mário Fernandes e Marcelo Moreno podem ser novidades no domingo, e, na pior das hipóteses, estarão concentrados. Na vaga do volante, aposto no ingresso de Marquinhos, seguindo a lógica do técnico nas outras oportunidades quando não contou com algum dos volantes. O que pode pender a favor do Grêmio é o fato de ter a semana livre, enquanto o Inter terá um jogo de alta exigência na Libertadores. Enfim, clássico é clássico ("e vice-versa", como dizia Mário Jardel), e não deve ter um favorito apontado. Quem o fizer, estará cometendo uma desonestidade intelectual.

Antes do Esquecimento
  • No final de semana acompanhei fragmentos dos 2 principais jogos no futebol argentino, entre os 2 gigantes de Buenos Aires e 2 clubes de Córdoba. Pela B Nacional, no sábado, o River Plate recebeu o Instituto, líder da competição. O Millonario dominou as ações, sobretudo nos 30 primeiros minutos do 2º tempo, que pude assistir. Trezeguet fez o gol que deixou o River a 1 ponto da Gloria, ainda na ponta. O Boca Juniors foi ao Mario Kempes, e apenas empatou com o Belgrano - que não é mais o mesmo do Apertura (as perdas de Franco Vázquez e César Pereyra foram determinantes). O 1º tempo foi bem movimentado, e Giménez (emprestado pelo Boca ao Pirata) abriu o placar. Erviti empatou na 2ª etapa, que só teve o gol e substâncias soporíferas pairando no ar, e na tela da televisão de quem assistiu. Os Xeneizes seguem na liderança, mas podem perdê-la na noite de hoje, para o Newell's, que enfrentam o Arsenal, no Viaducto.

Simples assim

O Inter despachou o bom time do Veranópolis pelo placar de 4 a 0. Apesar de ter sofrido com a rígida marcação imposta pelo time do interior, ter perdido seu camisa 10 D´Alessandro ainda na metade da primeira etapa o colorado conseguiu fazer um placar elástico. Dátolo foi o dono da partida fazendo dois gols, movimentando-se bastante e errando poucos passes o argentino mostra que a direção acertou em cheio na sua contratação. Sandro Silva vem desempenhando um bom futebol tanto técnico como tático, defendendo e atacando com boa qualidade. Dagoberto voltou bem pois fez jogada de lado como segundo atacante e mostrou que rende mais nesta função. 
Mas nem tudo são flores para os lados da P.Cacique. Para a final contra o Grêmio o colorado perdeu Nei suspenso e não tem substituto a altura. Alias o Inter é um time que gasta em torno de 6 milhões de reais por mês e não tem um lateral-direito reserva. Para o mesmo Grenal D´Alessandro pode ficar de fora por lesão muscular e certamente vai desfalcar o colorado contra a decisão da próxima quarta-feira contra o Fluminense pela Libertadores da America. 
Resumindo a bruxa ta solta ao menos para o confronto de quarta. O time de Dorival não contará com jogadores de grande importância como D´Alessandro, Kleber e do menino de ouro Oscar. Convenhamos que esses jogadores farão muita falta. O maior problema do comandante colorado é ter perdido dois jogadores da "meia cancha" sendo ambos armadores, criadores de situações de gols e salientando o Oscar que além de tudo desempenhava um papel tático da primeira linha do futebol mundial que é percorrer todo corredor direito do campo assim auxiliando o Nei. D´Ale faz o mesmo com Kleber. Com isso Dagoberto cai pelas pontas ou centraliza com chutes a média distancia. Essa é a dinâmica ideal do time colorado. Dátolo pode fazer a função tanto do Oscar como a do D´Ale porém com dois de fora o certo seria colocar João Paulo mas este vem dando pouca resposta e combinemos que o jogo de quarta não é para a apostas e sim certezas. Então Dorival vai adiantar Tinga colocando o Sandro Silva. Simples assim.
Exatamente isso senhores do conselho estou sugerindo o Tinga e sua técnica e inteligencia refinada e projetando uma meia cancha com Guiñazu, Sandro Silva, Tinga e Dátolo. Pois creio que a inconstância de Jaja Coelho e a timidez de João Paulo não irão agregar muito ao time em uma decisão deste quilate. 
Portanto agora é GRENAL na final da Taça Farroupilha. Mas ninguém esconde que o jogo de quarta contra o Fluminense será o assunto de mobilização para a nação que verste vermelho e branco. E certamente a torcida vai lotar o Beira-Rio, apoiar o time do começo ao fim e fazer valer o ambiente local.

Destaque: Dátolo vem jogando muito e fazendo gol de tudo que é jeito. Sandro Silva vem fez uma boa atuação assim como Dagoberto. Damião quando abastecido mostra que é um jogador letal.

Decepção: Dorival ainda insiste em Jô como reserva imediato no ataque.

* Parabéns ao Borussia Dortmund pela conquista do Bi-Campeonato alemão e com certeza fez a felicidade de sua apaixonada torcida.

** Já os torcedores do timão amargaram uma derrota daquelas para a Ponte Preta e ficaram de fora da festa pelo Paulistão. Menos mal que o Palmeiras foi e fez igual perdendo para o Guarani. 

Pergunta: Dorival vai escalar o Dagoberto aonde rende mais?   
      

sábado, 21 de abril de 2012

Solo empieza en octavos, 2ª parte

Seguindo com a festa da nossa análise-chutômetro das oitavas-de-final da Copa Libertadores da América, o outro lado dos cruzamentos, que trará o 2º finalista dentre os 8 times classificados.
CORINTHIANS vs EMELEC [02.05, 21h50, George Capwell; 09.05, 22h, Pacaembu]

O time treinado por Tite talvez seja o mais sólido neste momento na Copa. Fez uma campanha convicente, consistente, e que foi coroada com uma goleada por 6-0 no Deportivo Táchira, na última rodada. No meu ver, o Timão é um dos principais, senão o principal favorito ao título (e a sair da eterna seca e da mira de zoação dos rivais). Não preciso dizer que é favorito neste confronto, por mais embalados que venham Los Electricos, que, não obstante conseguir a proeza da classificação, a conseguiram em 2 verdadeiros milagres.Você deve ter visto nos vídeos, o que os comandados do ótimo Fleitas fizeram foi impressionante, e é a única coisa que me leva a crer em uma zebra, além deste fato ter acontecido no verdadeiro "grupo da morte" desta Copa. O time não é dos melhores, tanto é que as vitórias vieram na base da superação. Fazer um gol nos paulistas é uma missão para poucos (só sofreram 2 na Copa), enquanto o Emelec tem o pior ataque entre os classificados (marcou 7 gols - mesmo nº do Fluminense). Em CNTP (Condições Normais de Temperatura e Pressão), dá Corinthians.

LANÚS vs VASCO DA GAMA [02.05, 21h50, São Januário; 09.05, 22h, La Fortaleza]

Promessa de 2 ótimos jogos. O Lanús vem forte nesta Copa, foi campeão do "grupo da morte" que falei acima, já chegando na última rodada classificado - deu-se ao luxo de levar 3 do Flamengo. O Vasco começou claudicante, perdendo em casa para o Nacional/URU, mas se recuperou, e só não terminou na liderança do seu grupo pelo nº de gols marcados. Tudo bem que as atuações não estão muito convincentes, o time perdeu alguns jogadores importantes: a saída de Bernardo e as lesões de Éder Luís - que já voltou -, Tenório e Dedé atrapalharam um pouco o time. No entanto, as grandes atuações de Juninho, e as (bem) eventuais aparições de Diego Souza vem sendo decisivas. Do lado granate, havia uma grande esperança sobre Diego Valeri, mas os coadjuvantes Regueiro e Pavone são quem vem fazendo a diferença. A contratação do polêmico e brigão centroavante colombiano Teófilo Gutiérrez pode ser um peso a favor dos argentinos na balança deste confronto. Aqui é aposta mesmo: passam os portenhos.

SANTOS vs BOLÍVAR [25.04, 20h50, Hernando Siles; 10.05, 19h30, Vila Belmiro]

Único dos enfrentamentos destas oitavas-de-final que já inicia decidido. O atual campeão vai passar pelo Bolívar, podem falar o que quiserem - não que eu torça para isto. O líder do grupo 1 até arrancou derrapando, perdendo um jogo acidental para o The Strongest, mas os 2 grandes jogos contra o Internacional mostraram que Neymar e cia. não estão para brincadeira, e estão fortíssimos, rumo ao bi. Os bolivianos até estão apresentando um futebol decente, para os padrões do país, conseguindo resultados relevantes, vencendo as 2 contra o Junior Barranquilla, e vencendo 1 e empatando outra contra a Universidad Católica. Creio que do Santos eles sequer arrancam um empatezinho na altitude e, se conseguirem, com certeza serão goleados na Baixada Santista. O Santos já está nas quartas-de-final da Copa Libertadores. Só tenho isto a dizer.

VÉLEZ SARSFIELD vs ATLÉTICO NACIONAL [01.05, 19h15, Atanasio Girardot; 08.05, 20h, José Amalfitani]

Quero ter o prazer de assistir a pelo menos 1 destes jogos, que prometem ser jogaços, bem como Flu e Inter, e Lanús e Vasco. O Nacional de Medellín vem com seu ataque demolidor (16 gols), e com o artilheiro da Copa, Pabón, com 7 gols. Mas não é só isto: os colombianos não são tão desprezíveis defensivamente, Tula e Alexis Henríquez são excelentes zagueiros, e Pezzuti vem fazendo uma boa Copa. Além disto, 2012 parece ser o ano do renascimento de uma estrela do futebol colombiano, que andava um tanto quanto apagada nos últimos tempos - Macnelly Torres, que surgiu no Junior, mas estourou no Cúcuta, em 2007, fez algumas escolhas erradas na carreira, agora volta jogando um ótimo futebol nos verdolagas. Do lado fortinero, a lapada sofrida contra o Defensor na última rodada (1-3, no José Amalfitani) não apaga o bom desempenho. Insúa, contratado este ano, surge como um bom valor, sempre entrando bem nos jogos, mas "El Mago" Ramírez e "Burrito" Martínez poderiam (e deveriam) estar jogando bem melhor. É hora dos tanques Pratto e Obolo (meu Deus!) aparecerem de forma decisiva, para que siga o Fortín, aposta do blogueiro.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Tem que ter sangue nos olhos

O Inter perdeu para o Juan Aurich por 1 a 0 no Peru. O colorado estava irreconhecível, jogou coisa nenhuma, não viu a cor da bola e perdeu merecidamente para os peruanos. Foi uma atuação constrangedora para um time que ambiciona o tri da America. Bolivar falhou no gol do Juan Aurich. Poderíamos até discutir a atuação do "General" mas o problema é que todo o time foi muito abaixo do esperado. Dátolo não foi bem como nas partidas anteriores. Mas teve lá as suas ressalvas. O time colorado na segunda etapa deu uma melhorada com a entrada do Jaja Coelho no lugar de Gilberto. Assim Dorival voltava a linha de três meias ofensivos com Tinga como elemento surpresa. Com isso o colorado tomou conta do jogo mas deixou o coitado do Damião morrendo de fome mais uma vez. Porém o time de Chiclayo se fechou e em nada mudou o panorama do paupérrimo 1 a 0 para os peruanos.  
Dorival mostra ter certos problemas com a "falta de indignação" do grupo colorado em certos jogos. Pois no jogo contra o Santos na Vila Belmiro o Inter não tomou uma goleada por sorte do destino e porque Muriel estava iluminado naquela noite, contra o mesmo Santos desta vez no Beira-Rio é bem verdade que o colorado estava muito desfalcado mas também escapou mais da derrota do que almejou a vitoria mas isso dentro do compreensível pelos desfalques, contra o The Strongest na altitude foi uma parto conseguir voltar com o empate. Reitero o Inter se classificou com as calças na mão e perdendo para o modesto Juan Aurich e com todo merecimento do mundo.   
D´Alessandro comandou as vitorias em cima do Once Caldas, Tinga comandou o sofrego empate contra o Santos em Porto Alegre estes são jogadores "cancheiros" acostumados a liderar e chamar pra si a bronca e comprovaram isso. Dorival sofre com a falta de indignação de outros jogadores afinal D´Alessandro e Tinga são jogadores epidérmicos ao contrario do Kleber por exemplo. Outro ponto a ser ressaltado agora favor de Dorival é a pouca resposta de João Paulo que seria um reserva para hora que a onça fosse beber água. O guri não mostrou nem metade do negociado Andrezinho, Jaja Coelho não pode ser considerado o cara para resolver os problemas colorados este provou ser um bom reserva e nada mais. 
Portanto desde a saída de Oscar o time da P.Cacique não venceu na Libertadores, teve dois empates e uma derrota sendo o ultimo resultado a derrota para o Juan Aurich. A nação que veste vermelho e branco ficou com um pé atrás. Mas agora começa uma outra etapa na competição mais charmosa do continente e o primeiro desafio será uma parada dura contra o Fluminense do Abel, Sobis e Edinho. Mas se o colorado entra com "sangue nos olhos" mesmo sem o "menino de ouro Oscar" o colorado tem todas as condições de superar o time das laranjeiras. Caso o colorado passe poderá cruzar com o poderoso Boca do Juan Roman Riquelme e se isso acontecer será um confronto digno de uma musica composta por Chico Buarque. 

Destaque: Tinga e D´Alessandro fizeram boas jogadas individuais, Jaja Coelho deu uma melhorada na dinâmica da meia cancha colorada.

Decepção: Dátolo foi muito abaixo esperado. Bolivar mais uma vez se descredencia do time titular. Dorival tem que achar uma solução para a ausência do Oscar.

            

Solo empieza en octavos, 1ª parte

Na noite de ontem, com os jogos dos grupos 1 e 8, se encerrou a 2ª fase da Copa Libertadores da América, e como este blog inventou moda de fazer previsões, viemos, dentre outras coisas, retratarmo-nos. Este colunista, na semana, só acompanhou a partida entre os já classificados Universidad de Chile-Atlético Nacional, com um olho em Peñarol-Godoy Cruz. Os líderes do grupo 8 fizeram um ótimo jogo, mostrando que o grupo mais goleador da Copa (43 gols em 12 jogos) ainda tinha mais a oferecer, apesar de já definido na 5ª rodada. Os colombianos foram a Santiago para perder sua invencibilidade, mas foram um osso duro de roer para La U, que não mostra o futebol quase mágico de 2011, apesar de seguir jogando uma bola bem redonda. Os gols da partida foram marcados pelos defensores Rodríguez (9') e González (68'), para os chilenos, e o artilheiro máximo da competição, Dorlán Pabón (7 gols) diminuiu para os verdolagas (62'). No Centenário, Peñarol e Godoy Cruz fizeram um jogo de extremos: o 1º tempo foi todo do Godoy Cruz, muito pela atuação constrangedora do carbonero; já na 2ª etapa o panorama mudou, e os uruguaios passaram o carro nos argentinos. Sánchez (12') e Sevillano (19') abriram o placar para os mendocinos, e a virada veio dos pés de Zambrana (37' e 73'), Mora (50') e Pérez (61').

Não preciso dizer que falhei miseravelmente nas minhas previsões. Quem quiser ver onde errei, clique aqui, e dê risada. Entretanto, sou brasileiro, e não desisto nunca, nem mesmo de ser um (d)emérito apostador. Os confrontos e chaveamentos estão definidos, então vamos para a 1ª parte do nosso glorioso [!] e costumeiro [?] chutômetro (as datas e horários ainda serão confirmados, e atualizarei por aqui). Lá vamos nós!
FLUMINENSE vs INTERNACIONAL [25.04, 21h50, Beira-Rio; 10.05, 22h, Engenhão]

Confronto brasileiro, que não chega a ser um clássico, e reunirá clubes de grandezas diferentes. O Internacional fez uma horrenda 2ª fase, tendo que lutar até os últimos minutos dos jogos paralelos para poder comemorar (sic) a vaga, o que já o credencia ao favoritismo. Afinal, essa brincadeira de 6 jogos, chamada fase de grupos, é mera formalidade para separar os homens dos meninos - menino que apanha bastante, e chega a virar homem, tem fortes tendências a se tornar um espancador. O time da "torcida mais cheirosa do Brasil" [!!], como diz o Lulu Santos, não vem jogando nada, ainda assim conseguindo resultados bastante consistentes (a liderança na tabla de clasificación diz algo), tem a "vantagem" de jogar a 2ª em casa, e nada mais. Aposto as cegas na classificação colorada, que ganha em todos os aspectos, desde time no papel, até o fator local, mas, acima de tudo, o Inter tem muito mais camisa que o Tricolor das Laranjeiras, e mística é um dos fatores sobressalentes na Copa.

UNIÓN ESPAÑOLA vs BOCA JUNIORS [02.05, 19h30, La Bombonera; 09.05, 18h30, Santa Laura]

Os hispánicos jogaram no, de certa forma, grupo mais "esquecido" da Libertadores. Ninguém deu muita bola para o grupo 3, que envolveu apenas clubes de pequeno/médio porte na Sudamerica. Já o Boca reuniu uma grande expectativa acerca de seu retorno à Copa, e digamos que não decepcionou, mesmo tendo ficado atrás do Fluminense na tabela, e tendo empatado com o Zamora. Os xeneizes fizeram o dever de casa, vencendo as 2 contra o Arsenal, e depois de perder para o Flu em La Bombonera, conseguiu uma grande vitória no Engenhão. Se eu tivesse grana sobrando (aceito donativos, aliás), brincaria com os corações argentinos, e "investiria" em uma vitória chilena, que não é uma hipótese desprezível - foi o único time na fase de grupos que visitou a altitude e venceu (1-3 no Bolívar). No entanto, a tendência forte é a classificação dos hermanos, que não costumam se importar muito em decidir fora de casa (o Grêmio que o diga).

UNIVERSIDAD DE CHILE vs DEPORTIVO QUITO [03.05, 19h15, Olímpico Atahualpa; 10.05, 21h, Nacional de Santiago]

Como dizia anteriormente, El Chuncho não segue sendo o time comparado ao Barcelona, que foi no ano passado, mas Sampaoli conseguiu arrumar a casa, depois da estreia desastrosa contra o Nacional, em Medellín, e levou o time ao título do grupo 8. Já o Deportivo Quito teve dificuldades, e dependeu muito dos jogos no Equador (3 jogos, 3 vitórias, 10 gols feitos e NENHUM sofrido) para a classificação. Abrir a briga no Olimpico Atahualpa pode ser um trunfo importantíssimo para La Academia, e esta 1ª partida será bastante interessante, pois poderá selar o destino de um dos grandes favoritos ao título da Copa. Acredito na classificação dos chilenos, não sem dificuldades, mas a direção técnica reencontrou um padrão de jogo, o time se resolidificou e, passando dos equatorianos, dará um senhor trabalho para Libertad-Cruz Azul.

LIBERTAD vs CRUZ AZUL [01.05, 20h30, Azul; 08.05, 21h30, Dr. Nicolás Leoz]

Confronto aparentemente sem sal, mas para o qual eu já tenho torcida declarada: Libertad desde la cuna. Sou absolutamente contra os times mexicanos na Libertadores, por mais que o Cruz Azul tenha um elenco com jogadores legais, como Edixon Perea, Christián Giménez, Gerardo Torrado, entre outros. Os cementeros fizeram uma campanha bem mediana na 2ª fase, sem empolgar (mas massacrando os fracos, em casa), enquanto o Libertad foi muito consistente, apenas sem conseguir vencer o Vasco. Detalhe importante é o poder de reação dos paraguaios, que ganharam absolutamente TODOS seus jogos de virada. Por sair jogando fora de casa, este fator pode ser determinante para garantir o Gumarelo nas quartas-de-final. O time de Burruchaga não tem um grande destaque individual, é o forte poder coletivo que pode fazê-lo repetir a grande campanha de 2006, quando caiu somente nas semi-finais, contra o Internacional.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Fim da linha

Acabou o Gauchão 2012 para o São José. O time da Zona Norte de Porto Alegre fez boas campanhas nas Taças, e chegou nas quartas-de-final em ambas, mas pagou por precisar ser visitante nos matas e, por mais dificuldades que impusesse a seus adversários, acabou eliminado. Havia sido pelo Caxias, na Taça Piratini, foi pelo Veranópolis, na Taça Farroupilha. Aliás, o Pentacolor da Serra se sagrou Campeão do Interior, e, até 2ª ordem, será o 3º clube representando o Rio Grande do Sul na Série D, que se inicia em 27 de maio, além do Juventude e do Brasil de Pelotas. O Zequinha foi o 6º colocado na classificação geral, com 24 pontos, em 15 jogos, e caso o VEC desista de sua vaga, os porto-alegrenses ainda estarão atrás do Novo Hamburgo para chulear este direito.

A partida no Antônio David Farina foi altamente equilibrada e nervosa. No primeiro tempo o São José foi bem, se manteve bem posicionado defensivamente, atacava na medida do possível, e teve a melhor chance dos 45' iniciais, com Franciel mandando uma bola na trave de Luiz Müller. Franciel, aliás, que inexplicavelmente foi reserva durante a maior parte do campeonato, sendo preterido pelo fraquíssimo Paulo Rangel, foi bastante acionado por cima, aproveitando bem sua estatura. Enfim, algumas vezes entendo as fortíssimas críticas feitas ao técnico Agenor Piccinin, sobretudo em relação às suas preferências. Creio que, um pouco, passa por aí o fato do São José não ter alcançado sequer uma das semi-finais, feito alcançado até pelo Canoas (!), neste 2º turno.

O VEC tentava a todo custo armar ataques, sobretudo com Eduardinho e os laterais, Raulen e Dener, e o baixinho invocado Danilo Santos, mas esbarrava na ótima (e estranha, por este aspecto) atuação dos defensores porto-alegrenses, já que Fabiano Eller foi desfalque na tarde do sábado. Para o 2º tempo o Veranópolis voltou ligado no 220V, e parece que o forte ritmo imposto pelo time da Terra da Longevidade contribuiu, junto com a atuação da zaga do Zequinha, para que caísse um verdadeiro dilúvio. Aí pode esquecer qualidade de jogo e toque de bola, que em condições normais já seriam escassos, a partida virou um show de balões e tentativas de ligação direta, que, graças ao gramado encharcado, não deram em absolutamente nada.

Até que o Veranópolis criou algumas chances, com Lê sendo municiado, dentro das condições propostas, e o São José ainda deu 2 chutes que levaram relativo perigo. Aos 34', quando Raulen chegou à linha de fundo, ganhou de Vágner, Anderson Pico e Leandro Leite na sequência de divididas, a bola sobrou para Paulinho Dias que bateu cruzado. William, que recém havia entrado, ficou na cara de Tiago Volpi e não teve muito trabalho para dar números finais ao jogo. Os jogadores do São José ficaram o restante do tempo reinvindicando um impedimento que só existe na imaginação dos desesperados por ter sofrido um gol na parte final de um jogo de mata. Na esteira destas reclamações, Leandro Leite acabou sendo expulso, e o Veranópolis só não aumentou o placar por detalhe.

Antes do Esquecimento
  • Ainda na esteira dos Estaduais, 2 equipes tradicionais do futebol brasileiro protagonizaram momentos distintos neste domingo. O Bangu, vice-campeão brasileiro em 1985, havia feito 0 pontos na Taça Guanabara, e precisava de uma proeza para não ser rebaixado; conseguiu, com méritos. Fez 15 pontos na Taça Rio, se classificou como campeão do grupo que tinham Vasco (2º colocado) e Fluminense. Pega o Botafogo em uma das semi-finais. Já a Portuguesa, também vice-campeã nacional, 11 anos após os cariocas, foi rebaixada para a Série A2 do Campeonato Paulista, mesmo tendo ficado as 18 rodadas anteriores fora do Z4. Juntamente com a Lusa, cairam Guaratinguetá, Catanduvense e Comercial, de Ribeirão Preto.

Vídeotape

Em 4 dias, 2 jogos; em 2 jogos, 7 gols. 2 goleadas, 2 classificações em 2 campeonatos diferentes. E mesmo assim, este é um time que não joga um futebol brilhante. Pois é, esta é a rotina do Grêmio na temporada '12, fazendo "o necessário, somente o necessário" para ir galgando etapas e consolidando uma ideia de conjunto. Me perguntaram o que eu achava do Luxemburgo, quando ele foi anunciado. Confesso que tinha uma certa rejeição ao nome, mas repensei, e no post "O Médico e o Monstro", de 22 de fevereiro, exponho alguns aspectos positivos que o treinador poderia agregar ao clube. Assim vem sendo feito, com tranquilidade para trabalhar, as coisas acontecem com muito mais naturalidade, e a famosa "mão do técnico" começa a aparecer claramente. Luxa parece estar se reencontrando com o grande técnico dos anos 90, e a cada partida solidifica mais e mais seus conceitos.

O que aconteceu ontem no Olímpico foi um mais do mesmo, um repeteco do jogo da última quarta-feira. A diferença foi o adversário que veio extremamente retrancado, pois tinha consciência que a derrota significaria, além da eliminação no campeonato, o rebaixamento, só ainda não sacramentado pela teórica possibilidade de título (!) que o Ypiranga tinha. A eficácia do posicionamento proposto por Leocir Dall'astra durou pouco mais de 30', dentro dos quais o time de Erechim só conseguiu passar do meio-campo em 2 oportunidades. Luxemburgo, por sua vez, escalou praticamente o mesmo time da última partida, apenas poupando Bertoglio para o ingresso de Miralles, que nas coletivas da semana foi praticamente escalado pelos jornalistas, e, aliás, jogou o seu futebolzinho medíocre de sempre, enganando somente as chinas de fronteira da torcida gremista.

Werley resolveu entrar no mesmo clube de Naldo e Grolli, zagueiros ridículos, que não cumprem suas funções básicas, mas sempre aparecem na área adversária para marcar seus golzinhos. O camisa 34 marcou 2, o primeiro e o último, e foi eleito por uma das emissoras de rádio que cobriram o jogo como o "craque da partida". Eu deveria ter bebido antes do jogo para cair em tamanha falácia. Nas pouquíssimas vezes em que o Ypiranga visitou a área gremista, Werley foi protagonista negativo, inclusive deixando um avante canarinho executar um giro dentro da área, no 2º tempo, na melhor chance de gol que os visitantes tiveram. Pará e Gabriel seguem medíocres, ardendo de ruim, ainda que o lateral-direito tenha dado ótimo passe para o 2º gol, marcado por André Lima, 1' depois da abertura do placar.

E, mesmo com a assistência, Gabriel foi sacado no intervalo para dar lugar a Edílson, este que sempre ingressa bem nas partidas, mas desde 2010 os treinadores o olham com certa indiferença (ou com o reflexo dos R$ 400 mil mensais que recebe o titular). No início do 2º tempo, em jogada muito confusa, com um bate-rebate na entrada da área do Ypiranga, a bola sobrou para Fernando (em posição legal) fuzilar o seu xará Vizzotto, e marcar o 3º gol Tricolor. Daí em diante, o time de Erechim mal tocou na bola, o Grêmio seguiu administrando, e esperando o momento certo, se é que ele apareceria, para tentar marcar mais gols. Algumas chances foram criadas, e a dupla Miralles e Marquinhos desperdiçaram 2 vezes cada um. Werley, como destaquei anteriormente, fecharia o placar a menos de 10' do fim do jogo.

Me impressionou, novamente, a entrada de Felipe Nunes. Não havia falado nele depois da última partida, mas o canhotinho mostrou muita habilidade com a bola nos pés, e muita inteligência para organizar as jogadas. Se tiver seus fundamentos bem trabalhados, pode roubar a vaga de Marco Antônio no time titular. O trio de volantes está consolidado, talvez a única certeza absoluta no atual time gremista, além da titularidade de Victor. E, mesmo com algumas incertezas, o time segue eficiente, fazendo resultados, e indo adiante nos seus compromissos; com Caio Júnior, duvido que o time teria se classificado para as quartas-de-final da Taça Farroupilha. Agora está nas semi, onde enfrentará o Canoas, também no Olímpico, as 16h do próximo sábado. Jogo de baixíssimos riscos. Me atrevo a dizer: que venha o Gre-Nal.

Antes do Esquecimento
  • Lendo a imprensa "especializada" na manhã de hoje, me deparo com este post. Só me resta dar risada. Mais de 15 mil pessoas no estádio, para uma partida com pouquíssimos atrativos, onde a vitória gremista era praticamente certa, o adversário era medíocre... O cara quer casa cheia? Com os ingressos mais baratos a absurdos 40 reais? O pior é saber que, com a inauguração da Arena, o acesso dos torcedores mais "humildes" se tornará ainda mais complicado. E a direção espera 40 mil por jogo no novo estádio. Vão esperando sentadinhos, do jeito que eles querem os torcedores...
  • Finalmente o Boca Juniors perdeu a liderança do Clausura! A derrota na noite de ontem, para o rebaixável Tigre, por 2-1, em Victoria, alçou o Newell's Old Boys à ponta, com os mesmos 20 pontos dos Xeneizes. O Matador, aliás, tem um jogador que deveria ser melhor analisado, e que marcou um belo gol de falta: Diego "Cachete" Morales, enganche de 25 anos e muita qualidade técnica. Da mesma estirpe de Conca e Bottinelli, argentinos de sucesso aqui no Brasil. Será que estão esperando Cachete brilhar no Chile para fazerem alguma tentativa?
  • No Clasico de Avellaneda (ao meio-dia do sábado!), o Independiente recebeu e goleou o Racing, de virada, por 4-1. Destaque negativo para Teófilo Gutiérrez: o brigão atacante colombiano abriu o placar, mas arrumou algumas confusões, primeiro com Sergio Pezzotta, o árbitro do confronto, que o expulsou, e com o capitão Sebastián Saja, já nos vestiários, inclusive sacando uma arma de brinquedo (!) para ameaçar o ex-goleiro do Grêmio, como consta no Diario Deportivo Olé. Imbecil e genial na mesma proporção. Além disto, Alfio Basile não treina mais La Academia, dando lugar a Luis Zubeldía, de 31 anos, ex-técnico do Lanús.

O maestro voltou

O Inter venceu e eliminou o Cerâmica por 3 a 0. Jogando nos seus domínios o colorado goleou o time de Gravataí avançando para as semi-finais para bater de frente contra o bom time do Veranópolis. Quem foi ao Beira-Rio neste sábado chuvoso, cinzento e quase friolento pode constatar duas coisas. Primeira é que o verão se foi de vez levando o calor junto. A segunda é que o Inter fez um primeiro tempo burocrático porém na segunda etapa o time colorado mudou da água pro vinho com a volta do maestro D´Alessandro. A entrada do camisa 10 argentino parece ter ligado o Inter no 220v. Gilberto fez o primeiro gol e prova que é sim mais jogador que o Jô e merece ser o reserva direto de Leandro Damião. O nove colorado recebeu um passe que mais parecia "mamão com açúcar" e o letal artilheiro colorado fez o segundo gol com toda a calma do mundo. Vale lembrar que o passe foi do Jaja Coelho que entrou no lugar de Gilberto.  E para coroar o sábado molhado dos 4.555 pagantes no Beira-Rio. D´Alessandro de pênalti fechou o placar. Ressaltando que o craque argentino que veste a camisa 10 fez um baita segundo tempo revelando uma parceria de alto nivel com o compatriota Jesus Dátolo. 
O time da P.Cacique mostra virtudes na hora certa. Nei mantém o excelente nivel de jogo, Kleber parece voltar aos bons tempos, Tinga mostra a cada jogo a sua grande inteligencia e técnica em alto nivel. Agora a nação que veste vermelho e branco da um tempo ao Gauchão e se concentra no jogo contra o Juan Aurich e só a vitória interessa para tentar ficar ao menos entre os melhores segundos colocados. 
Portanto o Cerâmica fez um bom papel para um time estreante na elite do futebol gaúcho. Já o Inter busca a conquista da Taça Farroupilha para adquirir o direito de ir final contra o Caxias. Não será fácil pois primeiro terá que passar pelo Veranópolis e com grande possibilidade de um GRENAL daqueles.

Destaque: A volta de D´Alessandro mostrando a diferença que pode proporcionar ao time do Inter, Nei mantem o bom futebol assim como o Tinga. Kleber parece estar ressurgindo das cinzas. Damião mostra que é um dos melhores atacantes do Brasil. 

Decepção: Dorival escalou um meio-campo com Elton, Sandro Silva e Tinga adiantado dentro do Beira-Rio. É o famosa meia cancha "tranca-rua" que o treinador insisti enxergar como solução defensiva. 

* Bruno Senna fez boa prova no GP da China ficando em sétimo colocado. Na mesma corrida o alemão Nick Rosberg venceu pela primeira vez na F1. Já o Felipe Massa mostra a realidade da Ferrari com um modesto  décimo terceiro e seu colega de equipe Fernando Alonso foi menos pior ficando em nono colocado. Certamente o Chefão da Ferrari vai ficar na bronca com a sua "Scuderia" que não deve gastar pouca coisa.

**Com show de Neymar e Ganso o Santos aplicou uma bolachada na Catanduvense de 5 a 0. Em resumo o time praiano mostra está aí para o que der e vier.

*** Parabéns ao técnico do Canoas Rogério Zimmermann que além de livrar o seu time da degola, eliminou o Pelotas e certamente vai tentar fazer o crime no time da Azenha. 

Perguntas: Quando é que o Inter e o São Paulo vão se comportar como "gestões serias" e resolver o caso Oscar? Como exigir uma gestão seria quando o treinador com um time do interior vence um turno e se classifica direto para a final e é demitido como aconteceu com Paulo Porto? Essa é a realidade da gestão do futebol brasileiro?

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Bolo de obrigação, sem recheio

(nem tão) Breve, rápido e rasteiro, sem muitas delongas, que já houveram para o post sobre o assunto entrar no ar. Deu a lógica, e o Grêmio segue firme e forte em busca do pentacampeonato da Copa do Brasil, e a vitória sobre o Ipatinga deu ao Tricolor o passaporte para as oitavas-de-final da competição. Na próxima fase, provavelmente o time de Vanderlei Luxemburgo enfrentará o Fortaleza, que, no 1º jogo da 2ª fase, aplicou sonoros 4-0 no Náutico, no Presidente Vargas. O caminho gremista para as próximas fases parece delimitado: a Portuguesa também se garantiu nas oitavas-de-final, e pega o vencedor de Remo e Bahia (os paraenses ganharam a 1ª, em casa, por 2-1). E sigo firme com minhas convicções do último post: o Grêmio só não irá para as semi-finais da Copa do Brasil, caso aconteça um desastre de proporções raramente vistas.

A partida da quarta-feira mostrou, mais uma vez, a impressionante eficácia do time gremista, e que minha teoria sobre gols cedo é fatal: o Tricolor abriu o placar logo aos 2' (e eu ainda sequer havia entrado no estádio) com Facundo Bertoglio, em grandiosa assistência de Marco Antônio, voltando de lesão. O camisa 11 gremista, entretanto, deve ter acertado somente aquele passe na 1ª etapa. Esta foi a rotina do time nos 45' iniciais, o desperdício absurdo de passes, e a cedência da posse de bola ao Ipatinga, uma estratégia para procurar matar o jogo nos contra-ataques, o que, obviamente, não funcionou no 1º tempo. O jogo seguiu em um banho-maria que chegava a ser sonolento para alguns, e irritante para outros, pois não se via uma vontade objetiva de impor um massacre sobre os mineiros.

Bom, eu nunca quis espetáculo vindo do time que veste azul, preto e branco, sempre preferi o futebol-força, eficiente, feio e vencedor. O que mais me surpreende é ver à margem do gramado aquele cidadão de camisa e calça social, que aprendemos a nutrir ojeriza ao longo dos tempos. Sim, Vanderlei Luxemburgo é, no meu ver, o maior responsável por esta mudança na cara do time em relação aos 40 (medíocres) dias de Caio Júnior no comando técnico do clube. Com as mesmas peças o (perdão, Deus, pela heresia!) limão virou limonada, e as coisas se estabilizaram, ainda que o time esteja indo a campo recheado de desfalques. Sem contar que o comportamento do grupo mudou muito, da passividade para a indignação, o time tomou para si uma postura pró-ativa, mesmo quando não propõe o jogo (considero que pro-atividade, no futebol, não seja atacar 100% do tempo).

No entanto, tecnicamente, o time segue devendo coisas que deveriam vir do pacote básico. Como eu destacava anteriormente, o time foi incapaz de acertar mais que 2 passes em sequência no campo ofensivo. Além disto, a atuação defensiva, como de costume (!), foi abaixo da crítica. No início do 2º tempo, o Ipatinga teve uma bola marcada, dentro da área gremista, e o atacante mineiro conseguiu a proeza de mandar no portão 20. Gilberto Silva quebra um galho bacana na defesa, mas não é zagueiro; Werley eu sequer sei o que é - qualquer coisa, menos jogador de futebol. Os laterais, sobretudo Gabriel, são um desaforo para com o torcedor. Ao menos o supracitado de 400 mil no contra-cheque e Pará foram esforçados, distribuíram carrinhos e bicos para a arquibancada, para orgasmo dos incautos.

No início do 2º tempo, Luxemburgo fez a alteração que condenaria meu destino naquela noite: trocou Bertoglio por Ezequiel Miralles, aplaudido por 15.774 dos presentes no estádio, menos este escriba, que balançou a cabeça negativamente, tanto pelo que saiu, quanto pelo que ingressou no gramado. Andei destilando meu ódio contra Miralles, jogador que tem o dom muito interessante de irritar durante 98% do tempo os 2% da torcida que efetivamente prestam atenção no jogo, mas que em 2% do tempo provoca sensações fortemente prazerosas nos 98% dos torcedores que só veem o básico no gramado. Aí o cara que se mantém constantemente mal posicionado, na banheira, errando passes e chutando torto, mete um golaço para calar a boca de quem pensou em criticar. Grêmio 2 a 0. Falei na hora que daria um desconto para o argentino, mas é mentira, seguirei pegando pesado, até que a língua vire churrasco.

Léo Gago, na sua característica, o míssil de média/longa distância, fechou o placar e o caixão do Ipatinga. E assim segue o baile da participação Tricolor na Copa do Brasil, com 4 vitórias em 4 jogos, contra adversários de pequeno porte, o time não vem fazendo mais que sua obrigação. Futebol "às verda", sangue, suor e lágrimas, eu prefiro que seja economizado para as fases decisivas, quando realmente será necessário, sobretudo se o time seguir fortemente desfalcado, o poder de superação e da mística remera precisará entrar em campo. O foco nas 2 próximas semanas se volta para o Gauchão, e já no próximo domingo o Grêmio recebe o Ypiranga, pelas quartas-de-final da Taça Farroupilha, as 16hs. Pela Copa do Brasil, o time só voltará a campo na semana do dia 25.04, ainda no aguardo do adversário, e do sorteio dos mandos.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Infartante

Este post ganha prioridade cardíaca, até mesmo sobre o texto da vitória gremista, ontem à noite. O que acabei de ver foi sensacional, indescritível. A definição do grupo 2 da Libertadores da América foi algo que eu não lembrava de ter visto em outra Copa. Não bastou para o Flamengo bater o Lanús, campeão do grupo, por 3-0, no Engenhão. Com os granate segue o Emelec, que venceu jogo agônico, recém-encerrado no Defensores del Chaco, sobre o Olimpia. Os equatorianos enfrentaram de frente os tri-campeões da América, lutaram à morrer, e conseguiram o improvável: sairam perdendo, viraram para 1-2, sofreram o empate aos 46'2T, e desempataram 1' depois. Pobres corações dos hinchas dos 3 times envolvidos. Pobres corações daqueles que gostam de futebol, e dividiram sua tela entre os 2 jogos. Porque quem realmente gosta de futebol, se emociona até nestes pequenos momentos, que estão longe de envolver seu clube do coração.

Escrevendo de Gravataí, pelo celular, Jhon Tedeschi.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Presente e futuro

A Páscoa, atualmente, é muito mais lembrada pela sociedade pelo hábito da troca de chocolates, que propriamente pelo seu real sentido, que é o renascimento de Jesus Cristo, na visão dos católicos - tanto é que grande parte dos não-católicos também comemora a data, em uma postura violentamente contraditória. O time atual do Grêmio também não é dado a distribuir chocolates para seus adversários, sempre fazendo forte economia de gols, como todo time digno deveria fazer. A objetividade dos comandados por Luxemburgo me encanta, nunca escondi minha preferência por times que ganhem, mesmo sem jogar um futebol de fazer brilhar os olhos, ainda que no caminho eu faça críticas ao nível das atuações; coisa normal, visto que muitas vezes as vitórias vem na sorte, fator abominável (nem a ressureição de Jesus foi na sorte).

Todos os informantes esportivos estão saudando uma ressurreição dos autores dos gols gremistas, eu penso de outra maneira: um grupo de jogadores sempre vai ter os "pernas-de-pau", e estes sempre entrarão em campo em alguma necessidade. A tarde de ontem foi um caso, na falta total de zagueiros e atacantes, Naldo, Miralles e André Lima foram mandados a campo, e, coincidentemente, fizeram os 3 gols da vitória sobre o Caxias. Os 2 atacantes, especialmente o "Guerreiro Imortal", merecem muito a pecha da eternidade no grupo, pois já estiveram muito na corda-bamba, e costumam fazer o caminho do céu ao inferno (ou seria da cruz à tumba?), e vice-versa, com muita frequência. Também por coincidência, não sou fã de nenhum dos 2, apesar de ter feito grita pró-André Lima na última grande aparição de ambos (contra o Flamengo, ano passado).

Mais uma vez em 2012 o setor defensivo teve consistência próxima ao gasoso. Se tivesse feito água algumas vezes no jogo, eu ainda estaria satisfeito, mas Naldo e Werley fizeram ar, passava tudo, e a sorte do Grêmio é que Victor estava em um clássico domingo de Victor, pegando o que podia, e um pouco do que não podia. No mais, o time teve uma atuação nada além do aceitável, suficiente para vencer o campeão da Taça Piratini (Rafael Santiago ainda diminuiria para os grenás), que, convenhamos, decepcionou além da conta na Taça Farroupilha - sequer classificou-se para tentar o título direto, ficando atrás de times (bem) menos votados, como Pelotas e Cerâmica. O Grêmio termina a fase como campeão do grupo, e no próximo domingo receberá o Ypiranga, já pelas quartas-de-final do 2º turno do Gauchão. Eliminatória simples, jogo único. Passando, pega o vencedor de Canoas-Pelotas.

Antes disto, o Tricolor volta a campo pela Copa do Brasil, as 19h30 da quarta-feira, contra o Ipatinga, no Olímpico. Passando pelos mineiros (e eu ainda condiciono...), o Grêmio enfrentará quem ganhar entre Náutico-Fortaleza. Vendo mais à frente, o caminho gremista tem Remo-Bahia/Portuguesa-Juventude nas quartas-de-final. Quer dizer, se não houver nenhuma anormalidade absurda, o Grêmio estará nas semi-finais da Copa do Brasil. Sequer pontuarei o nível de atuações, jogando como jogou contra o Caxias, passa por qualquer um dos 6 adversários pós-Ipatinga. Fui questionado nos comentários dos posts anteriores sobre onde este time pode chegar ao longo do ano. Na Copa do Brasil, confrontos eliminatórios, mesmo com um time mais fraco, tu arma um caldeirão na Azenha, e até times mais copeiros, como Palmeiras e Cruzeiro, sentirão o bafo na nuca.

Considero cedo para pensar no Brasileirão, existem muitas variáveis que interferem na participação do time em um campeonato de pontos corridos. A Copa do Brasil começou em fevereiro (quase março), e vai até julho, enquanto o Brasileirão vai de maio à dezembro. Creio que enquanto não acabar a Copa do Brasil para o Grêmio, não começa o Brasileirão, até porque, não tenho muito boas expectativas com este grupo de jogadores para um torneio mais longo. Se não reforçar, vai sim, ficar na zona intermediária, bem como no ano passado. E, também, no meio do Brasileirão, começa a Copa Sul-Americana, competição que eu particularmente sempre desprezei, mas gostaria de ver o Grêmio ganhando, ou ao menos indo longe, para termos bons jogos internacionais no último ano de Olímpico.

Antes do Esquecimento
  • Esta matéria não teve o aprofundamento devido, pois este colunista passou o feriado em viagem a São Paulo, para o festival Lollapalooza, no Sábado de Aleluia. Aliás, evento que entrou para a história, sendo a 1ª edição do festival itinerante idealizado por Perry Farrell, vocalista do Jane's Addiction, em solo brasileiro. O carro-chefe da versão brazuca foi a presença da banda americana Foo Fighters, que poderia se chamar "Dave Grohl e banda", tranquilamente, tamanha a grandiosidade do ex-baterista do Nirvana. Grohl, inclusive, deu uma palhinha na bateria, trocando de lugar com o excelente Taylor Hawkins. Chris Shiflett quebrou algumas guitarras, como de costume, e as 2 horas e meia de show foram de impressionante catarse coletiva no Jockey Club da capital paulista, que recebeu cerca de 70 mil pessoas. Foi algo tão surreal, que sequer busquei referências sobre o 2º dia, ontem, quando já estava em Porto Alegre. Este que vos escreve registrou algumas imagens, que viraram álbum na minha página no Facebook. Um sábado realmente inesquecível!
  • Os times de Caxias do Sul tinham ido tão bem na Taça Piratini... Agora na Taça Farroupilha viraram o fio, e ambos ficaram de fora da 2ª fase. O Caxias ao menos já estava garantido na final do Gauchão, mas o Juventude agora só pensa na Copa do Brasil, onde faz bom papel. Cruzeiro e Lajeadense também foram abaixo do esperado, e assistirão o restante do campeonato pela televisão. Avenida e Ypiranga estão sendo rebaixados, no entanto, como o Canarinho está no mata-mata, caso um seja campeão deste turno, desce o Canoas, também classificado. Por falar no Periquito, que Gauchão medíocre que fez a dupla de Santa Cruz do Sul. Ambos não fizeram nada além de lutar contra o descenso, caindo o Avenida, e com o Galo se safando apenas na penúltima rodada.

Vitoria convincente

O Inter venceu o São Luiz por 3 a 0 e garantiu a melhor campanha na Taça Farroupilha. Sendo assim vai decidir todos os confrontos dos jogos "mata" dentro de seus domínios. O Colorado foi a Ijuí e construiu uma vitoria com uma boa diferença de gols e acima de tudo com uma atuação superior do inicio ao fim.
Também é verdade que o São Luiz deu uma encrencada em certos momentos do jogo mas não passou disso. Além de uma atuação superior o time da P.Cacique volta para Porto Alegre com "gratas surpresas" como a grande fase do Nei que vem sendo destaque do time colorado jogando um futebol de alto nivel, com passes e cruzamentos na medida e com uma qualidade que fazia tempo que não pintava nas bandas do Beira-Rio um cobrador de faltas.
Dátolo foi uma das melhores contratações do Internacional nesta temporada. Pois o argentino vem mantendo um nivel muito bom em suas atuações dando bons passes, chamando em certos momentos a partida para si e fazendo gols. Dátolo hoje é uma realidade na meia canha colorada e com isso ponto para a direção colorada que bancou a contratação. Muriel está cada vez mais titular e confiante fazendo defesas seguras e merece ser ressaltado. Jaja fez uma atuação aceitável assim como Gilberto que apesar do gol teve o mesmo problema de Leandro Damião que é a solidão no ataque colorado.  
Mas existe "O curioso caso de João Paulo" que todo mundo sabe que tem bom futebol. O guri sabe cadenciar o jogo, chuta sem medo de ser feliz, mas parece que senti o peso da camisa vermelha e branca. Então está na hora de alguém da comissão sentar e tomar um cafezinho com o garoto, explicar que não precisa ter medo e apenas fazer o que sabe que é jogar futebol. 
Portanto o colorado vai ter a semana livre para treinamentos e tentar recuperar seus jogadores do departamento medico. Pois o próximo jogo é contra o Cerâmica dentro Beira-Rio. O colorado é favorito porém no futebol existe 90min e tudo pode acontecer mas se o time da P.Cacique entrar sem salto, concentrado e acima de tudo com a torcida presente no estadio não está nada garantido mas certamente fica mais fácil de passar pelo Cerâmica e avançar na competição mais disputada do nosso estado. 

Destaque: Nei jogou muita bola assim como Dátolo e Muriel.

Decepção: João Paulo ainda continua devendo "aquela" atuação para torcida colorada.

*O Canoas depois de um primeiro turno sofrível e com todos já pensando que o time estava mais pra lá do pra cá. O Time da região metropolitana deu uma reagida legal e certamente isso vai para a conta do técnico Rogério Zimmermann que mostrou que é do ramo. 

**Apesar de terminar em 2 a 2 o Clássico entre Atlético-MG e Cruzeiro. O jogo pegou fogo e terminou com declarações nada amorosas de ambas as partes e mostra que o tempo está fechado para as bandas de Minas Gerais. Mas inegavelmente foi um jogo muito disputado como não se via a muito tempo na terra do pão de queijo.  

***O casamento entre R10 e o Flamengo está caindo pelas tabelas e o craque que já foi duas vezes eleito o melhor jogador do mundo começa a dar pinta de querer o divorcio.

Pergunta: Qual é o verdadeiro Jaja?