sexta-feira, 14 de junho de 2013

Avaliação

Depois de muito tempo longe deste blog que amo tanto volto as atividades com dilemas antigos. Mas admito com "coração novo" literalmente. O Inter de Dunga campeão gaúcho de 2013 conseguiu montar um padrão de jogo onde se prioriza a posse de bola, subida de laterias e um ataque que se movimenta. O primeiro semestre de Dunga foi bom. Têm taça no armário e sabe-se que no time há carências. Pois Vitor Jr, Josimar e Rafael Moura não podem ser solução do colorado. É pouco para quem ambiciona titulo ou até mesmo uma vaga na Copa Libertadores de 2014. O treinador está bem apesar deste que vós escreve não entender o ostracismo de Ygor pois este é melhor que Airton e o já citado Josimar.

Em relação a direção o presidente Luigi demostra uma calma que beira a demasia. É notório que o Inter precisa de um meia, um zagueiro e ao menos dois atacantes. Isso tudo se não vender Fred que está em alta com o leste europeu assim como R.Moledo que já está praticamente vendido a carreira na Europa. Infelizmente hoje o grupo de Dunga é razoável e nada mais que isso. Porém combinemos que é o suficiente para ganhar do Bahia, Vitória e Portuguesa em qualquer lugar do globo terrestre.

Avaliar o grupo colorado no seu total e reparar na mostragem até o presente momento qualifica a equipe vermelha e branca a uma das vagas na Libertadores se tudo der certo. Os pontos perdidos não voltam mais, as lamentações já foram feitas e a parada para recarregar, repensar e corrigir é agora. A direção deve trabalhar para reforçar o grupo e municiar a equipe de Dunga para o restante do campeonato Brasileiro e Copa do Brasil. Cogita-se Adriano Imperador no time colorado. Não creio que venha a ser uma boa. Pois Adriano primeiro deve ser "recuperado" para depois dar resultado. No bom "gestores" o Inter precisa dar resultado para "já" no curto e médio prazo e Adriano não se encaixa neste quesito. Apesar de ser o Imperador.

Portanto para tentar pescar um vaga na competição mais charmosa das Américas o colorado deverá ralar muito e o técnico Dunga terá que tirar leite de pedra. A torcida deve apoiar mais do que nunca no Centenário, em Novo Hamburgo aonde for. Mas fechamos a conta concordando: "não será nada fácil".

Pergunta: Quando o Inter vai anunciar uma contratação?

Não, a culpa não é do São Paulo

Poucos pararam para pensar, mas foi o Tricolor paulista o coadjuvante de dois momentos emblemáticos da história recente do Grêmio. Voltamos para 11 de novembro do ano passado, para o velho e saudoso estádio Olímpico Monumental. Cerca de 46 mil pessoas superlotavam o Velho Casarão para seu penúltimo jogo - ao menos, à época, se achava que seria mesmo. Os donos da casa, empurrados pela torcida e pelo seu preparo físico invejável àquela altura do campeonato, viraram um jogo na base da força e se qualificaram para a Libertadores da América do ano seguinte. Indo 7 meses e um dia à frente, percebe-se que o "fica Luxemburgo" entoado pela maioria dos quase quarenta e cinco mil e oitocentos e noventa e quatro presentes naquela tarde de domingo quente e ensolarada foi absurdamente equivocado. Os dois jogos tem uma coisa em comum: ambos contaram com "pardalices" do professor.

Quarta-feira, 12 de junho de 2013. Noite fria dos namorados e uma Arena esvaziada estavam no contexto de mais um Grêmio e São Paulo. Em 7 meses, o time gremista já havia jogado a vaga direta na Libertadores pelo ralo, empatando um Gre-Nal sem gols, onde teve dois jogadores a mais em determinado momento do jogo. Depois jogou a própria competição pela janela, sendo eliminado pelo Independiente Santa Fe. Some-se a isto uma participação ridícula no Campeonato Gaúcho e um começo claudicante no Brasileirão, e o "fica Luxemburgo" não era a maior das vontades do torcedor. Afinal, quem quer um treinador que muda de esquema "em função do adversário", ou não consegue fazer um amontoado de ótimos jogadores se tornar ao menos um time razoável? O time azeitado do ano passado deixou de existir como passe de mágica. Será que este time azeitado realmente existiu?

Eu acredito que sim. Os problemas aconteciam quando o treinador mudava a postura do time, ou o time mesmo fazia isto por conta própria, e quando haviam mudanças táticas. Como houveram nos dois jogos contra o São Paulo. No ano passado, 3 volantes e um atacante; este ano, um armador e 3 atacantes. Fatos pontuais como estes, que pareciam ser apenas para reiterar o poder do técnico sobre (vejam bem!) o clube, foram se repetindo, até que o time, mesmo com sua formatação original, perdeu totalmente a consistência. E o torcedor perdeu a paciência. Assim como em 2012, o time levou um gol no final da etapa inicial e foi alterado no intervalo, para ficar da forma como deveria ser, desde o início. Já dizia aquela velha máxima, "técnico que mexe bem, é porque escala mal". Escala mal e se indispõe com os melhores jogadores do time - a saber, Barcos, Elano e Zé Roberto.

Não vou voltar a registros anteriores, não cabe. Eu me animei muito a falar sobre a adaptação à Arena e esqueci de falar sobre o time. Há que pensar no presente e no futuro, e um futuro minimamente promissor envolve a não permanência de Vanderlei Luxemburgo no comando técnico do Grêmio. Que a direção não irá mandá-lo embora, é fato sabido e registrado, Fábio Koff confia no trabalho do professor, confia no projeto. Mais uma vez chegamos ao mês de junho com a sensação de que o ano já acabou, mesmo com 33 rodadas do Brasileirão pela frente e uma Copa do Brasil a ser jogada. Se formos pegar como parâmetro o que o time não vem jogando atualmente, não sobreviverá aos próximos desafios, infelizmente. E se o Grêmio não aproveitar, deixará passar o bonde da história e não será mandante contra o São Paulo pelo menos até o ano que vem...