![]() |
(Foto: Divulgação / Esporte Clube São José) |
Ao longo da nossa trajetória “metemos o nosso bedelho” em muita coisa, falando de futebol sob os mais diversos aspectos. No entanto, sem sombra de dúvida, a experiência mais gratificante foi poder abrir um espaço para falar sobre um clube que sempre teve a nossa simpatia e passou a ter a nossa torcida incondicional, o Esporte Clube São José, também conhecido como “o clube mais simpático do RS”.
Particularmente, sempre gostei do Zequinha, mas minhas relações com o clube da Zona Norte se estreitaram em 2007, quando Danrlei, um dos atletas mais vitoriosos da história do Grêmio, foi jogar por lá. Dali em diante passei a acompanhar os resultados do time mais de perto, até começar a frequentar o estádio, em 2010. Inclusive a minha primeira experiência no Passo d’Areia foi em um jogo pra lá de alternativo, entre São José e Cerro Porteño, do Paraguai.
A aproximação definitiva com o São José
Dois anos depois, aceitamos o desafio de cobrir os jogos do time no Gauchão 2012 aqui no blog, sobretudo o amigo Carlos Paiva, que inclusive chegou a viajar para Pelotas com a torcida do Zequinha. Seguimos indo aos jogos, e, no início de 2013, o clube encerrou um jejum de 32 anos sem títulos, ganhando a Copa Centenário, disputada no Passo d’Areia.
Nesse meio tempo, vimos o São José revelar alguns jogadores que tiveram passagens de destaque por polos importantes do futebol brasileiro e até do exterior. Ressalto aqui os casos de Walter, que atuou por Internacional e Porto-POR, e hoje defende o Atlético-PR, Victor Ferraz, lateral-esquerdo que hoje atua no Santos, Cassiano, ex-Internacional, que hoje está no Goiás, Tiago Volpi, atualmente goleiro do Querétaro-MÉX, e Pedro Carmona, de passagem pelo Palmeiras e destaque do Novorizontino. Isso sem falar em outros tantos atletas que estão em clubes menos importantes, mas que deram sua contribuição em seus momentos no Passo d’Areia.Momento histórico: São José campeão da Copa Centenário! pic.twitter.com/VI7Fom4l— Jhon W. Tedeschi (@jhontedeschi) 13 de janeiro de 2013
Atualmente o clube vive um momento especial, de reconhecimento dentro e fora do Estado, pela campanha espetacular que vem fazendo no Gauchão 2016. Disto não vamos falar, pois a história é sabida por todos que acompanham o futebol gaúcho. O que poucos sabem é que, até cerca de 15 anos atrás, a realidade de bater de frente com a dupla Gre-Nal era bem diferente. O time vivia uma gangorra até 1999, quando voltou para ficar na elite do futebol gaúcho, contando com o aporte financeiro da Multisom, empresa do presidente da FGF, Francisco Noveletto Neto.
Algumas boas campanhas aconteceram nesse meio tempo, como nos Gauchões de 2001, quando o time alcançou o octogonal final (terminando na 5ª colocação), em 2006 e 2008, campeonatos nos quais o time foi bem na fase regular, mas sucumbiu nos mata-matas. No Gauchão 2010, aconteceu melhor campanha da história do clube até aqui, com o 4º lugar e resultados expressivos, como o 3 a 0 sobre o Inter, que seria campeão da América poucos meses depois. Já em 2011 e 2012, um duplo 6º lugar, foram as últimas campanhas relevantes do Zequinha.
O turning-point em uma história centenária
A consagração veio em 2015. Dois anos depois de desfeita a parceria com Noveletto, e contando com o empresário Milton Machado na presidência, o clube fez uma campanha totalmente irregular no Gauchão. Sob o comando de Gílson Maciel, o Cabeção, que até arrancou bem, sendo líder por duas rodadas, mas terminou na 11º colocação.
O segundo semestre reservava a disputa da Super Copa Gaúcha, composta dos chamados campeonatos regionais e da Copa FGF. Na Copa Sul-Fronteira, o time foi competente para liderar a fase regular, treinado por Thiago Gomes, sortudo para eliminar o Lajeadense nas semi-finais e dominante ao vencer o Internacional, já tendo como comandante China Balbino. Já na Copinha, o time passou bem por União Frederiquense e Igrejinha, surpreendeu o Grêmio e só caiu no gol qualificado contra o Lajeadense. Com os resultados, o São José se habilitou a disputar a fase final da Super Copa Gaúcha.
Ali, o São José foi superior em todos os aspectos, detonando novamente o União Frederiquense, e tendo a maturidade e eficiência suficientes para ganhar o título no clássico contra o Cruzeiro, levantando o troféu no Passo d’Areia. Jô, Heliardo, Fábio e Rafinha foram os principais nomes do time na campanha que teve 24 jogos, com 13 vitórias, 9 empates e apenas 2 derrotas, também contando a participação na Copa FGF. Todos seguem se destacando neste histórico 2016.
— E.C. São José (@_saojoseoficial) 17 de novembro de 2015Neste sábado (09), começa mais uma aventura do “mais simpático” nos mata-matas do Gauchão, recebendo o Novo Hamburgo no Passo d’Areia, às 18h30, querendo despachar a pecha de simpático e tornar-se de uma vez por todas temido e respeitado pelos rivais. Aconteça o que acontecer, a campanha já entra para a história do clube, e a disputa da Série D no segundo semestre vai ser apenas mais um desafio àquele que quer ser muito mais que apenas um clube de bairro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário