quarta-feira, 2 de maio de 2012

Saque fortínero no Cartel de Medellín

Terça de feriado e frio no Sul. Tempo propício para tentar acompanhar as 2 partidas da noite de ontem pela Copa Libertadores da América. Infelizmente consegui apenas assistir ao 1º jogo da noite, o 2º começou as 23h30, e hoje era dia de labuta, portanto, não ficaria 90' na frente da televisão por nada deste mundo. Bueno, no Atanasio Girardot, a promessa era de um grande jogo entre Atlético Nacional e Vélez Sarsfield, mas o que se viu ficou deveras longe do esperado. Os argentinos largam na frente no confronto, e terão uma vantagem gigantesca na próxima terça - se complicam apenas se levarem gols, e os colombianos (ainda) tem o melhor ataque da competição. Os verdolagas foram para a decisão sem o técnico Escobar (Santiago, não o Pablo), demitido na segunda-feira, depois do clube após uma crise envolvendo Dorlán Pabón, Macnelly Torres e Luis Fernando Mosquera na época do aniversário de 65 anos do Atlético.

A partida começou com o Nacional indo para o ataque, e tentando abrir vantagem já nos primeiros minutos. O estádio não estava tão cheio, porém os torcedores que encararam a tempestade na noite de ontem foram à arquibancada dispostos a apoiar o time até o final. Pabón até exigiu boa defesa de Barovero no início, só que a resposta do Vélez foi fatal: aos 8', Martínez ensebou a jogada pela esquerda, inverteu bela bola para Iván Bella, que ajeitou para o pé esquerdo e mandou no cantinho, sem chances para Pezzuti. O gol apavorou os colombianos, que começaram a partir para cima de forma desordenada. Ainda sob efeito dos conflitos do último final de semana, Pabón, Torres et caterva tentavam chutes dementes de qualquer localização do gramado, na torcida por pegar o ótimo Marcelo Barovero desprevenido. Eles poderiam ficar se utilizando desse expediente durante mais 3 horas, e não aconteceria nada.

Os defensores do Vélez foram os nomes da partida, Ortíz e Sebá Dominguez tiveram atuações exemplares, bem como os abnegados Cubero e Zapata, que brecaram todas as tentativas de tramas ofensivas dos colombianos. No início da 2ª etapa, Martínez cavou um pênalti, que ele mesmo cobrou e desperdiçou, em grande intervenção de Pezzuti. Lá pelas tantas "El Burrito" puxava toda sorte de contra-ataques, que invariavelmente morriam nos pés de Lucas Pratto, que, não fossem 2 finalizações perigosas, seria facilmente o pior em campo, se assemelhando a uma banheira vestindo a camisa 22 fortinera. Gostei muito da atitude dos colombianos, que, ao menos se não conseguiam criar com decência, arriscavam. Arriscavam, arriscavam e arriscavam... Chegaram perto do gol apenas em gol quase feito perdido por Pabón e em uma cobrança de falta de Juan Quintero, ambas ótimas defesas de Barovero.

No final das contas, o 0-1 ficou de ótimo tamanho para o Vélez, apesar de eu acreditar que o empate teria sido mais justo, pela insistência heroica do Atlético Nacional, apenas pecando pela ineficiência. O Vélez é tão, mas tão zicado, que é capaz de levar 1-2 na volta e dar adeus à Copa, como também é capaz de emendar uma goleada histórica; o tempo me ensinou a não confiar em times que tem um "V" (de Vendetta?!) cruzando a camisa. A vantagem está com o Vélez, só que não sou eu quem me atreverei a estabelecer tendências para o confronto - tudo pode acontecer em Liniers. Como o próprio treinador Ricardo Gareca disse, não há nada garantido, mesmo com a vitória fora de casa. A ver, infelizmente não conseguirei acompanhar o jogo de volta, que será realizado na próxima terça-feira (útil!), no José Amalfitani.

Meu pai (!) acompanhou comigo boa parte do 1º tempo de Cruz Azul-Libertad, e proferiu que só iria dormir quando o Libertad empatasse. Pois é, "La Maquina Cementera" abriu o marcador cedo, com Orozco, aproveitando linha de passe de cabeça iniciada no cruzamento de Perea (sim, aquele mesmo) e assistência de Maranhão (o próprio). Antes disto, o goleiro Corona deu um enorme susto até em quem assistia pela televisão: ao interceptar bola nos pés de Pablo Velázquez, o centroavante acabou acertando acidentalmente o adversário. Enfim, meu pai não precisou esperar muito, e aos 25' da 2ª etapa, o próprio Velázquez empatou o confronto. Segue minha torcida pelos Repolleros no jogo de volta, também na próxima terça, em Assunção. Hoje teremos Lanús-Vasco da Gama, Emelec-Corinthians e Boca Juniors-Unión Española. Na medida do possível, acompanharemos.

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