sábado, 17 de março de 2012

Greve criativa

Nesta agradável tarde de sábado, o São José recebeu o São Luiz, de Ijuí, buscando manter seus 100% de aproveitamento, e a liderança do Grupo 1 da Taça Farroupilha. Não logrou êxito, saindo com um magro e decepcionante empate, em pleno Passo d'Areia. Depois de uma grande vitória no último final de semana, contra o Ypiranga, em Erechim, o time de Agenor Piccinin não conseguiu replicar o mesmo desempenho, fracassando contra o muy organizado time de Ijuí. Agora, além de ter perdido a liderança do grupo, o grupo perde em confiança, principalmente se considerarmos que o próximo adversário é o atual líder, o Internacional, que ao mesmo tempo em que acompanhavamos esta partida, metia 7 gols no Juventude.

O começo de jogo foi, de certa forma, promissor, pois o São José buscava ter a iniciativa, obrigação de qualquer time mandante. Os anfitriões tentavam manter um volume de jogo aceitável, porém a boa atuação defensiva do São Luiz impossibilitava qualquer situação que pudesse ser criada pelos capitalinos. Em contra-partida, o São Luiz escapava perigosamente nos contra-golpes, ancorados na boa atuação do camisa 10, canhotinho, arisco e habilidoso. Sharlei também era presença constante no comando do ataque, se movimentando bem, e abrindo espaços para a chegada do já citado enganche do time de Ijuí e do camisa 11. Não eram criadas chances de gol tão claras assim, aliás, o São José não teve algo muito digno de nota nos 45' iniciais.

Apesar disto, o time da Zona Norte conseguiu abrir o placar, aos 36', da única forma que me pareceu possível durante a partida, em uma bola erguida na área, gol de cabeça do zagueirão Glauco. Aliás, ao longo dos 90', o São José não conseguiu ter grandes chances de gol, graças as atuações abaixo da crítica de Cléber Oliveira e Rafael Xavier. Taticamente o Zequinha me pareceu estranho, em determinados momentos eu não conseguia entender os motivos do time estar com 3 zagueiros, o que expôs mais o time do que teria feito em condições normais. Gostei das atuações de Fabiano Eller e Marabá, além de alguns lampejos de Anderson Ataíde, que se apagou na 2ª etapa, quando deu lugar a Taianan.

Desde o início do 2º tempo, o São Luiz abandonou a postura especulativa, e passou a se organizar mais a frente, dando algum trabalho ao ótimo goleiro Tiago Volpi. Porém, aos 9', não teve jeito, Danilo Goiano acertou uma belíssima cobrança de falta para empatar o cotejo. As coisas já estavam difíceis para o Zequinha, e, ao trocar Fabiano Silva, ala-esquerdo, pelo lateral-direito Edílson, o time se desequilibrou, deixou de ter chegadas pela direita, apesar de Anderson Pico, em sua função original, ter melhorado sua atuação. Piccinin ainda desistiria de vez do 3-5-2 ao trocar Glauco, o autor do gol, por Franciel. Taianan e Franciel ainda tentaram dar trabalho à defesa ijuíense, mas nada muito consrutivo.

Da metade do 2º tempo em diante, o time porto-alegrense se apavorou, e começou a fazer tentativas extremamente desordenadas, buscando o gol do desempate, enquanto o São Luiz já havia assinado com o ponto ganho, apenas controlando defensivamente o jogo - e sem esquecer de contra-atacar de vez em quando. No final das contas, o empate foi muito aquém do esperado por todos, por mais que o time tivesse lutado muito, corrido muito. Sem criatividade, não dá, e Piccinin precisa encontrar uma alternativa para a meia-cancha; enquanto Cléber Oliveira seguir escondido em campo, os atacantes sofrerão à míngua. E, bons méritos para o São Luiz, bem organizado, e que segue no G4 - acredito que ambos seguirão adiante para os mata-matas.

Imagens



Entrevistas

Entrevista_com_Anderson_Pico_-_São_José-São_Luiz,_17.03.2012[1].amr

Entrevista_com_Agenor_Piccinin_-_São_José-São_Luiz,_17.03.2012[1].amr

(as entrevistas estão upadas em arquivo, nas próximas rodadas já utilizaremos a tecnologia embbeded.)

Um comentário:

  1. Pô da onde o Pico é um GRANDE JOGADOR?
    Acho que eu não ia escutar né? eheheheheh
    Mas gostei da entrevista com o Picini.

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